Tópicos | Centro de Recuperação Regional de Altamira

Mais um corpo foi encontrado no Centro de Recuperação Regional de Altamira. A informação foi divulgada pelo Instituto Médico Legal (IML), na noite dessa terça-feira (30), após os peritos localizarem o corpo carbonizado entre os escombros do presídio. A vítima ainda não foi identificada.

Entenda o caso

##RECOMENDA##

Um confronto entre facções dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira chocou o País na última segunda-feira (29). Ao todo, 58 pessoas foram brutalmente assassinadas. 

Dezesseis detentos foram identificados como envolvidos no confronto e foram transferidos para unidades penitenciárias da região metropolitana de Belém e para presídios Federais, por volta das 9h30 de terça-feira. Este foi o maior massacre em presídio desde o Carandiru, em São Paulo, que teve intervenção militar para conter a rebelião entre os presos e resultou na morte de 111 detentos.  

Além dos envolvidos no massacre, mais 46 presos serão transferidos de Altamira para Belém. Segundo a assessoria da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), oito lideranças serão encaminhadas para presídios federais, oito para unidades prisionais da capital, onde ficarão em isolamento, e 30 detentos serão distribuídos por cinco outras prisões.

"O objetivo é tirar do mesmo ambiente as facções rivais. Já foram identificados, presos em flagrantes e serão responsabilizados alguns dos envolvidos nas mortes. O policiamento na região de Altamira também será reforçado, e também nas casas penais de Belém, onde faremos uma redistribuição dos internos como medida de segurança", disse Ualame Machado, Titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social.

Para reforçar a segurança nos presídios do estado, o governador do estado, Hélder Barbalho, anunciou, na noite de ontem, que dará posse a 485 agentes penitenciários aprovados no último concurso da Sesipe. A posse será no próximo sábado (3).

Lista das 57 vítimas do confronto:

01. Adriano Moreira de Lima

02. Bruno Whesley de Assis Lima

03. Carlos Reis Araujo

04. Deiwson Mendes Correa

05. Deusivan da Silva Soares

06. Efrain Mota Ferreira

07. Eliesio da Silva Sousa

08. Ismael Souza Veiga

09. Jelvane de Sousa Lima

10. João Pedro Pereira dos Santos

11. Josivan Irineu Gomes

12. Nathan Nael Furtado

13. Nathan Silva do Nascimento

14. Rivaldo Lobo dos Santos

15. Evair Oliveira Brito

16. Gilmar Pereira de Sousa

17. Admilson Bezerra dos Santos

18. Ailton Saraiva Paixão

19. Alan Kart G. Rodrigues

20. Alan Patrick dos Santos Pereira

21. Alessandro Silva Lima

22. Amilton Oliveira Camera

23. Anderson dos Santos Oliveira

24. Anderson Nascimento Sousa

25. André Carlos Sousa Patrício

26. Bruno Rogério Andrade

27. Cleomar Silva Henrique

28. Clevacio Soares Queiroz

29. Diego Aguiar Figueiredo

30. Diego Walison Sousa Reis

31. Diogo Xavier da Silva

32. Domingos Fernandes Castro da Silva

33. Douglas Gonçalves Viana

34. Edson Costa de Macedo

35. Delimarques Teixeira Pontes

36. Francisco Claudizio da Silva Ferreira

37. Geidson da Silva Monteiro

38. Hugo Vinicius Carvalho

39. Itamar Anselmo Pinheiro

40. Jeová Assunção da Silva

41. João Nilson Felicidade Farias

42. José Brandão Barbosa Filho

43. José Francisco Gomes Filho

44. Josivan Jesus Lima

45. Josicley Barth Portugal

46. Josué Ferreira da Silva

47. Junior da Silva Santos

48. Kawe Reis Barbosa

49. Leonardo Dias Oliveira

50. Luilson da Silva Sena

51. Marcos Saboia de Lima

52. Renan da Silva Souza

53. Rogerio Pereira de Souza

54. Sandro Alves Gonçalves

55. Valdecio Santos Viana

56. Vanildo de Souza Guedes

57. Wesley Marques Bezerra

58. Ainda não identificado

Por Rosiane Rodrigues

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pediu informações ao Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) sobre a situação do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, um dos presídios do estado. A medida foi tomada após a rebelião ocorrida hoje (29), que deixou 57 detentos mortos.

Em oficio encaminhado ao TJPA, o juiz Luís Lanfredi, responsável pelo Departamento de Fiscalização do Sistema Carcerário do conselho, pede informações sobre a situação processual dos detentos, quantidade de servidores e de vagas disponíveis para custodiados e cópia do último relatório de inspeção carcerária realizada pelo tribunal.

##RECOMENDA##

"Ante a gravidade dos fatos noticiados, requeiro, ainda, informações sobre a criação de um gabinete de crise e sobre as medidas administrativas e corretivas já adotadas ou previstas em relação ao acontecimento de 29 de julho para a garantia da segurança de todos os envolvidos e a manutenção ou retomada das rotinas prisionais, notadamente, quanto ao acesso a direitos e serviços por parte das pessoas privadas de liberdade e seus familiares", disse o juiz.

A rebelião começou por volta das 7h, quando um grupo de presos da facção Comando Classe A (CCA) invadiu a ala dos integrantes do Comando Vermelho (CV), facção rival, e colocou fogo em uma das celas.

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), o conflito foi um acerto de contas e não um protesto contra as condições do sistema prisional. Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns, mas foram liberados ao final da rebelião, que foi contida por volta das 12h.

 

A Secretaria de Segurança do Pará confirmou que subiu para 57 o número de presos que foram mortos durante uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, na manhã desta segunda-feira (29). De acordo com o órgão, 16 detentos foram decapitados e o restante morreu por asfixia. 

O governo local também decidiu que 10 dos 16 líderes identificados serão transferidos para presídios federais. Mais 46 detentos serão transferidos para outras prisões no estado.

##RECOMENDA##

Atendimento psicológico e médico também foram disponibilizados aos familiares dos presos, que permaneceram durante todos o dia na entrada do presídio em busca da confirmação dos nomes dos mortos. A Polícia Militar permanece dentro da unidade prisional para evitar novos conflitos.

A rebelião começou por volta das 7h, quando um grupo de presos da facção Comando Classe A (CCA) invadiu a ala dos integrantes do Comando Vermelho (CV), facção rival, e colocou fogo em uma das celas.

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), o conflito foi um acerto de contas e não um protesto contra as condições do sistema prisional. Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns, mas foram liberados ao final da rebelião, que foi contida por volta das 12h.

Mais cedo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública ofereceu ao governo do Pará 10 vagas em presídios federais para transferir os líderes da rebelião. Em nota à imprensa, o ministro Sérgio Moro lamentou as mortes na rebelião e determinou que a Força Nacional fique de prontidão para atuar se for necessário. Moro também quer a intensificação do trabalho de inteligência policial.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando