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Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho, estrearam na etapa de Jeffreys Bay do Circuito Mundial de Surfe, com boas vitórias neste sábado. Surfando nos tubos das grandes ondas da praia sul-africana, eles fizeram valer o adiamento na abertura da etapa. Medina foi o maior destaque do dia, ao anotar a maior nota: 9,93.

Medina levou a melhor em sua bateria ao anotar 18,83, contra 9,17 do compatriota Caio Ibelli e 14,77 do australiano Stuart Kennedy. Medina se destacou em uma de suas últimas ondas, ao pegar um tubo. A manobra, que parecia improvável, surpreendeu até os narradores da prova, que já esperavam pela queda do brasileiro ao longo da onda.

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Com a vitória, o campeão mundial de 2014 se garantiu direto na terceira fase da etapa sul-africana. Ele terá a companhia de Mineirinho, que também precisou superar um compatriota para avançar. O campeão de 2015 marcou 13,83, contra 13,73 do português Frederico Morais e 12,57 do brasileiro Jadson André.

Outro brasileiro a avançar direto à terceira fase foi Italo Ferreira. Ele obteve 15,27 em sua bateria e deixou para trás o italiano Leonardo Fioravanti, com 11,24, e o norte-americano Kolohe Andino, com 7,83.

Por outro lado, Jadson André, Miguel Pupo, Filipe Toledo, Caio Ibelli, Ian Gouveia e Wiggolly Dantas terão que disputar a primeira repescagem da etapa de Jeffreys Bay.

Wiggolly e Pupo foram superados pelo australiano Joel Parkinson, enquanto Ian Gouveia caiu diante do havaiano John John Florence, atual campeão mundial. Filipinho, por sua vez, foi derrotado pelo taitiano Michel Bourez.

A próxima chamada da etapa de Jeffreys Bay está marcada para as 2h15 (horário de Brasília) da manhã deste domingo.

O Circuito Mundial de Surfe tem novo líder. É o australiano Matt Wilkinson, campeão da etapa de Fiji nesta quinta-feira. Ele assumiu a liderança da temporada ao derrotar, na final da quinta etapa do ano, o compatriota Connor O'Leary por 16,60 a 15,70. Os últimos brasileiros vivos na disputa se despediram na repescagem antes das quartas de final.

Para chegar ao título da etapa, Wilkinson precisou superar outro compatriota nas quartas. A vitória sobre Julian Wilson foi por 17,00 a 16,30. Na sequência, pela semifinal, ele superou o taitiano Michel Bourez por 14,23 a 14,00. Na decisão, ele desbancou Connor O'Leary ao tirar a nota de 8,03 a dois minutos do fim da bateria, virando o placar e sacramentando a vitória.

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Foi a primeira etapa vencida por Wilkinson na temporada. Ele era o atual vice-campeão em Fiji, por perder de Gabriel Medina na final do ano passado. Com o triunfo, despontou na liderança da temporada, com 26.750 pontos, contra 26.500 do havaiano John John Florence, atual campeão mundial e então líder do campeonato.

O brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho, caiu para o terceiro lugar, que é dividido com o sul-africano Jordy Smith e o australiano Owen Wright. O campeão mundial de 2015 tinha chances de assumir a liderança do campeonato em Fiji, em razão da queda precoce de John John. Mas acabou se despedindo na terceira fase, acabando com as chances de liderar.

Quase todos os surfistas brasileiros em Fiji foram eliminados na terceira fase, assim como Gabriel Medina. Ian Gouveia e Italo Ferreira foram um pouco mais longe. Porém, se despediram na repescagem que dava vaga nas quartas de final, na quarta-feira.

A próxima etapa do Circuito Mundial será disputada em Jeffreys Bay, na África do Sul. A janela de competições será entre 12 e 23 de julho.

O domingo foi de festa para o vôlei de praia brasileiro. Em final disputada no Centro Olímpico de Tênis, Alison/Bruno Schmidt e Ágatha/Duda venceram suas partidas e sagraram-se campeões na etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial.

Campeões olímpicos nos Jogos do Rio-2016, Alison e Bruno Schmidt não tiveram grandes dificuldades para derrotarem os poloneses Kantor e Losiak por 2 a 0, com parciais de 25/23 e 21/12, em 40 minutos. Os brasileiros, aliás, venceram o torneio sem perder um único set.

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Essa foi a 11ª medalha de ouro internacional da parceria formada em 2014. "Começamos com uma tática e logo mudamos porque percebemos a irritação do jogador adversário. O jogo estava 14 a 11, aconteceu um erro e dentro de casa a vontade é muito maior do que o foco. Mas mostra a experiência do nosso time, confiando um no outro. O jogo chegou a 20 a 18 para eles, empatamos, não desistimos em nenhum momento. Essa é a dupla Alison e Bruno", exaltou Alison.

Já Bruno Schmidt destacou a alegria em conquistar mais um título no Rio de Janeiro. "Foi uma sensação maravilhosa, a torcida nos deu muita energia, nos incentivou desde o começo. Soubemos controlar a partida no final do primeiro set. Nós queríamos demais essa conquista. Poder dar alegria ao povo que vem nos prestigiar é muito bom."

Com um pouco mais de dificuldade, por sua vez, Ágatha e Duda souberam controlar o nervosismo e venceram as canadenses Sarah Pavan e Melissa Humana-Paredes por 2 sets a 1, com parciais de 21/14, 13/21 e 15/13, em 50 minutos.

Formada em janeiro, a dupla brasileira conquistou a sua primeira medalha de ouro em etapas internacionais, além de já ter obtido uma prata. Foi, ainda, a quinta conquista de Ágatha e a terceira de Duda.

"Duda e eu passamos por jogos e times muito difíceis, uma chave equilibrada. Chegamos à final com uma carga energética pesada. Eu particularmente estava bastante cansada. Mas era a nossa chance e fizemos de tudo - estudamos, descansamos, dormimos cedo. Queríamos demais essa medalha de ouro", detalhou Ágatha, prata na Olimpíada do Rio.

Feliz com a conquista, Duda comentou sobre as dificuldades do duelo. "Ninguém erra de propósito. E elas começaram a forçar o jogo na Ágatha, então tentei ajudar, dizer para ela que estava junto, para que tivesse calma. E em outras horas ela fez o mesmo. As canadenses são um ótimo time e sabíamos que era preciso manter o foco".

Ainda neste domingo, Fernanda Berti e Bárbara Seixas perderam para as checas Hermannova e Slukova, por 23/21 e 21/18, e ficaram com a quarta colocação. O bronze no masculino, por sua vez, foi para os italianos Nicolai e Lupo, que superaram os norte-americanos Brunner e Patterson por 2 sets a 1.

As brasileiras Bárbara Seixas e Fernanda Berti conquistaram neste domingo o título da chave feminina da etapa de Xiamen, na China, do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. Na decisão do evento três estrelas, elas derrotaram as donas da casa Wang e Yue por 2 sets a 1, com parciais de 21/12, 19/21 e 16/14, em 50 minutos.

A conquista é a primeira em um evento internacional desde que a dupla se juntou em setembro de 2016 - antes, Bárbara Seixas atuava ao lado de Agatha, com quem conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio, no ano passado. Até por isso, Bárbara destacou o peso da conquista para a parceria.

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"Eu estou muito feliz por três motivos muito importantes. Primeiro porque nos preparamos bastante para este torneio. Sabíamos que precisávamos ir bem aqui neste evento para justamente ir bem na disputa com os outros times do Brasil, que estão brigando por posições no ranking, e uma vaga na copa do mundo. Nesse início de parceria sabíamos que seria difícil. O segundo ponto é que o nosso planejamento foi seguido e deu certo. Nossa equipe trabalha bem nisso. Viemos para cá com recursos próprios, cruzamos o mundo, acreditando que iria dar certo. O terceiro é que este resultado dá mais confiança para a gente. Estamos crescendo como time, esse foi o segundo torneio internacional que jogamos juntas e tivemos que lidar com jogos difíceis e isso foi muito importante, e me deixou muito feliz", comentou.

Antes de superar a dupla da China, Bárbara Seixas e Fernanda Berti já haviam conquistado outra vitória neste domingo, pelas semifinais, diante das também brasileiras Maria Elisa e Carol Horta, por 2 sets a 1, com parciais de 21/23, 21/16 e 17/15, em 52 minutos.

Após perderem de virada nas semifinais, Maria Elisa e Carol Horta também caíram na disputa pelo bronze, ficando em quarto lugar na etapa de Xiamen, após perderem na disputa pela terceira posição para as alemãs Isabel Schneider e Victoria Bieneck por 2 sets a 0, com parciais de 21/16 e 21/19.

As outras duplas brasileiras haviam sido eliminadas anteriormente em Xiamen. Josi e Lili perderam a nas quartas de final e Juliana e Carol Solberg caíram nas oitavas de final. Já Oscar e Hevaldo deixaram a disputa do torneio masculino logo na rodada inicial.

O Brasil teve um dia perfeito na etapa de Bells Beach, na Austrália, do Circuito Mundial de Surfe. Os três competidores do País que entraram no mar - Filipe Toledo, Adriano de Souza e Wiggolly Dantas - triunfaram e avançaram à quarta fase, para a qual Caio Ibelli também já estava classificado.

Em grande fase, fase Filipe Toledo conseguiu a maior somatória da terceira fase - 18,27 pontos -, o que acabou sendo mais do que suficiente para ele superar o australiano Adrian Buchan, que somou 15,56 na sua bateria. Na sua melhor onda, o brasileiro conseguiu 9,77 pontos, o que acabou sendo fundamental para o seu triunfo.

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Na quarta fase, Filipinho terá pela frente o havaiano Ezekiel Lau e o também brasileiro Adriano de Souza. Com uma nota 9 na sua melhor onda, Mineirinho fechou a sua bateria com 16,53 pontos, superando o francês Jeremy Flores, que conseguiu 15,50.

Já Wiggolly Dantas eliminou o australiano Matt Wilkinson, o atual campeão da etapa de Bells Beach. Em uma bateria bastante equilibrada, o brasileiro superou o oponente por 13,73 a 13,00 para se garantir na quarta fase, quando terá pela frente o também australiano Joel Parkinson e o sul-africano Jordy Smith.

Caio Ibelli, que havia assegurado anteriormente a sua classificação à quarta fase, duelará na sua bateria com o português Frederico Morais e o australiano Owen Wright.

Em um dia marcado pelo pequeno número de ondas boas para os surfistas, Gabriel Medina acabou sendo eliminado neste domingo (16) da etapa de Bells Beach, a terceira do Circuito Mundial de 2017, na Austrália. O brasileiro foi superado pelo português Frederico Morais na terceira fase da competição.

O campeão mundial de 2014 foi derrotado pela pequena diferença de 13,94 a 13,57 na somatória das notas aplicadas pelos juízes após a disputa da terceira rodada de disputas entre os dois. Antes disso, Medina chegou a ficar à frente do português, mas Morais acabou se aproveitando do fato de que conseguiu a melhor onda da bateria entre ambos para conseguir uma nota 8,77 que se tornou decisiva da soma da pontuação.

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Morais, por sua vez, terá como um dos adversários na quarta fase da etapa de Bells Beach o brasileiro Caio Ibelli em uma bateria que também contará com o australiano Owen Wright. Ibelli avançou ao próximo estágio da competição ao derrotar neste domingo o taitiano Michel Bourez por 17,03 a 16,10. Já Wright passou com tranquilidade pelo seu compatriota Bede Durbidge por 17,54 a 13,83.

O paulista Ibelli chegou a 17,03 depois de abrir a bateria deste domingo uma ótima nota 9,13 e depois conseguir uma 7,90. Mesmo assim, não foi fácil derrotar Bourez, que teve uma boa média de pontuação ao contabilizar 8,00 e depois 8,10 pelo seu desempenho nas ondas de Bells Beach.

Ibelli, por sua vez, precisou superar a repescagem para ir à terceira fase da competição. Neste estágio anterior, ele derrotou o compatriota Ian Gouveia por 17,26 a 14,67, sendo que a nota final do vencedor foi resultado da somatório entre 8,93 e 8,33 na pontuação contabilizada nesta bateria.

Também por esta fase de classificação para a terceira fase, o brasileiro Jadson André acabou sendo superado com facilidade pelo australiano Connor O'Leary por 13,00 a 6,33, assim como o também local Joel Parkinson eliminou Samuel Pupo, outro surfista do Brasil, por 16,57 a 12,83.

Nesta mesma fase, o também brasileiro Miguel Pupo acabou sendo derrotado por Morais, algoz de Medina, que aplicou uma confortável vantagem de 19,94 a 14,87.

SLATER É ELIMINADO - Na disputa mais esperada desta quarta bateria de Bells Beach, o australiano Mick Fanning levou a melhor sobre o norte-americano Kelly Slater em um duelo equilibrado, no qual o surfista da casa venceu por 13,50 a 12,43, eliminando assim o seu lendário adversário da competição.

A etapa de Bells Beach ainda não encerrou as disputas de sua terceira fase, que contará com a presença de três brasileiros nas ondas. Destaque da fase anterior, na qual chegou a receber até uma nota 10, Filipe Toledo enfrentará o australiano Adrian Buchan. Já Adriano de Souza, o Mineirinho, irá duelar contra o francês Jeremy Flores, enquanto Wiggolly Dantas tentará eliminar o local Matt Wilkinson.

Demorou quatro dias, mas finalmente os surfistas caíram na água neste sábado para a terceira etapa do Circuito Mundial de Surfe, realizada de Bells Beach, palco da última das três disputas da 'perna australiana' da competição. E a espera dos organizadores para as melhores condições do mar foi positiva para três brasileiros, que garantiram classificação direta para a terceira rodada: Gabriel Medina, Adriano de Souza e Filipe Toledo, que conseguiu uma nota 10.

A primeira vitória da chamada "Brazilian Storm" veio na terceira bateria do dia, na qual Gabriel Medina conseguiu superar os rivais Stuart Kennedy e Leonardo Fioravanti e vibrou bastante com o desempenho na rodada de abertura.

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"Estou muito feliz em ter vencido na primeira fase. O mar está um pouco lento e com ondas pequenas, então está difícil de surfar. Depois da eliminação em Margaret River, vim para cá e treinei bastante para chegar aqui e fazer bonito. Vejo que está dando resultado", disse Medina.

Na sétima bateria, Adriano de Souza mostrou muita paciência para conseguir virar sobre Joan Duru e Caio Ibelli. O campeão mundial em 2015 comentou as dificuldades que teve por conta da troca no palco de disputa, que passou da praia de Bells Beach para Winkipop.

"É uma onda completamente diferente e mexe um pouco com seu foco. Também muda o tamanho das pranchas, geralmente eu uso uma 5'10" (1,78m) e aqui usei uma 5'7" (1,70m) feita no Brasil como experimento", explicou. "É a única prancha que eu tenho desse tamanho e, se continuar aqui, vai ser só ela que vou usar".

Outro que não se deixou impressionar com o começo melhor dos adversários foi Filipe Toledo. Em suas segunda e terceira ondas, o brasileiro já conseguiu notas 8,17 e 8,93. À vontade, Filipinho ainda conseguiu um 9,70 e depois, já sem nenhuma pressão, conquistou um 10 unânime dos juízes.

"Tenho tudo a meu favor, estou me sentindo muito bem. Tenho o suporte da minha família, minha esposa e minha filha. Não é fácil você vir de uma derrota e num outro campeonato logo em seguida, totalmente diferente, ter que mudar todo o plano, e já conseguir um resultado bom também", disse ao sair da água.

Jadson Andre, os irmãos Miguel Pupo e Samuel Pupo, Caio Ibelli, Ian Gouveia, Wiggolly Dantas são os outros brasileiros que não passaram pela primeira etapa e agora terão de disputar uma rodada eliminatória.

Após um dia de recesso na disputa masculina, a etapa de Margaret River contou com boa performance dos surfistas neste sábado (1º). E o brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho, foi um dos destaques do dia, ao vencer duas baterias seguidas e garantir seu lugar direto nas quartas de final da segunda etapa do Circuito Mundial de Surfe, na Austrália. Filipe Toledo vai disputar a repescagem para também tentar buscar a vaga nas quartas.

Mineirinho começou o dia ganhando do local Bede Durbidge por 17,67 a 15,66. Garantiu, assim, lugar na quarta fase, quando superou o havaiano Sebastian Zietz e o sul-africano Jordy Smith. O brasileiro anotou 16,83, contra 13,40 de Zietz e 9,96 de Smith. Exibindo grande performance nas direitas em Margaret River, Mineirinho avançou diretamente às quartas.

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Ele poderá ter a companhia de outro brasileiro nesta fase. Para tanto, Filipinho terá que superar o mesmo Sebastian Zietz na repescagem. O brasileiro precisa disputar esta fase porque foi derrotado pelo norte-americano Kolohe Andino na quarta fase. Andino anotou 14,77, contra 13,43 de Filipinho. Outro participante da bateria, o francês Jeremy Flores, também registrou notas maiores que o brasileiro: 14,00.

Na terceira fase, Filipinho havia superado o local Connor O'Leary por 11,96 a 9,84. Os demais brasileiros que competiram neste sábado foram eliminados ainda na terceira fase. Caio Ibelli foi batido por Zietz (15,34 a 14,16), Ian Gouveia caiu diante do local Owen Wright (14,24 a 11,67), Miguel Pupo foi derrotado pelo local Julian Wilson (16,84 a 3,33) e o convidado Jessé Mendes perdeu para Jordy Smith (12,83 a 9,67).

Também nesta fase se despediu de Margaret River o norte-americano Kelly Slater. A lenda do esporte foi superada pelo local Jack Freestone por 13,83 a 11,07. Já o havaiano John John

Florence, atual campeão mundial, derrotou o local Jacob Willcox, algoz do brasileiro Gabriel Medina na fase anterior, por 19,27 a 14,94. Na fase seguinte, Florence despachou Michel Bourez e Conner Coffin, garantindo-se direto nas quartas de final.

Além de Florence e Mineirinho, também estão assegurados nesta fase Kolohe Andino e Owen Wright. Eles aguardam os resultados da repescagem para conhecerem seus rivais na briga por uma vaga na semifinal.

Sem ritmo nas ondas de Margaret River, o brasileiro Gabriel Medina se despediu de forma precoce da segunda etapa do Circuito Mundial de Surfe, nesta quinta-feira (30). O campeão mundial de 2014 foi batido mais uma vez por um convidado da organização e foi eliminado logo na segunda fase, que era repescagem. Já Adriano de Souza, o Mineirinho, e Filipe Toledo avançaram na etapa australiana.

Medina foi superado pelo local Jacob Willcox por 10,53 a 9,00 na repescagem, após ser batido também pelo compatriota Jessé Mendes, na primeira fase da etapa. Com a nova derrota, o campeão de 2014 se despediu da etapa e deve perder boas posições no ranking da temporada. Antes do início da disputa em Margaret River, Medina ocupava o terceiro lugar.

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Mineirinho, por sua vez, venceu o duelo brasileiro contra Jadson André, por 14,60 a 10,84. E Filipinho despachou o francês Joan Duru por 15,00 a 10,30. Miguel Pupo eliminou o local Stuart Kennedy por 10,87 a 9,17. Já Wiggolly Dantas caiu na repescagem, ao ser superado por Connor O'Leary, outro surfista da casa, por 13,43 a 8,94.

"Fico contente pela vitória e, infelizmente, foi contra um amigo, o Jadson (André), que precisava de um bom resultado como eu, mas Graças a Deus as ondas vieram para mim", comentou Mineirinho, campeão mundial em 2015. "Eu já venho para cá há mais de 10 anos, então conheço bem essa onda e aqui é um lugar que você tem que estar preparado para qualquer condição."

Com as vitórias de Mineirinho, Filipinho e Pupo na repescagem, o Brasil terá seis representantes na terceira fase. Isso porque Jessé Mendes, Ian Gouveia e Caio Ibelli já estavam garantidos nesta fase por terem vencido na estreia.

Na sequência da etapa, Mineirinho terá pela frente o local Bede Durbidge, enquanto Filipinho vai duelar com Connor O’Leary. Miguel Pupo vai encarar Julian Wilson, também da casa, enquanto Ian Gouveia enfrentará Owen Wright, campeão da primeira etapa do ano, também disputada na Austrália. Jessé Mendes vai pegar o sul-africano Jordy Smith e Caio Ibelli duelará com o havaiano Sebastian Zietz.

DESPEDIDA DOS FAVORITOS - Não foi só Medina que decepcionou nesta quinta-feira. Atual campeão da etapa, o local Matt Wilkinson também se despediu na repescagem ao ser derrotado pelo norte-americano Nat Young, que está substituindo o brasileiro Italo Ferreira, machucado, em Margaret River. Na sequência, o tricampeão mundial Mick Fanning foi eliminado pelo jovem norte-americano Kanoa Igarashi por apenas 1 centésimo de vantagem no placar: 12,77 a 12,76.

Foi com emoção até o fim, mas Gabriel Medina confirmou a "freguesia" de Kelly Slater e, com uma onda incrível nos instantes finais, despachou o norte-americano na noite deste sábado (horário de Brasília) e se garantiu na semifinal na etapa de Gold Coast do Circuito Mundial de Surfe, a primeira desta temporada, na Austrália.

A bateria foi disputada do início ao fim, mas Slater levava vantagem até os últimos momentos da disputa. E tudo parecia perdido para o brasileiro quando, com pouco mais de três minutos restantes, Medina tentou entrar em uma onda, desistiu e perdeu a prioridade.

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Porém, não se deve duvidar de um campeão mundial. Precisando reverter a desvantagem e tendo apenas mais uma oportunidade para isso, ele fez uma série de manobras para tirar um 9,17 em sua última onda. Vendo que o brasileiro estava bem, o norte-americano decidiu pegar a onda seguinte e também conseguiu um bom desempenho, mas não passou de 7,50.

Com a vitória, Medina, que deu um susto no início do evento ao deixar o mar mancando no primeiro dia de disputas, se credencia agora à semifinal contra o australiano Owen Wright, que despachou seu compatriota Connor O'Leary. Na outra semifinal, Matt Wilkinson, atual campeão da etapa, enfrenta John John Florence, campeão mundial de 2016, que eliminou o brasileiro Italo Ferreira nas quartas de final.

As boas condições do mar na praia de Snapper Rocks permitiram a realização do fim da segunda rodada e mais sete baterias da terceira fase da etapa de Gold Coast, encerradas nesta sexta-feira (17), na Austrália, onde está sendo disputada a primeira etapa do Circuito Mundial de Surfe de 2017. Adriano de Souza, o Mineirinho, e Italo Ferreira são os brasileiros já garantidos na quarta rodada, enquanto Filipe Toledo, Caio Ibelli, Miguel Pupo, Jadson Andre e Wiggolly Dantas estão eliminados.

A competição foi retomada logo com uma surpresa. O havaiano Ezekiel Lau conseguiu duas boas notas em apenas quatro ondas tentadas e tirou Felipe Toledo da disputa. Na sequência, Ian Gouveia não teve problemas para despachar o local Josh Kerr. Quem também ganhou, e deu show, foi Italo Ferreira. O potiguar acertou um aéreo perfeito na disputa com o italiano Leonardo Fioravanti. Foi o primeiro 10 dele na elite do surfe e também a primeira onda perfeita da temporada.

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"Eu tinha errado em uma onda pequena, caindo na base. Quando eu vi que o vento virou, pensei em tentar alguma coisa grande para tentar uma nota alta, já que as ondas são estão meio passadas e está difícil de atacar. Era o único jeito de conseguir uma nota alta", disse Italo, em entrevista ao canal oficial da Liga Mundial de Surfe.

Para encerrar segunda rodada, Caio Ibelli passou por Joan Duru e Miguel Pupo levou a melhor sobre Wiggolly Dantas em confronto de brasileiros. Na segunda fase eliminatória da competição, Jadson Andre não conseguiu fazer frente a Kolohe Andino. Coube então a Adriano de Souza mostrar seu arsenal de batidas e rasgadas contra Stuart Kennedy e garantir a primeira vitória do País na terceira rodada.

"Estou feliz com essa vitória. O Stuart (Kennedy) é um competidor incrível nessa onda e lá dentro não existe favoritismo, vai ganhar quem pegar as melhores ondas, quem estiver mais conectado com o mar", disse o Mineirinho. O paulista agora disputa uma vaga direta nas quartas de final contra o atual campeão de Gold Coast, o australiano Matt Wilkinson, e o norte-americano Kolohe Andino.

Com o mar melhorando de uma bateria para a outra, a disputa entre os surfistas aumentou de nível. O veterano Joel Parkinson somou 17,24 pontos e desclassificou Miguel Pupo, que conseguiu 13,54 em suas duas melhores ondas. Em outro confronto verde-amarelo, Italo Ferreira avançou sobre Caio Ibelli depois de conseguir uma onda com nota 9,77. "Eu comecei bem a bateria e deixei ele (Caio Ibelli) pegar a primeira onda da série, porque sabia que a segunda ia ser melhor. Foi essa a estratégia que eu vi o Joel (Parkinson) usar nas baterias dele, então consegui fazer um 9,77 na primeira onda que me deixou mais calmo e confiante para o restante da bateria", explicou.

O atual campeão do mundo também está vivo na primeira etapa da perna australiana do Circuito Mundial de Surfe. John John Florence teve muito trabalho contra o local Mikey Wright, mas conseguiu passar para a próxima fase ao vencer a disputa por 15,47 a 14,17.

Para fechar as disputas do dia, o sul-africano Jordy Smith não deixou se impressionar pelo 10 de Ezekiel Lau e conseguiu virar a bateria em sua última onda: 17.30 a 17.00.

Confira as baterias pendentes da terceira rodada:

Owen Wright (AUS) x Mick Fanning (AUS)

Julian Wilson (AUS) x Connor O'Leary (AUS)

Kelly Slater (EUA) x Frederico Morais (PRT)

Sebastian Zietz (HAV) x Conner Coffin (EUA)

Gabriel Medina (BRA) x Ian Gouveia (BRA)

A temporada 2017 do Circuito Mundial de Surfe começa nesta segunda-feira (13), às 18 horas (7 horas da manhã do dia seguinte na Austrália), na Gold Coast, quando nove brasileiros iniciam a caminhada na tentativa de trazer de volta o troféu de campeão para o país. Se em 2014 Gabriel Medina brilhou e em 2015 Adriano de Souza, o Mineirinho, conquistou sua taça, no ano passado o havaiano John John Florence tirou o Brasil do alto do pódio.

"Espero que esse ano eu consiga novamente entrar em conexão com o mundo da competição. Não que no ano passado não estivesse, mas a ressaca do título pesou bastante. Agora me sinto mais leve e tranquilo e a meta é ser campeão mundial novamente. Quero chegar em Pipeline, na última etapa, com chances de título. Esse vai ser meu foco esse ano. Quero muito voltar a brigar por esse espaço e estou disposto a atingir esse objetivo", avisa Mineirinho.

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Com 30 anos, ele é o veterano entre os brasileiros que vão tentar o título, com destaque ainda para Gabriel Medina e Filipe Toledo, dois surfistas talentosos e que devem brigar pelas primeiras posições. Além deles, estarão representando o País Italo Ferreira, Caio Ibelli, Wiggolly Dantas, Miguel Pupo, Jadson André e o estreante na elite Ian Gouveia, filho de Fabinho Gouveia, que foi campeão mundial amador em 1988 e que ajudou a abrir as portas na elite da modalidade para essa nova geração.

Serão 11 etapas no total, que somam pontos para o atleta durante a temporada. Os dois piores resultados são descartados, mas os brasileiros sabem que é muito importante começar bem a perna australiana do Circuito Mundial, ou seja, ter boa pontuação nos três primeiros eventos do ano: Gold Coast, Margaret River e Bells Beach. Para Gabriel Medina, é fundamental se sair bem logo de cara. "Estou bem animado, concentrado, preparado e pronto para ir bem", afirma.

Após o período de férias, quando ainda aproveitou para inaugurar o Instituto Gabriel Medina em Maresias, no litoral paulista, ele fez um treino físico em sua cidade e viajou para El Salvador para simular condições que poderá encontrar na Austrália. "Nosso plano é consertar os erros, melhorar o que já foi feito e surfar bem. Fiz uma ótima preparação física e agora tivemos um treino técnico nas ondas de direita em El Salvador. A expectativa é sempre de buscar o melhor", disse.

Como Medina surfa com o pé direito na frente da prancha, quando as ondas vão para a direita ele fica de costas para a onda, o que nesta modalidade costuma ser mais difícil. E é assim na primeira etapa do ano na praia de Snapper Rocks. "O back side dele é forte, rápido, está dentro do que estamos esperando. Um surfe vertical, forte e com velocidade, dentro do padrão. Nossa meta é pontuar bem", explicou Charles Saldanha, pai e técnico do atleta.

Já Mineirinho optou por fazer seu treinamento na meca do surfe e acha que está pronto para buscar o bicampeonato. "Minha preparação foi praticamente toda feita no Havaí. Acabou a temporada e eu fiquei lá, só saí para passar o réveillon e o carnaval com a minha esposa. Comecei o ano com o pé direito fazendo final em Pipeline ao ser o segundo no Pipe Pro e quero usar esse ritmo para fazer um ótimo ano de 2017", avisou.

A disputa tem tudo para ser equilibrada até porque alguns veteranos como Kelly Slater, 11 vezes campeão, e Mick Fanning, três, já avisaram que pretendem brigar até o final da temporada. No ano passado, por exemplo, ambos optaram por não disputar todas as etapas.

Entre os surfistas da nova geração, destaque ainda para o havaiano John John Florence, que vai em busca do bicampeonato. Ele é um dos favoritos ao título e deve ser um rival perigoso dos brasileiros. Além dele, é bom ficar de olho em Kolohe Andino, Jordy Smith, Julian Wilson e Owen Wright, que ficou mais de um ano em recuperação após bater a cabeça numa onda em Pipeline, em 2015.

Algoz de Filipe Toledo na quinta fase, o polinésio Michel Bourez surpreendeu na madrugada desta terça-feira (20) e faturou o troféu da tradicional etapa de Pipeline do Circuito Mundial de Surfe. Bourez, que até corria o risco de ser rebaixado para a divisão de acesso da competição, chegou a eliminar o campeão John John Florence até chegar à final, quando superou o norte-americano Kanoa Igarashi por 7,53 a 6,17.

Brasileiro que foi mais longe na disputa da etapa havaiana, Filipinho foi eliminado pelo próprio Bourez na quinta fase, que antecede as quartas de final, por 16,80 a 15,50. A maior parte dos brasileiros saíram da disputa na terceira fase, ainda no domingo. Foi o caso dos campeões mundiais Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho. Medina, por sinal, brigava para realizar o sonho de vencer em Pipeline pela primeira vez.

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Depois de despachar Filipinho, que chegou a brigar pelo título na temporada passada, Bourez venceu ninguém menos que o local John John Florence. O surfista havaiano se sagrou campeão mundial pela primeira vez, por antecipação, na etapa passada. Mas, em Pipeline, se despediu nas quartas, ao ser batido pelo rival polinésio por 17,20 a 14,00.

Na semifinal, seu adversário foi o norte-americano Kolohe Andino, a quem venceu por 15,37 a 13,93. Na outra semifinal, Kanoa Igarashi levou a melhor no duelo de americanos contra a lenda Kelly Slater, por 15,50 a 15,00. E, na improvável decisão, Bourez chegou ao título com uma vitória apertada.

O triunfo veio em boa hora para o surfista da Polinésia. Ao vencer a última etapa do ano, ele escapou do rebaixamento e terminou a temporada na sexta colocação geral. Gabriel Medina, o melhor brasileiro no campeonato, ficou em terceiro lugar, após chegar à etapa na vice-liderança.

Ele foi superado pelo sul-africano Jordy Smith, que parou somente nas quartas de final em Pipeline. Entre outros surfistas do Brasil, Filipinho terminou em 10º geral, seguido por Mineirinho, atual campeão, em 11º.

Se não teve nenhum representante na briga pelo título da etapa de Pipeline, o Brasil pode comemorar ao menos a garantir de mais um surfista na divisão de elite na próxima temporada. Ao terminar a etapa em 13º lugar, Miguel Pupo se garantiu entre os 22 primeiros do ranking, assegurando a presença no campeonato de 2017.

Assim, o Brasil terá ao menos nove surfistas na elite no próximo ano: Gabriel Medina, Filipe Toledo, Adriano Souza, Ítalo Ferreira, Caio Ibelli, Wiggolly Dantas, Miguel Pupo, Jadson André e Ian Gouveia.

Faltando ainda uma etapa para o fim da temporada 2016, o Circuito Mundial de Surfe já tem um novo campeão. Trata-se do havaiano John John Florence, uma das referências da nova geração. Aos 24 anos, ele faturou seu primeiro título nesta terça-feira (25) ao avançar à final em Peniche. Na decisão, não decepcionou e conquistou também o troféu da etapa portuguesa da competição. Com o resultado, John John adiou o sonho do brasileiro Gabriel Medina de buscar o bicampeonato.

"Toda a minha vida me levou na direção deste título. Não consigo acreditar que sou o campeão mundial. Essa era o meu objetivo, o meu sonho. Estou amarradão", celebrou o havaiano, na manhã desta terça.

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Com o resultado obtido em Peniche, John John chegou aos 56.400 pontos na temporada e não pode ser mais superado por mais nenhum rival. Gabriel Medina segue na vice-liderança do campeonato. Porém, com 45.450 pontos, não conseguirá alcançar o havaiano mesmo se vencer a última etapa, em Pipeline, em dezembro (janela de competição entre os dias 8 e 20).

John John encerrou um recente domínio brasileiro no Circuito Mundial. Medina faturara o título em 2014 e Adriano de Souza, o Mineirinho, foi o campeão do ano passado. Com uma eliminação precoce em Peniche, Medina acabou abrindo caminho para o primeiro triunfo do havaiano no Circuito.

Para tanto, John John só precisou chegar à final nesta terça, uma vez que o sul-africano Jordy Smith foi eliminado na semifinal - se Smith tivesse avançado, o havaiano precisaria da vitória na decisão para assegurar o título antecipado da temporada. No entanto, Smith caiu diante do norte-americano Conner Coffin por 15,00 a 14,37.

John John fez mais bonito e derrotou outro americano, Kolohe Andino, por 13,84 a 8,47. E, na final, foi ainda melhor, ao superar Coffin por 16,67 a 9,93, com direito a tubos perfeitos, rasgadas e até um aéreo, com a confiança de quem já era o novo campeão mundial.

O surfista Gabriel Medina entra em ação a partir desta terça-feira para manter as suas chances de bicampeonato mundial. Ele vai disputar a etapa de Portugal, em Peniche, ciente de que precisa diminuir a vantagem de 2.700 pontos do líder do campeonato, o havaiano John John Florence, para alimentar o sonho de mais uma conquista.

O adversário pode até ser campeão na Europa, antes da última etapa do ano, caso vença e Medina fique na 9.ª colocação. Se John John for segundo colocado, Medina dá o título de bandeja se não passar da terceira fase. Já com um terceiro lugar do havaiano, o título será definido só na última etapa.

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Só que o brasileiro está empolgado com sua participação e também com a finalização das obras no Instituto Gabriel Medina, em Maresias (SP). Nesta entrevista exclusiva, ele fala sobre suas chances de bicampeonato, sobre sua relação com John John e da alegria em ver o sonho de seu projeto social ser realizado.

Você diminuiu a vantagem para John John Florence na liderança. Ainda acredita no bicampeonato mundial?

Eu consegui diminuir a diferença no ranking e isso é uma motivação a mais. Fiquei animado porque as minhas chances de chegar ao bicampeonato continuam. Ainda acredito sim no título e vou surfar em Portugal pensando nisso. Enquanto tiver chance, vou acreditar. Ainda temos duas etapas.

Como você imagina que será a disputa entre os dois até o final do Circuito Mundial?

Vai ser acirrada. O John John é um grande competidor e eu quero muito este título. Então, acho que vai ser uma briga boa. E ainda tem o Wilko (Matt Wilkinson, australiano que está na terceira posição).

Vocês são atletas da mesma geração e devem ter disputas acirradas nas próximas temporadas também. Como é sua relação com o John John?

Somos amigos. É uma relação boa, saudável, nós conversamos, mas não é tão estreita por morarmos em lugares diferente. Mas nos damos bem e não tem rivalidade. Existe admiração. O John John é um grande atleta, já mostrou isso várias vezes, inclusive, com o título no Eddie Aikau. Ele surfa bem todos os tipos de onda.

Você sempre diz que adora competir em Portugal. Desta vez a etapa terá cinco palanques diferentes. Isso muda alguma coisa para você?

Vai ser diferente, mas o negócio é pensar em competir na condição que o mar oferecer. Quem quer ser campeão, tem de estar preparado.

Qual sua meta para a etapa de Peniche?

A meta é sempre a mesma, entro para vencer. Será muito bom se conseguir essa vitória. Gostaria de ter vencido na França, claro, mas foi um ótimo resultado e enquanto tiver chance, estarei motivado.

Sua família estará junto com você em Portugal?

Minha família não veio dessa vez. Só mesmo o meu pai, que sempre me acompanha.

Como será sua programação até o final da temporada? Pretende disputar etapas do QS e defender o título da Tríplice Coroa?

Esse ano não vou disputar a Tríplice Coroa. Vou só para Sunset e depois Pipeline. Antes, fico no Brasil e terei o lançamento do meu instituto, em Maresias, junto com a última etapa do Circuito Medina/ASM, nos dias 19 e 20, lá na minha cidade. Quero ver a molecada vibrando com a sede. Espero que dê tudo certo em Portugal e daí vou me concentrar para a final em Pipe.

Paralelamente, você está perto de inaugurar seu instituto em Maresias, perto de sua casa. Qual a expectativa para isso?

Vai ser um projeto bem legal, que esperamos ajudar muita gente, ajudar o surfe, ajudar a minha cidade. Estou ansioso e feliz, querendo ver tudo pronto o quanto antes. Quero ver a molecada treinando, aprendendo. Espero estar próximo muitas vezes. Inicialmente, vamos começar com 60 atletas e quero retribuir um pouco do que o surfe me deu. No começo eu não tive uma ajuda assim e acho que seria muito bom se tivesse tido.

Será que vão surgir novos campeões mundiais?

Já estamos construindo a sede do instituto em Maresias, com recursos próprios. Fica bem em frente ao pico onde eu aprendi a surfar. E não é por acaso. Na parte estrutural, os atletas terão tudo, que precisam: espaço para musculação, para funcional, sala de aula, refeitório, auditório para palestras, piscina. E claro, teremos muito surfe, com instrutores que entendem do assunto. Eu mesmo e meu pai vamos tentar sempre estar próximos para colaborar. Eles terão rotina que eu tive como atleta. Vamos criar novos talentos, novos heróis. E espero chegar lá no futuro e me sentir orgulhoso do que construí.

O Brasil perdeu três representantes na briga pelo título da nona etapa do Circuito Mundial de Surfe, realizada em Hossegor, na França. Enquanto Filipe Toledo e Alejo Muniz se juntam aos outros cinco representantes do País na terceira fase, Wiggolly Dantas, Jadson Andre e Alex Ribeiro se despediram da competição.

Mesmo preocupado com o nascimento do primeiro filho, Filipinho conseguiu se manter focado para eliminar o compatriota Alex Ribeiro, somando 15,67 contra 7,60, com um surfe bem progressivo e apostando em seus aéreos.

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"Este ano estava um pouco menor, mas perfeito. Eu estava super nervoso. Depois do 8,67, senti que tudo estava dando certo. Tem tantas coisas acontecendo... Estou muito feliz por passar a bateria. Vou ser pai agora, pode nascer a qualquer momento e eu estou bem animado. Tenho me mantido relaxado, confortável e rezando bastante. As coisas que aconteceram só me deixaram mais forte", disse o brasileiro à Liga Mundial de Surfe, responsável pela organização do circuito.

Mostrando estar recuperado da lesão no joelho que o tirou das primeiras etapas da temporada, Alejo Muniz também obteve um ótimo resultado ao eliminar Michel Bourez com uma nota 6,00 na última onda da bateria, vencida por 12,00 contra 11,33.

Wiggolly Dantas e Jadson Andre não conseguiram passar por Conner Coffin e Kanoa Igarashi, respectivamente, e se despediram da disputa. Quem também ficou pelo caminho foi multicampeão Kelly Slater, eliminado pelo italiano Leonardo Fioravanti, atual líder do QS, divisão de acesso do surfe.

Gabriel Medina, Adriano de Souza, o Mineirinho, Caio Ibelli, Miguel Pupo e Italo Ferreira avançaram direto para a terceira fase ao vencerem suas baterias de estreia e não precisaram competir nesta sexta-feira.

Confira todos os resultados da segunda rodada da etapa francesa:

Matt Wilkinson (AUS) 14,56 x 14,33 Joan Duru (FRA)

Jordy Smith (AFS) 11,83 x 12,26 Ryan Callinan (AUS)

Kelly Slater (EUA) 10,16 x 13,26 Leonardo Fioravanti (ITA)

Joel Parkinson (AUS) 10,74 x 11,50 Matt Banting (AUS)

Julian Wilson (AUS) 13,27 x 9.43 Jeremy Flores (FRA)

Filipe Toledo (BRA) 15,67 x 7,60 Alex Ribeiro (BRA)

Michel Bourez (TAH) 11,33 x 11,50 Alejo Muniz (BRA)

Josh Kerr (AUS) 9,30 x 12,36 Jack Freestone (AUS)

Sebastian Zietz (HAV) 12,60 x 11,34 Adam Melling (AUS)

Wiggolly Dantas (BRA) 12,60 x 16,33 Conner Coffin (EUA)

Stuart Kennedy (AUS) 12,00 x 10,50 Dusty Payne (HAV)

Kanoa Igarashi (EUA) 12,43 x 9,17 Jadson Andre (BRA)

Foram dois dias de espera por conta dos fortes ventos que atingiram a costa de Landes, mas Gabriel Medina finalmente caiu na água em Hossegor, na França, pela nona etapa do Circuito Mundial de Surfe e garantiu vaga direta na terceira fase da competição. Outros quatro brasileiros também conseguiram classificação direta: Adriano de Souza, o Mineirinho, Caio Ibelli, Miguel Pupo e Italo Ferreira.

Na primeira bateria do dia, Jadson André não conseguiu um bom desempenho acabou terminando atrás de Kai Otton e Jordy Smith. Na sequência, Miguel Pupo conseguiu um belo resultado ao deixar para trás o ex-líder do Circuito Mundial, Matt Wilkinson e o líder do QS, a divisão de acesso, Leonardo Fioravanti.

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Bicampeão da competição, Medina mostrou estar muito concentrado ao vencer a quinta bateria do evento, a terceira do dia, ao conseguir uma nota 7,27 e outra 6,23, somando 13,50 pontos. Ao todo, brasileiro pegou 11 ondas e pareceu estar recuperado da polêmica na última etapa, em Trestles, nos Estado Unidos. Depois de ter tirado uma nota 7,60, em uma onda que todos os analistas disseram merecer acima de 9, o brasileiro deixou o evento aplaudindo a decisão dos juízes e fez uma publicação nas redes sociais falando que repensaria o futuro no surfe depois do resultado.

A vitória do brasileiro, segundo colocado no ranking, colocou pressão em John John Florence, que lidera a temporada. Visivelmente desconfortável com a grande atuação do local Joan Duru, que conseguia encontrar as melhores ondas, o havaiano respondeu em suas duas últimas tentativas, quando tirou um 7,37 e 8,73, somando 16,10 para se garantir na terceira fase.

Na oitava prova do dia, participaram apenas brasileiros. Italo Ferreira levou a melhor sobre os outros membros da "Brazilian Storm" e mandou seus compatriotas Alex Ribeiro e Wiggolly Dantas para repescagem.

Caio Ibelli e Mineirinho também venceram suas baterias e estão classificados para a terceira etapa, enquanto Alejo Muniz e Filipe Toledo vão ter que disputar a repescagem. Assim, cinco dos dez brasileiros que disputam a elite do surfe mundial garantiram vaga na terceira fase da etapa do surfe.

Depois da frustrante campanha na Olimpíada do Rio, quando terminaram apenas na quarta colocação, as brasileiras Larissa e Talita venceram no Grand Slam de Long Beach, nos Estados Unidos, e avançaram às oitavas de final.

Em partida disputa na noite de quinta-feira nos Estados Unidos, mas apenas na madrugada desta sexta no Brasil, Larissa e Talita superaram as holandesas Van der Vlist e Van Gestel por 2 sets a 1, com parciais de 23/21, 19/21 e 15/7. Com o terceiro triunfo consecutivo, elas garantiram a primeira posição do Grupo B e aguardam as vencedoras do duelo entre as norte-americanas Claes/Hughes e as suíças Betschart e Huberli.

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Outras brasileiras que avançaram invictas foram Duda e Elize Maia. Com certa tranquilidade, elas despacharam as alemãs Holtwick e Semmler por 2 sets a 0 (21/13 e 21/19), asseguraram a primeira posição do Grupo D e enfrentam nas oitavas Van der Vlist/Van Gestel ou as japonesas Ishii/Murakami.

Já Lili e Maria Elisa não tiveram a mesma sorte. Diante da forte dupla norte-americana Walsh e Ross, bronze no Rio-2016, elas até equilibraram o jogo, mas perderam por 2 a 1, com parciais de 21/19, 18/21 e 15/13. Ainda assim, foram à repescagem e encaram as também norte-americanas Hester e Day. Fernanda Berti/Josi, Carolina Horta/Ana Patrícia e Juliana/Taiana, por sua vez, perderam seus três jogos e foram eliminadas.

Pela chave masculina, apenas uma dupla brasileira se garantiu diretamente nas oitavas de final. E foi, justamente, Pedro e Evandro, que tentam se recuperar após a decepcionante campanha na Olimpíada do Rio.

Eles venceram os dois jogos do dia - primeiro contra os norte-americanos Trevor e Taylor Crabb e depois contra os canadenses Binstock e Schachter, ambos por 2 a 0 - e aguardam nas oitavas os vencedores do duelo entre os brasileiros Alvinho/Vitor Felipe e os poloneses Kadziola/Szalankiewicz.

Alvinho e Vitor Felipe foram à repescagem após caírem para os espanhóis Herrera e Gavira, de virada, por 2 sets a 1. Já Guto e André Stein, que disputam o primeiro torneio juntos, perderam para os poloneses Fijalek e Prudel, mas venceram as demais partidas e também estão na repescagem. Thiago e George, por sua vez, foram eliminados.

Gabriel Medina vai entrar no mar nesta quarta-feira (6), a partir das 2h30 (horário de Brasília), quando está marcada a primeira chamada para a etapa de Jeffreys Bay do surfe, para tentar assumir a liderança do Circuito Mundial. O garoto de Maresias está na segunda posição, com 24.000 pontos, contra 32.500 do líder Matt Wilkinson.

Para assumir a ponta, Medina precisa vencer a etapa e torcer para o australiano cair precocemente no evento na África do Sul. Mesmo que não assuma a liderança, o brasileiro vai tentar diminuir a vantagem do rival, pois faltam ainda mais seis etapas para o fim do campeonato, incluindo esta de Jeffreys Bay.

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Medina vem embalado pela vitória em Fiji e espera manter o ritmo para conquistar o bicampeonato mundial. "Essa vitória foi muito importante e me deu bastante confiança para o resto do ano. Estou muito feliz e agora é hora de treinar, focar. Estou confiante, tem boas etapas vindo por aí e vamos com tudo para Jeffreys. Ouvi bastante a frase 'O campeão voltou'. Sempre falam isso quando venço. É muito legal, serve de inspiração e é, ao mesmo tempo, um pouco de cobrança. Faz parte", disse.

Serão dez brasileiros na etapa da África do Sul, a sexta do ano. Além de Medina, estarão na disputa Italo Ferreira, Adriano de Souza, Caio Ibelli, Wiggolly Dantas, Filipe Toledo, Miguel Pupo, Jadson André, Alejo Muniz e Alex Ribeiro. Entre as estrelas, todos os melhores do mundo estão confirmados, inclusive o australiano Mick Fanning, que no ano passado foi atacado por um tubarão nesta mesma etapa.

Confira as 12 primeiras baterias da 1ª fase da etapa de Jeffreys Bay:

Bateria 1 - Mick Fanning x Conner Coffin x Alejo Muniz

Bateria 2 - Italo Ferreira x Miguel Pupo x Ryan Callinan

Bateria 3 - John John Florence x Kanoa Igarashi x Keanu Asing

Bateria 4 - Adriano de Souza x Josh Kerr x Kai Otton

Bateria 5 - Gabriel Medina x Dusty Payne x Alex Ribeiro

Bateria 6 - Matt Wilkinson x Davey Cathels x Steven Sawyer

Bateria 7 - Filipe Toledo x Kelly Slater x Matt Banting

Bateria 8 - Adrian Buchan x Kolohe Andino x Jadson André

Bateria 9 - Jordy Smith x Wiggolly Dantas x Adam Melling

Bateria 10 - Caio Ibelli x Joel Parkinson x Jeremy Flores

Bateria 11 - Julian Wilson x Nat Young x Jack Freestone

Bateria 12 - Sebastian Zietz x Michel Bourez x Stuart Kennedy

Com a presença de dez brasileiros, a etapa de Jeffreys Bay do Circuito Mundial de Surfe terá segurança reforçada, ainda mais depois do episódio envolvendo um ataque de tubarão ao atleta australiano Mick Fanning na edição do ano passado. Ele conseguiu se salvar, mas a WSL (Liga Mundial de Surfe) quer evitar a todo custo um novo episódio como aquele.

Houve, inclusive, uma conversa com os surfistas para definir se a etapa seria mantida no calendário. O brasileiro Gabriel Medina, por exemplo, não queria voltar lá. Mas o próprio Fanning fez questão de dar seu aval para o J-Bay Open e, mesmo machucado no tornozelo, vai para a competição na África do Sul.

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Renato Hickel, comissário do Circuito Masculino, lembra que o surfe é praticado na região há pelo menos seis décadas e as competições naquela praia são realizadas desde os anos 1980. "Nunca tinha tido um ataque de tubarão lá. O único caso fatal foi de um nadador, que estava a meio quilômetro da praia. No pico onde se surfa, nunca houve ataque. Já vi tubarão passando, como vi foca, orca. O único caso registrado foi o do Mick Fanning", conta.

Na final do ano passado, quando enfrentava Julian Wilson, Fanning aguardava a chegada das ondas quando um tubarão, que estava passando por ali, acabou ficando preso na corda que os atletas usam para ficarem ligados à prancha. Quando o animal se sentiu acuado, mordeu para se livrar. Por sorte o surfista não se machucou.

Para Hickel, a confirmação de presença do tricampeão mundial e outros atletas do circuito na etapa é importante. "Todos eles estão comprometidos em comparecer. O surfista, mais do que ninguém, entende que o meio que a gente compete é um hábitat de vida marinha. Se não for para lá, não vai para vários lugares", lembra.

A WSL sempre manteve o compromisso de colocar os melhores surfistas nas melhores ondas do mundo. Com isso, algumas etapas correm o risco de ter a presença de tubarões. "Os oceanos são dinâmicos, é um campo de ação perigoso, e tubarões fazem parte desse ecossistema", continua, citando ainda Margaret River, na Austrália, como outro local que os animais costumam aparecer.

Para garantir a segurança dos atletas, a WSL investiu bastante. Só para o uso da Clever Buoy, uma boia inteligente que conta com sonar para detectar a presença de animais no perímetro da competição, foram gastos US$ 40 mil (cerca de R$ 129 mil). "Um dos melhores elementos da efetividade dessa boia inteligente é que ela avisa uma série de pessoas via aplicativo. Vamos ter instalado nos nossos celulares", explica.

Além dessa boia inteligente, outra novidade que será usada na etapa é o patrulhamento aéreo. Em um avião pequeno, o piloto sobrevoará a área nos dias de competição para verificar a presença de tubarões. Esse tipo de aeronave é usado para fazer a vigilância em regiões de caça ao rinoceronte.

"Também vamos aumentar a segurança na água com mais barcos e um piloto de jet ski para cada atleta, ou seja, ninguém entra remando, ou se o mar estiver pequeno, o atleta será escoltado até onde a onda quebra. Cada um terá seu piloto particular", avisa Hickel.

Ele espera que a competição, que começa na madrugada desta quarta-feira, às 2h30 (horário de Brasília), e tem prazo para terminar até o dia 17, transcorra sem sustos. E torce para tudo dar certo. "A gente sabe que todas essas tecnologias estão em fase de teste. A WSL está engajada na busca por tecnologias que estão aparecendo no mercado e que possam diminuir o potencial de ataque por vida marinha. Mas não existe no mercado uma tecnologia que seja 100% eficiente", conclui.

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