Tópicos | Catedral de Notre-Dame

A Assembleia Nacional da França aprovou uma lei para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame, em Paris, destruída por um incêndio em 15 de abril. A votação terminou com 91 votos a favor, oito contrários e 33 abstenções.

A medida aprovada, cercada de controvérsias, poderá permitir a construção de um novo pináculo – uma espécie de torre que forma a parte mais alta da construção – com características modernas, em substituição ao anterior, do século 19, que entrou em colapso em meio às chamas.

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A decisão da Assembleia Nacional (câmara baixa do Parlamento francês), onde o partido do presidente Emmanuel Macron possui maioria, prevaleceu sobre a do Senado (câmara alta), controlada pela oposição. Em votação anterior, os senadores haviam decidido que a catedral deveria ser reconstruída mantendo exatamente as mesmas características de antes do incêndio.

A aprovação da lei após meses de disputas marca apenas o início de um processo de reconstrução cheio de polêmicas e altamente controverso. "A parte mais difícil virá a partir de agora. Precisamos reforçar a catedral de modo permanente para então reformá-la", disse o ministro francês da Cultura, Franck Riester.

Macron afirmou que a reconstrução deve ser concluída dentro de cinco anos, o que alguns especialistas consideram uma meta demasiadamente ambiciosa.

O presidente anunciou um concurso internacional que, segundo afirmou, poderia resultar em uma "expressão arquitetônica contemporânea" para substituir o pináculo destruído. A medida gerou fortes reações na sociedade francesa.

Em abril, uma pesquisa indicou que a maioria dos franceses prefere que a Notre-Dame seja reconstruída com as mesmas características de antes do incêndio, que também destruiu a cobertura e danificou a estrutura de pedra do teto abobadado.

A forma arquitetônica da catedral não foi diretamente mencionada no texto da nova lei, mas chegou a ser discutida na Assembleia, onde muitos parlamentares expressaram preocupação com os planos de Macron. A oposição afirmou que o processo estava sendo apressado simplesmente para assegurar que a reconstrução esteja pronta antes dos Jogos Olímpicos de 2024, que serão realizados em Paris.

"Não estamos confundindo rapidez com pressa", rebateu Riester, alertando que a catedral não está "inteiramente a salvo" e que há risco de colapso em algumas áreas. "O objetivo é dar à Notre-Dame uma restauração adequada para o lugar que ela possui no coração dos franceses e do mundo inteiro", disse o ministro.

A nova lei prevê a arrecadação de 850 milhões de euros através de contribuições prometidas por empresas e doadores privados. Segundo Riester, apenas 10% desse montante anunciado foi efetivamente repassado.

O antigo pináculo, que ficava a uma altura de 93 metros, foi obra do restaurador do século 19 Eugène Viollet-le-Duc, em substituição a uma estrutura medieval destruída no século 18. O edifício da Notre-Dame e a área ao redor, que cobre a margem do Rio Sena, são considerados patrimônios mundiais pela Unesco.

Dois meses após o incêndio que destruiu a Catedral de Notre-Dame de Paris, apenas 9% dos € 850 milhões prometidos para sua restauração foram repassados, embora as autoridades esperem que o montante seja alcançado.

O incêndio que destruiu o telhado da catedral em 15 de abril provocou uma onda de solidariedade na França, com a multiplicação de promessas de doações - de pessoas físicas e jurídicas, como a gigante LVMH e a Kering. Mas, até agora, apenas € 80 milhões foram arrecadados e esse valor é composto principalmente por pequenas doações de indivíduos.

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Fontes do Ministério da Cultura disseram que as grandes empresas pediram para saber como os valores serão investidos. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O incêndio que teve início segunda-feira passada (15) na Catedral de Notre-Dame, em Paris, completa uma semana hoje (22). O fogo destruiu uma torre de 90 metros de altura e a maior parte do telhado da igreja. O ministro da Cultura da França, Frank Riester, disse que o risco de a catedral cair é mínimo.

A Missa de Páscoa, que seria celebrada nesse domingo (21) na catedral, foi realizada em uma igreja das proximidades. Imagens filmadas da cerimônia foram transmitidas ao vivo para todo o país. O governo francês disse que planeja reconstruir a Catedral de Notre-Dame dentro de cinco anos. Antes de iniciar, no entanto, um esforço total de restauração da estrutura, quer fazer uma investigação detalhada dos danos.

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*Com informações da NHK (emissora pública de televisão do Japão)

A Catedral de Notre-Dame, em Paris, parcialmente destruída por um incêndio na última segunda-feira (15), deve ficar fechada ao público por "cinco ou seis anos".

O anúncio foi feito nesta quarta (17) pelo arcipreste-reitor da igreja, Patrick Chauvet. "Um segmento da catedral foi muito danificado por esse incêndio devastador", disse.

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A Notre-Dame é um dos monumentos mais visitados do mundo e tem 67 funcionários, cujo destino durante o período de fechamento ainda é incerto. As chamas destruíram o telhado da catedral e a "flecha", torre mais alta da igreja, mas pouparam as relíquias e obras de arte abrigadas no templo.

Em discurso na última terça (16), o presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu reconstruir Notre-Dame em cinco anos, mas o prazo vem sendo tratado como "otimista" pela imprensa local.

Até o momento, magnatas e empresas já doaram mais de 1 bilhão de euros para a reforma da catedral, que é um dos principais símbolos de Paris e foi imortalizada no livro "O corcunda de Notre-Dame", de Victor Hugo.

Da Ansa

 O Corpo de Bombeiros de Paris anunciou na manhã desta terça-feira (16) que o incêndio na Catedral de Notre-Dame foi totalmente controlado.

Um batalhão de 400 bombeiros trabalhava ininterruptamente desde a tarde de ontem para conter as chamas, que se iniciaram por volta das 18h50 locais.

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O incêndio não deixou feridos nem vítimas, mas atingiu a parte traseira e superior da Notre-Dame, provocando danos em sua estrutura e causando o desabamento de uma de suas torres, a conhecida como "flecha".

Cerca de 100 bombeiros devem permanecer na catedral durante o dia de hoje para controlar focos residuais de fogo. Mas o foco da operação, agora, será a retirada de obras de artes e monumentos de dentro da Nortre-Dame.

As autoridades francesas ainda estão contabilizando os prejuízos. De acordo com o ministro da Cultural, Franck Riester, as obras de reconstrução e restauração devem durar "meses e anos". "Dois terços do teto da catedral [de madeira] foram consumidos pelas chamas, e a "torre central caiu para dentro da catedral, abrindo um buraco no teto", explicou.

As causas do incêndio estão sendo investigadas, mas as autoridades tratam como um acidente. O incêndio ocorreu em um momento em que a própria catedral passava por trabalhos de restauros.

Da Ansa

Saqueada em várias ocasiões, a Catedral de Notre-Dame de Paris, símbolo do triunfo da arte gótica sobre a barbárie, celebra seus 850 anos em 12 de dezembro, 150 anos depois de ter sido resgatada do naufrágio pelo arquiteto francês Viollet-le-Duc.

Foi Victor Hugo que, em seu livro "Notre-Dame de Paris", publicado em 1831, lançou o grito de alarme, alertando que a histórica catedral, menosprezada durante longo tempo, estava em ruínas.

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Protagonizada pelo Corcunda de Notre-Dame, que vive no campanário da catedral, entre os gárgulas, o romance é impregnado pela paixão de Victor Hugo pela esplêndida construção gótica, uma proeza tecnológica da época medieval.

A construção da Notre-Dame na Île de la Cité, uma pequena ilha no centro de Paris, rodeada pelas águas do rio Sena, levou 180 anos: desde 1163, quando começou a construção no local de uma catedral romana, até 1345.

Em meados do século XII, essa catedral romana era muito pequena para a população de Paris, cujo crescimento havia disparado.

Surgiu então o projeto de construir uma imensa catedral, de 135 metros de largura e 40 metros de altura, uma testemunha da prosperidade relativa do momento, quando a fome e as epidemias diminuíram.

A tentação de perfurar, para ganhar luminosidade, os espessos muros da arquitetura romana -únicos capazes até então de resistir à pressão das abóbodas emparelhadas, parecia naquela época uma loucura.

Seria necessário construir mais alto, transformando as abóbodas de ogiva em arcos, perfurando as paredes com imensos vitrais que difundiriam a luz do dia em um arco-íris de cores.

Em uma época em que 99% da população era analfabeta, a catedral era um "catecismo de pedra", disse Christian Citeau, guia da associação, acrescentando que por isso foi construída uma esplanada, um espaço de transição entre o mundo dos homens e de Deus, "onde se poderia encontrar as mensagens" religiosas.

Nacionalizada, profanada, despojada

Nestes oito séculos, a Catedral dedicada à Virgem Maria foi restaurada em várias ocasiões.

Importantes modificações fizeram com que a catedral evoluísse do estilo gótico primitivo ao gótico superior, com a construção de terraços que substituíram os tetos inclinados, enquanto a parte superior dos arcos foi reformada para permitir a saída das águas da chuva.

No Renascimento, a Notre-Dame perdurou em meio a um desinteresse geral pelas catedrais chamadas "góticas", um termo depreciativo que designa um estilo "godo", ou seja, de "selvagens".

Desde Franciso I até Napoleão, os soberanos esconderam o estilo original da catedral, camuflando seus pilares e multiplicando as estátuas barrocas, sem prestar atenção à harmonia de seu estilo.

Os reis celebravam ali os grandes acontecimentos, até o século XIII, um século negro para a catedral. Os líderes religiosos, estimando que os coloridos vitrais "comiam a luz", substituíram muitos deles por cristais brancos. Por sorte sobreviveram as rosetas.

Com a revolução, a catedral foi fechada, nacionalizada, profanada, despojada metodicamente. Seus tesouros foram roubados e a construção foi usada para armazenar alimentos.

A catedral de Notre-Dame foi restaurada para celebrar o acordo entre a França e a Santa Sé, em 1801, e para a coroação de Napoleão Bonaparte, em 1804. Mas em 1831 voltou a ser saqueada e seus vitrais foram quebrados.

Na época romântica, que enaltecia a expressão artística de outras épocas, a Notre-Dame foi vista com novo interesse. Foi então que Victor Hugo despertou a consciência com seu livro "Notre-Dame de Paris".

A ressurreição da construção começou em 1844, guiada pelo arquiteto francês Eugène Viollet-le-Duc.

A restauração, que respeito materiais, estilos e épocas, se estendeu durante 23 anos. Em 1991 foi feita uma nova restauração da catedral, que continua fascinando a todos que se aproximam dela.

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