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As comissões de Comissão de Fiscalização Financeira e Controle; e de Segurança Pública da Câmara dos Deputados reúnem-se nesta terça-feira (5) com o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A audiência será a partir das 14 horas.

O debate foi sugerido por nove deputados: Kim Kataguiri (União-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ), Marcos Pollon (PL-MS), Junio Amaral (PL-MG), Helio Lopes (PL-RJ), Adriana Ventura (Novo-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Gilson Marques (Novo-SC).

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Os parlamentares querem explicações de Silvio Almeida sobre a presença de Luciane Barbosa Farias, esposa de um suposto líder do Comando Vermelho, em reunião no ministério.

Luciane Barbosa foi recebida em maio pela coordenadora de gabinete da
Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humano. "O encontro foi registrado por Luciene nas redes sociais", ressalta Eduardo Bolsonaro.

Ela também participou de encontro sobre combate à tortura promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos, em Brasília, no mês passado, e teve passagens e diárias pagas pelo governo. Segundo nota do ministério, ressalta Marcos Pollon, "todos os convidados [do encontro] tiveram suas passagens e diárias custeadas [com dinheiro público]”.

"Como seria possível um comitê presidido pelo ministro de Direitos Humanos não ter a mínima capacidade de identificar a ligação de Luciene Barbosa Farias com o crime organizado amazonense?", questiona Junio Amaral.

Helio Lopes quer que o ministro esclareça quais são os protocolos de segurança adotados pela pasta para garantir a idoneidade dos terceiros com os quais se relaciona.

"O ministro é responsável direto pela gestão da pasta e deve explicações e desculpas à sociedade por ter financiado agentes do crime", cobra Adriana Ventura.

*Da Agência Câmara de Notícias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o X (antigo Twitter), nesta quarta-feira (15), para postar uma mensagem de solidariedade e apoio ao ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino. O político vem sendo acusado de ligação com facções criminosas.

"Minha solidariedade ao ministro @FlavioDino que vem sendo alvo de absurdos ataques artificialmente plantados. Ele já disse e reiterou que jamais encontrou com esposa de líder de facção criminosa. Não há uma foto sequer, mas há vários dias insistem na disparatada mentira", começou o presidente. 

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Ainda segundo o presidente, o Ministério da Justiça tem coordenado ações de enorme importância para o país, o que acabaria por despertar muitos adversários. "Que não se conformam com a perda de dinheiro e dos espaços para suas atuações criminosas. Daí nascem as fake news difundidas numa clara ação coordenada", afirmou, concluindo que "não haverá recuos diante de criminosos e seus aliados, estejam onde estiverem, sejam eles quem forem".

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Acusações

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (13) que não tinha conhecimento das reuniões realizadas na Pasta entre seus secretários e uma integrante do Comando Vermelho. Em uma publicação na rede social, Dino jogou a responsabilidade para o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, que disse que a faccionada estava como "acompanhante" e "se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário".

O Estadão revelou que Luciane Barbosa Farias, conhecida como a "dama do tráfico amazonense", se reuniu com outras três autoridades no Ministério da Justiça, além de Vaz. Condenada a 10 anos de prisão por organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico, a mulher se encontrou também com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen); Paula Cristina da Silva Godoy, Ouvidora Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas, que é diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen. As audiências ocorreram em março e maio deste ano. O nome de Luciane não aparece nas agendas oficiais das autoridades.

Nesta quarta-feira (19), o Comando Vermelho divulgou um “comunicado” proibindo brigas entre torcidas organizadas em áreas onde atua a facção criminosa mais conhecida do Brasil. A suposta proibição ocorreu depois de uma confusão generalizada, no domingo passado (16), por parte das TOs do Flamengo e Fluminense, no Complexo da Penha, após o clássico.

O conflito assustou moradores da localidade, houve muita correria, e os comerciantes fecharam as portas dos estabelecimentos. O grupo de criminosos afirma que a determinação deve ser comprida “à risca”, ou os líderes das torcidas serão punidos de forma hostil.

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Policiais civis da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) prenderam, nessa quarta-feira (5), um homem apontado como o principal fornecedor de armas e munições para a principal facção criminosa de tráfico de drogas do Rio de Janeiro.

Publicamente, o suspeito se passava por latifundiário e negociador de cavalos de raça para a prática de hipismo. Ele morava em um condomínio de luxo, na Barra da Tijuca e, segundo a polícia, levava uma vida de ostentação. Segundo o jornal O Dia, o local é o mesmo onde morava o vereador Dr. Jairinho, preso acusado de matar o enteado Henry Borel.

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No momento de sua prisão, ele conduzia um veículo avaliado em mais de R$ 150 mil. O Núcleo de Inteligência da Polícia apurou que este carro seria de propriedade da cunhada de "Marcinho VP", principal líder da organização criminosa e atualmente preso no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.

De acordo com a polícia, o homem tem extensa ficha criminal e responde pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, estelionato, receptação, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito e roubo qualificado.

Investigações apontam que, por trás da imagem de um latifundiário bem sucedido, existia um traficante que articulava a compra de munições vindas dos Estados Unidos para as comunidades dominadas pela facção criminosa. Ele seria o principal fornecedor de armas desta organização, tendo ligação estreita com o próprio "Marcinho VP".

Uma ação conjunta entre a Polícia Civil de sete Estados desarticulou uma ramificação do Comando Vermelho em Pernambuco, nesta terça-feira (22). Acusados de lavar milhões de reais através do tráfico de armas e drogas, 23 suspeitos deixaram a vida de luxo e foram presos preventivamente pelas autoridades.

Há cerca de um ano, a organização era investigada por manter os crimes em Pernambuco, Roraima, Rondônia, Piauí, Minas Gerais e Mato Grosso. De acordo com o inquérito, só em crédito, foi movimentado R$ 367.885.925 por 442 contas. Os valores da atividade ilícita eram transformados em ouro e garantia aos criminosos uma vida cercada por joias – uma delas cravejada de diamantes, por um preço que ultrapassa R$ 300 mil -, carros de luxo e mansões.

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“A base pernambucana remetia os valores do tráfico para a compra da droga produzida na região de fronteira. Essa droga passava por estados intermediários [...] esse dinheiro era transformado em ouro, lavado e retornava em forma de droga para abastecer as cidades pernambucanas”, explicou o delegado Álvaro Grako. Ele também indica que parte dos veículos apreendidos serão utilizados como viaturas e os valores apreendidos podem aumentar no decorrer da investigação.

Mediante a apuração do esquema criminoso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 514.424.113,62. Durante a operação Geografia do Crime, também foram apreendidos 17 veículos, 50 munições de calibres 38 e 9mm e um carregador alongado de 9mm. “Tudo isso orquestrado basicamente por dois presidiários de Pernambuco. Um deles se encontra em um presídio federal no Mato Grosso do Sul e outro que se encontra preso no Recife”, detalhou o delegado.

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Ao todo, 170 policiais cumpriram 27 mandados de busca e apreensão, 23 de prisão temporária e 43 de bloqueio de ativos financeiros.

O Ministério Público brasileiro realiza operação em nove estados do país contra organizações criminosas. Em Pernambuco, uma mulher foi presa. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Além de Pernambuco, as diligências ocorrem nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) prendeu Gabriela Lorrani de Souza Silva em Petrolina, no Sertão. Ela é suspeita de ajudar na lavagem de dinheiro oriundo de organizações criminosas. Os mandados são decorrentes de uma ação do Rio de Janeiro para prender acusados de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas que atuavam como "laranjas" para ocultar valores de integrantes da facção Comando Vermelho. Segundo o MPPE, ainda é preciso aprofundar as investigações para saber como se dava a participação da detida.

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A investigação é articulada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (Gncoc), colegiado que reúne os Gaecos de todos os estados. No total, estão sendo cumpridos mais de 300 mandados judiciais, entre prisões e busca e apreensões.

As operações nos estados:

Acre – está sendo realizada uma grande revista na Penitenciária Francisco de Oliveira Conde, na Capital. O foco está em pavilhões dominados pelo PCC e a facção local Bonde dos 13, aliada ao Primeiro comando da Capital. A ação visa a apreensão de ilícitos e prospecção de informações, além da identificação de pessoas que exercem posição de liderança nessas organizações. Paralelamente, foram denunciadas à Justiça 69 pessoas presas na Operação Hemolíse, realizada no dia 24 de julho, na Capital e outros quatro municípios. Os denunciados são integrantes do Comando Vermelho.

Alagoas – a operação cumpre 37 mandados de busca e apreensão e 42 de prisão contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, todos os mandados estão sendo cumpridos em municípios do litoral norte do estado. Os pedidos têm por base três Procedimentos de Investigação Criminal do GAECO local e um inquérito da Delegacia de Narcóticos – DENARC.

Amapá – com alvos em Macapá, Santana e Porto Grande, a operação, que também tem foco no combate ao tráfico de drogas,  é contra a organização criminosa “Família Terror do Amapá”.

Amazonas – estão sendo cumpridos três mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão. Dentre os alvos da medida, encontram-se lideranças da organização criminosa Família do Norte, considerada a terceira maior facção do Brasil.

Bahia – são 19 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. A operação está sendo realizada nos municípios de Senhor do Bonfim, Jacobina, Juazeiro, Capim Grosso, Serrolândia e Lauro de Freitas. Entre os alvos, estão integrantes de organização criminosa ligada ao PCC que atua com tráfico de drogas e é responsável por diversos homicídios no estado. Onze promotores de Justiça, 74 policiais militares e 99 policiais rodoviários federais participam da ação.

Ceará – as operações “JERICÓ” e “AL QAEDA” tiveram investigações que resultaram na expedição de 35 mandados de prisão e 29 mandados de busca e apreensão contra integrantes do PCC a serem cumpridos em todo o Estado do Ceará.

Mato Grosso do Sul – 15 mandados de prisão estão sendo cumpridos contra integrantes do PCC com atuação no estado.

Pernambuco –  cumpre um mandado de prisão e busca e apreensão  em apoio a operação que combate a lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro. O mandado está sendo cumprido na cidade de Petrolina.

Rio de Janeiro – três operações em andamento. Uma cumpre 41 mandados de busca e apreensão contra policiais militares , sendo oito denunciados por associação criminosa e crime de corrupção passiva,  um denunciado por associação para o tráfico de drogas , tendo sido  todos afastados de suas funções pela Justiça. A segunda, mandados de prisão  contra  sete traficantes em comunidades do Complexo de Madureira. A terceira, visa prender acusados de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, com denunciados que atuavam como “laranjas” para ocultar o dinheiro ilícito do tráfico de integrantes da facção Comando Vermelho.

O governo do Pará divulgou a lista com o nome dos 57 detentos mortos no confronto entre o Comando Classe A (CCA) e o Comando Vermelho (CV) no início da manhã dessa segunda-feira (29), no presídio de Altamira, no oeste paraense. Entre os mortos, 16 foram encontrados decapitados. O trabalho de remoção dos corpos está sendo feito pelo Instituto Médico Legal da cidade. Como a unidade é parte de um contêiner que ainda está com temperatura muito alta, por causa do incêndio causado pelos internos, ainda não foram removidos os 41 corpos de presos que morreram asfixiados.

Providências

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Após reunião realizada ontem à noite em Belém (PA), no Palácio do Governo, com a cúpula da Segurança Pública no estado, o governador Hélder Barbalho anunciou que dará posse no próximo sábado (3) a 485 agentes aprovados no último concurso da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe). A ampliação do número de agentes penitenciários faz parte das ações imediatas destinadas a melhorar a gestão e a segurança nos presídios estaduais, determinadas pelo Executivo, após o confronto.

Barbalho confirmou a transferência de 46 presos de Altamira para Belém, sendo que oito lideranças serão encaminhadas para presídios federais, oito para unidades prisionais na capital, onde ficarão em isolamento, e 30 detentos serão distribuídos por cinco outras prisões. Cerca de 100 agentes vão atuar na operação de transferência dos presos.

"O objetivo é tirar do mesmo ambiente as facções rivais. Já foram identificados, presos em flagrante e serão responsabilizados alguns dos envolvidos nas mortes. O policiamento na região de Altamira será reforçado, e nas casas penais de Belém faremos uma redistribuição dos internos como medida de segurança", informou o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.

O governador solicitou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o deslocamento de pelo menos 40 integrantes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), do Departamento Penitenciário Nacional, para atuação operacional no estado. Na conversa com o governador, o ministro lamentou as mortes em Altamira e determinou a intensificação das ações de inteligência e prontidão da Força Nacional. A expectativa é que 10 agentes cheguem ao Pará ainda hioje

Também foi definida na reunião a conclusão do presídio no município de Vitória do Xingu, na mesma região de Altamira.A unidade comportará 306 presos adultos e 200 mulheres no regime fechado, e ainda 200 internos do regime semiaberto. Segundo Helder Barbalho, a Norte Energia, empresa responsável pela construção do presídio, como obra de compensação ambiental da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, garantiu que a unidade prisional será entregue em 60 dias.Atualmente, o Centro de Recuperação Regional abriga 309 presos, 287 no regime fechado e 22 no semiaberto.

Confira a lista das 57 vítimas:

Adriano Moreira de Lima

Bruno Whesley de Assis Lima

Carlos Reis araújo

Deiwson Mendes Correia

Deusivan da Silva Soares

Efrain Mota Ferreira

Eliesio Silva Sousa

Ismael Souza Veiga

Jelvane de Sousa Lima

João Pedro Pereira Dos Santos

Josivan Irineu Gomes

Nathan Nael Furtado

Natanael Silva Do Nascimento

Rivaldo Lobo Dos Santos

Evair Oliveira Brito

Gilmar Pereira De Sousa

Admilson Bezerra Dos Santos

Ailton Saraiva Paixão

Alan Kart G. Rodrigues

Alan Patrick Dos Santos Pereira

Alessandro Silva Lima

Amilton Oliveira Camera

Anderson Dos Santos Oliveira

Anderson Nascimento Sousa

André Carlos Sousa Patrício

Bruno Rogério Andrade

Cleomar Silva Henrique

Clevacio Soares Queiroz

Diego Aguiar Figueiredo

Diego Walison Sousa Reis

Diogo Xavier Da Silva

Domingos Fernandes Castro Da Silva

Douglas Gonçalves Viana

Edson Costa De Macedo

Delimarques Teixeira Pontes

Francisco Claudizio Da Silva Ferreira

Geidson Da Silva Monteiro

Hugo Vinicius Carvalho

Itamar Anselmo Pinheiro

Jeová Assunção Da Silva

João Nilson Felicidade Farias

José Brandão Barbosa Filho

José Francisco Gomes Filho

Josivan Jesus Lima

Josicley Barth Portugal

Josué Ferreira Da Silva

Junior Da Silva Santos

Kawe Reis Barbosa

Leonardo Dias Oliveira

Luilson Da Silva Sena

Marcos Saboia De Lima

Renan Da Silva Souza

Rogerio Pereira De Souza

Sandro Alves Gonçalves

Valdecio Santos Viana

Vanildo De Souza Guedes

Wesley Marques Bezerra

A Secretaria de Segurança do Pará confirmou que subiu para 57 o número de presos que foram mortos durante uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, na manhã desta segunda-feira (29). De acordo com o órgão, 16 detentos foram decapitados e o restante morreu por asfixia. 

O governo local também decidiu que 10 dos 16 líderes identificados serão transferidos para presídios federais. Mais 46 detentos serão transferidos para outras prisões no estado.

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Atendimento psicológico e médico também foram disponibilizados aos familiares dos presos, que permaneceram durante todos o dia na entrada do presídio em busca da confirmação dos nomes dos mortos. A Polícia Militar permanece dentro da unidade prisional para evitar novos conflitos.

A rebelião começou por volta das 7h, quando um grupo de presos da facção Comando Classe A (CCA) invadiu a ala dos integrantes do Comando Vermelho (CV), facção rival, e colocou fogo em uma das celas.

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), o conflito foi um acerto de contas e não um protesto contra as condições do sistema prisional. Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns, mas foram liberados ao final da rebelião, que foi contida por volta das 12h.

Mais cedo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública ofereceu ao governo do Pará 10 vagas em presídios federais para transferir os líderes da rebelião. Em nota à imprensa, o ministro Sérgio Moro lamentou as mortes na rebelião e determinou que a Força Nacional fique de prontidão para atuar se for necessário. Moro também quer a intensificação do trabalho de inteligência policial.

 

A facção carioca Comando Vermelho (CV) fez uma ameaça em vídeo à procuradora-geral do Paraguai, Sandra Quiñonez, forçando o Ministério do Interior a montar uma operação para protegê-la. O grupo criminoso está com o seu líder, Marcelo Pinheiro Veiga, conhecido como Piloto, preso no país desde dezembro. Ao longo dos últimos anos, o CV tem tentado expandir a sua atuação no país vizinho, disputando com o Primeiro Comando da Capital (PCC), além de traficantes locais, rotas importantes para o comércio de armas e cocaína no continente.

A existência do vídeo foi divulgada pelo Ministério do Interior paraguaio. O governo reforçou a segurança da procuradora enquanto investiga a origem das imagens. As facções brasileiras têm conseguido ganhar força em territórios vizinhos. Além do Paraguai, a forte presença dos grupos é também notada na Bolívia, e em menor grau, na Colômbia, no Peru e na Guiana.

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Na gravação, em que falam português, cinco homens aparecem encapuzados e armados enquanto um deles segura uma fotografia de Sandra. "Temos um recadinho para você. Hoje aqui no Paraguai, nosso objetivo é você. Então, presta bem atenção que o papo é reto: muita gente não está gostando da pilantragem que você está fazendo com o sistema. Como você está vendo, sua cabeça já está a prêmio. Não viemos para pagar comédia. Caso nossa equipe não conclua a missão, outras equipes vão concluir, entendeu?".

Outro homem do grupo continua: "Pode abandonar seu cargo que a gente vai atrás de você igual. Você já é o nosso troféu. Estamos atrás de você, doutora. Fica ligeira. Estamos te procurando e a gente vai te achar". Na sequência, os criminosos engatilham as armas.

O governo paraguaio acredita que pelo menos três dos bandidos que aparecem na gravação tenham sido mortos durante uma operação realizada no fim de outubro; outros dois permanecem sendo procurados.

Em uma casa na cidade de Presidente Franco, a 300 quilômetros de Assunção e na Tríplice Fronteira, uma cópia do vídeo foi achada. No mesmo local, as autoridades localizaram um carro-bomba, que seria usado para resgatar Marcelo Piloto, hoje preso no Agrupamento Especializado da Polícia, na capital. O veículo foi detonado de forma controlada pela polícia.

Terrorismo

A divulgação do vídeo ocorreu um dia depois de Piloto ter concedido uma entrevista, de dentro da prisão, à imprensa paraguaia, em que nega a acusação de terrorismo, imposta a ele pelas autoridades policiais. "Não estou dizendo que sou inocente. Mas não sou terrorista, nunca fui. Jogaram coisas em cima de mim que não são verdadeiras", alegou.

"Todo mundo sabe que me dedico ao comércio de armas e drogas. Compro aqui em Assunção e vendo em Ciudad del Este, Pedro Juan Caballero, em Salto del Guairá. Compro e vendo", acrescentou, de acordo com jornais paraguaios.

Ele foi preso em dezembro passado em Encarnación após uma operação que mobilizou agências antidrogas do Paraguai, Brasil e Estados Unidos. O governo brasileiro busca a sua extradição, que está sob análise da Justiça do país vizinho.

Na entrevista, Piloto disse ainda que pagava muito dinheiro para que um comissário da Polícia Nacional o protegesse de investigações no Brasil. O ministério ordenou uma apuração após essa declaração.

Nesta quinta-feira (8), ao jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Segurança Pública do Brasil disse não ter sido comunicado pelo Paraguai sobre o vídeo.

Após voltar de viagem, o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez afirmou que tinha conhecimento da gravação "há tempos". A própria procuradora-geral disse que há semanas soube da ameaça. "Fui convocada pelo ministério e advertida para tomar todas as precauções quanto a minha segurança." Sandra recebeu também o apoio do embaixador americano no Paraguai, Lee McClenny.

De acordo com Sandra, o vídeo não havia sido divulgado antes pois causaria "impacto de terror". Ela revelou que, além dela, outros promotores que atuam contra o narcotráfico foram ameaçados, mas não deu detalhes. (Com agências internacionais, colaboração de Bruno Ribeiro)

Mais de 300 armas de guerra e uma grande quantidade de munição foram apreendidas pelas forças de segurança da Argentina na sexta-feira (2). De acordo com informações do jornal La Nación, o Comando Vermelho (CV) seria o comprador do arsenal, proveniente dos Estados Unidos.

Parte das armas foi encontrada em imóveis localizados em Campana, uma cidade que fica perto de Buenos Aires. Quatro suspeitos foram presos.

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Empresas-fantasma instaladas no país sul-americano vizinho seriam usadas para possibilitar a chegada do armamento ao Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo da Argentina investiga se as organizações criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho estão infiltradas no país. Os grupos estariam agindo para regastar presos detidos por tráfico de drogas.

Além disso, a polícia argentina desmantelou uma quadrilha que tentou invadir a Unidade Penal 2 de Obéra, em Misiones, próxima da fronteira da Argentina com o Brasil e Paraguai.

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A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, agradeceu ao ministro brasileiro Raul Jungmann pela agilidade no envio de informações da Polícia Federal sobre a identidade, fichas corridas e condenações referentes aos integrantes das organizações criminosas do Brasil.

Jungmann afirmou que essa foi a prova de que o acordo para troca de informações e ações com a Argentina, assinado na última terça-feira, gera resultados.

A Polícia Militar prendeu um homem considerado como chefe de uma facção criminosa responsável pelo tráfico de drogas no estado do Amazonas. A prisão aconteceu no sábado (16) e os detalhes foram apresentados nesta segunda-feira (18). De acordo com a PM, o homem de 40 anos morava há dois anos em um apartamento de luxo no bairro de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.

Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, era foragido da justiça. Ele foi preso em casa, por policiais militares do Batalhão de Choque e Batalhão de Radiopatrulha, com base em informações colhidas pelos serviços de Inteligência da PMPE e da Secretaria de Segurança do Amazonas. Ele vivia em Pernambuco com a esposa e um casal de filhos menores.

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“Com ele preso, vamos poder avançar em vários inquéritos, de crimes variados”, afirmou o delegado Dênis Pinho, da Polícia Civil do Amazonas. A escolha do acusado por Pernambuco também será investigada. “A princípio, ele estava aqui apenas para se esconder, mas todas as possibilidades serão apuradas”, revelou o delegado. Com o preso, foram apreendidos dois celulares, notebooks e R$ 3.925 em espécie. 

Após a megaoperação que prendeu 38 traficantes na Cracolândia, o prefeito João Doria (PSDB) disse que o próximo passo será realizar ações de saúde e reurbanização na região. Doria afirmou que a área não será novamente um ponto frequente de venda e uso de drogas. "Não há possibilidade de a Cracolândia voltar na circunstância que havia anteriormente nesta região da Luz", disse o prefeito no Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc).

Em fevereiro, Doria havia dito que iria retirar os usuários da Cracolândia até junho deste ano e que a remoção seria feita de forma "humanitária". Segundo o prefeito, a região permanecerá cercada e vigiada pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Metropolitana. "Será feita a limpeza de toda a área. Ainda não houve ação urbanística como a que será feita." Segundo ele, hotéis e pensões da região serão lacrados e, depois, demolidos.

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Doria rebateu as críticas pelo fato de a operação ter ocorrido durante a Virada Cultural, que teve programação no centro. Para ele, "não há nem bom nem mau dia", e a data foi escolhida por decisão estratégica da polícia.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) também elogiou a operação e justificou por que ela foi feita somente com policiais, sem o acompanhamento de equipes de saúde. "Para não colocar em risco ninguém. Foi feita para tirar armas, tirar traficantes e dar segurança para que os outros agentes possam (agora) trabalhar", afirmou. O governador se referiu à Cracolândia como "uma questão crônica" que "não se resolve com um estalar de dedos".

Para Alckmin, a ação de ontem tem potencial para ajudar toda a cidade, "pois os traficantes abasteciam não só a Luz como outras partes da capital". O governador disse ainda que se "estava dando mesada para as pessoas comprarem droga", em referência ao programa De Braços Abertos, instituído pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que pagava a dependentes por serviços de limpeza na região.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da gestão Haddad rebateu a crítica do governador. "Durante quatro anos consecutivos a gestão anterior pediu uma ação efetiva de combate ao tráfico e não foi atendida. Atribuir ao programa Braços Abertos responsabilidade pelo tráfico é covardia."

Usuários

Algumas horas após a ação, o secretário estadual da Saúde, David Uip, visitou a região e afirmou que dependentes químicos e traficantes haviam invadido, na semana passada, dois prédios do governo estadual de atendimento a usuários de droga. Os invasores teriam queimado e destruído carros de funcionários. Segundo Uip, foram ocupadas a unidade do programa Recomeço e o prédio do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), ambos na região central. "A situação era muito perigosa para o pessoal", disse.

"A nossa abordagem de rua junto com o serviço social estava dificultada. Essa operação, do ponto de vista da saúde, foi fundamental para que possibilite o nosso atendimento e a abordagem mais adequada do usuário", complementou.

Sem os traficantes, explica Uip, o Estado poderá se reaproximar dos usuários de droga para dar assistência de saúde. Segundo ele, estão disponíveis hoje na rede estadual de saúde cerca de 3,4 mil vagas de atendimento ao dependente químico.

O secretário afirmou que na semana passada esteve "anonimamente" na Cracolândia e teve "muitas dificuldades" para se aproximar da unidade do Recomeço. "Fui abordado, intimado e ameaçado", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Força Tática da Polícia Militar entrou na quarta-feira (19) na Cadeia Pública de Boa Vista, para evitar um novo confronto entre facções, nos moldes do que ocorreu no domingo, quando dez presos foram mortos. Ainda na quarta-feira pela manhã, dezenas de policiais e cães farejadores entraram na Penitenciária Agrícola para conter os detentos. Bombas de efeito moral estouraram no presídio, enquanto no alambrado familiares gritavam.

Na penitenciária, presos do Comando Vermelho (CV) foram removidos para o setor conhecido como "ala da cozinha", onde ficam estupradores e ex-policiais, separando-os dos presos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Na Cadeia Pública, o policiamento foi reforçado após um buraco ser descoberto na muralha que separa as alas onde ficam os presos integrantes do CV e do PCC.

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Segundo o secretário adjunto de Justiça e Cidadania, Francisco Xavier Castro, os presos estão separados em alas distintas há 90 dias e continuarão assim. "Desde que soubemos que poderia haver conflitos entre facções, eles estão separados."

Hoje, equipes do governo federal começam a desembarcar em Boa Vista. O PCC domina a maioria dos presídios em Roraima, contando com 85% dos presos, cerca de 1.200. O CV tem 10% dos presidiários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A situação penitenciária em Boa Vista ainda é instável. Após a rebelião de domingo, 16, que deixou pelo menos dez mortos, uma nova contagem apontou que dez detentos ainda estavam desaparecidos - partes de corpos ainda eram retiradas do local, onde houve mutilações e decapitações na terça-feira, 18. Todos os mortos seriam do CV, que dominava 10% do presídio. As execuções teriam sido ordenadas pelo PCC. O governo federal confirmou na terça-feira que enviará 16 líderes das facções locais para o presídio de Mossoró.

Já o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou a liberação de R$ 2,2 milhões para o sistema prisional e o envio de homens do Departamento Penitenciário Nacional. O Estado ainda pediu a construção de mais um presídio em Boa Vista. Já o Ministério Público de Roraima solicitou à Procuradoria-Geral da República que o governo federal intervenha no sistema.

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Rondônia. Em Porto Velho, os atritos entre PCC e CV resultaram em oito mortes e na destruição de todo um pavilhão da Penitenciária Estadual Ênio dos Santos Pinheiro. Os 250 presos que lá se encontravam foram transferidos na terça-feira para outras unidades (Urso Branco e Urso Pimpão - presídio inaugurado na semana passada). Parte ainda é mantida no Pavilhão A do próprio Ênio Pinheiro.

Segundo as investigações, presos do CV exigiam que os detentos do PCC, que estavam em uma das celas, aderissem ao grupo adversário. Como isso não aconteceu, os presos do CV atearam fogo em uma das celas, causando as mortes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rebeliões causadas pela guerra entre as duas das principais facções criminosas que comandam o crime dentro dos presídios do País - o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) - causaram pelos menos 18 mortes em presídios de Roraima e de Rondônia nas últimas 24 horas. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, classificou a situação como "gravíssima".

Segundo o governo de Roraima, dez detentos morreram no domingo (16) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, o maior presídio do Estado. "A ordem para as mortes veio do Rio de Janeiro. Fomos pegos de surpresa, apesar de estarmos cientes de que as execuções ocorreriam. Imaginávamos que a visita nas unidades prisionais inibiria as ações. As visitas sempre foram respeitadas", disse o secretário de Justiça e Cidadania Uziel Castro.

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A confusão começou quando os presos integrantes da facção PCC - comandada por presos paulistas - quebraram os cadeados e invadiram a Ala 12, onde estavam os integrantes do CV, de origem carioca, durante o horário de visita. Dos dez mortos, a polícia já identificou sete, incluindo Valdineys de Alencar Sousa, o Vida Loka, que se intitulava líder do CV, e Leno Rocha de Castro, que era o segundo em comando. Eles tiveram as cabeças decepadas. Alguns dos corpos foram incinerados, o que dificulta a identificação.

Após a notícias das mortes na cadeia, no início da madrugada de segunda-feira (17), uma briga dentro da Penitenciária Estadual Ênio dos Santos Pinheiro, em Porto Velho, resultou na morte de mais oito detentos. A confusão só terminou por volta das 5 horas. Segundo o secretário de Justiça de Rondônia, Marcos Rocha, o atrito ali foi motivado pela ação em Boa Vista.

Em Porto Velho, um pavilhão foi incendiado e detentos morreram carbonizados. Os corpos foram retirados logo pela manhã e levados para o Instituto Médico-Legal. Os oito detentos assassinados são André Luiz De Oliveira Da Silva; André Salvaterra Mota; Cid De Almeida Nascimento; Eduardo José Oliveira Da Costa; Janderson De Souza Costa; Márcio Araújo De Souza; Patrick Marlim Alves Da Costa e Raimundo Morais Cunha. Além disso dois internados ficaram em estado grave e 20 com lesões leves. Os presos mortos estavam no pavilhão B, que foi destruído pelo fogo.

Ainda segundo o secretário, 96 detentos foram transferidos paras diferentes unidades prisionais do Estado. Segundo ele, não havia a sinalização de que o presídio Ênio Pinheiro teria alguma tentativa de motim.

"Havia (indicação) no Urso Branco, mas conseguimos evitar. E eles (os presos) agem de forma muito rápida. Quando tentaram causar as mortes há um mês, no Urso Branco, em menos de 50 segundos conseguiram quebrar as paredes para chegar em determinado local, por isso que a gente acabou optando por levar os presos para uma nova unidade", garante.

Brasília

Conforme o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, não há nenhuma previsão de transferência de presos dos presídios estaduais para federais. "Não houve por enquanto nenhum pedido." Da mesma foram, ele negou qualquer solicitação da Força Nacional ou de apoio da Polícia Federal para ajudar nas investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma investigação da Polícia Federal desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho (CV) com a compra de imóveis no interior de São Paulo. A facção controla o tráfico de drogas e de armas nos morros cariocas. A PF constatou que estabelecimentos residenciais e comerciais e até uma fazenda foram adquiridos pelo CV.

Entre os imóveis está um condomínio de 12 casas, de 80 metros quadrados cada uma, em Tanabi, na região de São José do Rio Preto. A PF também rastreou e constatou que outras 25 casas e uma indústria de cerâmica, instaladas no município de Panorama, na divisa com Mato Grosso do Sul, estão de posse da facção. Além disso, uma fazenda no Estado do Tocantins teria sido comprada com dinheiro obtido com o tráfico de armas e drogas.

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As investigações tiveram início após a prisão de uma quadrilha, em março do ano passado, em Catanduva, no interior paulista, durante a Operação São Francisco - nome de um rio que corta a cidade. A quadrilha trazia armas e drogas do Paraguai e as revendia nos morros cariocas controlados pelo CV. Foram apreendidos 462 quilos de cocaína e 6,5 toneladas de maconha, além de uma grande quantidade de munição de fuzil, pistolas e uma escopeta.

A droga e as armas eram compradas em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e levadas até Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. De lá, seguiam por rodovias, em carros de passeios e caminhões, até Catanduva, onde a droga era fracionada e depois levada para ser revendida por traficantes da facção nos morros cariocas. As armas também iam para comunidades do Rio.

A quadrilha movimentava, segundo a PF, R$ 19 milhões por mês. Cerca de 20 pessoas estão presas, respondendo por tráfico internacional de drogas e armas, associação ao tráfico e agora por lavagem de dinheiro.

O líder do bando, segundo a PF, é Rogério Góes dos Santos, preso em março de 2014. Ele também seria o verdadeiro dono dos imóveis. Segundo a polícia, Santos usava ao menos um "laranja", Mauro William Rodrigues, morador em Catanduva, para assumir os negócios de compra de imóveis para lavar o dinheiro do tráfico.

"Terminada a operação que investigou a quadrilha, começamos a apurar o patrimônio. Levantamos muitos bens do traficante", disse o delegado André Luiz Kodjaoglanian. "Eles compravam e trocavam imóveis", afirmou o delegado José Eduardo de Paula.

Outras duas pessoas também foram indiciadas por lavagem de dinheiro do narcotráfico. Rodrigues é apontado como dono "oficial" do condomínio de Tanabi, que está registrado em seu nome na prefeitura.

Ameaça de morte. O condomínio, de 12 mil metros quadrados, foi instalado em propriedade rural comprada por Santos de um fazendeiro de Promissão, no interior paulista. Segundo a PF, um empreiteiro chegou a ser contratado por R$ 120 mil para terminar a pintura das casas e, como não entregou o serviço no prazo, foi ameaçado de morte por Santos.

Ao ser questionado pela PF sobre o condomínio, Rodrigues disse que comprou o empreendimento por R$ 60 mil. "Este individuo é calheiro (instala calhas em casas), com renda de R$ 2 mil por mês. Ele afirmou que adquiriu esse empreendimento por R$ 60 mil. Como pode o Rogério gastar R$ 120 mil só com a pintura e vender o condomínio por R$ 60 mil para ele?", questionou Kodjaoglanian.

O condomínio, avaliado em R$ 2,2 milhões, deverá ser interditado pela PF nesta semana. Nele moram apenas quatro famílias, que pagam aluguel. A PF também investiga agora a procedência e situação cadastral das 25 casas e da indústria de cerâmica que estão em nome de Santos em Panorama, no interior, e da fazenda do Tocantins.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Traficantes da facção Comando Vermelho, que comanda o tráfico de drogas no morro São João, no Engenho Novo, zona norte do Rio, atiraram em uma viatura policial que passava pela Rua Barão do Bom Retiro, segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP).

Na manhã desta terça-feira, 7, agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do São João foram checar uma denúncia sobre a presença de criminosos na localidade conhecida como Cotovelo, no alto da comunidade.

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Segundo os policiais, houve troca de tiros, mas os traficantes conseguiram fugir. Não há informações sobre feridos e os agentes fazem buscas para tentar identificar os criminosos.

Lins

No Complexo de favelas do Lins, na zona norte, também houve tiroteio no início da manhã desta terça e ainda não há notícias de feridos. Nessa segunda-feira, 6, um soldado identificado apenas como Camilo, de 33 anos, foi baleado na cabeça enquanto patrulhava uma região conhecida como Gambá. Ele permanece internado em estado grave no Hospital Naval Marcílio Dias.

Na noite de segunda, a CPP chegou a confirmar a morte do soldado, que estava lotado na UPP Camarista Méier, a 3 km do Lins, mas corrigiu a informação mais tarde.

Um homem acusado de praticar um duplo homicídio foi preso em flagrante nessa segunda-feira (14). Abnoan Pedro da Silva, conhecido como “Galego do Calçamento”, de 26 anos, foi capturado no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR).

De acordo com o delegado Igor Leite, responsável pela prisão, o crime ocorreu na última sexta-feira (12), na comunidade do Sovaco da Cobra, em Barra de Jangada, também em Jaboatão. Na ocasião, foram mortos Everaldo Ramos Araujo, 41, e Samuel Américo Oliveira, 18. “Possivelmente as vítimas eram parentes de traficantes rivais e para obter informações o Galego espancou e depois executou os dois. Eles não tinham envolvimentos ilícitos”, afirmou o delegado. 

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Após o crime, o acusado também agrediu um morador da localidade, que precisou ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Ele gritou na rua que havia feito dois presuntos e posteriormente agrediu esse homem”. 

Segundo o delegado, Abnoan é um traficante perigoso que estava em liberdade condicional e disputava o comando da área com outros grupos. “O Galego faz parte do ‘Lado A’, quadrilha rival do ‘Lado B’. Os dois bandos são comandados por presidiários e atuam na comunidade. Nos últimos três meses conseguimos prender cerca de 10 integrantes das quadrilhas e apreendemos menores ligados ao tráfico de drogas”.

Segundo informações obtidas durante as investigações, o ‘Lado A’ é abastecido de drogas e armas pelo Comando Vermelho, organização criminosa do Rio de Janeiro. “Sabemos que o Galego tem conexão com esse grupo e já estamos procurando o indivíduo que faz o intermédio entre as duas gangues”. 

O acusado nega qualquer envolvimento com o comando carioca e a ligação com o duplo homicídio. “Eu não fiz nada. No dia do crime estava na festa de um ano do meu filho. Antigamente eu realmente era do 'Lado A', mas não tenho mais ligação com o tráfico de drogas”.

Abnoan Pedro foi autuado por duplo homicídio triplamente qualificado – por motivo fútil, tortura e emboscada. Ele será conduzido para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.  

 

 

 

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