Tópicos | complexo de Deodoro

O Complexo Esportivo de Deodoro foi invadido neste domingo por dezenas de pessoas. Segundo a Polícia Militar, o grupo era formado principalmente por crianças, que queriam tomar banho de piscina. As imagens das pessoas correndo pelo gramado foram exibidas pelo jornal Bom-Dia Rio, da TV Globo, nesta quarta-feira.

O local será usado para provas de canoagem slalom e será palco de evento-teste marcado para novembro. A região de Deodoro tem poucas opções de lazer. Após os Jogos Olímpicos, o circuito de canoagem slalom e a pista de BMX farão parte do Parque Radical, que terá cerca de 500 mil metros quadrados.

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Os invasores se dispersaram depois da chegada de agentes da Polícia Militar que foram até local, que é um dos quatro complexos que abrigam sedes de competição da Olimpíada de 2016. Os outros são os da Barra, de Copacabana e do Maracanã.

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou nesta quinta-feira os dois editais de licitação para construção e reforma das instalações do Complexo Esportivo de Deodoro, previsto para receber eventos de diversas modalidades nos Jogos Olímpicos de 2016 e também na Paralimpíada. E os editais indicam que a construção das arenas vai custar R$ 804,2 milhões.

O Complexo de Deodoro é o mais atrasado na preparação para a próxima Olimpíada, mas o prefeito do Rio, Eduardo Paes, garante que as obras serão entregues no prazo. Antes do lançamento desse edital, em março a prefeitura do Rio havia concluído a licitação para as melhorias viárias no interior e no entorno do Complexo de Deodoro com um custo de R$ 49,3 milhões. Assim, o valor total das obras pode ser de R$ 853,5 milhões.

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A construção e a reforma das instalações esportivas estão divididas em duas grandes áreas delimitadas pela linha férrea. A Região Norte, com investimento de R$ 647,1 milhões, inclui o estádio de canoagem slalom, a pista de mountain bike, a pista de BMX, o Centro Nacional de Tiro Esportivo, a arena de rúgbi e combinado do pentatlo moderno, a Arena Deodoro, onde serão disputadas a esgrima do pentatlo e as preliminares do basquete feminino, o Centro de hóquei sobre grama e a piscina do pentatlo moderno.

Já a Região Sul tem um orçamento de R$ 157,1 milhões. Ela contempla o Centro Nacional de Hipismo, onde acontecem as competições equestres de cross country, saltos e adestramento e onde também serão construídas a nova clínica veterinária e a Vila dos Tratadores.

As obras das instalações estão previstas para começar no segundo semestre deste ano, com a conclusão programada para o primeiro semestre de 2016. Os contratos preveem também um período de dez meses para operação e seis meses, após a Olimpíada, para desmontagem das estruturas temporárias e as adequações das instalações existentes.

As modalidades esportivas olímpicas que serão disputadas no Complexo de Deodoro são hipismo, que se divide em três modalidades: saltos, adestramento e Concurso Completo de Equitação, ciclismo BMX, ciclismo mountain bike, pentatlo moderno, tiro esportivo, canoagem slalom, hóquei sobre grama, rúgbi e basquete. As modalidades paralímpicas previstas são tiro esportivo, hipismo, esgrima e futebol de 7.

Uma das maiores preocupações do Comitê Olímpico Internacional (COI), o complexo esportivo de Deodoro, na zona oeste do Rio, que vai abrigar a disputa de nove modalidades na Olimpíada de 2016, está prestes a sair do papel - pelo menos no projeto, porque as obras só devem começar em 2014. Nesta quarta-feira, após a abertura do último dos envelopes na licitação de Deodoro, o consórcio Vigliecca Marobal ficou em primeiro lugar na soma das notas financeira e técnica.

Ainda há prazo para recurso e todos os consórcios concorrentes informaram que vão recorrer. O prazo para isso termina no próximo dia 29 e ainda não há previsão para o anúncio oficial do governo. O Vigliecca Marobal, no entanto, formado pelo escritório de arquitetura paulista Vigliecca & Associados e a portuguesa Marobal Engenharia de Instalações Elétricas, terminou a última etapa da licitação na liderança, com nota final de 90,99 pontos.

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O segundo colocado, consórcio Deodoro 16, teve 85,05 pontos, seguido por Arquipélago (84,67 pontos) e Piasi (81,34 pontos). O governo do Rio exigia no edital da licitação - para contratação do consórcio que vai fazer o plano geral urbanístico e os projetos básico e executivo do complexo de Deodoro - o pagamento máximo de R$ 37,57 milhões, que serão custeados pelo governo federal. O consórcio que fez

a melhor proposta financeira foi o Piasi, formado por cinco empresas, de R$ 27,39 milhões. Por isso, o consórcio ganhou pontuação máxima no quesito financeiro (100 pontos), que tem peso de 40% na nota final.

O Vigliecca Marobal propôs a segunda melhor oferta financeira, de R$ 31,59 milhões, mas havia oferecido, segundo a comissão de licitação do governo do Rio, a melhor proposta técnica. Com isso, ficou em primeiro na nota final. A partir da data de assinatura do contrato, o prazo para a entrega dos projetos é de 11 meses.

ATRASOS - No começo de maio, durante uma das etapas da licitação, o secretário estadual de Casa Civil, Régis Fichtner, informou um novo prazo para o início da construção: só no ano que vem. Na ocasião, ele previu que o contrato com o consórcio vencedor seria assinado até o fim deste mês. "As licitações das obras devem ficar para o final do ano. Começar a construção, só no ano que vem", disse à época.

Em junho de 2012, após uma cobrança do COI, o então diretor-geral do Comitê Organizador Rio 2016, Leonardo Gryner (agora diretor-geral de operações), havia afirmado que a construção começaria em 2013, o que não aconteceu.

O Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) está questionando o edital de concorrência de R$ 37,5 milhões para elaboração do Plano Geral Urbanístico e dos Projetos Básicos e Executivos do complexo esportivo de Deodoro, na zona oeste da cidade, segunda instalação mais importante para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. O principal questionamento é quanto à estimativa de gastar quase R$ 1 milhão numa maquete.

Na Olimpíada do Rio, o complexo de Deodoro vai receber as provas de hipismo, tiro, pentatlo moderno, ciclismo, hóquei sobre grama e, possivelmente, rúgbi e alguns jogos da competição de basquete. Até o lançamento do edital, em dezembro do ano passado, a obra era uma das que mais preocupavam o Comitê Olímpico Internacional.

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Na concorrência, o item "elaboração de maquete" prevê o gasto específico de R$ 879.219,00. Este ano, o TCE-RJ questionou a secretaria estadual de Casa Civil, responsável pelo edital, a respeito do valor. "Foi explicado ao TCE-RJ que não se trata de uma maquete comum", informou o Tribunal.

Segundo o governo do Rio, o valor se refere à elaboração do projeto do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom como um todo - e não apenas à confecção da maquete. "Esta maquete é impermeabilizada e possui sistemas de bombeamento de água para simular o sistema hidromecânico a ser construído para os Jogos Olímpicos Rio 2016", informou.

O Tribunal de Contas, no entanto, pediu mais explicações. Nesta terça-feira, informou por meio de sua assessoria de imprensa que ainda não foi possível avaliar o custo de US$ 100 mil (R$ 196,7 mil) para "elaboração da maquete física". "Portanto, o Tribunal está pedindo ao jurisdicionado (secretaria de Casa Civil) que apresente a cotação que tenha embasado essa estimativa", informou.

De acordo com o governo do Rio, para chegar ao valor, o Ministério do Esporte realizou uma pesquisa de mercado com o fornecedor da maquete construída para os Jogos de Londres.

As determinações do TCE-RJ devem ser cumpridas antes da licitação, inicialmente marcada para 4 de fevereiro e depois adiada para 21 de abril, "sob pena de nulidade do edital". Nesta terça, o governo descartou um novo adiamento e informou que vai enviar as novas explicações ao Tribunal nos próximos dias.

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