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O número de mulheres mortas após o confronto de gangues em um presídio de Honduras subiu para 46, enquanto os corpos começaram a ser entregues a suas famílias, informaram fontes do Ministério Público.

"Quarenta e seis é o número total de corpos que chegaram à Medicina Forense", disse o porta-voz do Ministério Público, Yuri Mora, que explicou que é preciso aguardar os exames de identificação para verificar se todas as vítimas são detentas.

A porta-voz da Direção de Medicina Forense, Issa Alvarado, informou que "há 23 corpos identificados com nomes e sobrenomes e foram entregues aos familiares".

O confronto entre gangues rivais aconteceu na terça-feira (20) no Centro Feminino de Adaptação Social (Cefas) em Támara, 25 quilômetros ao norte de Tegucigalpa.

Segundo as autoridades, detentas da gangue Bairro 18 invadiram o prédio onde estão suas rivais da Mara Salvatrucha (MS-13), disparando com arma de alto calibre, e depois atearam fogo.

"O módulo está completamente destruído, foi totalmente queimado", disse a presidente da associação de familiares de pessoas privadas de liberdade, Delma Ordoñez.

Os corpos começaram a chegar ao Necrotério Judicial de Tegucigalpa na terça-feira à tarde.

Durante toda a noite, familiares se reuniram nos arredores do necrotério em busca de informações, muitos sem saber se suas parentes estavam entre as vítimas. A entrega dos corpos começou na madrugada, segundo Alvarado.

"Espera-se que seja um processo rápido para dar uma resposta imediata aos familiares", afirmou a porta-voz à AFP.

Ela indicou que a Medicina Forense tem uma sala de necropsias com capacidade para 15 macas, e cinco equipes de médicos trabalham de forma simultânea.

No "processo", o corpo que dá entrada é etiquetado com um número de necropsia, e então são feitos raios-x e exames laboratoriais para a elaboração de um parecer que é entregue ao Ministério Público.

Os médicos determinam as causas da morte de cada pessoa, porque houve "disparos de armas de fogo, armas brancas, pessoas carbonizadas", acrescentou.

O Cefas abrigava cerca de 900 detentas.

- "Emergência" -

A presidente de Honduras, Xiomara Castro, disse no Twitter que está "abalada" com o "monstruoso assassinato de mulheres (...) planejado por gangues" e "à vista" das autoridades de Segurança. Ela anunciou "medidas drásticas" após o incidente e, à noite, demitiu o ministro da Segurança.

A vice-ministra de Segurança, Julissa Villanueva, declarou "emergência" no presídio e autorizou "a intervenção imediata com acompanhamento de bombeiros, policiais e militares", escreveu no Twitter.

Villanueva foi nomeada para o cargo depois que confrontos em quatro presídios deixaram um morto e sete feridos em abril.

A vice-ministra anunciou então um plano para controlar os 26 presídios do país, ocupados por cerca de 20 mil detentos. O plano inclui "desarmamento real por meio de buscas manuais e eletrônicas permanentes" e "bloqueio total do sinal telefônico" para evitar que os reclusos continuem cometendo crimes dentro das cadeias.

 O governo do Paraná informou nesta quarta-feira (21) que o autor do ataque a um colégio em Cambé, onde dois adolescentes de 16 e 17 anos foram assassinados, foi encontrado morto em uma cela.

O assassino foi achado sem vida por volta da meia-noite, em uma cela da Casa de Custódia de Londrina, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública paranaense e da Coordenação do Departamento Penitenciário de Londrina.

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As causas da morte do atirador de 21 anos estão sendo investigadas.

O assassino estava na mesma cela que um homem suspeito de ter participado do planejamento e da compra do armamento usado no ataque ao Colégio Estadual Helena Kolody. 

Da Ansa

Uma rotina que inclui banhos de chuveiro frios, noites sobre um colchão fino no chão e mau cheiro que escapa do banheiro marca a realidade de mais de 1,3 mil radicais que permanecem presos em Brasília.

O Estadão teve acesso aos detalhes da situação diária que os presos envolvidos com os atos de violência no dia 8 de janeiro passaram a encarar, desde que chegaram ao Complexo Penitenciário da Papuda, no caso dos homens, e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, destinada às mulheres. Os detidos podem até estar em áreas separadas dos demais presos, mas passaram a conviver com as mesmas condições, o que tem gerado diversas queixas.

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As celas, que costumam ter, em média, oito camas, estão cheias e não há espaço para todos. No presídio feminino, há celas com o dobro da capacidade: até 16 mulheres no mesmo espaço. No masculino, algumas têm 22 homens.

Muitos dos extremistas têm reclamado que acabam ficando nas áreas próximas ao banheiro de cada cela, tendo de lidar com o mau cheiro dos sanitários. Na maior parte das celas, não há privadas de concreto, mas a chamada "bacia turca", um buraco no solo que obriga o preso a ficar de cócoras para utilizá-lo. Nos presídios, a expressão mais recorrente para se referir a essa instalação é a de que ninguém quer "dormir perto do boi".

Banho frio

O banho é outro alvo de críticas. Basicamente, todo mundo tem de se lavar com água fria. O chuveiro quente é uma exceção que só existe - quando existe - para os idosos. A comida também é uma das campeãs das reclamações. Apesar de a Secretaria Penitenciária informar que fornece quatro refeições por dia, os extremistas se queixam da qualidade e da quantidade.

A Defensoria Pública do Distrito Federal tem atuado na Secretaria Penitenciária para tentar amenizar as queixas, não apenas dos golpistas presos, mas de toda a população carcerária do DF. Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, converteu em preventiva a prisão de 354 detidos após os ataques do dia 8.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã da sexta-feira (21), oito detentos fugiram da cadeia pública de Juara, região médio-norte do estado do Mato Grosso, após um grupo da ala 01 cavar um buraco em uma cela. Foi montada uma força-tarefa para encontrar os fugitivos.

De acordo com a Polícia Civil, no mesmo dia, sete dos presidiários foram recapturados ainda na cidade de Juara. Dois deles foram autuados em flagrante após o furto de uma motocicleta, que foi recuperada.

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Um preso ainda se encontra foragido, mas a polícia segue com as buscas na região. Uma investigação foi instaurada para apurar se houve participação de outros detentos na fuga.

O entregador Briner de Cesar Bitencourt, de 22 anos, morreu neste mês após contrair uma doença em uma unidade penitenciária do Tocantins em que cumpria prisão preventiva sob acusação de tráfico de drogas. A morte foi registrada na segunda-feira, 10, mesma data em que presídio recebeu o alvará de soltura do jovem após a sentença de absolvição no caso.

Bitencourt estava preso desde 12 de outubro do ano passado, quando a Polícia Militar encontrou uma plantação com 88 pés de maconha e 10,8 quilos da droga em um imóvel que ele dividia com duas outras pessoas, que também foram presas na oportunidade. A defesa sustentava que o jovem não tinha ligação com a posse da droga, que pertenceria aos outros inquilinos. Um ano depois, a Justiça reconheceu o argumento e mandou soltá-lo.

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Ao longo do mês de outubro, o entregador vinha se queixando de sintomas como náusea e dores abdominais. Ele foi atendido no dia 3 de outubro e, no dia 6, foi levado a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).

Dias depois, um novo boletim médico mostrou um atendimento noturno com pressão baixa do paciente. Briner foi recolhido pelo Samu à meia-noite do dia 9 e levado para a Unidade de Pronto Atendimento Sul, "consciente, orientado, verbalizando", anotou o técnico responsável pelo encaminhamento.

Na UPA o médico atestou que o paciente contou estar com sintomas havia 14 dias com "piora progressiva" até aquele dia, quando entrou na unidade com dor abdominal intensa, hipotensão, vômitos, fezes escuras, fraqueza extrema e respiração difícil (taquidispnéia).

Com baixa saturação, ele foi entubado, mas dez minutos depois teve parada cardiorrespiratória. A equipe que o atendia aplicou adrenalina de 3 em 3 minutos, por nove ciclos de dosagem, mas a circulação sanguínea não retornou espontaneamente e ele morreu às 4h15, segundo atesta o boletim médico da UPA.

Naquele mesmo dia 10, às 14h46 a Justiça assinava o alvará de soltura de Briner. Às 15h17, o chefe da Unidade Penal Regional de Palmas, Thiago Oliveira Sabino de Lima, comunicou a morte em ofício ao juiz Allan Martins Ferreira.

Advogada de Briner, Lívia Machado Vianna esclareceu que o cliente sublocou um quarto na casa com os dois rapazes, com entrada independente do outro cômodo, que era o do fundo, onde havia uma parede falsa e uma espécie de estufa onde a maconha era cultivada. Ela afirma que o cliente não tinha nenhuma participação no tráfico, comprovada pelos testemunhos e pela análise do celular de Briner.

A advogada afirmou ter apresentado provas do emprego fixo e certidão sem antecedentes criminais em pedido feito para revogar a prisão preventiva, que foi mantida. "Tudo foi apresentado mas o Judiciário não concedeu a revogação da preventiva, e o manteve preso, sob a justificativa é que era muita droga apreendida".

A audiência de instrução do processo do motoboy ocorreu em maio deste ano, mesmo mês em que a Justiça negou liberdade a Briner com o fundamento da garantia da ordem pública e da ordem econômica e por conveniência da instrução criminal.

Na quarta-feira, 12, dois dias após a morte, a defesa pediu e a Justiça fixou um prazo de 24 horas para o governo do Tocantins fornecer imagens da enfermaria, da cela dele e do pátio do banho de sol, e corredores que interligam estes ambientes na cadeia entre os dias 6 e 10 de outubro. A família quer entender o que ocorreu dentro da prisão e qual tipo de atendimento o estado deu ao filho.

Presidente do Conselho Penitenciário do Tocantins, a advogada Sibele Letícia Rodrigues de Oliveira Biazotto questionou a necessidade de o Judiciário ter mantido o motoboy preso por quase um ano, sem nenhuma sentença. "A preventiva tem sido utilizada como uma punição antecipada, sem sequer saber se a pessoa será condenada, sem sequer saber se é mesmo que seja se a pena resultaria em um regime no sistema fechado", avalia.

Para a presidente, o problema que resultou na morte não é apenas o da demora do alvará. "Não é a demora do tempo de julgamento e de sentença e não foi só a manutenção dessa preventiva. Foram fatores que ocorrem com todos os brasileiros todos os dias que é essa forma de se investigar começando por aí que é essa forma de se encarcerar, de se manter encarcerado e de não se resolver o problema", avaliou.

‘Trâmite normal’, diz Justiça sobre o caso

Em nota, a 4ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, onde tramitou o caso do motoboy, defende que os "fortes indícios de participação na prática delitiva" foram o motivo que justificou a prisão preventiva. "Entretanto, a prova colhida em contraditório não foi suficiente para sua condenação", reconhece, no texto.

"O processo obedeceu ao trâmite normal, sem qualquer evento capaz de macular ou atrasar o andamento do feito, uma vez que havia pluralidade de réus patrocinados por advogados diferentes, o que denota a duplicação dos prazos para manifestarem-se nos autos", defende o Tribunal de Justiça.

O TJ afirma não ter havido "ofensa ao princípio da razoabilidade que ocasionasse qualquer ilegalidade na manutenção da prisão cautelar do acusado" e reforça que a responsabilidade da custódia das pessoas presas é do Executivo Estadual.

A Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça (Seciu), responsável pelo sistema prisional, afirma que prestou "toda a assistência necessária ao custodiado" e o laudo com a causa ainda não foi consolidado e informado à unidade penal.

O órgão destaca que Briner foi acompanhado pela equipe de saúde em diversas consultas e também encaminhado para atendimento especializado em unidades de saúde da capital, porém sem diagnóstico fechado a tempo.

A secretaria também afirma que não comunicou nenhuma vez à família sobre o estado de saúde do detento "devido ao sigilo médico/paciente" e por "não haver diagnóstico fechado pelas equipes médicas em tempo até a data do óbito."

Também afirma ter cumprido os "protocolos executados em caso de óbitos de custodiados" com assistência no funeral, pagamento dos custos e o suporte para velório.

Uma mulher grávida foi presa, neste domingo (5), tentando entrar com drogas na Cadeia Pública de Gravatá. Ao receberem a denúncia, policiais militares da 5ª CIPM foram até a área próxima à unidade, e localizaram a suspeita na rua 4 de Outubro, no bairro Jucá.

Foi feita a busca por uma policial feminina e nada de ilícito foi encontrado. No entanto, ela acabou revelando que estava grávida e tinha escondido drogas em sua vagina. O policiamento conduziu a envolvida para a UPA da cidade, onde o médico de plantão realizou o procedimento de retirada de uma embalagem com 72g de maconha.

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Segundo a mulher, a droga seria entregue a seu companheiro, que está preso. O material apreendido e a suspeita foram entregues na delegacia da cidade, para a adoção das medidas legais.

Com informações da assessoria da Polícia Militar de Pernambuco

Um convênio entre o Patronato Penitenciário e a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), está renovando os brinquedos de parques e praças do Recife. Reeducandos do regime aberto estão atuando no conserto, pintura e montagem dos equipamentos públicos de lazer.

Eles pintam, consertam, soldam, montam os brinquedos usados no lazer de crianças em praças e parques, como, balanço, escorrego, gangorras, entre outros equipamentos. O grupo formado por oito homens deixam os equipamentos prontos para serem reinstalados, mas também atuam no conserto e pintura de gradis de praças, além de fabricar traves de futebol.

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“Com essa atividade de recuperação dos brinquedos eles prestam um grande serviço à comunidade e, ao mesmo tempo, são resgatados através do trabalho, para recuperar sua cidadania”, explica Josafá Reis, superintendente do Patronato Penitenciário.

Os reeducandos trabalham das 7h às 11h e das 12h às 16h, de segunda a sexta-feira, e pelos serviços recebem um salário mínimo (R$ 1.212,00), auxílio de transporte e alimentação.

“O trabalho deles é muito importante aqui, eles recolhem o brinquedo ou o gradil quebrado, levam de dois a três dias para consertar, e ainda fazem a reinstalação na praça”, ressalta Luís Carlos de Abreu e Lima, gerente de Parques da Emlurb.

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Com informações da assessoria

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) afirmou, nesta terça-feira (22), que o ministro da Educação (MEC), Milton Ribeiro, deveria deixar o cargo e ser processado. Em entrevista ao UOL News, Vieira afirmou que vai cobrar da Procuradoria Geral da República (PGR) uma punição ao ministro por eventual improbidade administrativa e tráfico de influência.

Em áudio divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, Ribeiro diz que prioriza prefeitos “amigos de pastores” com as verbas do MEC.

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"Esse ministro nunca tinha que ter entrado, mas considerando o histórico do Bolsonaro, o mais provável é que ele receba uma medalha. A gente chegou nesse nível de cinismo. É preciso alertar as pessoas. Isso é caso de demissão, e, depois de um processo, é caso de cadeia”, declarou.

Vieira também advertiu que já está na hora de crimes pararem de ser tratados como normal. "Aqui tudo vira normal: 'é normal ter um presidente que não respeita a ciência. É normal ter gente que é descondenada pelo Supremo Tribunal Federal. É normal você ter tráfico de influência e transferência de verbas significativas por critérios não republicanos. Confrontar isso mesmo sabendo que o PGR é acomodado, mesmo sabendo que o PGR retarda os procedimentos, é uma obrigação minha como cidadão e parlamentar”, frisou.

 

Um preso foi assassinado na Cadeia Pública de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, no último domingo (20). A vítima foi identificada como Carlos de Araújo Silva.

O corpo de Carlos apresentava várias perfurações de faca. Foram acionadas equipes das polícias Militar e Civil e do Instituto de Criminalística. 

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Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), foram realizadas 17 transferências após o ocorrido, entre elas, de suspeitos do crime.

Estão abertas as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade. O registro dos participantes deverá ser realizado pelo responsável pedagógico de cada unidade prisional ou socioeducativa.

As candidaturas podem ser realizadas até o dia 11 de dezembro. Conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação da prova, que ocorrerá nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2021, fica a cargo das secretarias de Segurança garantir a qualidade na aplicação do exame dentro das unidades prisionais que serão indicadas.

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As unidades precisam ter um espaço físico adequado para a realização das provas, ambiente escolar coberto, silencioso, com iluminação, mesas e cadeiras em condições para a realização do exame. Para as pessoas privadas de liberdade participarem do Enem, os órgãos de administração prisional e socioeducativa precisam ter firmado adesão com o Inep para estarem aptos a inscrever candidatos.

Segundo o edital, cada unidade prisional ou socioeducativa terá um responsável pedagógico com acesso ao sistema de inscrições e suas funcionalidades. O profissional terá a função de realizar e acompanhar as inscrições; determinar as salas de provas dos participantes e a transferência entre as unidades, quando necessário, dentro do prazo previsto; e excluir aqueles que tiverem sua liberdade decretada.

O responsável pedagógico terá acesso aos resultados obtidos pelos participantes e ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para concorrer a uma vaga na educação superior. Também ficará a cargo desse colaborador a divulgação das informações sobre o exame aos participantes privados de liberdade. Os participantes com idade a partir de 18 anos poderão utilizar o desempenho no exame como mecanismo único, alternativo ou complementar para acesso à educação superior. Já os menores de 18 anos, considerados “treineiros”, que fazem as provas para conhecer o processo, só poderão utilizar os resultados individuais no exame para autoavaliação de conhecimentos. Confira mais detalhes sobre o Enem PLL no edital.

O Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) solicitou prisão de uma mesária, que trabalhava nas eleições municipais deste domingo (29), na Escola Estadual Maria Alves Machado, no bairro de Maranguape II, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com o órgão, a acusada orientava eleitores a votar em um candidato, cuja identidade não foi revelada pelo MPPE.

A solicitação da prisão ocorreu por meio das promotoras eleitorais Rafaela Melo e Julieta Batista. O caso, segundo o MPPE, aconteceu na 114ª Zona Eleitoral, Seção de número 99. “Em frente ao mesmo Colégio Eleitoral, duas pessoas foram presas por realizar aglomerações. Além disso, foi identificado cidadão realizando boca de urna, com distribuição de santinhos e dinheiro para eleitores. Ele também foi encaminhado à delegacia para assinar Termo Circunstanciado de Ocorrência”, informou, também, o Ministério Público.

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Ainda em Paulista, na 146ª Zona Eleitoral, a promotora eleitoral Christiana Ramalho solicitou reforço de policiamento e deslocamento de ônibus do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). A promotora identificou “excessivas denúncias de compra de voto e realização de boca de urna, em frente aos Colégios Eleitorais da região”.

Dados do Departamento Penitenciário Nacional, divulgados nesta segunda-feira (19) no 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostram que a cada três presos em 2019, dois eram negros. Os negros representam 66,7% da população carcerária, estipulada em 755.274 reclusos no país. 

“As chances diferenciais a que negros estão submetidos socialmente e as condições de pobreza que enfrentam no cotidiano fazem com que se tornem os alvos preferenciais das políticas de encarceramento do país”, avalia o estudo.

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Os negros são a maioria - 66,7% - diante de 33,3% da população carcerária composta por brancos, amarelos e indígenas. “A taxa de variação nesse período [2005-2019] mostra o crescimento de 377,7% na população carcerária identificada pela raça/cor negra, valor bem superior à variação para os presos brancos, que foi de 239,5%”, informa o Anuário. A proporção de negros no cárcere cresceu 14% nos últimos 15 anos, enquanto a proporção de brancos sofreu ua queda de 19%.

Para os pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), “as chances diferenciais a que negros estão submetidos socialmente e as condições de pobreza que enfrentam no cotidiano fazem com que se tornem os alvos preferenciais das políticas de encarceramento do país”.

O levantamento do FBSP também destaca que 95,1% dos presos são homens, enquanto 4,9% são mulheres. Entretanto, nos últimos 11 anos houve um aumento de 70,9% de prisões do sexo feminino, alcançando a marca de 36.926 detentas.

A principal faixa etária nas prisões é a de 18 a 24 anos, equivalente a 26% do total de presos. Em seguida estão aqueles com idade entre 25 e 29, que representam 24% da população carcerária, segundo o estudo. "A população prisional do país segue um perfil muito semelhante aos das vítimas de homicídios", indica o Anuário.

LeiaJá Imagens:

--> 13 crianças foram assassinadas por dia no Brasil em 2019

--> Por hora, três menores são vítimas de estupro no Brasil

Um agente penitenciário foi condenado por prevaricação e tráfico de drogas pela 2ª Vara Cível da Comarca de Manhuaçu-MG. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os crimes foram cometidos enquanto ele cumpria suas funções na cadeia pública do município.

 O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou o agente por omissão do dever de vedar ao preso o acesso à comunicação com o ambiente externo e por permitir a realização de tráfico de drogas dentro do estabelecimento penal. O órgão pediu o afastamento do profissional, a suspensão dos direitos políticos e o pagamento de multa. O agente não se manifestou contra as acusações.

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De acordo com os autos, a denúncia foi comprovada por robusta prova documental. O agente teria permitido a entrada de maconha e um chip de celular na cadeia.

 O magistrado determinou as penas de perda da função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três anos e pagamento de multa equivalente a cinco vezes o valor da última remuneração no exercício de agente.

Após cinco meses de suspensão, as visitas presenciais ao sistema prisional de Pernambuco voltam a partir deste sábado (8). Para evitar contaminações entre familiares, advogados, reclusos e agentes penitenciários, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) divulgou duas portarias com orientações sanitárias.

As visitas ocorrerão a cada 15 dias, com duração de duas horas e serão restritas a um familiar, com idade entre 18 e 60 anos. Os encontros serão aos sábados e domingos, divididos pelo último número do prontuário do preso. O uso de máscara de proteção permanece obrigatório, e a higienização de mãos, pés, calçados e bolsas deve ocorrer na entrada da unidade.

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Os visitantes de reclusos presos durante a paralisação das visitas têm até esta sexta-feira (7) para realizar o pré-cadastro no Sistema Integrado de Administração Prisional (SIAP), através do site www.siap.pe.gov.br. Em seguida, devem ligar direto para a unidade prisional e agendar o dia para a coleta da biometria e fazer a foto.

Já os advogados voltam nas segundas, quartas e sextas, das 8h às 17h, com limite de 40 minutos por recluso e capacidade de atendimento de até três custodiados. Mesmo com a volta das visitas presenciais, os encontros virtuais estão mantidos semanalmente. Para ter acesso aos calendário das visitas e aos protocolos de higiene, basta acessar o site.

As cadeias paraenses estão há um ano sem rebeliões, motins e fugas em massa. O último registro é do dia 29 de julho de 2019, quando 58 detentos foram mortos durante uma briga de facções dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Estado.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) atribui o novo cenário às medidas de ressocialização e controle das casas de detenção. Segundo o secretário de Administração Penitenciária do Pará, Jarbas Vasconcelos, a implantação de protocolo padrão do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) também concorre para o sucesso da nova gestão. 

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O secretário Jarbas Vasconcelos afirma que o antigo sistema penitenciário era controlado pelo crime organizado. Presídios violentos resultavam da malsucedida administração. Autoridades de Segurança Pública do país classificaram o sistema prisional do Pará como um dos piores do Brasil. 

Entre as ações adotadas, explica Jarbas Vasconcelos, está o combate à criminalidade que se origina dentro dos presídios.  “Hoje o Sistema Prisional paraense está entre os melhores do Brasil. Todas as unidades prisionais têm um projeto de ressocialização baseado no incentivo ao trabalho e ao estudo de cada pessoa privada de liberdade. O objetivo é a produção de uniformes, alimentos e a manutenção e a construção de novas unidades prisionais”, disse o titular da Seap. 

Em 2019, o sistema carcerário paraense possuía 9.700 vagas prisionais. Até o final de 2020, a Seap deve entregar mais 5.778 vagas, um crescimento de mais de 50% do total recebido. Segundo Jarbas Vasconcelos, o planejamento não pretende apenas zerar o déficit prisional, mas produzir novas vagas com o controle do Estado. 

“Hoje você entra em uma unidade prisional e os internos dão ‘bom dia’ e respeitam. É uma cadeia limpa, disciplinada, com trabalho e educação. Um novo modelo prisional que o Pará está produzindo é digno para o Brasil. Esse projeto tem sido reconhecido pelo Ministério da Justiça, Departamento Penitenciário Nacional e por toda força de segurança”, afirma o secretário. “Não é apenas um trabalho da Secretaria e da sua equipe de diretores, mas de todos os diretores das unidades prisionais, de todos os servidores, agentes, policiais penais e das Forças de Segurança do Pará”, complementa. 

Reinserção social

Antes da pandemia da Covid-19, cada unidade prisional tinha uma turma de regime semiaberto. Os detentos iam às ruas para fazer reparos nas vias públicas, desentupimento de canais, limpeza das vias e praças como forma de prestar serviço à sociedade. Dentro das unidades, os internos também trabalham em atividades de manutenção, realizando serviços elétricos, hidráulicos, limpeza do local e lavagem de uniformes. 

Com a pandemia, as unidades definiram protocolo de combate ao novo coronavírus elaborado pela equipe da área de saúde com base em orientações nacionais. Os banhos de sol passaram a ser contingenciados e o uso de máscara e álcool em gel passou a ser obrigatório. “Apesar do pico vivenciado, nós não tivemos nenhum óbito dentre as pessoas presas”, destaca o secretário Jarbas Vasconcelos.

Desde o início da pandemia, as visitas presenciais foram suspensas e deram lugar às visitas virtuais. Familiares dos presos das unidades prisionais da Região Metropolitana de Belém passaram a utilizar uma rede de fibra ótica que psicografa as conversas, garantindo contato com os parentes em segurança. 

Na próxima segunda-feira (17), serão retomadas as visitas presenciais às unidades prisionais. De acordo com o secretário Jarbas Vasconcelos, os encontros seguirão critérios rigorosos de controle sanitário para preservar a saúde de detentos e familiares. 

Agentes prisionais

Após passarem por qualificação da Força Tática de Intervenção Prisional (FTIP), 15 agentes paraenses foram classificados em uma seleção, dos quais 10 receberam convocação para atuar no estado de Roraima. “Este é um passo muito importante para que nós possamos rumar à profissionalização e ao preparo crescente dos nossos servidores que cuidam do Sistema Prisional. Significa o reconhecimento da qualidade dos agentes”, afirma Jarbas Vasconcelos.

No início de 2019, a Seap contava com apenas 18 servidores concursados. Hoje são 1.578 servidores concursados que atuam nas áreas de saúde, tecnologia e administração. Um novo concurso público já foi autorizado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), que está preparando o edital de seleção da empresa organizadora para divulgação em dezembro.

Novos projetos

A partir deste mês de agosto, ao lado da abertura das vagas e do incremento no trabalho e educação como forma de ressocialização dos presos, será implantado o Centro Integrado de Monitoramento Eletrônico, seguindo modelos operacionais do Maranhão e do Ceará, baseados em padrão norte-americano de abordagem e recaptura. “Nós esperamos dar uma contribuição efetiva para a queda dos índices de criminalidade”, afirma Jarbas Vasconcelos.

As unidades prisionais receberão armamento suficiente para conter qualquer princípio da ordem de quebra da disciplina, informa Jarbas Vasconcelos, e se adaptar a um padrão nacional de controle e eficiência. 

Por Amanda Martins

O Governo de Pernambuco anunciou, na manhã desta quinta-feira (30), que as visitas nos presídios vão voltar em 8 de agosto, véspera do Dia dos Pais. Os encontros acontecerão quinzenalmente e cada preso poderá receber apenas um parente. As visitas íntimas seguem suspensas.

As visitas serão realizadas aos sábados e domingos com duração de duas horas. Está proibida a entrada de crianças, mulheres grávidas e pessoas com mais de 60 anos. Os visitantes deverão usar máscara e terão a temperatura aferida na entrada da unidade. Os alimentos trazidos vão passar por sanitização. "As pessoas têm que entender que as limitações são fundamentais para garantir e preservar a vida", disse o secretário de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), Pedro Eurico.

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Pernambuco contabiliza oito óbitos de presos até o momento. Segundo a SJDH, são 31.654 presos em Pernambuco. No estado, houve a liberação de 2,2 mil detentos seguindo recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desses, 654 estão sendo monitorados via satélite por meio da tornozeleira eletrônica e 62 foram recapturados por romperem o equipamento, segundo o secretário Pedro Eurico. As unidades prisionais de Pernambuco estavam sem receber visitas desde 20 de março. 

Além dos nove óbitos, 1.321 pessoas privadas de liberdade testaram positivo para Covid-19. Dessas, quase 90% já voltaram para o convívio nas celas. Seguem isolados 32 reeducandos.

Entre 1º a 8 de agosto, os familiares interessados em visitar algum preso poderão comparecer às unidades para fazer a carteira. São 23 presídios e 46 cadeias públicas no estado.

As visitas íntimas vão seguir suspensas por tempo indeterminado. "Não temos ainda condições de garantir o encontro íntimo entre as pessoas neste momento. Vamos fazer isso de forma gradual, responsável. Vamos observar semanalmente", disse Pedro Eurico. "Eu sei da ansiedade, da angústia, eu quero pedir a todas vocês que tenham calma, paciência, porque nós estamos preservando a vida de seus familiares que estão temporariamente privados de liberdade", completou.

O número de casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus no sistema prisional brasileiro chegou a 13.778 até essa quarta-feira (22), com um aumento de 99,3% em 30 dias, de acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O número de mortos chegou a 136.

Os dados somam os 5.113 casos e 65 mortes confirmadas entre servidores do sistema prisional, com 8.665 casos e 71 mortes de presos confirmadas. O levantamento feito pelo CNJ leva em conta informações dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, de boletins das secretarias estaduais de Saúde e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

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Entre os presos, o maior número de casos foi registrado no Distrito Federal (DF), onde 1.620 pessoas já contraíram o vírus, com três mortes. Em seguida vem Pernambuco, com 1.033 casos e seis mortes. Entre os servidores, o Pará lidera o número de casos, com 588, dos quais cinco morreram.

De acordo com o CNJ, os dados devem ser lidos levando em consideração as diferentes políticas de testagem adotadas em cada unidade da federação. O levantamento mostra que, em todo país, foram realizados até o momento 18.607 testes em pessoas presas e 19.132 em servidores. Há hoje mais de 700 mil presos no sistema penitenciário.

No sistema socioeducativo, com internos menores de idade, foram registros 2.356 casos de Covid-19 (alta de 80,2% em 30 dias) e 16 mortes.

O italiano Cesare Battisti, que cumpre pena de prisão perpétua em uma penitenciária da Sardenha por quatro homicídios cometidos na década de 1970, reclamou da qualidade da comida servida no cárcere.

A notícia foi antecipada pelo jornal local Unione Sarda e confirmada à ANSA pelo advogado Gianfranco Sollai, que defende o ex-terrorista.

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"A comida influencia o nosso estado de saúde, que é um princípio garantido constitucionalmente. Meu cliente se encontra em estado de isolamento e pode comer apenas alimentos dados pela administração, enquanto os outros detentos podem cozinhar a comida levada por parentes ou comprada", disse.

Battisti pediu ao Tribunal de Vigilância de Cagliari, capital da Sardenha, acesso a mais alimentos de melhor qualidade na cadeia. "Também solicitamos análises e exames para verificar seu estado de saúde", acrescentou Sollai.

Recentemente, Battisti também pedira progressão para o regime domiciliar devido à pandemia do novo coronavírus, alegando ter hepatite B e infecção pulmonar, mas a solicitação foi rejeitada pelo Tribunal de Vigilância Penal de Cagliari.

Extraditado pela Bolívia em janeiro de 2019, o italiano de 65 anos cumpre prisão perpétua na penitenciária de Oristano, em regime de isolamento. Ele pertencia ao grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado por quatro assassinatos cometidos na década de 1970.

Após ter passado quase 40 anos foragido e alegando inocência, Battisti admitiu, em março de 2019, ter sido o autor material de dois homicídios e seu envolvimento nos outros dois. Ele transcorreu boa parte de seu período de fuga no Brasil e tem um filho nascido no país.

Da Ansa

Um grupo de 34 detentos, sendo 31 homens e três mulheres, fugiram da Cadeia Pública de Medianeira (PR), cidade a 58 quilômetros (km) de Foz do Iguaçu, região oeste do Paraná. 

A fuga ocorreu na madrugada deste domingo (5), por volta das 3h30, e a suspeita é de que os detentos contaram com ajuda externa para cortar os cadeados dos portões.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública estadual, agentes do Setor de Operações Especiais (SOE) do Departamento Penitenciário do Paraná foram acionados. Policiais militares de Foz do Iguaçu também fazem buscas na região e, até agora, um homem foi recapturado.

Desde a última quinta-feira (18) preso em Bangu 8, o policial aposentado e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), Fabrício Queiroz, pediu um livro de autoajuda ao acusado de operar o esquema de propinas do Rio de Janeiro, investigado pela operação Lava Jato, Wilson Carlos. Wilson é ex-secretário do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) e, atualmente, organiza a biblioteca prisional.

Segundo o colunista Lauro Jardim, Queiroz está isolado em uma cela de cinco metros quadrados e não interage muito. No local, passa 10 horas diárias e tem à disposição uma pia, chuveiro e vaso sanitário. Por duas horas, o suspeito de coordenar um suposto esquema de ‘rachadinha’ no antigo gabinete de Flávio tem direito ao banho de sol em um pátio do presídio.

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A biblioteca foi montada pelo ex-deputado Edson Albertassi, que deixou o comando para Wilson Carlos após seguir para a prisão domiciliar, há dois anos. Desde então, parte da rotina do ex-secretário de Cabral é baseada em passear entre as celas perguntando o que os reclusos querem ler, apontou o portal IG.

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