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Citado em delação premiada no caso Marielle Franco, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão ganhou o direito de tirar 360 dias de férias em dinheiro, referentes aos anos de 2017 a 2022, período em que ele esteve afastado da Corte após ser acusado de fraude e corrupção. O benefício foi concedido em sessão do Conselho Superior de Administração do TCE-RJ no último dia 24.

Brazão foi citado em delação premiada de Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018. O acordo de colaboração, que ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi revelado o colunista Lauro Jardim, de O Globo. Segundo o site The Intercept Brasil, Brazão foi apontado por Lessa como o autor intelectual do crime. O conselheiro nega qualquer participação e disse que não teve acesso às investigações.

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Quinto do Ouro

Além de Brazão, o TCE-RJ também concedeu o direito de tirar 360 dias de férias ao conselheiro José Maurício Nolasco. Acusados de fraude e corrupção, Brazão e Nolasco chegaram a ser afastados de suas funções no Tribunal e foram presos temporariamente em 2017. Ambos foram alvo da Operação Quinto do Ouro, que foi um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio.

De acordo com a investigação, Nolasco, Brazão e outros três conselheiros teriam organizado um esquema que desviava valores de contratos com órgãos públicos para agentes da administração fluminense.

Nolasco retornou para a Corte estadual em 2021 por decisão do Supremo Tribunal Federal, enquanto a volta de Brazão se deu em março do ano passado, após decisão do Tribunal de Justiça do Rio. Durante o período em que ficaram afastados, os conselheiros tiveram direito ao salário, mas não desfrutaram das férias.

Na terça-feira, o TCE decidiu que Nolasco e Brazão possuem direito às férias passadas e que podem converter o benefício em dinheiro ou tirar os 360 dias de folga. Procurada pelo Estadão, a assessoria da Corte não informou se os conselheiros optaram pelo acréscimo no salário ou pelo período de descanso. Os valores a serem recebidos pelos dois serão divulgados após a escolha dos magistrados.

Caso optem pelo dinheiro, os conselheiros terão um terço do abono de férias acrescido à remuneração básica. Em dezembro do ano passado, o salário bruto de Brazão foi de R$ 52,6 mil. No mesmo mês, Nolasco recebeu R$ 48,3 mil.

Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão procurou Brazão, mas não obteve retorno, enquanto Nolasco não foi localizado. O espaço permanece aberto para manifestações.

Ao O Globo, o conselheiro disse que o dinheiro das férias é um direito dele e que não sabe quanto vai receber. Segundo Brazão, o tempo em que ficou distante das atividades no TCE-RJ produziu um "intenso" sofrimento para ele e para a sua família. "Se tenho direito, eu quero. Faço questão. Não abro mão dos meus direitos, mesmo que eu não precise desse dinheiro. Quero o que a lei manda, nada mais do que isso", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Jonas Lopes Junior, e seu filho, Jonas Lopes Neto, terão que devolver R$ 13,3 milhões aos cofres públicos, de acordo com determinação do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A decisão segue o que havia sido combinado no acordo de colaboração premiada de Lopes, que forneceu informações que levaram a prisões de outros conselheiros do TCE-RJ e de empresários do transporte público, nas operações Quinto do Ouro e Ponto Final.

O esquema descoberto pelas investigações previa a concessão de decisões favoráveis no Tribunal de Contas em troca de pagamentos mensais de ao menos R$ 50 mil e funcionou entre 1999 e 2016. O Ministério Público Federal (MPF) apontou que os crimes cometidos foram corrupção, evasão de divisas, organização criminosa e lavagem de ativos.

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Jonas Lopes foi condenado ainda a sete anos de prisão, sendo um ano e meio de prisão domiciliar em um imóvel rural em Além Paraíba, Minas Gerais, sob monitoramento eletrônico. Depois desse período, ele vai prestar dois anos e seis meses de serviços comunitários na mesma cidade, durante 15 horas semanais, passando fins de semana e feriados em casa. Ao fim, ele terá três anos de regime aberto, com comprovação mensal de atividades.

O advogado Jonas Lopes Neto terá  que cumprir três anos de prestação de serviços à comunidade, também por 15 horas semanais.

A mesma sentença também traz punições para o empresário Álvaro Novis, que terá que devolver R$ 17 milhões aos cofres públicos, em dez parcelas de R$ 1,7 milhão. O doleiro terá que cumprir ainda cinco anos e seis meses de prisão, sendo seis meses em regime fechado, que já foram cumpridos no período de prisão preventiva. Além disso, ele terá um ano e seis meses de prisão domiciliar e prestação de serviços à comunidade por 40 horas semanais durante mais três anos e seis meses.

Já Jorge Luiz Mendes foi condenado a pagar R$ 460 mil e cumprir cinco anos de reclusão em regime semiaberto. Outro réu no mesmo processo era Edimar Moreira Dantas, que recebeu perdão judicial. Segundo a decisão, sua participação no crime teve menor importância e sua colaboração foi relevante para o esclarecimento dos fatos.

O dinheiro devolvido será depositado em uma conta judicial e ficará sob guarda da Justiça Federal até ter outra destinação.

Em 2014, o PMDB nacional apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff, mas sua seção fluminense, que lançara Luiz Fernando Pezão ao governo, sustentou a candidatura de Aécio Neves (PSDB). Nenhum cacique da legenda questionou publicamente esse movimento. O motivo era seu líder: o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani.

Veterano da política fluminense, ele era um aliado que, mesmo temporariamente sem mandato, dominava a legenda no Estado e se mantinha forte na Assembleia Legislativa. Foi uma trajetória iniciada nos anos 1990, quando soldou uma aliança com Sérgio Cabral (PMDB), atualmente preso em Bangu, e viu sua carreira decolar. Com ele, dividiu e depois assumiu o controle da Casa, que mantém até hoje, em sintonia com o Executivo.

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Com infância modesta no subúrbio, nascido em Mariópolis e ex-aluno do Colégio Pedro II, Picciani tem 62 anos. Formou-se em contabilidade pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em estatística pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas. Entrou para a política em 1985, quando se filiou ao PSB e fez campanha para Marcelo Cerqueira para a prefeitura do Rio.

Cerqueira não foi eleito, mas o novato gostou da coisa. Tanto que se elegeu seis vezes deputado estadual, a partir de 1990, e se tornou um dos principais chefes da elite política do Rio. Sem nitidez ideológica, passou pelo PDT no segundo governo Leonel Brizola (1991-1994). Depois foi para o PMDB. Hoje, é uma espécie de primeiro-ministro do Estado.

Cabral

A construção dessa trajetória foi trabalho paciente. Na Alerj desde 1991, Picciani se uniu a Cabral que, de 1995 a 2002, presidiu a Casa. O hoje presidente era primeiro-secretário, uma espécie de administrador político do Legislativo.

A dupla tocou a Assembleia até que Cabral se elegeu senador, em 2002. Picciani então virou presidente, de 2003 a 2010. Foi quando, ao tentar ele mesmo o Senado, perdeu a eleição. Voltou à Casa em 2014, destronou o ex-aliado Paulo Melo da Presidência da Alerj e ficou até hoje.

Nos quase 30 anos após sua primeira eleição, Picciani construiu, além da carreira, um clã com pelo menos dois sucessores políticos. Seu filho mais velho, Leonardo, é ministro do Esporte. Outro, Rafael, é deputado estadual. Um terceiro, Felipe, cuida dos negócios.

Curiosamente, o patriarca alinhou-se com a gestão petista. Ele criticou o processo por abuso de poder econômico movido pelo PSDB contra a chapa Dilma-Temer na Justiça Eleitoral, quando foi iniciado. "Quando a eleição acaba, o resultado tem de ser respeitado", disse.

Riqueza

Picciani também construiu um vistoso patrimônio. Transformou uma pequena fazenda em Rio das Flores (RJ) em um conglomerado pecuário. De 2011 em diante, ampliou seus negócios para a mineração. Os três políticos da família somavam, em 2014, patrimônio de R$ 27,4 milhões, segundo a Justiça Eleitoral. A maior parte refere-se à holding Agrobilara, conhecida como Grupo Monte Verde, do qual Jorge Picciani é presidente.

Em 2003, enfrentou acusações de explorar trabalho escravo na fazenda Agrovas, em Mato Grosso. Negou irregularidades.

A força do presidente da Alerj o transformou em interlocutor dos governos Lula, Dilma e Temer. Durante a gestão Lula, era comum que o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, se deslocasse secretamente ao Rio para conversar com ele. No governo Rosinha Garotinho (2003-2006) e no primeiro governo Cabral (2007-2010), Picciani foi um aliado fundamental no Legislativo.

Tem mostrado claramente, no entanto, que sua fidelidade tem um limite: a sobrevivência dele e de seus aliados na política, agora ameaçada pela ação em que foi levado coercitivamente para depor pela Polícia Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a prisão temporária de cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), nessa quarta-feira (29) a Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros-Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon) avalia adotar medidas judiciais para garantir a atuação dos conselheiros substitutos na corte de contas fluminense.

Cada tribunal de contas estadual tem uma regra sobre o número de conselheiros substitutos. No caso do Rio, são três substitutos. Atualmente, a corte de contas tem uma regra que permite apenas um conselheiro substituto assumir o cargo de conselheiro.

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A entidade aguarda definição da presidência do TCE-RJ na sessão da próxima terça-feira, dia 4 de abril, para decidir se serão ocupados os cargos vagos. Com isso, na prática, enquanto os cinco conselheiros permanecerem presos, a corte de contas ficará travada. As prisões temporárias têm prazo de cinco dias, podendo ser prorrogadas por mais cinco dias ou até mesmo convertidas em prisão preventiva.

A sessão prevista para esta quarta-feira, no TCE-RJ, por exemplo, foi suspensa por falta de quórum - lei complementar prevê número mínimo de quatro conselheiros para a realização da sessão.

Concurso

Diferentemente dos conselheiros, que são nomeados por indicação política, os substitutos são concursados. Eles têm suas atribuições previstas na Constituição, que inclui não apenas substituir os conselheiros como também julgar os processos nas cortes estaduais, tal qual seus pares indicados politicamente.

Na prática, porém, a situação dos "conselheiros concursados" nos tribunais estaduais é considerada mais precária do que a dos conselheiros, e a categoria reivindica há anos uma distribuição igualitária de processos e uma melhor infraestrutura para atuar.

Em nota divulgada nesta quarta, o presidente da Audicon, Marcos Bemquerer, afirmou que a entidade defende as apurações envolvendo os integrantes do TCE-RJ e reitera a importância dos substitutos.

Apesar de a carreira ser prevista desde 1988, o próprio TCE-RJ só fez concurso público para os cargos de conselheiros substitutos no ano passado.

Antes disso, em 2012, a Audicon entrou com duas ações no Tribunal de Justiça do Rio para que fosse nomeado um conselheiro substituto em vez de Domingos Brazão, atual vice-presidente do TCE-RJ e que foi detido temporariamente nesta quarta.

Na ocasião, o pedido foi negado e Domingos Brazão, que não tem curso superior, assumiu o cargo. Para fazer o concurso para conselheiro substituto é preciso ter formação em um dos seguintes cursos: Direito, Economia, Ciências Contábeis ou Ciências Sociais.

Conselho Nacional

Enquanto os "conselheiros concursados" reivindicam suas demandas, o presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Valdecir Pascoal, defendeu ontem a criação de um Conselho Nacional para os Tribunais de Contas.

A entidade defende a criação do órgão por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). "Esse conselho teria a responsabilidade de zelar pela Constituição. Hoje, é difícil para a Corregedoria dos Tribunais de Contas fazer esse trabalho, em função da proximidade dos membros com o Poder Executivo", afirmou.

Pascoal classificou de "gravíssima" a situação do Tribunal de Contas do Rio e afirmou que é preciso aprimorar a seleção de conselheiros desses tribunais nos Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Procuradores da República e agentes da Polícia Federal revistaram nesta quarta-feira (29) as salas ocupadas pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB). Eles chegaram por volta das 6h ao Palácio Tiradentes, com ordem judicial de busca e apreensão, e se dirigiram ao gabinete da presidência. O andar foi interditado enquanto os agentes reviraram o local.

Depois, foram para o prédio anexo, onde funciona o gabinete parlamentar de Picciani, assim como os dos outros 69 deputados. Dali, levaram um malote preto com material apreendido.

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Conduzido coercitivamente, Picciani depôs por três horas na Superintendência da Polícia Federal. Ele chegou ao local ao meio-dia, em um carro descaracterizado da Polícia Federal, de cabeça baixa. Chegou a sorrir para os agentes. Usava um terno azul e uma gravata da mesma cor. Saiu da PF às 15h, em seu carro, um Corolla prata, mas cancelou sua participação na sessão da Alerj - que manteve os trabalhos -, marcada para o mesmo horário. Os conselheiros presos, depois de depor, seriam levados para exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal. De lá, iriam para a prisão.

Durante a movimentação na Alerj, parlamentares da base e da oposição se reuniam no local, em diferentes salas, para avaliar a situação. "Vim aqui prestar solidariedade. A condução coercitiva, que era exceção, virou regra", afirmou o secretário de Cultura, André Lazaroni.

Bolo

Um pequeno grupo de servidores públicos estaduais comemorou nesta quarta-feira, na frente da Alerj, a prisão dos cinco conselheiros do TCE e a condução coercitiva de Jorge Picciani. Eles estouraram fogos de artifício e levaram um bolo.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) funcionou normalmente nesta quarta. Segundo funcionários, os policiais agiram discretamente. Chegaram em carros descaracterizados, usavam roupas civis e não exibiram armas. Muitos servidores só souberam do que acontecia depois. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Policiais federais cumprem nesta quarta-feira (29) um mandado de condução coercitiva contra o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB). Também estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão contra integrantes do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), além de bloqueios de bens e valores, em uma operação que recebeu o nome de Quinto da Coroa. No total são mais de 43 mandados, a maioria deles na cidade do Rio de Janeiro, mas também em Duque de Caxias e São João do Meriti.

De acordo com nota da Polícia Federal (PF), os alvos da operação são investigados por fazerem parte de um esquema de pagamentos de vantagens indevidas que pode ter regularmente desviado valores de contratos com órgãos públicos para agentes do Estado, em especial membros do TCE-RJ e da Alerj.

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As investigações da PF indicam que agentes públicos teriam recebido valores indevidos para viabilizar a utilização do fundo especial do TCE-RJ para pagamentos de contratos do ramo alimentício atrasados junto ao Poder Executivo do estado. Esses agentes receberiam uma porcentagem desse valor por contrato faturado.

A Polícia Federal esclareceu que, por se tratar de uma investigação que tem como alvos membros de um Tribunal de Contas Estadual, os trabalhos correm sob a Presidência de um Ministro do Superior Tribunal de Justiça em um Inquérito Judicial.

As informações que embasaram a decisão do Superior Tribunal de Justiça tiveram origem em uma colaboração premiada realizada entre dois investigados na Operação Lava Jato e a Procuradoria Geral da República. Apesar disso, a operação Quinto não é uma nova fase da Lava Jato.

Segundo a Polícia Federal, os agentes estão nas ruas para cumprir os mandados desde às 6h de hoje (29). O nome da operação – Quinto da Coroa – é uma referência a um imposto cobrado por Portugal dos mineradores de ouro no período do Brasil colônia. 

A Agência Brasil tenta contato com a assessoria de Jorge Picciani, mas até a publicação do texto não obteve resposta.

O plenário do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) decidiu validar concessão de licença de 30 dias a mães não-gestantes de casais homoafetivos, após o nascimento de filho oriundo de gravidez por inseminação artificial. O tema foi debatido na terça-feira (21) e teve um placar de 4 votos a 3.

No relatório da votação, a conselheira Marianna Montebello Willeman destacou que as uniões estáveis homoafetivas se tornaram, pouco a pouco, uma realidade reconhecida pelo Poder Judiciário e levou em consideração a necessidade de proteção à maternidade, à infâcia e à juventude. Segundo o TCE, a licença de 30 dias corresponde ao mesmo período da licença paternidade no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o TCE, o voto também considerou fundamentos da atual legislação federal sobre licença-maternidade e adoção, tendo a CLT, a legislação estadual e o regime previdenciário como parâmetro para conceder a uma das mães uma licença mais longa e à outra uma mais curta, além de salário-maternidade por 120 dias.

O Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) concluiu após investigações superfaturamento da obra de reforma do estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 de R$ 211 milhões em valores atuais, segundo revelou a TV Globo. Os recursos foram desviados em serviços e produtos. O tribunal determinou a suspensão dos pagamentos às empreiteiras em outros contratos com o governo do Estado do Rio.

As investigações apontam termos aditivos suspeitos e gastos em duplicidade. Ao todo, o contrato teve 16 termos aditivos. A reforma foi feita pelo Consórcio Maracanã, vencedor da licitação e formado pelas empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta Engenharia. O orçamento original foi elevado de R$ 700 milhões para R$ 1,2 bilhão.

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Os documentos do TCE mostram que as irregularidades na reforma teriam começado no projeto básico. Segundo a TV Globo, o tribunal considera o documento impreciso, "acarretando significativas modificações entre o projeto básico e o executivo". Além disso, vários itens da planilha de custos acabaram sendo alterados.

A reportagem diz ainda que o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) entrou na última sexta-feira com uma ação civil pública para responsabilizar as empresas responsáveis pela reforma e mais nove pessoas ligadas ao governo à época por improbidade administrativa. Foi pedido o bloqueio dos bens dos envolvidos e devolução de cerca de R$ 200 milhões pelas empresas do consórcio.

O presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Jonas Lopes, vai se licenciar por três meses em 2017. Somados a dois meses de férias a que tem direito, ficará fora do cargo por mais de 150 dias.

Lopes foi citado nas tratativas de delação premiada do ex-diretor de Contratos da Odebrecht, Leandro Azevedo. Segundo ele, o presidente do TCE-RJ pediu dinheiro para aprovar o edital de concessão do Estádio do Maracanã e o relatório de contas da Linha 4 do metrô do Rio.

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Lopes foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para depor em 13 de dezembro. Ele nega as acusações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O advogado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Júlio Lambertson Rabello, de 60 anos, foi encontrado morto com um tiro na cabeça em sua casa, no Cosme Velho, zona sul do Rio, na madrugada desta segunda-feira, 25. Uma arma foi apreendida perto do corpo.

O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio, que não descarta a hipótese de suicídio. Foi feita perícia no local e familiares já foram ouvidos. Serão feitos exames residuográficos na arma apreendida e no corpo da vítima. Embora registrado inicialmente na 10ª DP (Botafogo), que mantém plantão, o caso será encaminhado à 9ª DP (Catete), da área em que ocorreu o fato.

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Segundo amigos, na tarde de domingo, 24, o conselheiro foi ao estádio do Maracanã para assistir ao jogo entre Fluminense e Corinthians. À noite voltou para casa, e horas depois foi encontrado morto.

O conselheiro será cremado às 14h30 desta terça-feira, 26, no Cemitério do Caju, na zona norte do Rio, onde também ocorrerá o velório, a partir das 11 horas.

Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), Júlio ingressou na carreira pública em 1978, quando se tornou assistente jurídico do Detran. Em 1980 foi nomeado procurador do Ministério Público Estadual junto ao TCE-RJ. Desde 2005 era conselheiro do TCE-RJ.

Estagiária

Em 2014, Júlio foi investigado pelo próprio TCE-RJ devido à contratação de sua personal trainer como assistente de gabinete, ganhando R$ 9.547 ao mês. A professora de Educação Física Alessandra Evangelista ocupava o cargo desde maio de 2010 e acabou deixando a função após a denúncia.

Em depoimento, Alessandra afirmou que o trabalho de personal trainer não era conflitante com suas funções no Tribunal. A sindicância concluiu que não houve irregularidade na contratação e que a servidora cumpria a carga horária regular.

O Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) está questionando o edital de concorrência de R$ 37,5 milhões para elaboração do Plano Geral Urbanístico e dos Projetos Básicos e Executivos do complexo esportivo de Deodoro, na zona oeste da cidade, segunda instalação mais importante para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. O principal questionamento é quanto à estimativa de gastar quase R$ 1 milhão numa maquete.

Na Olimpíada do Rio, o complexo de Deodoro vai receber as provas de hipismo, tiro, pentatlo moderno, ciclismo, hóquei sobre grama e, possivelmente, rúgbi e alguns jogos da competição de basquete. Até o lançamento do edital, em dezembro do ano passado, a obra era uma das que mais preocupavam o Comitê Olímpico Internacional.

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Na concorrência, o item "elaboração de maquete" prevê o gasto específico de R$ 879.219,00. Este ano, o TCE-RJ questionou a secretaria estadual de Casa Civil, responsável pelo edital, a respeito do valor. "Foi explicado ao TCE-RJ que não se trata de uma maquete comum", informou o Tribunal.

Segundo o governo do Rio, o valor se refere à elaboração do projeto do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom como um todo - e não apenas à confecção da maquete. "Esta maquete é impermeabilizada e possui sistemas de bombeamento de água para simular o sistema hidromecânico a ser construído para os Jogos Olímpicos Rio 2016", informou.

O Tribunal de Contas, no entanto, pediu mais explicações. Nesta terça-feira, informou por meio de sua assessoria de imprensa que ainda não foi possível avaliar o custo de US$ 100 mil (R$ 196,7 mil) para "elaboração da maquete física". "Portanto, o Tribunal está pedindo ao jurisdicionado (secretaria de Casa Civil) que apresente a cotação que tenha embasado essa estimativa", informou.

De acordo com o governo do Rio, para chegar ao valor, o Ministério do Esporte realizou uma pesquisa de mercado com o fornecedor da maquete construída para os Jogos de Londres.

As determinações do TCE-RJ devem ser cumpridas antes da licitação, inicialmente marcada para 4 de fevereiro e depois adiada para 21 de abril, "sob pena de nulidade do edital". Nesta terça, o governo descartou um novo adiamento e informou que vai enviar as novas explicações ao Tribunal nos próximos dias.

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