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A produção brasileira de café (arábica e conilon) para a safra 2012 está estimada em 50,45 milhões de sacas de 60 quilos. Os dados fazem parte da segunda estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta quinta-feira.

O resultado representa um crescimento de 16% quando comparado com a produção obtida na temporada anterior que foi de 43,48 milhões de sacas. Confirmando o resultado, esta será a maior safra já produzida no País, superando o volume de 48,48 milhões de sacas colhidas na safra 2002/03.

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Segundo a estatal, o crescimento se deve principalmente ao ano de alta bienalidade (o café alterna anos de safra alta com outro de safra baixa). Em termos de volume, a produção do arábica apresenta crescimento de 36,82 milhões de sacas em 2011/12 para 38,1 milhões de sacas em 2012/13. O conilon deve passar de 11,27 milhões de sacas para 12,3 milhões de sacas no período.

A produção de grãos na safra 2011/12 está estimada é de 160,06 milhões de toneladas, volume 1,7% inferior ao resultado do período anterior, que foi de 162,8 milhões de toneladas. O número representa uma redução de 2,74 milhões de toneladas a menos na produção nacional de grãos. A maior redução é observada na soja (8,64 milhões de toneladas) e no arroz (1,81 milhão de toneladas), conforme o oitavo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira.

De acordo com técnicos da Conab, a queda deve-se às condições climáticas desfavoráveis, principalmente no período entre 15 de novembro e 15 de janeiro, que prejudicaram mais as lavouras de milho e de soja, sobretudo nos Estados da região Sul, parte da Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul.

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A Conab observa que o atual levantamento contempla informações já definidas para as áreas cultivadas com as culturas de verão de primeira safra. Para as culturas de inverno e culturas de segunda safra na região Centro-Sul, bem como as culturas da região Norte/Nordeste, com exceção das áreas de cerrado, o plantio está em andamento. As áreas, portanto, ainda não estão definidas. "É importante citar que a região do semiárido da região Nordeste vem passando por uma forte estiagem, situação que está impedindo o plantio na maioria das áreas", comentam a estatal.

A Controladoria Geral da União (CGU) apontou pagamentos ilegais de R$ 12,2 milhões na obra de um armazém de grãos tocada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Uberlândia (MG). Auditoria concluída no fim de 2011 requer a devolução de cerca de metade desse valor aos cofres públicos por conta das irregularidades, praticadas nas gestões dos ex-presidentes da companhia Wagner Rossi, que também foi ministro da Agricultura, e Alexandre Magno Aguiar.

Segundo reportagem do jornal "O Globo", houve superfaturamento de até 200% em produtos e serviços empregados na obra. Só com materiais e equipamentos, o valor a ser devolvido alcança R$ 3,7 milhões. Com a irrigação do gramado, as despesas teriam sido infladas em R$ 483,8 mil. Ao todo, o armazém para 100 mil toneladas de grãos consumiu R$ 40 milhões.

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A construção do depósito começou em 1998, mas foram paralisadas em 2000. A CGU detectou falhas em contratos firmados a partir de 2008. Os auditores também apontaram deficiências no controle interno. As mesmas pessoas foram escolhidas para elaborar o edital da concorrência, julgar as empresas participantes, fiscalizar a execução da obra e fazer pagamentos. Milton Libardoni, que ocupa cargo na Superintendência de Armazenagem e Movimentação de Estoques, e Temístocles Barbosa Pinto, da Gerência da Rede de Armazéns Próprios, estão entre os servidores que se revezaram nessas funções.

A Conab informou hoje que seus técnicos estão reunidos e vão se pronunciar a respeito até o fim do dia. Ao Globo, a companhia explicou que os servidores envolvidos estão sendo investigados e que uma comissão foi criada para avaliar os apontamentos da CGU e adotar as providências necessárias, entre elas o ressarcimento.

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Evangevaldo Moreira dos Santos, pediu demissão dois meses após o Ministério Público de Goiás o denunciar por envolvimento com uma quadrilha que fraudava o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Goiânia.

A denúncia do MP, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, acelerou o esvaziamento do poder de Evangevaldo Santos, que era remanescente da gestão do ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, que em agosto do ano passado pediu demissão após suspeitas de irregularidades, inclusive na Conab.

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Na prática, quem vem dando as cartas na Conab nos últimos meses é o diretor financeiro, o advogado gaúcho João Carlos Bona Garcia, que em outubro do ano passado foi nomeado para o cargo pelo ministro Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS). Nesta semana, o ministro afirmou que seu plano de gestão para a Conab não incluía Evangevaldo Santos e que seu candidato para o cargo é Bona Garcia.

Acuado, Evangevaldo Santos divulgou no site da Conab a carta que enviou à presidente Dilma Rousseff pedindo demissão do cargo. Ele argumenta que "diante do cenário que se construiu", nada mais restou senão pedir o afastamento "em caráter irrevogável e irretratável, de modo a não contribuir para um maior desgaste do governo ou do meu partido".

Ele atribui às denúncias "as motivações políticas que antecedem os períodos eleitorais". O alvo seria o seu padrinho político, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que é líder do governo na Câmara dos Deputados e que concorrerá à prefeitura de Goiânia.

Em 2006, quando presidia a Agência Ambiental de Goiás, ele foi flagrado em conversas telefônicas, grampeadas com autorização judicial, repassando informações sigilosas do concurso da OAB para facilitar a aprovação de um subordinado seu, João José de Carvalho Filho.

Em janeiro surgiu nova denúncia, feita por Osmar Pires Martins Júnior, ex-secretário de Meio Ambiente de Goiânia e presidente da Agência Goiana de Meio Ambiente até 2006. Martins Júnior denunciou ao Ministério Público goiano que Santos foi portador de uma proposta do deputado Jovair Arantes, que teria pedido R$ 4 milhões mantê-lo no cargo.

O procurador da República Hélio Telho afirmou ao Estado de S. Paulo que "são robustas" as provas de envolvimento do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Evangevaldo Moreira dos Santos, com a quadrilha que fraudava o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Em tese ele cometeu crime de improbidade administrativa e pode ser afastado do cargo e ser proibido de exercer outros cargos públicos", disse.

Autor da denúncia de fraude no exame da Ordem contra Santos e mais cem pessoas, o procurador explicou que a decisão de afastá-lo já, ou não, está por enquanto na esfera ética do governo federal, que promove uma faxina na administração pública. Mas observou que o enquadramento do presidente da Conab por improbidade e seu consequente afastamento é um desfecho previsível diante da força das provas. "Ele tinha ligações com a quadrilha que vendia aprovação no exame e tirou proveito disso", afirmou Telho.

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Para o procurador, todavia, é indiferente que o presidente da Conab seja afastado imediatamente. "Para o processo, não faz diferença que ele esteja no cargo ou não", disse. A decisão, por enquanto, é do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, a quem a presidente Dilma Rousseff determinou a realização de uma faxina na Pasta e seus órgãos vinculados em agosto.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, em 2006, quando era presidente da Agência Ambiental de Goiás, Santos foi flagrado em conversas telefônicas, grampeadas com autorização judicial, repassando informações sigilosas do concurso da OAB para facilitar a aprovação de João José de Carvalho Filho, seu subordinado.

As interceptações mostraram que ele entrou em contato com a quadrilha que fraudava o concurso por intermédio da secretária da Comissão de Estágio e Exame da Ordem, Maria do Rosário Silva. Revelaram ainda que ele pagou entre R$ 10 e 15 mil para aprovar o protegido nas duas fases do exame.

Sobrevivente até agora da faxina desencadeada no Ministério da Agricultura desde agosto, quando caiu o ministro Wagner Rossi, o presidente da Conab é afilhado político do líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO). Ele foi denunciado pelos crimes de supressão de documento público, uso de documento falso e violação de sigilo funcional.

Ao todo, em 18 ações, 101 pessoas foram acusadas por fraudes no exame. Entre elas estão mais de 90 candidatos aprovados no exame mediante pagamento a quadrilha, que envolvia advogados e servidores da OAB em Goiás. De acordo com o MP, Santos, além de ter ligações com uma das "cabeças" da quadrilha, pagou a aprovação fraudada. Pela assessoria, Santos negou as acusações.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, em despacho publicado hoje no Diário Oficial de União, determina que sejam tomadas as providências recomendadas no relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) que averiguou irregularidades na Pasta e na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em relação ao contrato com a Fundasp/USP, intermediado pelo lobista Júlio Fróes, a CGU recomenda a suspensão dos cursos ministrados, devolução de R$ 1,1 milhão relativos à consultoria e apuração das responsabilidades individuais, a quantificação do dano e o ressarcimento ao erário pelo pagamento superior ao valor de mercado.

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A CGU, que encontrou falhas "gravíssimas" no processo de recomenda contratação dos serviços de seguro saúde para adidos agrícolas, recomenda que seja feita licitação e pede a instauração de procedimento administrativo para apurar responsabilidades individuais.

Outras irregularidades que devem ser corrigidas e apuradas as devidas responsabilidades são: contratação de serviços terceirizados de secretariado e contínuo; suprimento de informática; serviços gráficos; bolsas de estudos e análise laboratorial.

O relatório final da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as irregularidades no Ministério da Agricultura e na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) concluíram que os desvios chegaram a R$ 228 milhões. Entre as operações irregulares, aparecem fraudes como a de um leilão de milho de um produtor rural de Lucas do Rio Verde (GO) que havia morrido seis meses antes do pregão.

As auditorias foram determinadas pela presidente Dilma Rousseff logo que circularam as notícias com informações de que lobistas atuavam dentro do Ministério da Agricultura e da Conab. O escândalo levou à queda do então ministro Wagner Rossi e do secretário-executivo Milton Ortolan. Na Conab até hoje os diretores não foram afastados. Houve substituição apenas no setor jurídico, entregue ao advogado da União Rui Piscitelli.

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Os auditores da CGU percorreram as regiões produtoras para checar in loco as fraudes. Concluíram que empresas que negociavam com o setor da agricultura não tinham estrutura nos locais de origem dos grãos, faziam compras acima dos limites estabelecidos nos avisos da Conab e pagavam valores abaixo do preço mínimo de garantia.

A CGU confirmou a denúncia publicada na imprensa sobre a empresa Commerce Comércio de Grãos Ltda, que recebeu da Conab, por meio de sua filial em Jataí (GO), cerca de R$ 6,5 milhões, em 2011 e outros R$ 916 mil em 2010. Segundo a CGU, de fato a empresa está registrada em nome de "laranjas" e tem sede de fachada, como foi comprovado em visita ao município de Jataí.

A CGU apurou que os verdadeiros donos da Commerce possuem outras empresas, também registradas em nome de empregados, entre as quais a Villagio, que foi beneficiada com mais de R$ 7 milhões em 2010 e 2011. Outra empresa dos mesmos sócios é a Exporta, que recebeu R$ 2,1 milhões nos últimos dois anos. "Juntas, as três empresas receberam mais de R$ 16,6 milhões dos cofres públicos, para aquisição de milho em grãos, junto a produtores rurais", diz o relatório da CGU.

A auditoria da CGU identificou também graves problemas gerenciais na contratação de transportes de grãos. Segundo os auditores, o sistema utilizado para o leilão de frete apresenta, entre outros problemas, grave comprometimento no gerenciamento dos dados, devido à inexistência de registros dos reais autores dos lances ofertados, identificando apenas as bolsas de onde partiram.

"Esse fato dificulta a aferição da própria autenticidade do resultado de fechamento do leilão, uma vez que a Companhia não possui, nessa etapa, informação que permita validar a identidade do arrematante, informada pela Bolsa em momento posterior", informou o relatório.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta quarta-feira, em depoimento na Comissão de Agricultura do Senado, que não pode dividir a culpa pelas irregularidades cometidas pelo ex-diretor financeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Oscar Jucá Neto, que foi demitido após ter autorizado o pagamento ilegal a uma empresa de armazenagem.

Rossi fez a afirmação ao responder a questionamento do deputado Álvaro Dias (PSDB-PR), que perguntou se o ministro se sentia responsável por não ter conhecimento das ações do diretor da Conab, inclusive do fato de a Advocacia Geral da União (AGU) ter recomendado que o pagamento fosse feito com precatórios. Dias também questionou o ministro sobre a presença do lobista Júlio Fróes nas dependências da pasta, "uma pessoa que não tem currículo e sim um prontuário".

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Em sua defesa, Rossi afirmou que "não pode assumir a responsabilidade de controlar a portaria do Ministério". Ele atribui a falta de controle do trânsito de pessoas nas dependências da pasta à afabilidade dos funcionários da portaria e disse que mudanças estão sendo feitas para tornar o acesso mais rigoroso.

Ao longo das duas horas e meia de sessão na Comissão de Agricultura, Wagner Rossi ouviu muitos elogios dos senadores da base aliada do governo e questionamentos apenas de Alvaro Dias e de Demóstenes Torres (DEM-GO). Durante o depoimento, o ministro apresentou uma série de documentos relativos às reportagens publicadas pela imprensa e repetiu os argumentos utilizados nas entrevistas recentes, em que atribui as denúncias a ex-funcionários descontentes e à disputa interna na Conab. Ao sair da sessão Rossi alegou cansaço e não quis dar entrevistas para comentar o depoimento.

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