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O furacão Ian se fortaleceu e atingiu a categoria quatro, em escala de cinco, a caminho da Flórida nesta quarta-feira (28), onde as previsões estimam ventos "devastadores" depois que a tempestade deixou dois mortos e milhões de pessoas sem energia elétrica ao passar por Cuba.

Às 05h00 (06h00 no horário de Brasília) uma ordem de evacuação foi emitida para uma dúzia de condados costeiros da Flórida, com uma recomendação de evacuação voluntária para várias outras cidades, de acordo com os serviços de emergência.

Quase simultaneamente, o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) informou que "Ian se fortaleceu para atingir a categoria quatro extremamente perigosa".

De acordo com os dados mais recentes, da aeronave Hurricane Hunter da Força Aérea, os ventos máximos sustentados aumentaram para 220 quilômetros por hora.

A previsão é que a tempestade chegue à costa nesta quarta-feira e avance pela Flórida antes de retornar ao mar ao longo da costa oeste deste estado do sul dos EUA na quinta-feira.

O NHC alertou que "uma tempestade com risco de vida é esperada na costa oeste da Flórida e na parte baixa de Florida Keys", com ventos "devastadores" no centro do furacão. "Inundações catastróficas são esperadas em várias áreas da Flórida central", acrescentou.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, declarou estado de emergência em dezenas de condados na segunda-feira e na noite de terça-feira alertou aqueles nas áreas projetadas para serem mais atingidas que "o tempo para sair está se esgotando".

"É preciso sair agora. Vocês vão começar a sentir grandes impactos da tempestade em breve", disse ele.

A administradora da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências dos Estados Unidos (FEMA), Deanne Criswell, se expressou no mesmo sentido.

"Se as autoridades locais disserem às pessoas para se retiraram, por favor, ouçam-nas. A decisão que tomarem pode fazer a diferença entre a vida e a morte", acrescentou.

O Pentágono mobilizou 3.200 guardas nacionais e outros 1.800 soldados estão a caminho.

Autoridades de vários municípios distribuíram sacos de areia para ajudar os moradores a proteger suas casas.

- Apagão em Cuba -

Em sua passagem por Cuba, o furacão atingiu a categoria 3 e deixou a ilha mergulhada na escuridão depois de causar um apagão generalizado e duas mortes na província de Pinar del Rio.

"Não há serviço de energia elétrica em nenhuma área do país no momento", declarou na terça-feira à noite Lázaro Guerra, diretor técnico da estatal União Elétrica.

O furacão tocou solo ao amanhecer na província de Pinar del Río, oeste de Cuba. A mídia estatal informou duas mortes.

A caminho San Juan y Martínez, a 190 km de Havana, um dos locais mais castigados e área de plantações de tabaco em Pinar del Río, há cultivos inundados, árvores arrancadas, muitas como se tivessem sido cortadas com um machado, constataram jornalistas da AFP.

No povoado de Consolación del Sur, Caridad Fernández, uma dona de casa de 65 anos, contempla o desastre da soleira de sua casa inundada, com os colchões molhados. As telhas foram levadas pelo furacão.

"Tudo ficou danificado, mas o que temos é a fé em manter a vida. Tudo tem solução, exceto a morte", diz a mulher com olheiras profundas após uma longa noite.

O tabaqueiro Yuslán Rodríguez, de 37 anos, percorre nove casas de tabaco quase destruídas, inclusive a dele.

"Não sei o que vamos fazer este ano com a campanha (semeadura)", diz, inconsolável. "Não é (apenas) esta casa de tabaco, são todas as casas de tabaco de Consolación del Sur".

Dorian se transformou em um furacão de categoria 4 no Atlântico em sua rota para o sudeste da Flórida, que atingirá na semana que vem como um fenômeno "extremamente perigoso", informaram meteorologistas nesta sexta-feira.

O furacão, agora com ventos de 215 km/h, estava 925 km a leste da cidade de West Palm Beach, na Flórida, e 645 km a leste das Bahamas, segundo o último boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC), emitido às 00H30 GMT (21H30 Brasília).

O primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, advertiu que a população enfrentará um "furacão poderoso e potencialmente mortal", e que é preciso evacuar a faixa em sua rota.

"Não sejam tolos tentando enfrentar este furacão. O preço que podem pagar por não sair são suas vidas".

O governador da Flórida, Ron DeSantis, pediu nesta sexta-feira que os residentes se preparem para um "evento de vários dias".

Os modelos de sua trajetória preveem que tocará terra na terça-feira na costa sudeste, na altura do condado de Palm Beach, onde o presidente Donald Trump tem sua residência de verão, o clube de golfe "Mar-a-Lago".

Mas o chamado "cone da incerteza" ainda é amplo e o furacão poderia atingir qualquer outra localidade da Flórida. Aparentemente a tempestade virará para o norte quando estiver terra adentro, ou atravessará o estado até o Golfo do México.

DeSantis expandiu o estado de emergência a todos os condados da Flórida, não só os da costa como havia anunciado inicialmente.

"Isto é um evento muito sério", disse em coletiva de imprensa. "Urgimos que todos os moradores da Flórida tenham comida, remédios e água suficientes para sete dias. Este pode ser um evento de vários dias que atingirá lentamente todo o estado".

Pediu aos residentes que obedeçam as ordens de evacuação, mas também apontou que as autoridades serão cautelosas em emitir estas ordens porque a tempestade é instável.

"Às vezes, se você desaloja muito cedo, pode acabar desalojando o lugar para onde a tempestade irá se esta mudar", comentou.

Estes episódios ocorreram há dois anos com o furacão Irma, que atingiu o sul da Flórida com categoria 4, quando uma mudança de rota de último momento forçou os desalojados a voltarem a se deslocar.

DeSantis também pediu ao presidente Trump que declare "desastre" na Flórida antes da chegada de Dorian para habilitar mais recursos.

Trump cancelou uma viagem que tinha prevista a Polônia e tuitou que "será um furacão muito grande, talvez um dos maiores!".

O condado de Palm Beach declarou na quinta-feira à noite uma emergência local e suas autoridades disseram que anunciarão a abertura de abrigos e eventuais ordens de desalojo à medida que a tempestade se aproxime. Os condados vizinhos também ativaram seus procedimentos de emergência.

A Guarda Nacional da Flórida mobilizará nesta sexta-feira 2.000 soldados e disse que outros 2.000 serão mobilizados no sábado.

O Centro Nacional de Furacões (NHC) emitiu um aviso de furacão para as ilhas das Bahamas, onde chegará no sábado.

- "Nunca se sabe" -

Dorian "continuará sendo um furacão extremamente perigoso de grande intensidade à medida que se desloque pelo noroeste das Bahamas e se aproxime da península da Flórida no início da semana que vem", escreveu o NHC em seu boletim de 17H00 GMT (14H00 em Brasília).

Na quinta-feira, os residentes da Flórida começaram a se preparar para uma tempestade cujo destino exato ainda é imprevisível.

A loja de materiais de construção Home Depot estava ficando sem tábuas de madeira, que são utilizadas pelos moradores para vedar as janelas ante a chegada de um furacão.

"As pessoas já têm experiência, são da Flórida. Não se arriscam", disse um funcionário da loja à AFP.

Os condados puseram à disposição centros de distribuição de sacos de areia, para colocar nas portas nas zonas inundáveis, e já se viam longas filas para comprar provisões nos supermercados.

Em Miami, as estantes de água e de comida enlatada nos supermercados estavam começando a ficar vazias e o ambiente era um pouco frenético.

"Nunca se sabe", comentou Magdalena Gómez, de 57 anos. "Te estressam e depois pode ser que não aconteça nada, mas eu sou muito obediente. Se me dizem que compre água, eu vou, eu compro tudo".

O furacão Willa deve tocar a costa pacífica do México na tarde desta terça-feira (23), com ventos de até 230 quilômetros por hora.

O fenômeno natural chegou a entrar na categoria cinco, no topo da escala, mas perdeu um pouco de força e voltou para o nível quatro. Ainda assim, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) alertou que os ventos e as chuvas devem gerar risco à vida no centro e no sul do México.

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A área na rota do furacão abriga resorts, praias procuradas por surfistas e vilarejos de pescadores. Ao menos 19 distritos dos estados de Nayarit e Sinaloa declararam "emergência extraordinária", e entre 7 mil e 8 mil pessoas foram evacuadas.

O furacão também deve passar pelas Islas Marías, arquipélago situado a 96 quilômetros da costa mexicana e que abriga uma prisão federal. Já seu impacto na orla deve ocorrer em uma faixa de 220 quilômetros entre as cidades de Mazatlán e San Blas. Também há risco de deslizamentos em áreas montanhosas.

Da Ansa

O furacão Michael ganhou mais força e chegou à categoria 4, nesta quarta-feira (10), enquanto passa pelo Golfo do México e se dirige à Flórida, onde deve causar fortes chuvas e possíveis inundações perigosas. O Centro Nacional de Furacões afirma que o fenômeno é "extremamente perigoso" e que ele deve chegar à região conhecida como Panhandle, na Flórida, nesta quarta-feira. Atualmente, ele tem ventos máximos sustentados de 225 quilômetros por hora, com rajadas ainda mais violentas, e deve se fortalecer um pouco mais antes de chegar à terra.

O governador da Flórida, Rick Scott, advertiu para a gravidade do quadro e pediu que a população em risco deixe suas casas. Há 57 mil residências com risco de estragos, com um custo de reconstrução estimado de US$ 13,4 bilhões, segundo a CoreLogic, companhia do setor de dados imobiliários.

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Cerca de 40% da produção de petróleo offshore no Golfo do México foi paralisada por causa do furacão, segundo estimativas oficiais dos EUA. Isso afeta quase 6% da produção de petróleo dos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.

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