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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados vota, nesta terça-feira (12), uma representação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apresentada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), após uma suposta quebra de decoro do parlamentar. O deputado Josenildo Ramos (PDT-AP) é relator da ação contra o bolsonarista. 

A acusação acontece diante de um episódio de intimidação de Eduardo contra o deputado Marcon (PT-RS) durante reunião da Comissão de Trabalho. Após Marcon ter questionado a facada desferida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018, o filho "03" do antigo mandatário se levantou, xingou e ameaçou o petista.

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Ações contra Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Juliana Cardoso (PT-SP) e Talíria Petrone já foram arquivadas. As deputadas Célia Xakriabá (PSOL-MG), Samia Bomfim (PSOL-SP), Erika Kokay (PT-DF) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS), que também devem ter seus casos analisados nesta terça, são alvo por chamar de “assassinos” os deputados que votaram a favor do marco temporal. 

Talíria também foi levada ao Conselho de Ética pelo PL depois de falar que Ricardo Salles (PL-SP) tem relação com o garimpo ilegal. O caso foi arquivado na semana passada pelo colegiado, que ainda não aprovou nenhuma punição a parlamentares neste ano.

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Com a maior bancada da história do Parlamento nessa legislatura – 91 deputadas –, as mulheres também assumem a presidência de cinco comissões permanentes da Câmara neste ano. Além de comandar a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, as deputadas estarão no comando das comissões de Ciência, Tecnologia e Inovação; de Fiscalização Financeira e Controle; de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; e da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais.

Em seu primeiro mandato como deputada federal, Célia Xakriabá (Psol-MG) assume a Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, criada neste ano, assim o Ministério dos Povos Indígenas. Ela ressalta que demorou 523 anos para um indígena assumir a presidência de uma comissão na Câmara. 

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Na concepção da deputada, que é mestre em Desenvolvimento Sustentável, é preciso lembrar que “quem é maioria nem sempre faz melhoria”. Célia Xakriabá sublinha que, embora os povos indígenas representem menos de 1% da população brasileira e não cheguem a 5% da população mundial, protegem 80% da biodiversidade.    

Escolhida presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a deputada Lêda Borges (PSDB-GO), única eleita pelo PSDB, destaca que as mulheres continuam lutando pelos mesmos direitos que reivindicavam há mais de um século e meio – direito à vida, ao emprego, à igualdade salarial. Ainda assim, a parlamentar goiana se diz otimista, já que existe unidade da bancada na defesa das pautas femininas. "Depois de um século e meio estamos lutando para não morrer e para ter o reconhecimento salarial igual ao dos homens na iniciativa privada".

Representante do maior partido de oposição na Casa, o PL, a deputada Bia Kicis (PL-DF) vai comandar a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, responsável por fiscalizar as contas de órgãos da administração pública federal. Depois de ser a primeira mulher a presidir a prestigiada Comissão de Constituição e Justiça, Bia Kicis ressalta que também será pioneira à frente da comissão de Fiscalização.

A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, ficará a cargo da deputada Luizianne Lins (PT-CE). Em seu terceiro mandato, a parlamentar assume a tarefa depois de ter sido vice-líder de seu partido na última legislatura.

A última comissão que será comandada por uma mulher neste ano é a de Ciência, Tecnologia e Inovação, que coube à deputada Luisa Canziani (PSD-PR). No segundo mandato, a paranaense também foi escolhida como coordenadora da Bancada Feminina na Casa.

*Da Agência Câmara de Notícias

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