Tópicos | Combate a dengue

Um projeto pioneiro para a erradicação do mosquito da dengue de Fernando de Noronha tem apresentado bons resultados desde 2011. Criado a partir de uma parceria entre o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco, e a Coordenadoria de Saúde do arquipélago, o estudo “Tecnologias integradas para Controle Biológico, Mecânico e Genético do Aedes aegypti” tem três novas etapas de metodologia sustentáveis e limpas, segundo os pesquisadores. 

Uma reunião na última quarta (15) com Conselho Distrital do arquipélago apresentou os objetivos e as técnicas a serem utilizadas na nova proposta. Além das ovitrampas – armadilhas para capturar ovos do mosquito – já utilizadas no arquipélago, serão utilizadas novas técnicas para controlar a proliferação da dengue. Como controle biológico, será feita a aspersão do biolarvicida Bacillus thuringiensis (BTI) nos locais em que há acúmulo de objetos em desuso, capazes de acumular água da chuva. Segundo a pesquisadora Alice Varjal, os locais – criadouros em potencial do mosquito -, são considerados críticos pela dificuldade de identificação. 

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A aspersão do BTI também será feita em um bairro do Recife, ainda indefinido pelos pesquisadores, para comparar os resultados entre os ambientes. “O estudo permitirá comparar o desempenho da aplicação espacial do BTI em duas áreas com características bem diversas, uma urbana no continente, onde os bairros se intercomunicam e uma na ilha, onde o mar funciona como barreira natural, reduzindo as variáveis a serem controladas”, explica a pesquisadora. Segundo Alice, há a possibilidade de implantação do projeto na capital pernambucana.

Também serão adotadas armadilhas adesivas, para coleta e destruição de mosquitos adultos em locais de grande movimentação, como creches, igreja e hospital. Como técnica de controle genético, serão utilizados mosquitos machos inférteis para competir com os selvagens no acasalamento. 

Para a coordenadora de saúde do arquipélago, Fátima Souza, o uso das ovitrampas, adotado desde o primeiro momento da pesquisa do CPqAM, será contínuo devido aos resultados positivos. “Até o início de outubro desse ano apenas seis pessoas foram notificadas, e isso consideramos que já passamos pelo período crítico, o das chuvas”, comemora a coordenadora. O estudo foi apresentado nesta semana e o início aplicação da nova metodologia está previsto para dezembro. “Dependemos apenas da capacitação dos agentes de saúde da ilha”, explica Alice. 

Além da dengue, o controle integrado do Aedes aegypti pode auxiliar na redução de transmissão de outras doenças, como a Chikungunya, também transmitida pelo mesmo mosquito e com o primeiro caso confirmado em Pernambuco na última quarta (15). “Não podemos esquecer que Fernando de Noronha está na rota do turismo nacional e internacional e, portanto, vulnerável a entrada de novos tipos virais”, concluiu a pesquisadora Alice Varjal.

A população brasileira já sofreu com várias surtos de dengue. tanto que no primeiro trimestre do ano passado, 922 mil casos de dengue em todo o país. Neste ano, em comparação ao mesmo período de 2013, uma queda de 87% foi registrada. Essa queda no número de casos pode até aumentar futuramente. Isso porque uma fábrica em Campinas-SP é a primeira no mundo a produzir um mosquito para auxiliar no combate da doença.

Além do alto número de casos da doença, que pode até levar à morte, outra justificativa para a produção dos insetos geneticamente modificados é o fato da dengue não ter vacina ou tratamento específico. Apesar do governo não liberar a venda, mosquitos machos e fêmeas estão sendo produzidos e a meta é que, gradativamente, o inseto transgênico tome o lugar dos silvestres.

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O mosquito transmissor da dengue foi originado da África e, por ser uma espécie invasora, o seu desaparecimento não é considerado um atentado ambiental. Os testes com o inseto geneticamente modificado já foram iniciados na Bahia e nos Estados Unidos, além das Ilhas Cayman.

Confira no vídeo a seguir como é a produção e como funcionará a utilização deste mosquito no combate à dengue:

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A dengue é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais. O inseto transmissor prolifera-se em qualquer lugar onde há água parada, tais como caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas entre outros. Ao contrário do mosquito comum que pica durante a noite, o mosquito pica durante o dia, sendo comum que as epidemias da dengue ocorram no verão, ou após períodos chuvosos.

Existem dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica, os sintomas - se manifestam a partir do terceiro dia - da mais comum são: febre alta, dor de cabeça, fraqueza, dores musculares, enjoo e vômitos. No segundo tipo da doença, ocorre um agravamento do quadro clinico da dengue clássica, com sangramentos pelo nariz, boca ou gengiva com manchas vermelhas na pele e tal situação pode evoluir para um colapso circulatório, choque e levar a pessoa à óbito.

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Segundo a infectologista Dra. Ivelize Giarolla, o tratamento da doença é repouso e ingerir bastante líquido. “O paciente deve se manter em repouso, beber muito líquido, e só utilizar medicamentos prescritos por médicos para aliviar as dores e a febre. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo”, explica a médica.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco registrou, em 2013 – até o mês de março - um total de 1.684 notificações de casos de dengue – 369 confirmados – distribuídos em 123 municípios de Pernambuco, o que representa uma redução de 95% em relação ao mesmo período de 2012 – 33.700 suspeitas e 15.087 confirmações.

Os casos de dengue do tipo mais grave, a hemorrágica, também tiveram uma diminuição significativa. No ano passado, foram 107 registros da doença grave contra 22 casos e apenas 7 notificações deste ano. Onze óbitos suspeitos foram  notificados, sendo três confirmados. No mesmo período de 2012, houve a notificação de 26 óbitos suspeitos, sendo 17 confirmados. 

Idosos apresentam 12 vezes mais risco de morrer por dengue

Pessoas com idade acima de 60 anos têm 12 vezes mais risco de morrer por dengue do que as de outras faixas etárias. Do total de óbitos registrados nos primeiros três meses deste ano (132), 42% foram de integrantes deste grupo, segundo levantamento do Ministério da Saúde.  

As causas desta condição de risco não estão completamente esclarecidas, mas podem estar relacionadas com a maior prevalência, nesta faixa etária, de doenças crônicas, como cardíacas, diabetes, entre outras. Confira aqui as principais orientações para evitar a proliferação do mosquito transmissor:

- Substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova; 

- Utilizar água tratada com água sanitária para regar as plantas duas vezes por semana;

- Não deixar acumular água nas calhas do telhado; 

- Acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa;

- Tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris e tambores;

- Não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos que possam acumular água (latas, garrafas, cacos de vidro etc.);

A mobilização que contará com o apoio dos Agentes de Combate a Endemias está atuando nos bairros do município, com intuito de conscientizar a população sobre os cuidados que devem ter tomados para evitar a dengue. A melhor forma de evitar a doença é combater os focos de acúmulo de água e os locais propícios para a criação do mosquito transmissor.

A coordenadora do Programa de Dengue do Cabo Jociele Santos, conta que as equipes estão trabalhando para evitar a propagação do mosquito. “Os agentes estão identificando focos do vetor e realizando a eliminação mecânica”, explicou. Além da ação de combate a proliferação, materiais informativos que falam sobre os sintomas da doença, estão sendo entregues nas residências e em pontos comerciais. 

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Prevenção 

A maneira mais simples para prevenir a dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. É importante não deixar a água, principalmente limpa, parada em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Começa nesta segunda-feira (14), a operação para desratizar os canais da cidade do Recife, serão utilizados cerca de 600 quilos de veneno e três tipos de iscas para eliminar roedores de 65 cursos-d’agua. A iniciativa será para combater doenças como a leptospirose e a dengue, o veneno será colocado em pontos estratégicos, principalmente em áreas onde há acúmulo de lixo.

Casas que ficam às margens dos canais também passarão pela higienização feira pela Secretaria de Saúde da cidade em parceria com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb). 

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Trinta agentes de Vigilância Ambiental estão envolvidos na ação, segundo técnicos do Programa de Saúde Ambiental, o material não oferece risco à população e serão colocados de maneira para evitar que crianças tenham contato com o produto.

Em dezembro do ano passado, a Secretaria de Saúde do Recife fez operação para desratizar a orla da capital. Dez agentes de Saúde Ambiental utilizaram 60 quilos de veneno no trabalho. 

O combate a dengue foi o tema abordado em uma palestra voltada para administradores de escolas particulares do Recife na tarde desta quinta-feira. O evento aconteceu no auditório Capiba, na sede da prefeitura. Eles receberam algumas orientações que serão transmitidas para os alunos ao longo do ano letivo.

“Essa é mais uma estratégia da secretaria para reforçarmos a luta contra a dengue. Os alunos são ótimos agentes multiplicadores de informação”, conta Adeílza Ferraz, diretora de Vigilância a Saúde do Município, que acredita que essa sensibilização vai atingir o público mais jovem, com um grande poder de mobilização.

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No local foram distribuídas cópias do filme “A Dengue em nossa História”, filme produzido pela Secretaria de Saúde. Eles assistiram uma apresentação sobre o ciclo evolutivo, tipo de vírus, sintomas e formas de prevenção. Além disso, foram exibidos os últimos números da doença no Município, que chegaram por volta dos 2.416 casos registrados de dengue na cidade, segundo dados divulgados na última quarta-feira (28).

O bairro de Nova Descoberta, Zona Noroeste do Recife recebeu a visita dos agentes de saúde ambiental nesta sexta-feira (24). O objetivo desse segundo mutirão feito pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Programa de Saúde Ambiental (PSA), é combater o mosquito da dengue. Para tanto, os agentes fizeram uma varredura nos mais de dez mil imóveis do bairro.

A ação envolveu mais de 200 agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) e Agentes Comunitários de Saúde. O resultado ainda culminou na interdição de um restaurante localizado no Largo Dona Regina, área comercial do bairro.

Este foi o segundo bairro a receber o mutirão. Após a contratação dos 135 agentes no início deste ano, a primeira ação do tipo aconteceu no começo de fevereiro na comunidade da Cohab, zona sul da Cidade. A iniciativa compõe o conjunto de ações previstas no plano de enfrentamento traçado pela Secretaria para a diminuição de casos suspeitos e confirmados da doença na Cidade.

Divididos em vários grupos, os agentes saíram de porta em porta à procura de focos do mosquito. “Estamos preocupados com o alto número de casos confirmados aqui nesta comunidade. Segundo o último boletim divulgado pela epidemiologia, Nova Descoberta registrou 30 casos de dengue clássica desde o início do ano. Por isso resolvemos fazer esta varredura para eliminar os focos”, disse a diretora de Vigilância à Saúde do Município, Adeílza Ferraz.

Durante todo o dia, os agentes abordaram residências e pontos comerciais da localidade. Dentre eles, um chamou a atenção da vigilância. O bar e restaurante Famiglia do Jhonne, conhecido como bar do João e localizado bem no centro comercial do bairro, no Largo Dona Regina, era o típico exemplo do que não se deve fazer para evitar a doença.

No primeiro andar do estabelecimento foram encontrados vários focos do mosquito colocando em risco a saúde dos frequentadores do local. Por esse motivo, o restaurante foi interditado pela Vigilância Sanitária até que o proprietário resolva a situação por completo. “O local já foi notificado por duas vezes e nada foi feito por parte do dono. Sendo assim, resolvemos interditá-lo até que as providências cabíveis sejam tomadas e a liberação seja feita”, justificou Adeílza Ferraz.

Durante a mobilização, os agentes distribuíram material informativo e aplicaram larvicida biológico, além de descartarem possíveis criadouros do mosquito. Eles também contaram com a ajuda dos agentes comunitários de Saúde, que já realizam ações de sensibilização no dia a dia.

Quem quiser tirar dúvidas sobre os cuidados com a dengue, pode ligar para a Ouvidoria Municipal de Saúde pelo telefone - 0800.281.1520, de segunda a sexta, das 7h às 19h. A ligação é gratuita.

Os moradores da Cohab, na Zona Sul do Recife, receberão um reforço no combate ao mosquito da dengue, o Aedes aegypti. A ajuda vem de um mutirão de mais de 150 agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) do Programa de Saúde Ambiental (PSA), da Secretaria de Saúde da cidade. O encontro dos profissionais será na Praça da Vitória, na UR 01, a partir das 8h, desta sexta-feira (3).

O mutirão compõe o conjunto de ações previstas no plano de enfrentamento traçado pela Secretaria para a diminuição de casos suspeitos e confirmados da doença na cidade. Por isso, os 135 agentes contratados na última quarta-feira (1º) foram convocados para trabalhar na área. Eles se juntarão aos agentes do Distrito Sanitário VI e deverão visitar aproximadamente 5.500 imóveis. Durante todo o dia, eles abordarão residências e pontos comerciais das URs 01, 02, 03, Três Carneiros, Jardim Monte Verde, Pantanal, Vila dos Milagres, Parque dos Milagres e 27 de Novembro.

Os profissionais distribuirão a população um material informativo e aplicarão larvicida biológico ou descartarão possíveis criadouros do mosquito, ou seja, locais onde exista água parada e sem proteção, tais como baldes, tonéis, caixas d’água e até lixo. Eles também contarão com a ajuda dos agentes comunitários de Saúde, que já realizam ações de sensibilização no dia a dia.

Para tirar dúvidas sobre os cuidados com a dengue, pode ligar para a Ouvidoria Municipal de Saúde pelo telefone - 0800.281.1520, de segunda a sexta, das 7h às 19h. A ligação é gratuita.

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