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As histórias indígenas, a tapeçaria diné/navajo e os saberes tupinambás são os temas das novas exposições que o Museu de Arte de São Paulo (Masp) está inaugurando a partir desta sexta-feira (20). As três novas mostras compõem o Ano das Histórias Indígenas, tema que o museu escolheu para apresentar e discutir a diversidade e a complexidade dessas culturas.

A primeira dessas exposições – e a maior delas - é a mostra coletiva Histórias Indígenas, que vai apresentar 285 obras de aproximadamente 170 artistas indígenas e que traça uma perspectiva desde o período anterior à colonização europeia até os dias atuais. Por meio da arte e das culturas visuais, o público poderá conhecer as diferentes perspectivas das histórias indígenas da América do Sul, América do Norte, Oceania e Região Nórdica. A curadoria é de Edson Kayapó, Kássia Borges Karajá e Renata Tupinambá, além de diversos curadores internacionais convidados.

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“Todas essas artes que serão expostas retratam a realidade dos povos indígenas não só do Brasil, mas de outros países. Elas representam as cosmologias dos povos indígenas, sua história, seus desafios. É uma forma de tentar dar visibilidade a essas realidades tão pouco conhecidas pelas comunidades internacionais e pela sociedade brasileira”, disse Edson Kayapó, curador de artes indígenas no Masp e professor de história indígena no Instituto Federal da Bahia (IFBA).

Por história, a mostra entende tanto os relatos históricos quanto as narrativas pessoais. “São histórias no plural, trazendo a ideia de que há uma diversidade muito grande de memórias, cosmologias, tradições, línguas e de modos próprios de organização social de cada povo. São muitas histórias e muitas formas de produzir arte porque, obviamente, essas diversidades históricas e sociolinguísticas repercutem nas artes. Os artistas indígenas vão produzir artes que dialogam com seus povos”, disse o curador.

Em entrevista à Agência Brasil, Kayapó afirmou que a exposição é também atual e política, pois reflete sobre a preservação do meio ambiente e as mudanças climáticas. “As artes indígenas, especialmente essas que serão exibidas, são posicionadas. Todas as artes produzidas por povos indígenas são posicionadas politicamente e esse posicionamento tem a ver com nossos pertencimentos, nossas identidades étnico-raciais e cosmologias”, disse o curador. “As artes indígenas são também uma expressão política que tem a ver com o tempo e com os desafios que estão postos”, ressaltou.

Ele lembrou que não só a temática ambiental permeia a exposição, como também o processo de demarcação de territórios indígenas. “Há também, no caso do Brasil, um posicionamento político sobre a demarcação dos nossos territórios originários, inclusive para que possamos fazer com bastante tranquilidade o movimento, que é necessário em todo o mundo, de preservação dos ecossistemas e biomas. Estamos diante de uma crise mundial, uma crise climática internacional que atinge todas as pessoas igualmente, e a comunidade mundial está conclamando pela proteção das florestas, dos rios e de todos os biomas. Os povos indígenas fazem isso por excelência, de maneira ancestral, imemorial. Se, de fato, o objetivo é preservar o meio ambiente, que demarquem os territórios indígenas porque, certamente, o meio ambiente será preservado”, defendeu.

A mostra foi dividida em oito núcleos, que se iniciam com o tema Ativismo, reunindo trabalhos de diferentes movimentos sociais indígenas, em formatos variados como bandeiras, fotografias, vídeos, pinturas e pôsteres. “Esse núcleo Ativismo é para nós, indígenas, muito significativo porque traz a voz do movimento indígena organizado”, explicou o curador. Nessa exposição, por exemplo, haverá um vídeo com importante discurso de Ailton Krenak na Assembleia Constituinte de 1987, em que ele faz a defesa dos povos originários.

A mostra, feita em colaboração com o Kode Bergen Art Museum, vai ocupar as galerias do primeiro andar e segundo subsolo do museu e ficará em cartaz até 25 de fevereiro.

Obras têxteis

A segunda mostra, que começa hoje no Masp, é uma individual da artista diné/navajo Melissa Cody, a primeira dela individual na América Latina. Serão apresentadas 26 obras têxteis, produzidas por tradicional tear navajo, que mesclam símbolos e padrões tradicionais da tapeçaria desse povo e trazem referências pessoais da artista.

Chamada de Melissa Cody: céus tramados, a exposição ocupa a galeria localizada no primeiro subsolo do museu e tem curadoria de Isabella Rjeille e de Ruba Katrib. “Melissa Cody tem 40 anos de idade e é uma artista navajo/diné, um povo indígena dos Estados Unidos que habita tradicionalmente a região do Arizona [diné é a forma utilizada pelos indígenas para se referirem a esse povo e navajo é a forma utilizada por pessoas não indígenas]. Ela é uma artista que trabalha com tecelagem, técnica tradicional e milenar do povo navajo”, explicou Isabella Rjeille.

Na cosmovisão diné/navajo, a tecelagem é uma tecnologia transmitida às mulheres pela figura sagrada de Na’ashjéii Asdzáá, a Mulher-Aranha. “A Mulher-Aranha é a figura sagrada que desce dos céus, do território sagrado, para o povo diné e ensina as mulheres e homens a tecerem”, disse a curadora.

Herdeira desse conhecimento ancestral, Cody faz parte da quarta geração de artistas de sua família. Em suas obras, mescla símbolos e padrões históricos da tapeçaria navajo, com referências que vão das paisagens de seu território de origem ao universo pop do videogame e da música. “Ela mesma fala que cresceu dentro dos ensinamentos tradicionais de sua cultura navajo e da cultura ocidental”, afirmou Isabella.

O trabalho de Cody também reflete as influências que a tecelagem navajo sofreu ao longo da história, seja pelas trocas culturais ou pelas violentas migrações a que foram submetidos. O uso das cores vibrantes no processo dessa tecelagem, por exemplo, remete ao movimento “Germantown Revival”, que nasceu após o trágico episódio conhecido como a “Longa Caminhada” (1863–1866).

Com o objetivo de expulsar os navajo de seu território, militares queimaram suas casas e destruíram rebanhos, forçando-os a migrar do Arizona ao Novo México, para que fossem aprisionados no campo militar de Bosque Redondo, em Fort Sumner, atual Novo México, e obrigados a assimilar a cultura estadunidense. Durante esse processo de migração forçada, as tecelãs criaram estratégias para continuar trabalhando, desfiando cobertores oferecidos por oficiais e incorporando seus fios - produzidos a partir de uma lã comercial e tingida por anilina - nas tecelagens. “Foi realmente um processo de inviabilizar a vida do povo navajo ali naquela região, fazendo com que fossem expulsos e tivessem que migrar, caminhar a pé, do Arizona até o Novo México, uma longa caminhada que matou grande parte deles. Quem chegou ao campo militar viveu de forma muito precária e sofreu com doenças e desnutrição”.

Apesar disso, houve resistência. “As mulheres são centrais para a manutenção das comunidades. Elas começaram a desfazer mantos dados pelos militares para fazer suas próprias tecelagens e mantos. Elas começaram a incorporar esse tipo de lã comercial, pintada com anilina, muito colorida e vibrante, aos seus trabalhos. Esse momento de absoluto confinamento e tragédia foi de liberdade experimental. Elas conseguiram, a partir dali, manter a comunidade e fazer sobreviver a cultura navajo”, explicou a curadora.

Cody também é conhecida por suas tecelagens de grandes proporções, como a monumental The Three Rivers [Os três rios], produzida durante a pandemia da covid-19 e dividida em quatro partes.

Na exposição será possível ver não somente suas obras, mas os instrumentos que utiliza para a tecelagem. Também há fotos que mostram como esse trabalho é desenvolvido. A mostra fica em cartaz até 21 de janeiro.

Sala de vídeo

Além das duas mostras, o Masp inaugura hoje uma exposição em vídeo, com filme inédito sobre o trabalho da artista Glicéria Tupinambá com o diretor e roteirista Alexandre Mortágua. A curadoria é de Renata Tupinambá.

Glicéria Tupinambá é artista, ativista e educadora indígena da aldeia Serra do Padeiro, localizada na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, no sul da Bahia. Ela vem desenvolvendo um trabalho de resgate e de reconexão com os saberes de sua aldeia. Um dos trabalhos, por exemplo, tem sido o processo de confecção de mantos tupinambás, lembrando o modo de feitura e dos rituais que a indumentária representa.

Em setembro, em entrevista à Agência Brasil, Glicéria explicou que seu trabalho deriva de conexão com um Manto Tupinambá, que foi levado de seus ancestrais há muitos anos e que estava em exibição na França. Esse é um dos mantos tirados dos tupinambás e levados para a Europa e que são considerados pelos indígenas como anciãos ou símbolo de memória e resistência.  Um desses mantos, que se encontra na Dinamarca, está em processo de repatriação e deve voltar ao Brasil no início de 2024.

“Na França, foi a primeira vez que o manto falou comigo. Naquele momento, descobri que o manto era um ancestral, uma entidade e que estava se comunicando. E ele me trazia a mensagem de que os mantos eram portados por mulheres e eram feitos por mulheres. E que eu deveria buscar isso. Então voltei para a aldeia e fui confeccionar esse manto, encontrando pontos e fragmentos que estavam com minhas tias-avós”, disse Glicéria à reportagem na ocasião.

O vídeo que será apresentado no Masp mostra o trabalho feito por Glicéria e que ressignifica a figura do manto. É também um filme sobre resistência do povo tupinambá e uma cultura que podia estar adormecida, mas que emerge e se mostra transformadora.

Em uma de suas cenas mais poéticas, um drone faz uma imagem aérea de Glicéria vestindo o manto e dando voltas em torno de si. “Esse filme é sobre a obra artística da Glicéria, sobre o manto tupinambá que ela confeccionou na Serra do Padeiro. Hoje o povo tupinambá está concentrado em dois estados: Pará e Bahia, com várias comunidades. É um povo que, por muito tempo, foi dito como extinto nos livros de história”, explicou Renata Tupinambá à reportagem.

“Esses mantos antigos, que estão na Europa, são vistos como ancestrais vivos, os que estão sendo feitos atualmente são diferentes. É de muita riqueza e de muita resistência o que a Glicéria produziu. E o vídeo mostra como foi esse processo sendo ela mãe, tupinambá, da Serra do Padeiro. O manto ali representa a Serra do Padeiro e mostra a diferença com outras comunidades também, com outra forma de organização”, contou a curadora.

O vídeo, disse a curadora, não só apresenta essa ligação de Glicéria com sua cultura ou seu trabalho artístico, mas é também testemunho da resistência dos tupinambás, povo que foi declarado extinto, mas que ainda tem forças para lutar pela demarcação da terra. “O próprio manto tem mais anos de existência que o Brasil. Estamos falando de culturas que são mais antigas que o próprio Brasil. O Brasil é jovem na semente das culturas indígenas. Então, quando vemos o manto, mais antigo que o próprio país, estamos mostrando como essa cultura é forte, como ela permaneceu e como esse território tem uma história e uma memória que não serão apagadas”. O vídeo poderá ser assistido até o dia 3 de dezembro.

Outras atividades

Além das exposições, o Masp promove neste sábado (21) um grande seminário internacional que terá a participação de curadores e de artistas que integram Histórias Indígenas. O encontro começa às 10h no auditório do museu e será gratuito e aberto ao público. Haverá transmissão online pelo Youtube do Masp. No domingo (22), haverá oficina com a artista Violeta Quispe, ensinando técnicas de pintura sobre madeira. A atividade precisa de inscrição prévia.

Para entrar no museu, o agendamento online é obrigatório e pode ser feito no link https://masp.org.br/visite#visit-tickets. O Masp tem entrada gratuita às terças-feiras e também nas primeiras quintas-feiras de cada mês.

Mais informações sobre as três mostras podem ser obtidas no site do museu.

O MASP Escola abriu as inscrições para os cinco primeiros cursos de férias de 2022. As aulas serão ministradas online por meio de uma plataforma de ensino ao vivo. Todas as informações sobre os cursos e como fazer a inscrição podem ser encontradas no site:http://masp.org.br/masp-escola

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• Introdução ao Barroco: Europa, América e Brasil; com Juliana Ferrari Guide;

• A invenção da "arte primitiva" e do "primitivismo" na arte e nas exposições modernas; com Mirtes Martins de Oliveira;

• A origem do museu, da crítica e da curadoria; com Daniel Jablonski;

• O corpo utópico: moda, género e sexualidades; com Brunno Almeida Maia;

• Introdução à história da arte pelo acervo MASP; com Felipe Martinez;

As aulas ocorrem durante a semana entre os dias 31 de janeiro a 18 de fevereiro, com cada curso tendo uma data e dias específicos. O MASP Escola oferece bolsa de estudo para professores da rede pública em qualquer nível de ensino. Além disso, "Amigo MASP" possui 15% de desconto nos cursos.

O Museu de Arte de São Paulo (Masp) divulgou que ainda possui vagas disponíveis para dois cursos voltados para o estudo crítico: “História do Cinema de Artista no Brasil” e “Corpos Indomáveis: Literatura, Arte, Histeria”. Vale lembrar que ambos os cursos acontecem de forma remota e disponibilizam certificado para aqueles que tiverem pelo menos 75% de presença

O primeiro curso vai abordar algumas exposições e produções culturais que foram fundamentais para a definição do cinema contemporâneo, além de entender qual a lógica de críticos e artistas experimentais. Ao todo, são seis aulas em todas as quartas-feiras, das 19h às 21h, e o investimento é de R$ 288. Confira mais:

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https://masp.org.br/masp-escola/historias-cinema-artista-brasil

Já o segundo curso, tem como objetivo examinar e analisar obras literárias como os textos de Clarice Lispector (1920 – 1977), a fim de descobrir como as obras artísticas agem no corpo e no pensamento humano. Também serão realizadas seis aulas, com o mesmo preço, mas apenas nas sextas-feiras. Veja mais detalhes:

https://masp.org.br/masp-escola/corpos-indomaveis

O Museu de Arte de São Paulo (MASP) terá um novo espaço para ocupar as exposições a partir de janeiro de 2024. A nova área da instituição contará com um prédio de 14 andares que será ligado à construção original por meio de uma passagem subterrânea, totalizando um aumento de 66% do espaço para a exibição do acervo de obras. Entre novas galerias para exposição, salas voltadas para aulas e eventos, café, restaurante, lojas e laboratório de restauro, a ideia é expandir as atuais atividades do museu.

O novo prédio receberá o nome do primeiro diretor artístico do MASP, Pietro Maria Bardi (1900 – 1999), que foi um dos responsáveis pela criação do museu, junto ao jornalista e político, Assis Chateaubriand (1892 – 1968), onde trabalhou por 45 anos consecutivos. A antiga construção irá herdar o nome da esposa de Bardi, a arquiteta ítalo-brasileira, Lina Bo Bardi (1914 – 1992), responsável pela construção do museu que se transformou em um dos mais emblemáticos cartões-postais da cidade de São Paulo, além de ser um símbolo da arquitetura moderna do século 20 da América Latina.

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A construção do MASP será utilizada para armazenar obras fixas que já pertencem à coleção do museu, enquanto o anexo - que custará R$ 180 milhões financiados por doações - será destinado a ocupar apenas exposições temporárias. Ambos continuarão com a venda de ingresso para visitação, entretanto, a bilheteria será transferida para a nova área no subsolo entre os dois prédios. Assim, o famoso vão livre do museu será devolvido para utilização aberta ao público, de acordo com o projeto inicial de Lina Bo Bardi.

Segundo os dados divulgados pela diretoria da instituição, internamente, o novo museu terá planta livre e a parte externa será envolvida por uma arquitetura sóbria e discreta para não disputar os olhares com o MASP.  Além disso, será utilizado um moderno sistema de climatização para receber obras como pinturas a óleo. A programação é que o novo museu receba já em 2024 uma mostra de Francis Bacon (1909-1992) e em 2025 uma exposição de pinturas do pintor francês Claude Monet (1840-1926).

Por Thaiza Mikaella

 

Estão abertas as inscrições  o curso “Introdução À História da Arte pelo Acervo do Masp”, realizado pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) . A programação acontece na próxima semana, a partir de segunda-feira (2) até a sexta-feira (6), durante o período da noite, entre 19h30 até 21h30. Para aqueles que tiverem interesse em se cadastrar, acesso o link: https://masp.org.br/masp-escola/introducao-historia-arte-2021

As aulas serão divididas em cinco módulos, e cada um deles será apresentado em um dia diferente. São eles: “Aula 1 – Do Renascimento ao Barroco”, “Aula 2 – Do Barroco ao Século”, “Aula 3 – Arte Moderna, de Monet a Matisse”, “Aula 4 – Modernismo Brasileiro no acervo do MASP” e “Aula 5 – Arte Contemporânea no Acervo no Masp”. Todas as aulas serão ministradas pelo professor Felipe Martinez, especialista em história da arte.

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O investimento do curso é de R$ 240 para o público em geral, já para aqueles que estão cadastrados no programa Amigo Masp, o valor do curso passa a ser R$ 204, além da possibilidade de parcelamento no cartão de crédito. Também é possível realizar a solicitação para receber uma bolsa gratuita, caso o estudante do curso seja um professor da rede pública de ensino.

Para aqueles que desejarem outros cursos online, o Masp também disponibiliza outras programações, como “A Iconografia das Mulheres Fortes”, que traz uma análise aprofundada sobre a representação feminina nos quadros de pintores italianos como Michelangelo (1475 – 1564) e Botticelli (1445 – 1510).

Neste sábado (19), a partir das 14h (horário de Brasília), acontece a palestra online com o escritor, jornalista, pesquisador e podcaster, Bento Araújo. O evento é chamado de “Arte, Delírio e Transgressão: As Capas de Discos do Brasil Pós-Tropicalistas” e vai trazer uma análise sobre as cores usadas no movimento artístico conhecido como Tropicália. Além de trazer informações sobre um dos principais nomes que trabalharam neste modelo de arte, como Rogério Duarte (1939 – 2016).

Tropicália foi um dos movimentos artísticos que marcaram a história do Brasil, que aconteceu no final da década de 60, durante a Ditadura Militar (1964 – 1985) . Assim, o movimento abrangeu o cenário musical, cinematográfico, das artes visuais e artes cênicas,além de trazer discussões políticas e estéticas nessas composições. As letras e melodias envolviam a mistura de diferentes estilos, desde o rock psicodélico até a cultura brega, além de envolver uma linguagem voltada para a paródia e o deboche.

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Nesta época também houve a expansão da fotografia, um elemento funcional nas capas de discos lançados na época. Um dos álbuns que mais se destacaram na época, foi o disco “Tropicalia ou Panis et Circencis” (1968), álbum de estúdio com participação de Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé.  Na capa principal,  a foto dos participantes, em uma moldura com as cores verde, amarela e azul (em referência à bandeira brasileira).

Rogério Duarte foi um dos nomes que atuaram neste movimento artístico. É dele também o cartaz do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964). Duarte era amigo do diretor do filme, Glauber Rocha (1939 – 1981), e este foi um dos frutos artísticos na amizade entre ambos. Nos anos seguintes, ele também foi responsável por outras composições em cartazes de longas-metragens, como “O Desafio” (1965) e “A Opinião Pública” (1967).

O Museu de Arte de São Paulo (Masp) voltará a funcionar neste sábado (24), seguindo as novas orientações do governo estadual em relação à pandemia de Covid-19. O museu trabalhará com 25% da capacidade e seguirá assim até 30 de abril, data em que será feita a nova reclassificação do Plano São Paulo.

O agendamento online, inclusive para os dias gratuitos, continua sendo obrigatório e deve ser feito pelo link: masp.org.br/ingressos. A bilheteria permanecerá fechada e a compra de ingressos, com dia e horário marcados, será exclusivamente online, sem cobrança de taxa de conveniência, conforme informou o museu.

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Ao adquirir um ingresso, o visitante tem direito de ver todas as exposições que estão em cartaz, sendo elas “Beatriz Milhazes: Avenida Paulista”, “Degas”, “Sala de vídeo: Teto Preto” e “Acervo em Transformação”, a mostra de longa duração do museu. 

Nos dias 24, 25 e 27, o museu funcionará das 11h às 19h; nos dias 28, 29 e 30, das 13h às 19h. O Masp informou que adotou todas as medidas necessárias para uma visita segura, que podem ser consultadas no site da instituição. Entre as ações de segurança sanitária, estão a redução da capacidade máxima de visitantes, o uso obrigatório de máscara e o cumprimento do distanciamento social.

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) iniciou nesta semana o retorno gradual das atividades, depois de ser fechado em março devido à pandemia do novo coronavírus. A decisão respeita a passagem da capital para Fase Verde do Plano São Paulo. As novas regras de funcionamento e visitação seguem as orientações de um rigoroso protocolo sanitário aprovado pela prefeitura da cidade, assim como recomendações de organismos internacionais para reabertura de estabelecimentos da cultura, caso do Comitê Internacional de Museus.

MASP funciona agora com horário reduzido: de terça a sexta, das 13h às 19h, sábado e domingo, das 10h às 16h, com agendamento online obrigatório, inclusive para as terças gratuitas. Regras como redução da capacidade máxima, uso de máscaras e distanciamento social mínimo de 1,5 metros entre os visitantes também serão obrigatórias.

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Neste ano, o eixo temático que pauta todas as atividades do museu são as histórias da dança. Estão abertas as exposições Hélio Oiticica: a Dança na Minha Experiência (curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Tomás Toledo, curador-chefe, MASP), Trisha Brown: Coreografar a Vida (curadoria de André Mesquita, curador, MASP) e Senga Nengudi: Topologias (conceito e ideia de Stephanie Weber, curadora, Lenbachhaus, e apresentação no MASP de Isabella Rjeille, curadora, MASP), além do Acervo em Transformação. A grade de mostras para o segundo semestre de 2020 continua com as individuais de Edgar Degas e Beatriz Milhazes previstas para dezembro.

Já a exposição coletiva Histórias da Dança ocorrerá na forma de um catálogo, uma antologia, uma seleção de obras nos cavaletes de vidro do Acervo em Transformação e terá uma presença digital no site do museu. As mudanças decorrem de ajustes orçamentários que precisaram ser feitos no contexto da pandemia.

Na sala de vídeo, as artistas deste ano serão Babette Mangolte, entre outubro e novembro, e Mathilde Rosier, entre novembro e dezembro. A seleção de filmes da cineasta e fotógrafa Mangolte (França, 1941) tem como foco seu interesse pela dança e pelo movimento do corpo, sobretudo dois projetos realizados a partir do trabalho de Yvonne Rainer. A curadoria é de Maria Inês Rodríguez, curadora adjunta de arte moderna e contemporânea no MASP. 

Como o restante das atividades presenciais continua suspenso, grande parte das ações que foram criadas ou migraram para as redes sociais do MASP continuará online. É o caso da atividade desafio MASP [desenhos] em casa, que convida o público a reinterpretar obras icônicas da coleção do museu e passará a ser mensal; do Diálogos no acervo, que aborda elementos como biografia, contexto e técnica para analisar obras do MASP e continuará semanal e das lives com convidados que  passam a ser mensais. A novidade fica por conta da ação Diálogos Plurais, que são lives que terão o curador Artur Santoro, curador e pesquisador de histórias e culturas afro-brasileiras, conversando com diferentes convidados no Instagram do @masp. Este projeto também será mensal.

Protocolos de segurança

A bilheteria física do museu permanecerá fechada. A compra de ingressos, com dia e horário marcados, se dará exclusivamente online sem cobrança de taxa de conveniência pela página masp.org.br/ingressos –inclusive para as terças gratuitas. Entradas estarão sujeitas à disponibilidade e valores continuam sendo R$ 45 (inteira) e R$ 22 (meia).

A nova sinalização visual respeita a distância de 1,5 metros entre os visitantes, tanto frontal e traseira como lateral. Tratando-se de familiares, acompanhantes e moradores da mesma residência, a distância mínima não será necessária, mas grupos superiores a 5 pessoas ficam vetados.

O uso de máscaras será obrigatório por todos os visitantes durante o período de permanência no museu. Para crianças, o uso é obrigatório a partir dos 6 anos. O museu não oferecerá máscaras.

Haverá aferição de temperatura de todos na entrada. Caso alguém apresente febre igual ou superior a 37,5°C, não poderá visitar o museu e receberá um vale ingresso com prazo de uso de 6 meses. Tapetes sanitizantes e secantes foram instalados para higienização dos calçados de todos antes da entrada no museu.

O guarda-volumes continuará fechado e bolsas grandes e mochilas devem ser levadas em frente ao corpo. A entrada de visitantes com malas de viagem, guarda-chuvas e garrafas de água não será permitida.

Novos acessos para entrada e saída de visitantes foram criados, bem como acessos independentes para entrada e saída das galerias. O número de pessoas em cada galeria será limitado a até 60% da capacidade máxima.

A distribuição de folhetos em papel está interrompida; alguns conteúdos serão disponibilizados no site do museu. Não haverá possibilidade de interação com obras. Totens de álcool em gel com acionamento por pedal foram instalados em frente aos elevadores, em todos os andares e nas entradas das galerias.

Banheiros poderão ser usados por visitantes respeitando a quantidade máxima de pessoas estabelecida por vez. Os secadores de mão foram desativados e instalados porta toalhas de papel. Bebedouros ficarão disponíveis apenas para encher copos e garrafas por acionamento automático.

Foi intensificada a limpeza de filtros, condensadores e bandejas de condensação dos ares-condicionados. Para melhorar e aumentar a proporção de ar renovado, foi alterado o percentual de renovação de ar externo. Também está prevista a desinfecção regular da casa de máquinas do ar-condicionado, com desinfetante hospitalar aplicado com tecnologia de nebulização.

O MASP também providenciou aumento na frequência de limpeza nas áreas com maior circulação de pessoas, como banheiros, elevadores, além de maçanetas, corrimãos. O museu fará desinfecção com desinfetante hospitalar aplicado com tecnologia de nebulização em todos os ambientes do museu, como corredores, escritórios e casa de máquinas do ar-condicionado.

Serviço

Endereço: avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP

Telefone: (11) 3149-5959

Horários: terça a sexta, das 13h às 19h; sábado e domingo, das 10h às 16h; fechado às segundas.

O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras.

Agendamento online obrigatório, inclusive para as terças gratuitas, pelo link: masp.org.br/ingressos

Ingressos: R$ 45 (entrada); R$ 22 (meia-entrada)

Acessível a pessoas com deficiência física, ar condicionado, classificação livre

O Museu de Arte de São Paulo (MASP) decidiu mudar sua plataforma e ministrará seus cursos de história da arte online devido ao surto do novo coronavírus. O módulo é formado por três programas diferentes, sendo independentes e complementares.

Os cursos semestrais – que contêm cerca de dezesseis aulas cada – juntos, englobam a cronologia da arte que se estende do século 14 ao 21. Entre as modalidades estão disponíveis ‘’Histórias da arte: moderna e contemporânea”, que tem como objetivo a produção artística da segunda metade do século 19 até os dias atuais; ‘’Histórias da arte: arte do século 19 – de David a Van Gogh’’, que apresenta e discute as manifestações artísticas do mundo ocidental, levando em consideração o contexto histórico da Revolução Francesa e ‘’Histórias da arte: o renascimento de Giotto a Tintoretto’’, que oferece uma visão panorâmica dos principais artistas e obras que constituíram o Renascimento italiano, período que perpetua esteticamente até os dias de hoje.

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O MASP fica localizado na Av Paulista, 1578 e permanece fechado, mas a inscrição para os cursos online pode ser realizada através do site do museu.

Na maior cidade do Brasil, alguns equipamentos culturais frequentados por paulistanos e turistas anunciaram a suspensão das atividades. Museus como o Masp e a Pinacoteca do Estado, na região central de São Paulo, ficarão com as portas fechadas por tempo indeterminado. As unidades do Sesc também anunciaram o cancelamento das manifestações culturais em todo o estado de São Paulo a partir desta terça-feira (17).

Na Pinacoteca, a exposição "Osgemeos: Segredos", programada para estrear no próximo dia 28 de março, está cancelada. Em nota, a administração do museu informa que vai anunciar ao público uma nova data para a inauguração da exibição. Já o Masp ficará fechado para visitação por tempo indeterminado e as exposições “Hélio Oiticica: a dança na minha experiência”, “Trisha Brown: coreografar a vida” e “Sala de vídeo: Babette Mangolte”, que abririam na próxima sexta-feira (20), serão adiadas e remarcadas quando o museu retomar o funcionamento normal.

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As atividades culturais das unidades do Serviço Social do Comércio também serão suspensas. Entretanto, em comunicado à imprensa, a instituição informou que manterá os cursos e que os tratamentos odontológicos em andamento na organização serão mantidos.

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o evento "Lugar de Mulher É Trabalhando Onde Ela Quiser" oferece mais de 2,5 mil oportunidades de emprego e outras 1,4 mil vagas para cursos de qualificação voltadas apenas para o público feminino na ação que acontece neste sábado (7), no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

A iniciativa oferece vagas para mulheres em diferentes áreas de atuação como comércio, serviços, beleza, alimentação e moda. O ramo alimentício preencherá 60 postos para os cargos de gerente e subgerente de restaurante. Os salários podem variar entre R$ 3 mil e R$ 4,5 mil para as candidatas que tenham concluído o ensino médio e comprovem experiência na atividade. O mesmo campo de trabalho ainda disponibiliza 163 chances divididas entre as funções de cozinheira, chapeira de lanchonete, auxiliar de sushigirl e auxiliar de panificação.

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Para o ofício de costureira serão 55 oportunidades para profissionais que apresentem prática em máquinas industriais, reta e piloteira. Os ganhos mensais variam de R$ 1,4 mil a R$ 2.315 e é necessário comprovar a conclusão do ensino fundamental ou médio.

A seleção será feita pelo Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate). Para participar dos processos seletivos, é fundamental a apresentação do RG, do CPF, da Carteira de Trabalho, número do PIS e uma foto 3x4 atual.

Cursos de qualificação

O evento também disponibiliza oportunidades para as mulheres que desejam participar de aulas direcionadas à habilitação profissional. Serão 1.450 vagas nas áreas de tecnologia, sustentabilidade, gestão administrativa e edificações. A Fundação Paulistana oferece 720 vagas para cursos profissionalizantes de manutenção de computadores, desenvolvimento web, ressignificação de resíduos sólidos, produção de alimentos em agroecologia, administração e tecnologias sustentáveis.

Já o Centro Paula Souza abrirá 360 vagas para qualificar pessoas do sexo feminino em ofícios da construção civil. As turmas serão voltadas a profissões como pintora de parede, eletricista, soldadora, pedreira e grafiteira. Para realizar a inscrição, é necessário ter mais de 16 anos e apresentar RG e CPF.

Empreendedorismo

Além das vagas de emprego e dos cursos, o evento disponibilizará orientações para quem quer se tornar ou já é empreendedora. Junto às palestras e oficinas, as mulheres poderão se inscrever para novas turmas dos programas "Mais Mulheres" e "Fábrica de Negócios" que abordam a aceleração dos processos internos de um negócio próprio para obtenção de sucesso.

Durante a ação, entidades também farão uma demonstração de como programar jogos eletrônicos no computador para incentivar o ingresso feminino em setores com maior presença masculina.

Denúncias de violência

Em parceria com o programa "Tem Saída" a iniciativa "Lugar de Mulher É Trabalhando Onde Ela Quiser" incentiva vítimas de violência doméstica a efetivar denúncias. Em uma tenda da ação montada no vão livre do Masp, membros da Defensoria Pública do Estado orientarão as denunciantes. Após o procedimento, as mulheres também poderão ter acesso às vagas de emprego exclusivas da iniciativa.

 

Serviço

"Lugar de Mulher É Trabalhando Onde Ela Quiser"

Quando: 7 de março, sábado, das 9h às 16h

Onde: Vão Livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) - Avenida Paulista, 1578, Bela Vista, São Paulo - SP

Uma das pioneiras da introdução do vídeo e das práticas conceituais na arte brasileira, a artista plástica Anna Bella Geiger apresenta duas exposições simultâneas em São Paulo. As mostras "Brasil Nativo/Brasil Alienígena" estarão no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e no Serviço Social do Comércio (Sesc). A abertura acontece nesta sexta-feira (29), às 20h, no Masp. Já o catálogo das obras, com curadoria de Adriano Pedrosa e Tomás Toledo, será lançado neste sábado (30), às 10h, no 5º andar do Sesc Avenida Paulista.

Considerada uma das principais artistas em atividade no Brasil, Anna tem 86 anos e ministra aulas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro desde a década de 1960. A exposição, para a qual foi dado o nome de uma das suas obras mais representativas, traz 180 exemplares de "Brasil Nativo/Brasil Alienígena". A produção apresenta o debate entre a história e a realidade brasileira em cenários como o passado colonial, a identidade do povo com o país, as questões ecológicas e a representação dos povos indígenas.

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No Masp, a exposição se divide em nove salas e seis núcleos temáticos (Visceral, Macios e Noturnos, Autorretrato, Mapas, Sobre a arte e História do Brasil), no segundo subsolo do museu. Já na mostra do Sesc Avenida Paulista, três instalações históricas de Anna embalam diferentes momentos da artista. As obras "Circumambulatio" (1972), "Mesa, friso e vídeo macios" (1981) e "Indiferenciados" (2001) foram remontados de modo especial para a apresentação em São Paulo.

Serviço

"Brasil Nativo/Brasil Alienígena", no Masp

Quando: de 29 de novembro de 2019 (abertura às 20h) a 8 de março de 2020

Local: Avenida Paulista, 1578, São Paulo - SP

Horários: quarta a domingo das 10h às 18h (bilheteria até às 17h30), grátis as terças-feiras

Ingressos: R$ 40 (entrada); R$ 20 (meia-entrada)

Informações: (11) 3149-5959

 

"Brasil Nativo/Brasil Alienígena", no Sesc Avenida Paulista

Quando: de 30 de novembro de 2019 (abertura às 10h) a 8 de março de 2020

Local: Avenida Paulista, 119, São Paulo - SP

Ingressos gratuitos

Informações: (11) 3170-0800

Horários de funcionamento da unidade: Terça a sábado, das 10h às 22h; Domingos e feriados, das 10h às 19h

Com o público estimado em 332 mil visitantes desde o mês de abril, paulistanos e turistas têm apenas até o dia 28 de julho para apreciar a exposição 'Tarsila Popular', no Museu de Arte de São Paulo, o MASP. A direção do museu informa que, para melhor atender a demanda, os horários de funcionamento na terça (23), dia em que a visitação é gratuita, e no sábado (27) foram ampliados até a meia-noite.

Considerada a mais ampla mostra da obra da pintora modernista Tarsila do Amaral (1886-1973), a exposição 'Tarsila Popular' tem 92 quadros da brasileira que teve influência dos estilos modernos da pintura europeia, como o cubismo. Em suas expressões, Tarsila procurou representar a identidade brasileira por meio de paisagens do interior, da periferia, povos indígenas, negros e personagens de lendas. Entre os destaques da mostra, estão "Abaporu" (1928), obra de Tarsila que pertence ao Malba (Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires) e que esteve pela última vez no Brasil em 2008, além de outros quadros marcantes da carreira da artista, como A Cuca (1924), Operários (1933) e Manacá (1927).

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Além de 'Tarsila Popular', estão em cartaz no MASP as mostras 'Lina Bo Bardi: Habitat', apresentando os múltiplos talentos da arquiteta italiana que projetou a sede do MASP, o Sesc Pompeia e o Teatro Oficina, e 'Comodato MASP Landmann: têxteis pré-colombianos', com tecidos elaborados pelos povos andinos antes da invasão dos europeus.

Serviço

Exposição "Tarsila Popular" no Museu de Arte de São Paulo - MASP

Endereço: Avenida Paulista, 1578, Bela Vista, São Paulo.

Quando: até 28 de julho.

Horários: terça-feira (das 10h até 0h com entrada gratuita); quarta, quinta e domingo (das 10 às 19h); sexta (das 10h às 21h) e sábado (das 10h até 0h).

Valor dos ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

A multiartista pernambucana Maria Flor vai levar seu trabalho solo para São Paulo. Ela se apresenta no projeto Música no Vão, no Museu de Arte de São Paulo, o MASP, nesta quinta (6), às 20h. Além dela, a DJ Renata Corr também mostra seu som.

No show que vai ao MASP, Maria Flor canta, toca e dança. A artista vai apresentar seu trabalho solo, com músicas autorais, entre elas Cor de Maria, que dará nome ao seu primeiro disco que será gravado ainda este ano.

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Além do repertório autoral, Maria Flor também canta algumas canções de artistas que são suas influências. Ela sobe ao palco acompanhada por Thiago Duarte (PE) na bateria, Waleson Queiros (PE) na guitarra, Glécio Nascimento (SP) no contrabaixo e Matheus Sousa (SP) no violoncelo.

Serviço

Maria Flor no Música no Vão

Quinta (6) - 20h

Museu de Arte de São Paulo - Masp

Gratuito

Sinestesia é quando a pessoa sente o gosto de uma cor ou escuta o som de uma imagem, por exemplo. São experiências em que os sentidos são afetados de uma forma diferente do habitual, como é o caso dos compositores Alexander Scriabin e Oliver Messiaen, que viam cores nas músicas que compunham. Inspirada na experiência desses compositores, a Orquestra Moderna se apresenta no auditório do Masp, em São Paulo, no dia 22 de maio.

O público vai ter a noção da relação entre som e cor porque, durante o concerto, dois artistas estarão no palco para pintar um tríptico (obra composta por três painéis) reagindo à peça “O quarteto do fim dos tempos”, de Scriabin.

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Com ingressos que variam de R$10 a R$30 a orquestra pretende dar outro significado e dimensão a temas tradicionalmente rígidos e até acadêmicos. ‘’Scrabin chegou a criar um órgão musical colorido, que desempenhava um papel importante no seu poema do êxtase’’, comentou Leonard Evers, diretor artístico da orquestra.

 

Serviço:

Orquestra Moderna

Data: 22 de maio (quarta-feira)

Horário: 20h

Local: Auditório do Ibirapuera

 

Ingressos:

Inteira: R$ 30,00

Meia Entrada: R$ 15,00

Amigo Masp: R$ 15,00

Promocional: R$ 10,00

 

Bilheteria:

Terça a domingo: 10h a 17h30

Quinta-feira: 10h a 19h30

 

Por Junior Oliveira

As narrativas da cultura e religiosidade brasileira retratadas nas pinturas de Tarsila do Amaral estão expostas na mais ampla mostra dedicada à artista, que foi figura central do modernismo no século 20. Sediada no Museu de Arte de São Paulo (Masp), a produção “Tarsila Popular” reúne 92 obras a partir de novas perspectivas, leituras e contextualizações, que chamam a atenção dos visitantes.

Influenciada pelos estilos modernos da pintura europeia, como o cubismo, ao longo de sua carreira Tarsila explorou a identidade nacional por meio de paisagens do interior ou do subúrbio, da fazenda ou da favela, povoadas por indígenas e negros, personagens de lendas e mitos, repletos de animais e plantas, reais ou fantásticos.

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O quadro “Abaporu”, de 1928, no qual o nome indígena significa “homem que come carne humana”, é um dos mais admirados pelos visitantes da mostra. A obra inspirou o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, que tinha o intuito de  absorver a cultura europeia a partir de um ponto de vista nacional, a transformando em uma estética tipicamente brasileira.

O aposentado carioca Sérgio Domingos, 59 anos, aproveitou a visita a capital paulista para conhecer pessoalmente o quadro. “Eu via as obras dela [da Tarsila] pela televisão e tinha muita vontade de conhecê-las. Sempre estou em São Paulo, mas nunca tinha vindo ao Masp, então foi uma oportunidade única. O que mais me impactou foi o 'Abaporu', que é a pintura mais conhecida de todas”, conta.

Já a designer de interiores Irene Kogl, 33 anos, não conhecia as obras da artista modernista e ficou impressionada com o quadro “Operários”, de 1933, que retrata o período da industrialização brasileira. Na tela, diversos rostos de trabalhadores oprimidos se amontoam ao lado de chaminés de uma fábrica.

“Eu achei a exposição muito didática e a forma como foi montada mostra a evolução do trabalho da Tarsila. A obra que eu mais gostei foi a dos operários, talvez por estar no meio de quadros mais alegres, com cores mais vivas, enquanto os rostos transmitem uma angústia, causando mais impacto”, afirma.

Há quem também veja nas pinturas de Tarsila uma oportunidade para refletir sobre o atual momento político, conforme lembra a psicanalista Tatiane Prado, 38 anos.

“As características dos povos brasileiros, como os indígenas, deixam as obras mais deslumbrantes ainda. E é, justamente, neste momento que temos que rever pautas identitárias, que as obras dela nos ajudam a retomar a cultura do nosso povo. A gente tem que se deter a essas obras para aprendermos sobre a nossa própria brasilidade”, comenta.

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Serviço:

Exposição "Tarsila Popular"

Quando: Até 28 de julho

Onde: Museu de Arte de São Paulo – MASP

Avenida Paulista, 1578, Bela Vista, São Paulo

Horário: As terças-feiras, das 10h às 20h (entrada gratuita)

De quarta a domingo, das 10h às 18h, entrada R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Para mais informações, acesse o site do museu.

Uma faixa com a pergunta “Onde estão os negros?” foi estendida na fachada do Museu de Arte de São Paulo (Masp), localizado na avenida Paulista, na região central da capital.  A ação faz parte da exposição “Histórias Afro-atlânticas” em cartaz no museu até o dia 21 de outubro.

A faixa deve ficar exposta até o próximo domingo (29) e pertence aos ativistas do coletivo “Frente 3 de Fevereiro”, que fizeram o questionamento em diversas regiões do país com o objetivo de investigar as raízes do preconceito racial no Brasil e promover ações para colocar o tema em debate.

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No Masp estão expostos 450 trabalhos de 214 artistas, do século 16 ao 21, em torno dos “fluxos e refluxos” entre a África, as Américas, o Caribe e a Europa. As obras expõem diferentes perspectivas da história dos africanos. No espaço também há palestras, oficinas e debates sobre questões sociais relacionadas ao tema.

 Serviço:

“Histórias Afro-atlânticas”

Onde: Museu de Arte de São Paulo (Masp)

Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo

Quando: De terça a domingo, das 10h às 18h

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)

Mostra em cartaz até 21 de outubro de 2018

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e o Instituto Tomie Ohtake recebem a exposição "Histórias Afro-Atlânticas" sobre as mudanças de fluxo na África, Américas, Caribe e Europa. São apresentados 450 trabalhos de 214 artistas, do século 16 a 21. As exposições acontecem até 21 de outubro.

As mostras são divididas em oito partes temáticas. No Masp é possível ver temas como Mapas e Margens, Cotidianos, Ritos e Ritmos e Retratos (no primeiro andar), Modernismos afro-atlânticos (no primeiro subsolo) e Rotas e Transes: Áfricas, Jamaica e Bahia (no segundo subsolo). Já no Tomie Ohtake, são expostos os temas Emancipações e Resistências e ativismos.

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“É uma exposição que mostra aspectos importantes, não só da história brasileira, mas da história de todos esses territórios atlânticos desde o sul dos Estados Unidos, passando pelo Caribe até a América do Sul, que foram territórios e países que se transformaram de forma bastante significativa a partir da vinda forçada dos africanos escravizados para este lado do atlântico. A exposição mostra o impacto das culturas africanas nessas sociedades e o impacto da presença africana nessas culturas”, afirma o curador assistente Tomás Toledo.

Serviço:

Histórias afro-atlânticas

Data: 29 de junho a 21 de outubro de 2018

Masp - Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP (Metrô mais próximo – Estação Trianon Masp / Linha 3 – Verde)

Horários: terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)

Ingressos: R$ 35 (entrada); R$ 17 (meia-entrada)

O Masp tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo.

 Instituto Tomie Ohtake - Av. Faria Lima, 201 – Pinheiros, São Paulo (Metrô mais próximo – Estação Faria Lima / Linha 4 – Amarela)

De terça à domingo, das 11h às 20h

Entrada Gratuita

O grupo norte-americano de ativismo feminista Guerrillas Girls está com uma mostra em cartaz no Museu de Artes de São Paulo (Masp) que chama a atenção do público e da classe artística para a desigualdade de gêneros dentro deste universo. O grupo milita há 30 anos pela causa e todas mantém o anonimato, usando a identidade de importante personagens feministas históricas.

Elas também trouxeram 100 impressos que fizeram parte de uma exposição no Museu de Arte Moderna (MAM). De acordo com um dos manifestos do grupo, “existem mais mulheres nuas expostas em museus do que artistas que assinam as peças”. As Guerrillas Girls ressaltam o fato de que uma das mais renomadas instituições de arte do mundo, o Metropolitan de Nova Iorque, possui apenas 4% de material assinado por mulheres.

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As ativistas começaram seu trabalho nos anos 80 colando cartazes pelas ruas da cidade e, com a repercussão e a fama, passaram a usar máscaras de gorila para manter a identidade protegida. O gorila foi escolhido por conta da sonoridade da palavra ser próxima de “guerrilha”.

GUERILLAS GIRLS

Data: 29/09/17 a 14/02/18

Local: MASP - Av. Paulista, 1578

São Paulo-São Paulo

Entrada: R$ 15 na bilheteria do MASP ou pelo site https://www.ingressorapido.com.br/venda/?id=1035#!/tickets

A cantora Daniela Mercury saiu em defesa das manifestações artísticas durante um show em comemoração aos 70 anos do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na última quarta-feira (22). A artista subiu ao palco com os seios cobertos apenas por uma pintura.

A baiana ainda usou seu perfil do Instagram para falar sobre a performance e defender, mais uma vez, a liberdade artística. "Não há prisão para a imaginação. Podem fechar os olhos, tapar os ouvidos e ainda assim a arte estará dando sentido à vida. As galerias são a nossa garganta, as telas são nosso corpo. O teatro são as ruas e qualquer lugar que acolha nossa ficção cotidiana e a nossa invenção individual e coletiva. Ninguém prende artista, nem dentro, nem fora de si. Proibir a arte é proibir a vida, é proibir a existência do homem", escreveu. Confira:

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Daniela ainda exaltou o nu e a autonomia conquistada durante anos de luta. "As nossas vergonhas nunca foram um corpo sem roupa. Os nossos pecados são a violência e o autoritarismo. Vamos celebrar sem medo a liberdade tão arduamente conquistada por nós e por todos que vieram antes".

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