Tópicos | Construtora Delta

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou nesta quarta-feira (27) o desbloqueio de bens do dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, apresentado por sua defesa. Investigado pela Operação Saqueador, desdobramento da Lava Jato, o empresário e mais seis executivos do grupo Delta tiveram imóveis e bens móveis bloqueados para reparar a União.

O Ministério Público Federal (MPF) acusa os envolvidos de lavagem de dinheiro no total de R$ 370,4 milhões por meio de contratos fraudulentos com empresas fantasmas. A decisão do TRF2 seguiu a posição do MPF.

##RECOMENDA##

Em outra decisão, também nesta quarta-feira, o tribunal negou o pedido de desbloqueio feito pela empresa Miriam Minas Rio Automóveis e Máquinas SA, de propriedade de José Carlos Lavouras, que é dirigente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor). Preso em Portugal, Lavouras é réu na Operação Ponto Final, que investigou esquema de corrupção no transporte público do Rio de Janeiro.

As duas decisões foram por unanimidade, com 3 votos a 0.

O empreiteiro Fernando Cavendish, ex-dono da Construtora Delta, voltou a ser réu em processo da Operação Lava Jato. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, da Justiça Federal no Rio de Janeiro, aceitou denúncia contra ele e mais cinco pessoas na ação que investiga superfaturamento na obra de ampliação da Marginal Tietê, em São Paulo.

Inicialmente, a denúncia havia sido feita à 14ª Vara Criminal da Comarca da Capital de São Paulo, mas em julho do ano passado Cavendish foi preso na Operação Saqueador, do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, um desdobramento da Operação Lava Jato. Ele foi levado para o presídio de segurança máxima Bangu 8, no Complexo de Gericinó, mas foi solto cerca de um mês depois por efeito de liminar. 

##RECOMENDA##

De acordo com a denúncia, o superfaturamento na obra, que custou R$ 360 milhões, foi de R$ 71,6 milhões. Os valores foram pagos pela estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa)  para o Consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta. O valor inicial era R$ 287 milhões.

Até o fechamento da matéria, a defesa de Cavendish não havia sido encontrada para comentar a decisão da Justiça. Os acusados deverão apresentar resposta à acusação no prazo de dez dias.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), Cavendish participou de um esquema que desviou R$ 370 milhões de obras feitas pela Construtora Delta para 18 empresas fantasmas. As investigações mostraram que os valores eram sacados em dinheiro para impedir o rastreamento da propina entregue a agentes políticos. No mês passado, a 7ª Vara Federal Criminal começou a colher depoimentos de testemunhas de acusação no processo da Operação Saqueador.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando