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Na última reunião do ano, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou processo do PL contra a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). O partido acusou a parlamentar de ofender integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Movimento dos Trabalhadores sem Terra em reunião do dia 12 de julho. Segundo a representação, Sâmia Bomfim destratou especialmente o deputado General Girão (PL-RN), a quem teria chamado de “bandido”, “terrorista”, “fascista” e “golpista”. 

De acordo com o relator do processo, deputado Acácio Favacho (MDB-AP), as imagens da reunião da CPI do MST mostram que realmente ocorreu uma discussão entre a deputada e os demais integrantes da comissão. No entanto, conforme o relator, como o microfone estava desligado, não foi possível comprovar que todas as falas foram realmente proferidas como consta na representação do PL.  Além disso, Acácio Favacho entendeu que Sâmia Bomfim apenas expressou sua “opinião crítica” sobre o tema em debate no momento. Por isso, estava protegida pela imunidade parlamentar. 

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“Considerando que os fatos descritos na representação ocorreram durante a reunião de uma CPI realizada em plenário de comissão da Câmara dos Deputados, em contexto de um debate político, pode-se concluir que a representada agiu amparada pela imunidade material conferida aos membros do Congresso Nacional pela Constituição Federal. Trata-se, portanto, de fato atípico insuscetível de configurar afronta ao decoro.” 

Ao se defender da acusação, Sâmia Bomfim reiterou que a representação contra ela, assim como ocorreu com outras deputadas, foi parte de um processo de “perseguição política”.  “Termina um ciclo importante, em que havia aqui no Conselho de Ética vários pedidos de cassação de mandatos, sobretudo de mulheres, que, com a sua combatividade, a sua expressão política, se manifestaram e foram vítimas de perseguição política", disse.

"A gente precisa, no próximo ano, utilizar o Conselho de Ética, de fato, como um instrumento sério, para parlamentares que excedam o seu papel, que atrapalhem o andamento da boa administração da coisa pública, que cometam crimes, cometam violações graves, e não como forma de mostrar contrariedade ou oposição entre legendas”, completou Sâmia. 

O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), também fez um apelo aos parlamentares para que tenham moderação nas discussões para evitar processos desnecessários. Segundo o parlamentar, neste ano o colegiado analisou 22 representações por quebra de decoro, todas elas por utilização de “palavras inadequadas”.

*Da Agência Câmara de Notícias

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou um processo de cassação contra o deputado André Janones (Avante-MG), na sessão desta quarta-feira, 13. O deputado é acusado por ex-assessores de seu gabinete de praticar "rachadinha". Ele foi gravado pedindo que funcionários arcassem com suas despesas pessoais.

O presidente do colegiado, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), leu a instauração e sorteou os três parlamentares que vão compor a lista para a escolha do relator: Guilherme Boulos (PSOL-SP), Sidney Leite (PSD-AM) e Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT). O presidente do colegiado decidirá, a partir da lista tríplice, quem fará a relatoria da cassação.

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O Conselho de Ética tem caráter consultivo, ou seja, pode apenas fazer recomendações, sem poder deliberar sobre a cassação. A discussão do processo ficará para 2024.

Assinado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o requerimento foi protocolado no último dia 28. A gravação da cobrança do deputado foi feita por um ex-assessor, mas Janones diz que vai provar que a fala foi retirada de contexto.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne nesta quarta-feira (22), às 11 horas, para analisar processos contra a deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) e o deputado André Fernandes (PL-CE). O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) é o relator do primeiro, enquanto o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) relata o segundo. Os pareceres preliminares ainda não foram apresentados.

Célia Xabriabá responde a representação do PL (REP 9/23), que acusa a deputada de quebrar o decoro parlamentar ao ofender o deputado Zé Trovão (PL-SC) durante a votação do marco temporal que limita a demarcação de terras indígenas àquelas já ocupadas tradicionalmente desde 1988 (PL 490/07). Segundo o PL, Célia Xabriabá teria afirmado na sessão que os deputados favoráveis à proposta eram "assassinos do nosso povo indígena".

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A parlamentar protocolou defesa prévia em que nega ter proferido a palavra "assassinos". "Desafiamos o autor a apresentar as imagens contendo a conduta atribuída à representada", rebateu Célia Xabriabá, que pede o arquivamento da representação.

Já o deputado André Fernandes é acusado pelo PT de proferir falas de teor discriminatório durante a votação da reforma tributária (PEC 45/19). Na sessão, André Fernandes questionara uma explicação do deputado Rogério Correia (PT-MG) de que uma referência a gênero no texto da proposta se tratava de "gênero alimentício", e não orientação sexual.  "Se o que o Rogério Correia está dizendo que isso aqui que eu estou apontando é gênero alimentício, então, essa raça que ele está falando aqui é o quê? É raça de boi?", perguntou.

André Fernandes afirmou ser contra o racismo e rebateu a denúncia como caluniosa. Na REP 19/23, o PT aponta que as afirmações do deputado são marcadas por uma postura racista e discriminatória e pela ridicularização da questão racial e de identidade de gênero.

*Da Agência Câmara de Notícias

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados vota, nesta terça-feira (12), uma representação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apresentada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), após uma suposta quebra de decoro do parlamentar. O deputado Josenildo Ramos (PDT-AP) é relator da ação contra o bolsonarista. 

A acusação acontece diante de um episódio de intimidação de Eduardo contra o deputado Marcon (PT-RS) durante reunião da Comissão de Trabalho. Após Marcon ter questionado a facada desferida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018, o filho "03" do antigo mandatário se levantou, xingou e ameaçou o petista.

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Ações contra Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Juliana Cardoso (PT-SP) e Talíria Petrone já foram arquivadas. As deputadas Célia Xakriabá (PSOL-MG), Samia Bomfim (PSOL-SP), Erika Kokay (PT-DF) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS), que também devem ter seus casos analisados nesta terça, são alvo por chamar de “assassinos” os deputados que votaram a favor do marco temporal. 

Talíria também foi levada ao Conselho de Ética pelo PL depois de falar que Ricardo Salles (PL-SP) tem relação com o garimpo ilegal. O caso foi arquivado na semana passada pelo colegiado, que ainda não aprovou nenhuma punição a parlamentares neste ano.

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu, nesta terça-feira (30), sete processos para apurar representações de quebra de decoro parlamentar. Os requerimentos são contra os deputados Carla Zambelli (PL-SP), Márcio Jerry (PCdoB-MA), Nikolas Ferreira (PL-MG), José Medeiros (PL-MT), Juliana Cardoso (PT-SP), Talíria Petrone (Psol-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).   

Os relatores dos processos foram sorteados pelo presidente do colegiado, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA). De acordo com o regimento, três nomes são sorteados, mas devem ser excluídos os parlamentares que representam o mesmo estado, bloco ou partido do representado ou da representação. 

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O relator tem 10 dias para elaborar um parecer favorável ao prosseguimento ou arquivamento da ação. Os deputados condenados por quebra de decoro podem ter punições que vão desde a censura oral até a perda do mandato.  

Na sessão desta quarta-feira (30), o colegiado também decidiu, por 13 votos a zero, arquivar uma representação do PT contra o deputado José Medeiros (PL-MT). O partido argumentava que o deputado quebrou o decoro ao tentar intimidar a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) durante uma sessão do plenário da Câmara. 

Os sete processos 

Carla Zambelli

Segundo a representação do PSB, ela teria quebrado o decoro parlamentar por xingar e constranger o deputado Duarte (PSB-MA) durante audiência com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O partido pede a deputada perca o mandato. A lista tríplice sorteada é composta por Ricardo Maia (MDB-BA), João Leão (PP-BA) e Washington Quaquá (PT-RJ).  

Márcio Jerry

O deputado foi representado pelo PL por quebra de decoro parlamentar. O partido acusa o deputado de importunação sexual contra a deputada Julia Zanatta (PL-SC) também durante audiência com Flávio Dino. O momento foi flagrado em câmera. A lista tríplice sorteada é composta por Alexandre Leite (União-SP), Ricardo Maia (MDB-BA) e Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT).  

Nikolas Ferreira

As bancadas do PSOL, PT, PDT, PCdoB e PSB protocolaram pedido de cassação do mandato do deputado federal por quebra de decoro parlamentar após fazer discurso considerado transfóbico. A lista tríplice é composta por Bruno Ganem (Pode-SP), Ricardo Maia (MDB-BA) e Alexandre Leite (União-SP).  

José Medeiros

O processo foi apresentado pelo PT também por quebra de decoro durante a sessão que comemorava o Dia da Mulher. A lista tríplice inclui os deputados Albuquerque (Republicanos-RR), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gutembergue Reis (MDB-RJ).  

Juliana Cardoso

A deputada é acusada pelo PP por quebra de decoro após ter chamado de "assassinos" deputados que votaram a favor da urgência para o projeto do marco temporal na demarcação de terras indígenas (PL 490/07).  

Talíria Petrone

O processo foi apresentado pelo PL (Representação 6/23) por quebra de decoro durante reunião da CPI do MST. Talíria acusou o relator do colegiado, deputado Ricardo Salles (PL-SP), de fraudar mapas e ter relação com o garimpo. "O senhor é acusado. E olha que eu nem chamei de bandido, nem de marginal", disse a deputada na reunião. A lista tríplice é composta por Rafael Simões (União-MG), Sidney Leite (PSD-AM) e Gabriel Mota (Republicanos-RR).  

Eduardo Bolsonaro

O PT acusa o deputado de quebra de decoro por ter intimidado o deputado Marcon (PT-RS) durante reunião da Comissão de Trabalho. Após Marcon ter questionado a facada desferida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018, Eduardo Bolsonaro se levantou, xingou e ameaçou o petista. Compõem a lista tríplice os deputados Albuquerque (Republicanos-RR), Gutembergue Reis (MDB-RJ) e Josenildo (PDT-AP). 

 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro tem sido marcada por discussões e embates entre os membros. E, nesta quinta-feira (22), o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), ameaçou ir ao Conselho de Ética contra o deputado Abílio Brunini (PL-MT), após diversas intervenções dele durante as falas dos depoentes, deputados e senadores.

Com o dedo em riste, Maia foi claro: "Deputado, eu vou encaminhar o nome de Vossa Excelência ao Conselho de Ética. Não vou permitir que Vossa Excelência fique tumultuando esse trabalho aqui na CPI. Vossa Excelência não vai conseguir isso".

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Antes da ameaça de Maia, Brunini foi repreendido pelo próprio presidente da CPMI. Durante a fala do deputado Rogério Corrêa (PT-MG),  por exemplo, o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou interromper o argumento e contestar a tese de que havia uma trama de “golpismo” por trás da ação dos envolvidos no episódio da bomba encontrada nos arredores do Aeroporto de Brasília, às vésperas da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disseram na tarde desta sexta-feira, 16, que vão pedir para o Conselho de Ética da Casa investigar Marcos do Val (Podemos-ES). O colegiado pode aplicar sanções que recaem sobre a função parlamentar, indo desde uma advertência até a cassação do mandato. Na segunda reunião feita pelo Conselho neste ano, cinco senadores passaram a ser investigados.

"Esta Casa não pode viver o constrangimento de ter entre seus senadores alguém que defende golpe de Estado e atenta contra a democracia. Sem anistia!", disse Randolfe, finalizando a mensagem com a frase usada por apoiadores do governo petista para se referir a quem clamava por intervenções antidemocráticas na gestão de Jair Bolsonaro.

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Já o senador alagoano disse que Marcos do Val "reiteradamente ataca a democracia e as instituições republicanas". "O mandato não pode ser usado para conspirar contra o Estado Democrático de Direito", afirmou.

Marcos do Val foi alvo de uma operação da Polícia Federal na tarde desta quinta-feira, 15. Além das buscas em dois endereços ligados a ele no Espírito Santo, foram apreendidos documentos de seu gabinete, além do celular do senador. Por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, as redes sociais dele também foram suspensas.

Como mostrou o Estadão, o senador acumulava publicações no Twitter que afirmavam existir uma conspiração entre o STF, Flávio Dino e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Todos estariam, de acordo com Do Val, prevaricando de propósito, deixando de impedir os ataques do 8 de Janeiro em Brasília, para que os manifestantes fossem penalizados com prisões e ações criminais, hoje apreciadas pelo próprio Supremo.

Para dar estofo às suas alegações, o senador publicou trechos do que seriam relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), documentos que, segundo ele, estariam comprovando suas teses.

Em entrevista à GloboNews na noite desta quinta, Do Val disse que a operação da PF era uma "tentativa de intimidação" arquitetada contra ele. O senador também admitiu ter mentido à imprensa por meio de uma "estratégia de persuasão". "Desde a Segunda Guerra Mundial, isso é usado para ter engajamento da imprensa para mandar as mensagens que eu precisava mandar, que era para os ministros", disse durante a entrevista.

Nesta sexta-feira, um dia depois da operação, Do Val manteve a comemoração de aniversário marcada para ocorrer em Vitória. Além da festa, ele comunicou que lançará um livro sobre seus quatro primeiros anos de mandato e disse que fará um pronunciamento sobre os acontecimentos de quinta, sem possibilidade de perguntas pela imprensa nem transmissão ao vivo.

A reportagem questionou o senador sobre a representação no Conselho de Ética, mas ele respondeu que não comentará o caso.

O Conselho de Ética do Senado abriu, nesta quarta-feira (14), um procedimento disciplinar contra o senador Chico Rodrigues (PSB-RR). O parlamentar pode perder o mandato por ter escondido dinheiro na cueca em 2020, durante buscas da Polícia Federal na sua casa. 

Ao abrir o processo, o Conselho atendeu ao pedido dos partidos Rede Sustentabilidade e Cidadania, que solicitaram a cassação do parlamentar. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi o sorteado para relatar o caso.

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Chico Rodrigues nega ter cometido qualquer irregularidade e afirma, desde 2020, que sua atitude foi reflexo do "pânico e medo".

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, nesta quarta-feira (29), que o PL vai acionar o Conselho de Ética da Câmara contra o também parlamentar André Janones (Avante-MG). Janones chamou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de 'chupetinha' durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nessa terça-feira (28). A fala foi considerada homofóbica. 

"Telefonei de manhã para o presidente Valdemar do PL, legitimado a representar no conselho de ética, e ficou acertado que o PL ingressará contra o dep. Janones no conselho de ética. Outras medidas estão sendo estudadas também", escreveu Eduardo no Twitter. Outros parlamentares também se solidarizaram com Nikolas após a fala de Janones. 

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O deputado mineiro do Avante admitiu ter ofendido Nikolas, mas negou que a fala teria sido homofóbica. Segundo Janones, o termo é usado para se referir ao deputado em Minas. 

"Venho de Minas Gerais, assim como o deputado Nikolas Ferreira. Lá em Minas, Nikolas Ferreira é tratado como chupeta, esse é o apelido. E não tem nada a ver com homofobia, não vamos transformar um problema sério como é a homofobia no nosso país em que milhares de homossexuais são assassinados e são vítimas de ódio com apelido”, disse. 

O líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse, no último domingo (19), que vai denunciar a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) ao Conselho de Ética. Ela publicou no seu perfil do Twitter, na sexta-feira (17) uma foto sua segurando uma arma e vestindo uma camisa fazendo alusão à morte do presidente Lula (PT).

Segundo a publicação de Guimarães, a atitude da parlamentar “é crime e fere o decoro”.

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A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse ainda no sábado (18) que a colega teve uma “atitude nazista”.

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Após o comentário de Hoffmann, Zanatta chegou a comentar que recebeu ameaças de morte por ter sido acusada de fazer apologia à violência contra o presidente da República. “Atitude nazista é o desarmamento”, disse.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encaminhou, nesta sexta-feira, 17, ao Conselho de Ética da Câmara informações sobre o envolvimento do deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) na incitação dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Durante a data, ele fez publicações no Twitter defendendo as manifestações com vandalismo no Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto, dizendo que era algo "previsível".

"Não existe ato de vandalismo maior que rasgar a Constituição Federal. Não respeitar o devido processo legal. Destruir o ordenamento jurídico. Contaminar o processo eleitoral. Ser parcial como juiz. Era previsível a população não aceitar pacificamente", escreveu o deputado. Ele apagou essa publicação. Em seguida, ele condenou a depredação do patrimônio público, mas culpou o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pelos acontecimentos. "O povo não aguenta mais ser estrangulado por quem deveria ser o guardião da Constituição Federal. Um dos maiores responsáveis é o presidente do Congresso Nacional, omisso e prevaricador."

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Cabo Gilberto Silva é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e um dos principais defensores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. A pauta é movida pela linha de frente da oposição bolsonarista como forma de constranger o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Justiça, Flávio Dino.

O ministro também pediu que a PF apure o papel do deputado estadual paraibano Walber Virgolino (PL), o candidato ao governo paraibano em 2022 pelo PL, Nilvan Ferreira, e a vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (PP). Além desses nomes Alexandre pediu o aprofundamento na investigação sobre o envolvimento da ex-primeira-dama do Estado, Pâmela Bório, no "núcleo de executores dos atos criminosos". Ela levou o filho menor de idade para a invasão e subiu ao telhado do Congresso.

Alexandre acolheu a manifestação da Procuradoria-Geral da República sobre representação do diretório da federação PSOL-Rede na Paraíba.

O Partido Progressistas (PP) informou na manhã desta terça-feira, 18, que protocolou uma denúncia contra o deputado federal André Janones (Avante) no Conselho de Ética da Câmara por quebra do decoro parlamentar.

A representação, apresentada pelo deputado federal e presidente do PP, Cláudio Cajado, na última segunda-feira, 17, afirma que Janones quebrou o decoro parlamentar ao "divulgar notícias caluniosas, em absoluto ato de má-fé e desonestidade" e pede pela perda do mandato do parlamentar.

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Ao Estadão, o relator da peça afirmou que o documento está recheado de provas contra o parlamentar e cita o caso do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), que foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por divulgação de fake news, como uma possível jurisprudência para a cassação do mandato de Janones.

"Qualquer pessoa que exerça o mandato não pode se esconder atrás da imunidade parlamentar para se livrar de crimes graves como os que estão sendo praticados pelo deputado Janones", diz Cláudio Cajado.

Em seu perfil no Twitter, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), anunciou a apresentação da ação, classificando o político mineiro como um "réu confesso de propagar fake news" e seus atos como "antidemocráticos".

"Janones, intencionalmente, divulga vídeos editados e descontextualizados com o único intuito de enganar eleitores e disseminar ódio contra o presidente Jair Bolsonaro", relata o documento. A denúncia lista uma série de postagens no Twitter e no Facebook do político mineiro como provas de que ele teria divulgado fake news contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PL).

Os casos

O documento aponta quatro casos nos quais Janones teria divulgado desinformações sobre a campanha do atual presidente -- quando afirmou que o senador Fernando Collor (PTB) seria ministro de Bolsonaro e confiscaria o dinheiro da população brasileira; quando disse que o presidente realizou um pacto com a maçonaria para vencer o pleito de 2022; quando relatou que a campanha presidencial não extraditaria o ex-jogador Robinho, que foi condenado por estupro na Itália, em troca do apoio do ex-atleta; quando afirmou que Bolsonaro teria praticado atos de pedofilia contra crianças venezuelanas.

De acordo com a representação, o deputado federal não só sabe que está divulgando informações falsas, como também incentiva seus seguidores a espalharem as notícias. Como evidência, o deputado Cajado utiliza uma postagem de Janones no Twitter onde o político mineiro afirma estar "combatendo o bolsonarismo de igual para igual".

"É fato público e notório que alguns bolsonaristas já foram punidos pelo TSE pela divulgação de fake new. [...] Ou seja, o representado afirma estar divulgando fake news com o intuito de atacar Jair Bolsonaro e qualquer pessoa que seja a seu favor!", diz a nota.

Procurado pelo Estadão, André Janones afirmou que a representação "não traz qualquer fundo de verdade, sendo somente fruto de retaliação política devido à minha incessante atuação nas redes sociais, com vistas a desmontar o esquema criminoso de milícias digitais que levaram à eleição de Jair Bolsonaro nas eleições passadas".

O deputado do Avante diz que sua atuação sempre obedeceu os limites da lei e que todas as afirmações veiculadas a ele serão comprovadas no processo. "Ao contrário do grupo comandando por Ciro Nogueira, Bolsonaro e seus comparsas, eu jamais descumpri e nem descumprirei qualquer ordem da justiça. Quebra de decoro se dá quando o político ataca a imprensa, incentiva a não vacinação, e diz que pintou um clima com uma criança, o que não é o meu caso."

Janones ainda aponta para uma suposta confissão de culpa na peça, que ele classifica como um "ato falho". "Eles admitem que os próprios bolsonaristas fazem fake news. Dizem que combater o bolsonarismo de igual para igual é propagar fake news", afirma o deputado. "Há muito o que ser explicado, mas não da minha parte. Continuo confiante que, ao final, a justiça prevalecerá", finaliza.

Janonismo cultural

O texto apresentado pelo PP ressalta que André Janones apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 e que, "apesar de não integrar formalmente a equipe do petista, se tornou um dos seus principais apoiadores e referência de campanha digital de Lula nas redes sociais".

O deputado federal é um fenômeno nas redes sociais. Com forte presença no Twitter e no Facebook, Janones ganhou fama ao apoiar a greve dos caminhoneiros em 2018 e, meses depois, ao ser eleito deputado federal por Minas Gerais com 178 mil votos. No começo de 2022, o mineiro chegou a ser pré-candidato à Presidência pelo Avante, mas acabou desistindo de sua candidatura em prol de Lula.

Desde então, ele vem atuando na campanha digital do ex-presidente de forma agressiva, com táticas que podem ser comparadas as estratégias digitais de Carlos Bolsonaro (Republicanos) e do youtuber, membro do MBL e deputado cassado Arthur do Val, também conhecido como Mamãe Falei. A prática ficou conhecida na internet como "janonismo cultural".

Ao ser eleito, o deputado mineiro havia afirmado que não defenderia Lula ou Bolsonaro, mas sim o povo brasileiro. No primeiro turno, no entanto, o político foi um dos mais ferrenhos defensores do ex-presidente e sua atuação continua a reverberar na segunda parte do pleito.

Líderes da campanha petista afirmam que Janones age sozinho e por iniciativa própria, mas o parlamentar participa de reuniões estratégicas e integra a coordenação de campanha do ex-presidente. Assim, Lula ganha impulso nas redes sociais sem se envolver diretamente em pautas polêmicas.

Os sete vereadores que fazem parte do Conselho de Ética da Câmara do Rio aprovaram, por unanimidade, o relatório que pediu a cassação do mandato do vereador Gabriel Monteiro (PL) por quebra de decoro parlamentar, nesta quinta-feira (11). O ex-policial militar é investigado por acusações de estupro, assédio e por forjar vídeos na internet. 

 O relator do caso e vereador Chico Alencar (PSOL), disse ao G1 que a decisão foi tomada em um dia simbólico. 

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  "O dia de hoje é simbólico porque não é mais meu relatório, mas do Conselho de Ética da Câmara, e acontece em um dia simbólico para a democracia. Um parlamentar tem o dever elementar de se comportar com elevação moral dentro e fora da casa. Ninguém tem a intenção de perseguir um colega", disse. 

Com esse resultado, o caso de Gabriel Monteiro vai para o plenário da Câmara para ser votado na próxima terça-feira (16). 

O vereador do Rio Gabriel Monteiro (PL), alvo de denúncias de assédio sexual e moral feitas por ex-assessores, afirmou nesta terça-feira, 31, que não existe nenhuma "circunstância" ou "evidência" que o ligue ao acidente de carro que matou seu ex-assessor Vinicius Witeze na Região Serrana fluminense no último sábado. Witeze era testemunha no processo no Conselho de Ética da Câmara Municipal que pode levar à cassação do mandato do parlamentar. O vereador deu entrevista enquanto o conselho ouvia outra testemunha.

"Não existe nenhuma circunstância, evidência, nada que me ligue a morte do senhor Vinicius Ziza. Não existe nada que aponte que qualquer participação, qualquer interferência minha, qualquer feito meu, que tenha causado esse acidente. Isso é um fato", afirmou Gabriel Monteiro.

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O vereador disse lamentar a morte do ex-assessor e afirmou que não deseja "a morte de ninguém".

"Eu lamento profundamente (a morte de Witeze). Não desejo a morte de ninguém. Não desejo que ninguém se machuque, que ninguém tenha nenhuma complicação em sua saúde, em sua vida, não quero que ninguém seja perseguido. Não é motivo de comemoração, motivo de glória e de nenhuma alegria", disse.

Ex-assessores de Gabriel Monteiro têm relatado sofrer ameaças de agressão e de morte. Elas têm sido feitas nas redes sociais. Começaram depois que eles que denunciaram o parlamentar. Nesta terça-feira, Luiza Batista, que trabalhou na produção de vídeos para Monteiro e o acusou de assédio sexual, reafirmou as denúncias contra o vereador. Ela contou que é a alvo de mensagens de ódio na internet.

"Eu sofria assédio sexual, assim como outras pessoas. Ele é um doente social. Só de ouvir a voz dele eu fico com o coração acelerado. Quero ficar bem longe. Nós recebemos mensagens via Instagram, principalmente. Já foram até o meu WhatsApp. São pessoas que eu não conheço, geralmente fakes, mas que fazem ameaças de morte, de agressões verbais e físicas", relatou Luiza.

Gabriel Monteiro nega as acusações, atribuindo-as a questões políticas.

Reforço na segurança

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, vereador Alexandre Isquierdo (União Brasil), disse que o presidente da Casa, Carlo Caiado (sem partido), ofereceu reforço na segurança dos integrantes do conselho. A medida, segundo ele, é de praxe. Cada vereador vai avaliar se aceita ou não.

Isquierdo disse ainda que o Conselho de Ética e a Comissão de Direitos Humanos, presidida pela vereadora Teresa Bergher (Cidadania), presta apoio a todos os depoentes, com a possibilidade de reforço na segurança. As testemunhas ameaçadas foram orientadas a registrar as ameaças na Polícia Civil.

O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro rejeitou pedido do vereador Gabriel Monteiro (PL), acusado de abusos sexuais, assédios e de quebra do decoro parlamentar, para anular o processo disciplinar contra ele.

Nesta terça-feira, 17, o Conselho se reuniu para ouvir o parecer da Procuradoria da Câmara sobre os supostos vícios jurídicos no processo, apontados por Monteiro em sua defesa prévia. O argumento foi rechaçado pela Procuradoria. Por isso, o Conselho indeferiu o pedido de Monteiro e deu prosseguimento ao processo, marcando os primeiros quatro depoimentos.

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No dia 25, em sessão fechada a partir das 10h, serão ouvidos como testemunhas dois ex-assessores do vereador, Vinícius Hayden Witeze e Heitor Monteiro de Nazaré Neto, autores de acusações contra Monteiro. Outras duas testemunhas prestarão depoimento no dia 1 de junho, mas o nome dessas ainda não foi divulgado pelo Conselho.

A pedido do vereador, na terça-feira, 24, a partir das 14h30, os sete titulares do Conselho de Ética vão se reunir a portas fechadas com os dois advogados de Monteiro - isso não está previsto no regimento, mas foi permitido pelos parlamentares. Também para atender o vereador, o Conselho deu prazo excepcional até a próxima sexta-feira, 20, para que ele indique até cinco testemunhas de defesa. Essas testemunhas deveriam ter sido apresentadas na defesa prévia, mas naquele documento Monteiro não elencou nenhuma. "Para que o Conselho não seja acusado de cercear a defesa do vereador, decidimos dar esse prazo extra para que ele apresente suas testemunhas", afirmou o vereador Chico Alencar, relator do processo contra Monteiro.

A previsão é de que o processo termine até julho. O Conselho vai emitir parecer sobre o caso, que será votado em plenário pelos 51 vereadores. Para que Monteiro seja cassado, são necessários os votos favoráveis de 34 parlamentares.

Monteiro é acusado de quebra de decoro parlamentar, pela prática de supostos estupros e episódios de assédio sexual e moral, além de manipulação de vídeos e infração a direitos de uma criança que foi protagonista de um vídeo gravado por ele. O vereador nega todas as acusações, que atribuiu a adversários políticos que quereriam destruí-lo.

O vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro (PL) apresentou, na noite dessa segunda-feira (9), defesa prévia ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal. Ele responde a processo de quebra de decoro parlamentar.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investiga Monteiro por fatos como a utilização de servidores públicos na produção de vídeos para suas redes sociais, a divulgação de um vídeo com cenas de sexo entre o vereador e uma adolescente de 15 anos e a exposição de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

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A partir da apresentação da defesa, tem início a instrução do processo que pode durar de 30 a 45 dias. Depois disso, o relator Chico Alencar (PSOL) dá o seu parecer sobre o caso e abre-se espaço para nova defesa de Monteiro, caso o relatório seja pela procedência da denúncia.

O Conselho de Ética então vota o parecer do relator e, se for aprovado pela maioria absoluta dos seus integrantes segue para votação em plenário.

A cassação precisa ser decidida por pelo menos dois terços dos vereadores (34 dos 51 parlamentares). Já a suspensão do vereador pode ser definida com apenas maioria absoluta.

Gabriel Monteiro, que ficou famoso por seus vídeos no Youtube e que tem milhões de seguidores em suas redes sociais, nega as acusações, diz que está sendo perseguido e que as imagens usadas como provas contra ele, divulgadas na imprensa, foram manipuladas.

“Vou esperar a Justiça. Mas daqui a quanto tempo vai ser provada minha inocência? Daqui a três, quatro, dez anos? Enquanto isso durar, terei esse peso nos meus ombros. Mas, ainda assim, vou continuar fazendo meu trabalho”, disse o vereador, em vídeo publicado na última semana em suas redes sociais.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se nesta quarta-feira (4), às 11 horas, no plenário 11, para instaurar dez novos processos por quebra de decoro parlamentar e sortear a lista tríplice para a escolha dos relatores. Também será feito o sorteio de substitutos para listas tríplices definidas na semana passada em que sorteados pediram a retirada do nome. 

Será feito novo sorteio para os seguintes processos: Representação 1/22, do Novo, em desfavor do deputado Wilson Santiago (Republicanos-PB). O partido acusa o deputado de quebra de decoro por ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República, em 2019, pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva. Foram sorteados os deputados Pinheirinho (PP-MG), Luiz Carlos Motta (PL-SP) e Dra. Vanda Milani (Pros-AC).  Mota solicitou a retirada de seu nome.   

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 Representação 3/22, do PT, em desfavor da deputada Dra. Soraya Manato (PTB-ES). O partido acusa a deputada de quebra de decoro por posts feitos em redes sociais que supostamente atingiriam a honra de senador da legenda. Foram sorteados os deputados Luiz Carlos Motta (PL-SP), Marcelo Moraes (PL-RS) e Hiran Gonçalves (PP-RR). Mota solicitou a retirada de seu nome.   

 Representação 9/22, do Psol e PT, em desfavor do deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA). As legendas acusam o parlamentar de quebra de decoro por posts em redes sociais que também ofenderiam deputadas da CCJ. Foram sorteados os deputados Paulo Ramos (PDT-RJ), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Pinheirinho (PP-MG). Ramos solicitou a retirada de seu nome. 

Novos processos Confira os processos por quebra de decoro que serão instalados hoje:  Representação 10/22, do PT, em desfavor do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O partido acusa o parlamentar de postagem em redes sociais ofensiva ao senador Humberto Costa (SP).

Representação 11/22, do PT, em desfavor do deputado Carlos Jordy (PL-RJ). O partido acusa o parlamentar de comentar e curtir postagem em redes sociais ofensiva ao senador Humberto Costa (SP). Representação 12/22, do PT, em desfavor da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

O partido acusa a parlamentar de postagem em redes sociais ofensiva ao senador Humberto Costa (SP). Representação 13/22, do PTB, em desfavor da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O partido acusa a parlamentar de fazer apologia ao regime comunista em postagem em rede social.

Representação 14/22, do  PTB, em desfavor da deputada Talíria Petrone (Psol-RJ). O partido acusa a deputada de manifestar-se em rede social com discurso de ódio contra a estátua de Pedro Álvares Cabral, no Rio de Janeiro.

Representação 15/22, da Rede, em desfavor do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA). O partido acusa o parlamentar de quebra de decoro por ser flagrado pela Polícia Federal portando uma grande quantidade de dinheiro vivo que, segundo a PF, teria relação com corrupção.

Representação 16/22, do PT, em desfavor do deputado Heitor Freire (União-CE).

O deputado é acusado pelo partido de constranger a direção e o corpo docente de escola em Brasília para a retirada de trabalhos escolares de mural que tratavam de violência policial. Representação 17/22, do PT, em desfavor da deputada Bia Kicis (PL-DF).

O partido acusa a deputada de vazar dados de pessoais de médicos que se manifestaram a favor da vacinação de crianças contra a Covid-19. Representação 18/22, do PP, e representação 19/22 (apensada), do PT, em desfavor do deputado Kim Kataguiri (União-SP).

O deputado é acusado pelo partido de apologia ao nazismo por concordar com fala de apresentador que defendia a legalidade de partido nazista no Brasil. Representação 20/22, do PCdoB,

Representação 21/22 (apensada), do PT, e Representação 22/22 (apensada), do PSol, e Rede, em desfavor do Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O partido acusa o deputado de debochar, em rede social de tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou nessa quarta-feira (27) processos disciplinares contra seis deputados: Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Éder Mauro (PL-PA), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Dra. Soraya Manato (PTB-ES) e Wilson Santiago (Republicanos-PB). Na mesma reunião, foram sorteadas as listas de deputados que poderão ser designados como relatores dos processos. Os relatores não podem pertencer ao mesmo partido ou estado dos representados ou ao partido que abriu a representação. Nos processos:

• Bia Kicis foi acusada pelo PSOL e PT de insuflar motim da Polícia Militar da Bahia, ofender o Supremo Tribunal Federal e criticar a recomendação do uso de máscaras de proteção em publicações nas mídias sociais (Representações 5/22 e 6/22);

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• Carla Zambelli foi acusada pelo PT de disseminar em suas mídias sociais informações falsas sobre a pandemia de Covid-19 (Representação 7/22);

• Éder Mauro foi acusado pelo PSOL e PT de desrespeitar as deputadas Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Maria do Rosário (PT-RS) em uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Representação 9/22)

• Eduardo Bolsonaro foi acusado por PT, PDT, PSB e PSOL de desrespeitar parlamentares mulheres e dar declarações contra o uso de máscaras de proteção em publicações nas mídias sociais (Representações 2/22, 4/22 e 8/22);

• Soraya Manato foi acusada pelo PT de publicar em mídia social declarações ofensivas contra o senador Humberto Costa (Representação 3/22); e

• Wilson Santiago foi acusado pelo Novo por denúncias de crimes de organização criminosa e corrupção passiva investigados pela Procuradoria-Geral da República (Representação 1/22).

Liberdade de expressão

Os deputados Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Soraya Manato questionaram o fundamento das acusações por terem como base publicações em mídias sociais. Bia Kicis declarou espanto por estar na condição de representada. "É um ataque dos parlamentares da oposição à liberdade de expressão. É uma postagem minha nas redes sociais como opinião. Estamos vendo as nossas prerrogativas e nossa imunidade parlamentar sendo violadas", protestou.

Soraya Manato afirmou que o processo contra ela é "um besteirol". "Acho um absurdo sermos processados, estarmos aqui perdendo nosso tempo com esse monte de besteira, de idiotice", queixou-se.

Eduardo Bolsonaro negou ter feito comentários contra as mulheres. Ele acusou os partidos de esquerda de usar os processos para atacar o governo. "A estratégia da esquerda é fazer uma guerra de narrativas só para criar títulos em jornais que visem a nos denegrir", afirmou. "Se alguém se sentir prejudicado, é melhor entrar na Justiça do que no Conselho de Ética. A gente já sabe que estes processos aqui muito provavelmente não vão dar em nada."

Democracia

O deputado Márcio Labre (PL-RJ) ameaçou apresentar representações contra deputados da oposição. "Eu poderia citar agora mais de 300 postagens desta turma do Psol, PCdoB e PDT contra o presidente da República. Vão ter trabalho também", declarou.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) protestou contras as ameaças e acusou os deputados bolsonaristas de cometer crimes ao defender a tortura e atacar a democracia. "É isto que está em jogo. Não se trata de xingamentos e narrativas. Vamos continuar levando estas pessoas por coisas sérias e duras, que dizem respeito à vigência da democracia nesta Casa", afirmou.

Já o deputado Éder Mauro negou ter ofendido deputadas durante debates em plenário. "Sou chamado de matador e miliciano e não represento contra ninguém aqui neste Conselho de Ética", comparou. "Se for feito o contrário, os deputados não vão mais trabalhar aqui nesta Casa, pois vão ficar respondendo mutuamente a ofensas em Plenário ou pelas redes sociais."

Daniel Silveira

O deputado Léo de Brito (PT-AC) pediu a análise do Plenário de representações anteriores contra o deputado Daniel Silveira que foram julgadas no Conselho de Ética no ano passado. "O que está em jogo inclusive é o próprio trabalho do Conselho de Ética se nas próximas representações nós tivermos o mesmo entendimento, o mesmo tipo de encaminhamento. Não faz nem sentido termos um Conselho de Ética aqui", lamentou. O deputado Célio Moura (PT-TO) observou que a punição de oito meses de suspensão já deve ultrapassar o tempo de mandato restante para Daniel Silveira.

O presidente do conselho, deputado Paulo Azi (União-BA), explicou que ainda não foi feita a leitura das representações na Mesa Diretora para iniciar a contagem de prazo de análise do Plenário.

Márcio Labre acusou os deputados da oposição de serem obcecados pelo deputado Daniel Silveira. "Chama a atenção com muita estranheza essa fissura pelo deputado Daniel, um caso que já foi resolvido", afirmou, fazendo menção ao perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Está marcada para esta terça-feira (12), no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a votação do relatório que pede a cassação do deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei (União Brasil), em razão de mensagens em áudio, gravadas pelo parlamentar, com declarações sexistas sobre mulheres ucranianas. O texto, feito pelo deputado estadual Delegado Olim (PP-SP), será lido em sessão marcada para às 14h.

Nos áudios atribuídos ao deputado há declarações de que as mulheres ucranianas são fáceis de pegar por serem pobres. “Elas olham e vou te dizer: são fáceis porque elas são pobres, e aqui a minha carta do Instagram cheia de inscritos funciona demais. É inacreditável a facilidade. Essas minas em São Paulo, você dá bom dia e elas vão cuspir na tua cara, e aqui elas são super simpáticas, super gente boa”, diz parte do áudio.

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Ainda de acordo com Arthur, à época, pré-candidato ao governo paulista, a fila de refugiados da guerra tem mais mulheres bonitas que “a melhor balada do Brasil na melhor época”. Mamãe Falei é alvo de 21 representações por causa de seus comentários, datados em março deste ano.

Para que Arthur do Val perca o mandato é necessário que a maioria simples do Conselho concorde com o parecer antes da sessão plenária decidir. Além de contar com o relator, a cúpula é formada por outros oito membros efetivos. Caso haja decisão do colegiado pela perda de mandato, temporária ou permanente, a Mesa Diretora da Casa deverá aprovar a resolução.

Em seguida, o caso segue para o plenário da Alesp, onde será necessário o voto da maioria dos deputados para que Arthur do Val perca o cargo. A Assembleia Legislativa de São Paulo conta com 94 deputados.

A ex-namorada de Arthur do Val, Giulia Passos Blagitz, prestou depoimento na última semana ao Conselho de Ética, como testemunha de defesa do deputado. Eles terminaram o relacionamento logo após a polêmica. Passos condenou a atitude do ex-companheiro e a descreveu como “falta de respeito”. Outros assuntos foram abordados com a testemunha, mas não foram divulgados.

 

Ex-aliada do governo, a deputada federal Dayane Pimentel (PSL-BA) entrou, nessa terça-feira (14), com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o também deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pedindo que ele responda a um processo administrativo por publicações contra ela nas redes sociais. A parlamentar diz que está sendo 'ameaçada' e 'perseguida' pelo filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Desde que a sra. Dayane Pimentel deixou de apoiar o governo do Presidente Jair Bolsonaro, o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, ora Representado, vem perseguindo a Representante, de forma a intimidá-la e temer pela sua integridade física e moral, máxime diante de tanta violência que se encontra lamentavelmente no cenário político hodierno", diz um trecho da representação.

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Dayane imputa ao deputado quebra de decoro parlamentar por violação ao trecho do Código de Ética da Câmara que prevê como dever fundamental dos deputados "tratar com respeito e independência os colegas". Ela também afirma que Eduardo Bolsonaro cometeu os crimes de stalking (perseguição) e dano emocional à mulher, incluídos recentemente no Código Penal.

"A deputada federal se sente extremamente ameaçada e assustada, pois, repise-se à exaustão, um deputado que correntemente incita o ódio na política brasileira, com forte influência perante os seus seguidores - que, diga-se, são milhões -, o persegue nas redes sociais, transbordando, pois, aos limites concedidos pelas prerrogativas parlamentares ou liberdade de expressão", segue a parlamentar.

A representação foi enviada depois que Eduardo Bolsonaro chamou a deputada de "traidora nível hard" por participar da manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (19), que pedia o impeachment do presidente. Ele também compartilhou uma foto da parlamentar com um alvo no rosto.

Com a repercussão da publicação, a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados divulgou uma nota de repúdio ao comentário.

"Lamentamos a postura recorrente de Eduardo Bolsonaro por meio de atos de violência política de gênero em redes sociais, incompatíveis com o mandato parlamentar e por se constituírem em verdadeiro atentado à Constituição brasileira", diz o texto.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO EDUARDO BOLSONARO

A reportagem entrou em contato com o gabinete do deputado e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

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