Tópicos | Copa Sul-Americana

A reunião do Conselho da Conmebol, nesta quarta-feira, não conseguiu determinar quando as competições serão retomadas, em função do surto do coronavírus na América do Sul, mas serviu para definir várias medidas que serão adotadas quando isso for possível. Elas abordam medidas sanitárias, definidas por um protocolo médico, e alterações no regulamento que vão interferir principalmente na relação de inscritos.

De acordo com a Conmebol, os participantes da Copa Libertadores e da Sul-Americana terão de disponibilizar um controle médico dos jogadores, que precisarão se submeter a exames da Covid-19 - e quem se recusar a realizá-los não poderá disputar os torneios. Os documentos com os resultados serão armazenados pela confederação.

##RECOMENDA##

Nos estádios, jogadores e membros da comissão técnica vão precisar lidar com várias restrições. Eles estão proibidos de cuspir ou assoar o nariz no campo e no banco de reservas, além de não ser permitido beijar a bola. A tradicional troca de camisas também está vetada e o uso de garrafinhas d'água para hidratação precisará ser individualizada.

Os capitães da equipes também não poderão trocar flâmulas antes da partida. Os profissionais que ficarem fora das quatro linhas terão de usar máscaras, assim como os atletas e outros profissionais que concederem entrevistas após os duelos.

A limitação nas alterações nas listas de inscritos nas competições também foram modificadas pela confederação. Quando for retomada, a Libertadores permitirá cinco mudanças na fase de grupos e nas oitavas de final, e três nas quartas de final e nas semifinais. Já na Sul-Americana, são cinco trocas na segunda fase, com limite de três para oitavas, quartas de final e semifinais.

No aspecto financeiro, a Conmebol optou por reduzir em 30% o valor das multas que são estipuladas em seu código disciplinar.

Devido ao avanço do coronavírus na América do Sul, a Conmebol suspendeu em 12 de março a Copa Libertadores, após a disputa da segunda rodada da fase de grupos - a primeira fase da Sul-Americana já havia se encerrado.

Com um gol sofrido nos minutos finais, o Fortaleza foi eliminado pelo Independiente, da Argentina, na primeira fase da Copa Sul-Americana. A vitória por 2 a 1 na Arena Castelão, em Fortaleza, na quinta-feira, não foi suficiente, já que havia perdido por 1 a 0 fora de casa. A queda em sua primeira participação em torneios internacionais frustrou muito os planos do clube para a temporada, mas o técnico Rogério Ceni fez questão de ressaltar que o objetivo maior é se manter na Série A do Campeonato Brasileiro.

"O Fortaleza tem um caminho, que é se manter na Série A do Campeonato Brasileiro, para que possa, se não tiver um investimento externo, tentar construir o seu CT e ter um faturamento maior do que teve no último ano", afirmou Rogério Ceni na entrevista coletiva pós-jogo.

##RECOMENDA##

A tabela do Brasileirão foi divulgada na quinta-feira pela CBF e o rival da estreia do Fortaleza, no início de maio, será o Athletico-PR, no Ceará. Até lá, o clube seguirá na disputa do Campeonato Cearense e da Copa do Nordeste - em ambos está defendendo o título. E ainda tem a Copa do Brasil, já a partir das oitavas de final, daqui dois meses.

Para a sequência da temporada, Rogério Ceni pede jogadores de velocidade para reforçar as características de jogo do Fortaleza, mas diz entender a situação financeira do clube. "Algumas posições são mais raras. Um time com uma rotação, que joga em velocidade, precisa de mais opções. Tudo isso é baseado na condição financeira. Não é má vontade do clube, o Fortaleza está fazendo o que pode", comentou.

Sobre o jogo, o técnico definiu a eliminação nos minutos finais como "coisas do futebol". "Infelizmente temos que conviver com essas situações. Jogamos muito superior a eles nos dois jogos, não tem nem comparação. Foi um presente tudo que aconteceu, tanto na Argentina como hoje (quinta-feira). Hoje o Independiente foi dominado por inteiro pelo Fortaleza, mas não conseguimos fazer o terceiro gol", lastimou.

O Fortaleza esteve muito perto de conquistar resultado histórico na noite desta quinta-feira n(27). Até os 47 minutos do segundo tempo, vencia o tradicional Independiente por 2 a 0, placar suficiente para avançar na Copa Sul-Americana. Mas o time argentino conseguiu balançar as redes, em lance improvável, nos acréscimos e acabou causando a eliminação da equipe brasileira na primeira fase do torneio internacional.

Mesmo vencendo por 2 a 1, o Fortaleza se despediu da sul-americana porque perdera o jogo de ida por 1 a 0. E o gol do Independiente marcado fora de casa, no Castelão, acabou selando a classificação dos argentinos à segunda fase. O time argentino é o recordista de títulos da Copa Libertadores, com sete troféus.

##RECOMENDA##

Mas toda a tradição do Independiente não foi o suficiente para conter o ímpeto do Fortaleza durante a maior parte do jogo, no embalo de sua empolgada torcida. O apoio das arquibancadas acabou compensando as limitações do time brasileiro, que não fez grande apresentação, mas foi mais eficiente que o rival durante a maior parte do duelo.

O Independiente, contudo, fez valer a maior experiência em duelos de mata-mata e Copas para avançar. Este confronto marcou a estreia do Fortaleza em competições internacionais oficiais.

O JOGO - O Fortaleza foi para cima do rival argentino assim que o árbitro apitou pela primeira vez. E deu um sufoco no adversário, mais na base da empolgação do que no futebol. O clima de euforia nas arquibancadas contagiava o gramado e nem mesmo a experiência do Independiente conseguia evitar esta motivação extra dos anfitriões.

O time cearense, contudo, estava atrás no placar agregado em razão da derrota no jogo de ida. Até que Osvaldo, que já havia sido o destaque do time na primeira partida, disparou pela esquerda, entrou na área e foi derrubado pela defesa. O árbitro confirmou a penalidade, convertida por Juninho, em chute certeiro no canto direito do goleiro Campaña, aos 26 minutos.

O gol empatou o confronto e, ao mesmo tempo, esfriou o ímpeto do Fortaleza. Com este placar, o duelo seria decidido na prorrogação. A sensação de alívio dos donos da casa permitiu ao Independiente enfim entrar no jogo, equilibrando as ações.

Os lances ofensivos, no entanto, seguiam rareando, nos dois lados. Num dos melhores momentos da etapa inicial, Fernández acertou lindo chute de fora da área e exigiu grande defesa do goleiro Felipe Alves, evitando o gol argentino.

No segundo tempo, o Fortaleza continuava ligeiramente melhor que o rival. Tinha mais iniciativa e objetividade, mas falhava nas finalizações. Depois de duas chegadas perigosas com David, o técnico Rogério Ceni mudou o ataque, trocando Romarinho por Marlon.

E, apenas um minuto após entrar em campo, Marlon balançou as redes. Aos 33, Gabriel Dias cruzou rasteiro da direita para trás e o atacante chutou rasteiro, da entrada da área, para marcar o segundo gol dos anfitriões.

O duelo parecia definido, com grande festa da torcida cearense no Castelão. Até que o Independiente surpreendeu com um gol inesperado aos 47 minutos. O lateral Bustos investiu pela direita, foi até a linha de fundo e bateu cruzado. A bola desviou na zaga do Fortaleza e morreu no fundo das redes, diante do desespero da torcida local.

O gol fora de casa acabou classificando os argentinos, que ficaram com a vantagem nos critérios de desempate, apesar do empate em 2 a 2 no confronto geral.

FICHA TÉCNICA:

FORTALEZA 2 x 1 INDEPENDIENTE

FORTALEZA - Felipe Alves; Gabriel Dias, Jackson, Paulão e Bruno Melo; Felipe, Juninho, Mariano Vazquez (Tinga); David, Osvaldo (Wellington Paulista) e Romarinho (Marlon). Técnico: Rogério Ceni.

INDEPENDIENTE - Campaña; Bustos, Franco, Barboza e Silva; Lucas Romero, Blanco (Roa) e Togni (Domínguez); Braian Romero (Velasco), Silvio Romero e Leandro Fernández. Técnico: Lucas Pusineri.

GOLS - Juninho (pênalti), aos 26 minutos do primeiro tempo. Marlon, aos 33, e Bustos, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Felipe, Lucas Romero, Wellington Paulista, Gabriel Dias.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (CHI).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 52.552 torcedores.

LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

Depois de conquistar grande vitória no duelo de ida, o Bahia visita o Nacional, do Paraguai, no estádio Luis Alfonso Giagni, em Villa Elisa, nesta quarta-feira (26), às 19h15, para a segunda partida da primeira fase da Copa Sul-Americana. Esse será o primeiro compromisso da história do Bahia em solo paraguaio.

No jogo de ida, na Fonte Nova, em Salvador, o time brasileiro venceu por 3 a 0 e agora pode até perder por dois gols de diferença para avançar. Se marcar na casa do adversário, o Bahia avança até mesmo com uma derrota por três gols de diferença, por exemplo, 4 a 1. Apenas a vitória do Nacional pelo placar de 3 a 0 leva a decisão para os pênaltis.

##RECOMENDA##

O Bahia ainda tenta se encontrar na temporada e já viveu momentos delicados, como a eliminação precoce na Copa do Brasil para o River-PI, na primeira fase, com a derrota por 1 a 0. Até por isso, a Sul-Americana passou a ser a prioridade do time no primeiro semestre e o técnico Roger Machado deve mandar a campo o que tem de melhor à disposição. O treinador, no entanto, ainda não pode contar com o meia Rodriguinho, principal reforço do clube para 2020.

O time paraguaio vive momento ruim sob o comando do técnico Roberto Torres e vinha de quatro jogos seguidos sem vitória, incluindo a derrota para o Bahia por 3 a 0. A sequência, no entanto, chegou ao fim na última sexta-feira, quando a equipe bateu o 12 de Octubre por 2 a 0, pelo Torneio Apertura do Paraguai, dando nova esperança à torcida.

Após a eliminação precoce na Copa Sul-Americana, apesar da vitória sobre o argentino Unión, por 2 a 0, no Independência, os jogadores do Atlético-MG bateram na mesma tecla: nada de fazer caças as bruxas. Titular na partida desta quinta-feira (20), o goleiro Michael pediu paciência com o trabalho do técnico Rafael Dudamel. "Todos têm culpa, não somente um".

Já o treinador elogiou seus jogadores pela luta e viu evolução no futebol apresentado pelo Atlético. "Depois desta demonstração, não espero nada menos da minha equipe. O time foi bem. Cada jogo vai marcando uma evolução da equipe. Foi uma partida de tudo ou nada e tínhamos que apostar. Os jogadores entenderam a ideia. Ganhamos o jogo, mas lamentavelmente estamos fora", explicou.

##RECOMENDA##

Segundo o treinador, faltou perna para o time na segundo etapa, após abrir 2 a 0 no primeiro. "Fomos bem no primeiro tempo, mas depois cansamos. Nossa eliminação, porém, foi sacramentada na Argentina (o time perdeu por 3 a 0 em Santa Fe)."

O Atlético só volta a jogar próxima quarta-feira, contra o Afogados-PE, fora de casa, pela segunda fase da Copa do Brasil. Em caso de empate no tempo regulamentar, a vaga será decidida na disputa de pênaltis.

Para esta partida, o Atlético pode ter a estreia do atacante Diego Tardelli. Ele teve o nome registrado no BID da CBF nesta quinta-feira.

O Atlético Mineiro jogará nesta quinta-feira (20), no estádio Independência, dividido entre a busca por uma façanha e a pressão por uma eliminação precoce em uma competição vista como prioridade no início da temporada. A partir das 21h30, o time vai encarar o Unión precisando reverter a ótima vantagem do time argentino no confronto de volta da primeira fase da Copa Sul-Americana.

Há duas semanas, em Santa Fe, o Atlético-MG foi facilmente batido por 3 a 0, com uma atuação pífia, o que incluiu a perda de um pênalti no fim do segundo tempo. Por isso, precisa de uma goleada por ao menos quatro gols de diferença para avançar de fase. Ou devolver os 3 a 0 e levar a definição do confronto para os pênaltis.

##RECOMENDA##

Na história da Sul-Americana, criada em 2002, apenas duas vezes um time teve êxito na missão atleticana desta quinta-feira. Foi em 2003, quando o Libertad devolveu o placar diante do Nacional do Uruguai, depois triunfando nos pênaltis, e em 2017, com o Huracán fazendo 4 a 0 no venezuelano Deportivo Anzoátegui.

Se o retrospecto da competição indica a dificuldade da missão atleticana, ela se torna ainda mais improvável pelo começo de temporada irregular do time. A produção ofensiva vem sendo ruim, com apenas nove gols marcados em oito partidas, sendo que apenas em uma delas fez mais de um.

No fim de semana, perdeu para a Caldense por 2 a 1, no Mineirão, em partida que era visto como teste para o confronto com o Unión. O resultado fará o time terminar a quinta-feira fora da zona de classificação às semifinais do Campeonato Mineiro e aumentou a pressão sobre o recém-iniciado trabalho do técnico Rafael Dudamel. E a eliminação da Sul-Americana só iria piorar esse cenário.

Para o confronto com o Unión, Dudamel não poderá utilizar o volante Allan, expulso na Argentina, além de Savarino e Diego Tardelli, reforços para o setor ofensivo que não foram inscritos na primeira fase da Sul-Americana. E pela necessidade de aplicar uma goleada, deve realizar mudanças na escalação.

O goleiro Michael, o lateral Maílton e o zagueiro Réver, poupados no último domingo, devem retornar ao time. E a aposta na ofensividade deverá promover outras alterações na formação: Guilherme Arana assume de vez a titularidade na lateral esquerda, com Jair realizando a função de primeiro volante, como indicou preferir atuar durante a semana, ocupando a vaga de José Welison, visto como vilão da derrota para a Caldense.

Isso abrirá espaço para a entrada de Otero, visto como importante opção para jogadas de bola parada diante de um adversário que deverá jogar retrancado, disputar seu primeiro jogo como titular no Atlético-MG em 2020.

"É o jogo mais importante pra gente no ano, sabendo que vamos entrar com um 3 a 0 abaixo. Com nossa torcida, a gente pressionando desde o primeiro minuto, se a gente fizer um gol nos primeiros 15 minutos e com a torcida ao nosso favor, acredito que a gente pode virar esse jogo, sim. A motivação está excelente, o grupo está bastante focado no que tem que fazer, nos treinamentos", afirmou Otero.

Classificado à Sul-Americana após ser o oitavo colocado no Campeonato Argentino da temporada 2018/2019, o Unión quer evitar o a repetição do desempenho na competição do ano passado, quando abriu vantagem no jogo de ida da primeira fase, vencendo o Independiente del Valle por 2 a 0, mas depois caindo na disputa de pênaltis para o time equatoriano, que se sagraria campeão.

Agora, o placar conquistado no primeiro confronto foi ainda melhor, mas o Unión vem em momento ruim no Argentino, com três derrotas consecutivas e em 18º lugar. E o técnico Leonardo Madelón deve apostar em uma formação fechada, no esquema tático 4-5-1, para conseguir uma classificação que seria histórica para o clube de Santa Fe.

O Goiás, em 2010, surpreendeu ao, mesmo rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro, chegar à decisão da Copa Sul-Americana. Sonhando em aprontar mais uma vez no continente, a equipe goiana inicia nesta terça-feira (11) a sua caminhada na segunda principal competição da Conmebol visitando o Sol de América, no estádio Luis Alfonso Giagni, em Villa Elisa, no Paraguai, às 21h30 (de Brasília).

O confronto de volta entre paraguaios e brasileiros está previsto para acontecer duas semanas depois. Em 25 de fevereiro, é a vez de o estádio Serra Dourada, em Goiânia, receber a partida pela primeira fase, na qual gol como visitante é critério de desempate.

##RECOMENDA##

Para o confronto, o técnico do Goiás, Ney Franco, campeão da Copa Sul-Americana de 2012 dirigindo o São Paulo, não terá três peças importantes do elenco esmeraldino. Os volantes Léo Sena, com uma entorse no tornozelo, e Sandro, longe da forma física ideal, e o atacante Henrique Almeida, que se lesionou diante do Goianésia, pelo Campeonato Goiano, são as baixas certas.

"Nós estamos em um momento no qual o clube contratou muitos atletas. Vamos tentar montar a equipe com o perfil que a gente gosta, com dois extremos. Estamos valorizando muito a competição. Ela tem muita importância no nosso calendário. A expectativa é de representar bem o Goiás, o futebol brasileiro", afirmou o comandante.

Em situação delicada na temporada, o Sol de América trocou de técnico na terça-feira passada. O boliviano Pablo Daniel Escobar deu lugar ao argentino Luis Islas, campeão mundial em 1986 como jogador e ex-auxiliar de Diego Maradona no Dorados, do México, entre 2018 e 2019.

Ele estreou com derrota para o Guairena, fora de casa, por 2 a 0, resultado que colocou a equipe na 10.ª colocação entre 12 participantes do Campeonato Paraguaio, com três pontos em quatro rodadas. "O Sol de América é um clube com uma estrutura de trabalho muito boa e sólida. O elenco tem que brigar para ser protagonista no campeonato. Lutar pelas primeiras posições. Confio plenamente no elenco", afirmou o treinador em sua chegada.

O Fluminense não foi além de um empate na sua estreia na Copa Sul-Americana. O time até abriu vantagem e esteve em vantagem numérica no fim do segundo tempo, mas não conseguiu aproveitar o cenário favorável, ficando no 1 a 1 com o chileno Unión La Calera no jogo de ida da primeira fase, disputado no Maracanã, na noite desta terça-feira (4).

O placar obriga o Fluminense a vencer ou empatar por dois ou mais gols de diferença fora de casa para avançar à próxima etapa. Novo 1 a 1 leva o duelo aos pênaltis e qualquer outro resultado vai fazer o time carioca ser eliminado precocemente.

##RECOMENDA##

A partida foi acompanhada no estádio por Alisson, goleiro do Liverpool e da seleção brasileira, que viu de perto a equipe do irmão Muriel. E deve ter observado que o esquema de Odair Hellmann, sem um centroavante e com Nenê e Miguel se revezando no comando de ataque, não funcionou, tanto que a produção ofensiva da equipe foi praticamente nula na etapa inicial, esbarrando na marcação adversária. No segundo tempo, Evanilson, que deixou o banco, até colocou o time em vantagem, mas o Fluminense não conseguiu sustentar o placar favorável.

O duelo de volta entre Fluminense e La Calera vai ser disputado em duas semanas, no dia 18, no Chile. Mas o próximo compromisso do time será outro, no domingo, novamente no Maracanã, diante do Botafogo, pela rodada final da primeira fase da Taça Guanabara.

O JOGO - Fluminense e La Calera fizeram um primeiro tempo fraco no Maracanã. Com muitos erros de passes, o time carioca tinha dificuldades para construir suas jogadas. Até por isso, suas poucas oportunidades surgiram em contra-ataques ou após erros do time chileno. Foi assim, por exemplo, que apareceu a primeira. Aos 17 minutos, Nenê puxou contra-ataque e buscou acionar Miguel. Vilches até fez o corte parcial, mas a bola sobrou para o atacante, que bateu de primeira, para a defesa de Arias.

Uma exceção, portanto, veio aos 28, com uma jogada mais construída: Matheus Alessandro acionou na área Miguel, que bateu na saída de Arias, só que para fora. Mas com dificuldades para criar, o Fluminense também via o La Calera trocar passes, ainda que sem muita efetividade. E só voltaria a ameaçar no fim da etapa inicial. Aos 39, a defesa chilena afastou mal uma cobrança de falta, Luccas Claro cabeceou na direção da área para Gilberto, livre, chutar, exigindo difícil defesa de Arias.

Na volta do intervalo, Hellmann buscou tornar o Fluminense mais ofensivo ao sacar um dos meio-campistas - Yago Felipe - para promover a entrada do atacante Marcos Paulo, recuperado de lesão e que fez a sua estreia pelo time em 2020. Mas o cenário do jogo custou a se alterar.

De fato, o Fluminense passou a ficar mais no campo de ataque e também teve mais a posse de bola, com o La Calera retraído. Mas demorou para criar lances de perigo. E quando elas surgiram, falhava. Foi assim aos 18 minutos, quando Miguel foi acionado por Matheus Alessandro na grande área e cruzou para trás, mas ninguém chegou para finalizar. E a chance perdida foi mais incrível aos 21, com Miguel chutando em cima de Arias após lindo passe de calcanhar de Nenê.

Só que aí os jogadores que saíram do banco brilharam. Marcos Paulo acionou Evanilson dentro da grande área, com o atacante chutando no canto esquerdo, aos 25, para fazer 1 a 0. Mas a resposta do La Calera foi imediata. Aos 28 minutos, Hudson perdeu dividida e Saez ajeitou para Castellani, da meia-lua, bater no cantinho, igualando o placar numa jogada em que pareceu faltar concentração ao Fluminense. Foi uma das duas únicas finalizações do time chileno na partida.

Restou ao time se lançar ao ataque para buscar a vitória. E até ficou em vantagem numérica aos 38 minutos, após a expulsão de Thomas Rodríguez, que levantou demais o pé e atingiu o rosto de Digão em disputa de bola. Mas mal ameaçou a meta do La Calera, que volta ao Chile em vantagem no confronto pela primeira fase da Sul-Americana.

FICHA TÉCNICA:

FLUMINENSE 1 X 1 UNIÓN LA CALERA

FLUMINENSE - Muriel; Gilberto, Digão, Luccas Claro e Egídio; Henrique, Hudson, Yago Felipe (Marcos Paulo) e Nenê; Matheus Alessandro (Evanilson) e Miguel (Michel Araújo). Técnico: Odair Hellmann.

UNIÓN LA CALERA - Martin Arias; Andía, Vilches, García e Cordero; Leiva, Seymour (Thomas Rodríguez), Valencia, Castellani e Stefanelli (Cáceres); Saez. Técnico: Juan Pablo Vojvoda.

GOLS - Evanilson, aos 25, e Castellani, aos 28 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Carlos Herrera Bernal (Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Hudson, Miguel e Michel Araújo (Fluminense); Valencia, Castellani, Thomas Rodríguez e Leiva (Unión La Calera).

CARTÃO VERMELHO - Thomas Rodríguez (Unión La Calera).

RENDA - R$ 562.265,00.

PÚBLICO - 16.528 pagantes (17.671 presentes).

LOCAL - Maracanã, no Rio.

Um antigo participante da terceira divisão do Equador conseguiu em apenas 13 anos chegar à elite, ser finalista da Copa Libertadores de 2016 e se classificar para a decisão da Copa Sul-Americana de 2019. A trajetória digna de filme é a vivida pelo Independiente del Valle, um time modesto no passado, organizado no presente e otimista para conseguir no futuro uma façanha à altura da obtida na última quarta-feira, quando eliminou o Corinthians na semifinal da Sul-Americana. O próximo adversário sairá do confronto entre Atlético-MG e Colón, da Argentina.

"Derrotamos o Corinthians, um grande do futebol mundial", resumiu após o jogo o técnico do Independiente del Valle, o espanhol Miguel Ramírez. A euforia da equipe equatoriana faz o resto do continente se perguntar como um clube de pouca torcida, sediado na pequena Sangolquí, nos arredores de Quito, conseguiu se estabilizar como potência na América do Sul. Tanto os dirigentes quanto a imprensa equatoriana são unânimes em apontar o investimento nas categorias de base como a chave do sucesso.

##RECOMENDA##

O Independiente del Valle bateu o Corinthians após vencer em São Paulo por 2 a 0 e segurar o empate por 2 a 2, em Quito. Os equatorianos entraram em campo na segunda partida da semifinal com quatro titulares formados nas categorias de base. A revelação de talentos é o grande investimento da diretoria e recebe por ano cerca de 30% de toda a receita do clube. O orçamento total é modesto: cerca de R$ 20 milhões anuais.

Os equatorianos contam com um amplo centro de treinamentos para os garotos, com uma estrutura moderna, campos de futebol e uma imensa rede de escolinhas e olheiros. Boa parte da prospecção de talentos está em Esmeraldas, província conhecida por ser a terra natal dos principais jogadores do Equador. O Independiente del Valle se preocupa em dar aos garotos educação, com aulas de inglês, português e até de música. Moram no local cerca de 120 meninos.

O Independiente del Valle passou a ter esse projeto em 2006, ano de uma grande virada histórica. O clube na época estava na terceira divisão do Equador, até ser comprado por dois empresários. Um deles é Michelle Deller, é dono de redes de shopping centers no país. O outro é Franklin Tello, representante na América do Sul da rede norte-americana de fast-food KFC, especializada em frango frito.

A compra impactou, inclusive, no nome e nas cores do clube. Antes dessa operação, o time fundado em 1958 se chamava Independiente José Terán e vestia vermelho e branco, uma referência ao xará argentino. Depois, adquiriu o "del Valle" e o uniforme preto e azul para se tornar uma potência no Equador. No entanto, apesar de bons resultados e de vagas constantes em competições internacionais, os títulos ainda não vieram.

As melhores campanhas foram dois vice-campeonatos: um no Equador, em 2013, e outro na Libertadores de 2016. O sonho de um título se renova agora, com a Sul-Americana, e faz a diretoria sonhar em ter torcida. "Por não termos um grande número de torcedores, tivemos tranquilidade para comandar nosso trabalho. Mas um dos nossos objetivos é aumentar a nossa torcida", disse Franklin Tello ao jornal equatoriano El Comércio.

O trabalho na base revelou jogadores tanto para o time profissional, como para negociações internacionais. O time finalista da Libertadores de 2016 e derrotado na decisão pelo Atlético Nacional, da Colômbia, tinha como craque o meia Junior Sornoza, atualmente no Corinthians. O mesmo elenco revelou o meia Jefferson Orejuela, do Fluminense, e o atacante Bryan Cabezas, do Atalanta, da Itália.

O Corinthians teve uma mudança de postura em relação ao jogo de ida do mata-mata, mas o tropeço em casa foi decisivo para a eliminação na semifinal da Copa Sul-Americana. Depois de perder em Itaquera por 2 a 0, o time alvinegro fez uma boa apresentação nos 2.800 metros de altitude em Quito, mas empatou com o Independiente Del Valle por 2 a 2, na noite desta quarta-feira, no Equador, e deu adeus à competição continental.

O setor ofensivo alvinegro funcionou, mas o time ficou exposto ao contra-ataque e acabou levando por duas vezes o empate. Vagner Love e Clayson foram os autores dos gols do Corinthians, mas a defesa cometeu dois vacilos e permitiu os gols do adversário.

##RECOMENDA##

A eliminação complica também o clube financeiramente. O campeão da Sul-Americana receberá mais US$ 4 milhões (cerca de R$ 16,6 milhões) e o vice fica com a metade. O Corinthians já arrecadou com as classificações até a semifinal R$ 10,1 milhões, mas tem na atual temporada um déficit de R$ 100 milhões.

Carille fez algumas modificações e o time foi mais forte ofensivamente do que no jogo de ida. Ramiro, Sornoza e Boselli entraram nas vagas de Junior Urso, Mateus Vital e Clayson, que foram mal na partida na arena em Itaquera. Ralf também substituiu Gabriel, suspenso.

Como precisa reverter a vantagem, o Corinthians entrou pressionar desde o início marcando a saída de bola adversária. O Del Valle tentou impor o ritmo na base da velocidade e das jogadas pelo lado esquerdo.

O time alvinegro abriu o placar graças a uma roubada de bola de Ralf no meio-campo. Pedrinho acionou Love na esquerda, que cruzou para Boselli mandar para as redes. Ainda faltava um. E quase veio em grande jogada individual de Love, que bateu de fora da área e acertou o travessão. No primeiro tempo, o Corinthians levou apenas um susto após descuido da zaga, mas Cássio fez a defesa.

No segundo tempo a partida ficou aberta. O centroavante Gabriel Torres passou a incomodar a defesa do Corinthians. Fagner também encontrava dificuldades para segurar a marcação de Dajóme. O time alvinegro parou de criar e Carille colocou o time para frente com a entrada de Clayson na vaga de Ramiro.

Na tentativa de ampliar o resultado, o Corinthians abriu e levou o empate em um rápido contra-ataque. Manoel deu o bote atrasado, Sánchez se livrou da marcação pela esquerda, avançou e bateu na saída de Cássio.

O Corinthians sentiu o empate, mas ganhou fôlego nos minutos finais graças ao auxílio do VAR. Danilo Avelar foi derrubado na área e o árbitro de vídeo marcou pênalti. Clayson foi para a cobrança e deixou o time visitante em vantagem novamente. Mas não deu nem para comemorar. Em novo contra-ataque, Cabeza bateu rasteiro e decretou a classificação dos equatorianos.

FICHA TÉCNICA:

INDEPENDIENTE DEL VALLE 2 X 2 CORINTHIANS

INDEPENDIENTE DEL VALLE: Pinos; Landázuri, Schunke, Segovia e Preciado (León); Franco, Pellerano e Mera (Nieto); Jhon Sánchez (Cabeza), Dájome e Gabriel Torres. Técnico: Miguel Ángel Ramirez.

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Gil, Manoel e Danilo Avelar; Ralf (Junior Urso), Ramiro (Clayson) e Sornoza; Pedrinho, Boselli (Gustagol) e Vagner Love. Técnico: Fábio Carille.

GOLS - Boselli, aos 29 minutos do primeiro tempo; Sánchez, aos 22, Clayson, aos 41, e Cabeza, aos 44 do segundo.

ÁRBITRO - Piero Maza (CHI).

CARTÕES AMARELOS - Franco e Mera (Del Valle); Sornoza e Clayson (Corinthians).

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito (EQU).

O Corinthians levou um baile em Itaquera no primeiro jogo da semifinal da Copa Sul-Americana, segundo a definição do próprio presidente do clube, Andrés Sanchez, para a derrota por 2 a 0 para o Independiente Del Valle. Nesta quarta-feira, às 21h30, os comandados de Fábio Carille tentarão reverter esse placar na altitude de Quito em busca de um lugar na decisão do torneio continental.

A tarefa não será fácil, especialmente se forem analisados os resultados do time alvinegro na temporada. Em 69 jogos no ano, somente em três o clube conseguiu o placar que o garantirá na decisão esta noite. Para não ser eliminado, o Corinthians precisa vencer por três gols de diferença, ou por dois, contanto que balance as redes do adversário por três ou mais vezes (3 a 1, 4 a 2, 5 a 3...) Isso porque na Sul-Americana existe a regra do gol fora de casa com maior peso para efeito de desempate em caso de igualdade do saldo do mata-mata.

##RECOMENDA##

Neste ano, o Corinthians não derrotou nenhum adversário por três ou mais gols. Mas bateu o Ceará por 3 a 1 (fora de casa, pela Copa do Brasil), o Avenida por 4 a 2 (em casa, pela Copa do Brasil) e o Fortaleza por 3 a 1 (fora, pelo Brasileirão).

Carille recordou duas adversidades recentes para destacar a capacidade de reação do time. "Como técnico, acho que estou há mais de 170 jogos aqui. O que vem na cabeça é o jogo do Avenida. Estávamos perdendo por 2 a 0 com sete minutos e viramos para 4 a 2. E o jogo do Racing lá (na primeira fase da Sul-Americana). O time deles liderando o Campeonato Argentino... Confesso que achava que não fosse passar. A gente saiu perdendo, o Racing buscava o jogo, e ganhamos nos pênaltis", comentou sobre a vitória por 5 a 4 após o tempo normal terminar 1 a 1.

Na temporada, o Corinthians tem 32 vitórias, 15 empates e 22 derrotas. Marcou 103 gols e sofreu 72, o que dá uma média de 1,4 gol por jogo, insuficiente para a classificação hoje.

O Corinthians não joga em Quito há quase 20 anos. Mas a última vez que esteve na capital do Equador, a equipe conquistou um resultado que, se for repetido nesta noite de quarta, o levará para os pênaltis. Em 11 de abril de 2000, o time alvinegro bateu a LDU por 2 a 0, gols de Luizão e Dinei, pela Libertadores.

EVOLUÇÃO - O presidente Andrés Sanchez foi um dos principais críticos da atuação no jogo de ida, mas tratou de acabar com qualquer boato de que uma eventual eliminação pudesse causar a demissão de Carille. E aproveitou para provocar implicitamente o Palmeiras, que foi despachado pelo Grêmio da Libertadores nas quartas de final.

"Se pegar o jogo com o Santos na semifinal do Paulista e o do Del Valle foram nossas piores atuações da temporada. Todo mundo sabe. Mas vamos fortíssimos tentar reverter. Se não reverter, vamos voltar para disputar o Brasileiro de cabeça erguida, como já têm outros times bilionários que estão se dedicando só a ele", disse o dirigente nesta terça-feira, em entrevista ao SporTV.

A vaga para a final pode ajudar o clube a diminuir o déficit anual, que hoje é de cerca de R$ 100 milhões. O clube já arrecadou até agora, só em classificações no torneio, R$ 10,1 milhões. O campeão recebe mais US$ 4 milhões (cerca de R$ 16,6 milhões na cotação atual) e o vice fica com a metade. O confronto desta quarta-feira terá transmissão ao vivo pela plataforma de streaming na internet DAZN.

Além de amargar sete derrotas consecutivas, sendo seis delas pelo Campeonato brasileiro, o elenco do Atlético-MG convive com o atraso de salários. Em entrevista coletiva nesta terça-feira, o capitão Réver confirmou a pendência, mas afirmou que isso não vai abater o grupo para o duelo decisivo contra o Colón, quinta-feira, às 21h30, no Mineirão, pelo jogo de volta das semifinais da Copa Sul-Americana.

"Vou ser bem sincero. Realmente, tem algumas pendências. Não vai ser isso que vai atrapalhar nosso rendimento. Somos uma equipe experiente, acostumada a passar por isso. O futebol é dessa maneira. A partir do momento que você consegue assimilar bem isso e entender, você não vai entrar em campo para perder, porque isso se torna muito pior. A equipe vencendo, as coisas acontecem de maneira melhor, você consegue outros recursos para colocar em ordem as pendências financeiras. Muito das coisas que estão falando aí não faz sentido", afirmou o zagueiro, de 32 anos, que garantiu compreensão por parte do elenco com o problema.

##RECOMENDA##

"Mas a gente tem tanta intimidade com a diretoria. Foi muito claro que isso poderia acontecer durante o ano. Ninguém vem se omitindo em relação a essas pendências. Muito pelo contrário. Os jogadores estão entendendo essa situação. Acredito que não é só aqui, muitos clubes, principalmente da Série A, passam por momentos complicados e conturbados quando se trata da parte financeira", disse o defensor.

Apesar da péssima fase atravessada pela equipe, Réver confia na possibilidade de o Mineirão ser palco de mais um momento histórico para o Atlético-MG. Foi jogando no estádio, por exemplo, que o time de Belo Horizonte conquistou o título mais importante de sua história: o da Copa Libertadores de 2013, quando superou o Olimpia, do Paraguai, na decisão para ficar com o almejado troféu continental.

"Sem dúvida, é um palco que o Atlético tem muita história, e espero que a gente construa novas histórias. Esse foi um dos meus objetivos no meu retorno ao Atlético, conseguir novas conquistas, e estou muito próximo de dar continuidade a essa minha história com a camisa do clube. Espero que, quinta-feira, nós, dentro de campo, possamos fazer o nosso melhor, deixar tudo que temos para conseguir essa tão sonhada vitória e chegar à final da Sul-Americana", disse Réver, que viveu a sua primeira passagem pelo clube mineiro entre 2010 e 2014, antes de defender o Internacional e o Flamengo e depois retornar à equipe atleticana neste ano.

CASA CHEIA E TREINO NO MINEIRÃO - Para este jogo decisivo de quinta-feira, o Atlético terá o apoio de um grande público. Foram vendidos até a tarde de terça-feira 41.088 ingressos para o duelo. Depois de perder a partida de ida das semifinais, de virada, por 2 a 1, na Argentina, semana passada, o time comandado por Rodrigo Santana precisa apenas de uma vitória simples para alcançar a decisão da Sul-Americana. O último triunfo do time mineiro foi diante da La Equidad, em Bogotá, por 3 a 1, nas quartas de final, no dia 27 do mesmo passado.

E para começarem a se adaptar às condições do estádio, os jogadores hoje considerados titulares que não foram escalados na derrota por 1 a 0 para o Avaí, na noite de segunda-feira, em Florianópolis, além de Luan, Otero e Maicon, que entraram no decorrer do confronto, participaram de um treino fechado no Mineirão na tarde desta terça-feira. Já os reservas que atuaram no dia anterior ficaram na Cidade do Galo realizando um trabalho regenerativo.

As duas principais novidades da atividade no estádio foram Jair e Maidana, liberados pelo departamento médico após se recuperarem de lesões. O primeiro deles, inclusive, deve ser confirmado em uma provável formação titular que seria a seguinte: Cleiton; Guga, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Jair, Elias, Chará, Vinícius e Cazares; Di Santo.

Em má fase no Brasileirão, o Atlético Mineiro voltou a decepcionar a torcida nesta quinta-feira, desta vez pela Copa Sul-Americana. Jogando na Argentina, o time brasileiro saiu na frente diante do modesto Colón, mas acabou levando a virada e foi derrotado por 2 a 1, no jogo de ida da semifinal, na cidade de Santa Fé.

O revés, se deixa o Atlético em desvantagem no confronto, ao menos traz o consolo do gol fora de casa, que é critério de desempate. Assim, na quinta-feira que vem, o time mineiro avança à final se vencer por 1 a 0, no Mineirão.

##RECOMENDA##

O jogo desta quinta era encarado dentro do clube brasileiro como oportunidade ideal para se reabilitar neste momento da temporada, em que acumula tropeços no Brasileirão e já está fora da zona de classificação à Copa Libertadores.

Apesar do favoritismo, o Atlético Mineiro encontrou dificuldades diante do modesto rival argentino no primeiro tempo. Em noite pouco inspirada, a equipe brasileira criou pouco e praticamente não ameaçou o gol defendido pelo goleiro Leonardo Burián.

A etapa inicial, de baixo nível técnico, foi marcada pelo duelo truncado no meio-campo. Limitado, o Colón também não conseguia ameaçar a defesa atleticana. Chegava pouco e, quando chegava, era rapidamente neutralizado.

Mesmo diante de atuações tão irregulares, a redes balançaram aos 36 minutos, num lance inusitado. Ortiz, ao tentar afastar na defesa argentina, encheu o pé, mas acabou acertando Chará. E a bola acabou voltando contra as próprias redes do Cólon. O árbitro anotou o gol para o jogador do time brasileiro.

Sem mudanças para a segunda etapa, o Atlético foi surpreendido logo nos primeiros minutos. Aos 6, após cobrança de escanteio na área, Escobar escorou de cabeça na primeira trave e Morelo completou na segunda, vindo de trás.

O gol de empate acordou o Atlético no segundo tempo. A resposta veio aos 20 minutos, em forte chute de Vinícius. Burián caiu no canto para fazer defesa difícil. Após escanteio, Réver tentou de cabeça, sem sucesso.

Apagado em campo, Cazares deu lugar logo na sequência a Otero. Rodrigo Santana, logo em seguida, também trocou Di Santo por Alerrandro e Vinícius por Nathan na tentativa de dar novo fôlego ao setor ofensivo atleticano.

As mudanças, contudo, não surtiram efeito. Sem sucesso no ataque, o Atlético ainda vacilou na defesa e acabou levando a virada. Aos 40 minutos, uma boa trama do Colón resultou em finalização de Rodríguez, livre dentro da área, para as redes, sacramentando a vitória dos anfitriões.

 

FICHA TÉCNICA:

COLÓN 2 x 1 ATLÉTICO-MG

COLÓN - Leonardo Burián; Alex Vigo, Guillermo Ortiz, Emanuel Olivera e Gonzalo Escobar (Bernardi); Rodrigo Aliendro, Federico Lértora, Fernando Zuqui e Marcelo Estigarribia; Luis Rodríguez (Chancalay) e Wilson Morelo. Técnico: Pablo Lavallén.

ATLÉTICO-MG - Cleiton; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Zé Welison e Elias; Chará, Vinícius (Nathan) e Cazares (Otero); Franco Di Santo (Alerrandro). Técnico: Rodrigo Santana.

GOLS - Chará, aos 36 minutos do primeiro tempo. Morelo, aos 6, e Rodríguez, aos 40 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Di Santo.

ÁRBITRO - Alexis Herrera (VEN).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Brigadier General Estanislao López, em Santa Fé (ARG).

Na opinião do técnico Fábio Carille, os meias Pedrinho e Mateus Vital sentiram a pressão na derrota do Corinthians para o Independiente Del Valle por 2 a 0, na Arena Corinthians, em São Paulo, no jogo de ida da semifinal da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira.

"Sentimos um pouquinho pela idade de ter mais responsabilidade. Temos um grupo novo e eles têm um time malandro dentro de campo. Hoje estamos com meninos, que ainda têm de acostumar com esse tipo de jogo. Sabemos que vamos encontrar partidas assim", comentou o treinador.

##RECOMENDA##

Carille entende que poderia ter tido mais sorte se tivesse uma equipe mais madura. "Foi um jogo de jogadores experientes. A gente estava com muitos meninos em campo. Mas eles têm de ir para o jogo, seja ele qual for. Vimos as dificuldades do Pedrinho e do Vital na marcação. Hoje (quarta-feira) as coisas não funcionaram", disse.

O treinador tentou explicar depois que a derrota não foi por culpa somente dos atletas mais jovens do Corinthians, embora tenha deixado essa impressão em suas declarações iniciais. "Eles (Del Valle) foram efetivos na organização e estavam prontos para o contra-ataque. Vamos pensar no Brasileiro e depois do domingo pensar em fazer um ótimo jogo lá em Quito e conseguir a classificação".

O presidente Andrés Sanchez foi mais duro para explicar o tropeço do Corinthians em casa. "Levamos um show de bola. Hoje (quarta-feira) foi um dia que deu tudo errado para nós e para eles deu certo. Eles deram uma aula de futebol. Temos de ter consciência disso e agora tentar reverter fora de casa. Saiu barato o 2 a 0", comentou.

O Corinthians enfrenta o Bahia neste sábado, em casa, pela 20.ª rodada, a primeira do returno, do Campeonato Brasileiro. Na próxima quarta-feira, irá ao Equador tentar reverter o tropeço diante do Del Valle na altitude de 2.800 metros de Quito. Vale lembrar que na Sul-Americana há a regra do gol fora de casa. Um novo 2 a 0, desta vez para os alvinegros, leva a decisão para os pênaltis.

O Corinthians foi surpreendido pelo Independiente Del Valle nesta quarta-feira e se complicou na semifinal da Copa Sul-Americana. Em plena arena em Itaquera, diante de 37 mil torcedores, o time alvinegro perdeu por 2 a 0 e agora precisa vencer o adversário por três gols de diferença na próxima quarta-feira para ir à decisão do torneio.

A equipe equatoriana foi mais organizada em campo, soube anular o lado direito ofensivo corintiano e teve coragem para atacar. Com dois gols de Torres, um no primeiro e outro no segundo tempo, o Del Valle deu um grande passo para a final. O resultado deve servir para o técnico Fábio Carille repensar alguns titulares absolutos.

##RECOMENDA##

O volante Junior Urso e o atacante Clayson foram mais uma vez muito mal. O primeiro não conseguiu apoiar o ataque, demonstrou nervosismo em alguns momentos e pode perder a vaga para Matheus Jesus, que entrou bem no segundo tempo. Clayson tornou nula as ofensivas pelo lado esquerdo. Ele e Danilo Avelar pouco criaram.

O Corinthians enfrentou dificuldades para criar desde o início da partida. O Del Valle se apresentou muito bem organizado taticamente e preparado para segurar as investidas dos anfitriões pelo lado direito.

Pedrinho não conseguia receber uma bola. O lateral-esquerdo Preciado anulou o atacante corintiano e também chegava com velocidade no setor ofensivo. E foi pelo lado esquerdo que os equatorianos criaram as principais chances. Eles aproveitaram as subidas de Fagner para assustar e precisaram mandar para as redes duas vezes para valer uma.

Na primeira, Dájome recebeu nas costas do lateral-direito, disputou a bola com Cássio e na sobra Gil mandou contra. O auxiliar deu impedimento no momento do lançamento e o VAR demorou 4 minutos e 56 segundos para de fato anular o gol.

A parada serviu para Carille dar uma bronca em seus jogadores, que esboçaram reação. Mateus Vital acertou a trave em batida cruzada e Clayson mandou um chute para fora. Mas era muito pouco para quem jogava em casa. O lado esquerdo era nulo ofensivamente.

O Del Valle abriu o placar no último minuto do primeiro tempo. Segovia roubou a bola no meio de campo e tocou para Mera. Após um bate-rebate na área, a bola sobrou para Torres, livre, mandar para as redes. O VAR foi novamente consultado e validou o gol.

Carille fez logo duas mudanças no intervalo: tirou Gabriel e Clayson para as entradas de Matheus Jesus e Gustavo. A equipe acordou em campo e passou a incomodar mais o adversário. Foram quatro finalizações perigosas nos dez minutos iniciais, igualando tudo o que o time criou durante todo primeiro tempo.

O problema é que o Corinthians ficou exposto ao contra-ataque e o Del Valle soube matar a partida. Cabeza, que havia acabado de entrar, arrancou pela direita e cruzou na segunda trave para Torres escorar para as redes.

O Corinthians se perdeu em campo. Pedrinho, que encontrou muita dificuldade para criar, deu lugar a Janderson. A torcida corintiana vaiou Carille pela mudança e aproveitou para começar a deixar o estádio. O time também se entregou em campo. Passou a arriscar chutes de longa distância, mas sem muito perigo ao goleiro adversário.

A outra semifinal da Sul-Americana terá o Atlético-MG contra o Cólon nesta quinta-feira, também pelo jogo da ida, na Argentina.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 0 x 2 INDEPENDIENTE DEL VALLE

CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Manoel, Gil e Danilo Avelar; Gabriel (Matheus Jesus), Júnior Urso e Mateus Vital; Pedrinho (Janderson), Vagner Love e Clayson (Gustagol). Técnico: Fábio Carille.

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Pinos; Landazuri, Segovia, Schunke e Preciado; Pellerano, Franco, e Mera (León); Dájome (Cabeza), Sánchez (Corozo) e Torres. Técnico: Miguel Ángel Ramírez.

GOLS - Torres, aos 45 minutos do primeiro tempo e aos 24 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Gabriel e Fagner (Corinthians); Dájome (Del Valle).

ÁRBITRO - Leodán González (URU).

RENDA - R$ 2.264.371,00.

PÚBLICO - 37.112 pagantes.

LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo (SP).

Classificados às semifinais da Copa Sul-Americana, os jogadores do Atlético-MG voltam nesta quarta-feira ao Brasil - depois da vitória por 3 a 1 sobre o La Equidad, na Colômbia - já sabendo que não terão mais o estádio Independência, normalmente usado pelo clube em Belo Horizonte, na competição. Isso por conta da capacidade para receber os torcedores na arena.

De acordo com o regulamento da Copa Sul-Americana, em seus artigo 71, os estádios que vão receber os jogos das semifinais deverão ter capacidade mínima para 30 mil espectadores. Como o Independência comporta apenas 23 mil torcedores, a diretoria do Atlético-MG terá que optar pelo Mineirão, que abriga mais de 60 mil pessoas, para enfrentar o Colón, da Argentina.

##RECOMENDA##

O primeiro duelo contra os argentinos será na cidade de Santa Fé, no estádio Brigadier General Estanislao López, que tem capacidade para quase 40 mil torcedores. O jogo de volta será de mando do Atlético-MG. As datas ainda serão confirmadas pela Conmebol, mas estão previstas inicialmente para os dias 18 e 25 de setembro.

Essa troca de estádio por causa da capacidade mínima pode ser resolvida pelo Atlético-MG em um futuro que parece estar próximo. Nesta quarta-feira, o clube cumpriu mais uma etapa do licenciamento ambiental para construção de sua arena. O processo administrativo de compensação ambiental do local foi aprovado por unanimidade em reunião ordinária da Câmara de Proteção à Biodiversidade e de Áreas Protegidas (CPB), do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

A reunião foi realizada na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad, em Belo Horizonte. Esse foi o penúltimo passo para que a arena do Atlético-MG obtenha o Documento Autorizativo de Intervenção Ambiental (Daia), no Instituto Estadual de Florestas (IEF).

O novo estádio do Atlético-MG será construído no bairro Califórnia, na região noroeste de Belo Horizonte. O nome oficial da arena pertence à MRV Engenharia, que comprou os "naming rights". Com a sua capacidade prevista de 47.465 lugares, no planejamento, o local será semelhante a um caldeirão, com apenas oito metros de distância das cadeiras ao campo.

A Conmebol iniciou nesta quarta-feira o processo para compra de ingressos para as finais da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. Para a principal competição de clubes, o torcedor precisa fazer um cadastro no site oficial da entidade até o próximo dia 26 para ter prioridade e o ingresso custará a partir de US$ 100 (R$ 400).

Depois da inscrição, a Conmebol enviará um código até o dia 7 de setembro que vai dar o acesso à pré-venda, prevista até 14 de setembro. A partir do dia 16, a venda para o jogo decisivo no estádio Nacional, em Santiago, no Chile, que acontecerá no dia 23 de novembro, será aberta ao público em geral.

##RECOMENDA##

Os ingressos custarão entre US$ 100 (R$ 400) e US$ 250 (R$ 1.000). Cada torcedor poderá comprar até quatro entradas, com nomes e documentos oficiais das pessoas nos outros bilhetes. Os fãs dos clubes finalistas poderão terão um setor reservado no estádio, com ingressos vendidos a partir de 25 de outubro a um preço de US$ 80 (R$ 320).

Para a Copa Sul-Americana, o torcedor precisa fazer a inscrição no site da Conmebol até o próximo dia 30 para ter prioridade. Em seguida, receberá o código até 5 de setembro para poder efetuar a compra. As vendas para o público em geral têm início em 12 de setembro.

Os finalistas, que disputarão o título no dia 9 de novembro, no estádio La Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai, terão ingressos disponíveis para vender aos seus torcedores a partir do dia 27 de setembro, ao preço de US$ 40 (R$ 160). As entradas dos outros setores custam entre US$ 40 (R$ 160) e US$ 125 (R$ 500).

O Corinthians terá um time misto diante do Montevideo Wanderers, nesta quinta-feira, às 21h30, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Duas razões fizeram o técnico Fábio Carille treinar com sete mudanças em relação à equipe que venceu o Fortaleza por 3 a 1 pelo Campeonato Brasileiro, no domingo (28).

A primeira foi a vantagem conquistada no primeiro jogo. Com vitória por 2 a 0 em Itaquera, o Corinthians pode até perder por um gol de diferença ou dois com gol marcado (3 a 1, 4 a 2) para ficar com a vaga nas quartas. Se perder por 2 a 0, terá decisão nos pênaltis. Na próxima fase, o adversário será Peñarol ou Fluminense.

##RECOMENDA##

A segunda razão é o próximo confronto pelo Brasileirão: o clássico com o Palmeiras, também em Itaquera, no domingo. Carille enfrenta o time uruguaio pensando no arquirrival. Apenas Cássio, Gil, Gabriel e Vital jogaram no Ceará e participaram dos últimos treinamentos antes do jogo decisivo em Montevidéu.

A novidade é o retorno de Sornoza, que ficou fora da vitória sobre o Fortaleza por causa de um edema na coxa direita. A tendência, no entanto, é que comece no banco de reservas. Mateus Vital deve ser o responsável pela armação das jogadas. Pedrinho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, não viajou.

Titular na vaga de Ralf, que se recupera de lesão muscular, Gabriel admitiu que pensa no clássico. "Pelo instinto do jogador, é até natural, a gente pensa sim (no Palmeiras). Mas, quando chegamos para o treino, o Carille reuniu os jogadores e falou para esquecer o clássico, disse para focar na quinta. É um mata-mata, decidir no Uruguai é difícil, vai ter catimba, um jogo brigado. Estamos preparados para um jogo duro. Não vamos só jogar pelo resultado que criamos na ida, vamos tentar vencer para seguir em frente", afirmou.

"Vai ser um jogo perigoso, temos que focar na quinta-feira para sair com a classificação garantida e depois pensar no clássico", afirmou Carlos Augusto, substituto de Avelar.

Após sequência de quatro jogos com Urso como titular, Carille dará um descanso ao seu titular e testará Matheus Jesus com a missão de atacar e defender. "Pesa sim jogar no lugar dele. Urso é um grande jogador. Mas o Carille me passou confiança, para mostrar a força do nosso grupo. Eu sou canhoto, ele é destro, mas não muda muito", disse o jogador de 22 anos.

Do lado do time uruguaio, não é segredo que o favoritismo é todo do Corinthians, ainda que o Montevideo Wanderers atue diante de sua torcida. Com a dura missão de reverter a derrota da ida, o time da casa vem de outro revés dolorido, sofrido no fim de semana, diante do Fénix, por 3 a 0. Assim, a equipe da capital uruguaia tenta recuperar o moral para tentar surpreender os brasileiros nesta quinta.

O primeiro jogo de João Pedro como titular entre os profissionais do Fluminense foi brilhante. O atacante de 17 anos marcou três vezes na goleada por 4 a 1 sobre o Atlético Nacional, no Maracanã, no confronto de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana e, claro, recebeu muitos elogios. O técnico Fernando Diniz elogiou o jovem e comparou o desempenho do seu jogador na noite de quinta-feira ao de estrelas mundiais como Messi e Cristiano Ronaldo.

"A atuação foi iluminada, que acontece com os grandes jogadores de futebol. A gente está acostumado a ver isso com Messi e Cristiano Ronaldo, não é muito comum. Então, tem que comemorar mesmo, é fruto de merecimento. Desde que cheguei aqui, o João Pedro sempre teve determinação e maturidade muito grande, até de forma precoce", disse o treinador.

##RECOMENDA##

O duelo com o Atlético Nacional foi o décimo de João Pedro entre os profissionais do Fluminense, mas apenas o primeiro como titular. Essa condição, de acordo com Diniz, foi conquistada nas partidas anteriores, com os três gols marcados nos confrontos com o Cruzeiro por Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. E o treinador adiantou que manterá o jovem no time para o duelo de domingo com o Bahia, na Fonte Nova, pela sexta rodada do Brasileirão.

"A escolha do João Pedro no time titular se deu pelos jogos que ele vem fazendo, ele praticamente se escalou. A gente testa outros jogadores, mas o João Pedro já estava escalado para esse jogo, pois desde quando terminou no sábado, contra o Cruzeiro, já sabíamos que seria ele que sairia jogando hoje. Pelo que está produzindo, certamente será um dos titulares diante do Bahia", afirmou.

A goleada sobre o Atlético Nacional foi a segunda consecutiva do Fluminense, que dias antes também havia conseguido o placar de 4 a 1 em duelo com o Cruzeiro, pelo Brasileirão. Para Diniz, esses são sinais claros de amadurecimento do elenco.

"É pelo amadurecimento da equipe que fico contente. Hoje foi um dia especial para o Fluminense. Fizemos um segundo tempo mais equilibrado, tivemos alguns ajustes defensivos, um domínio amplo do jogo, tivemos chances cristalinas de marcar também no segundo tempo e isso tudo mostra mais maturidade da equipe", comentou.

[@#galeria#@]

O Internacional foi o único time mandante a obter vitória nos jogos de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, ao vencer o Paysandu, por 3 a 1, nesta quinta-feira (23), no Beira-Rio, em Porto Alegre. Com o resultado, a equipe gaúcha pode até perder por um gol de diferença em Belém, na próxima quarta-feira (29), para garantir vaga nas quartas de final. O Papão terá que vecer o Colorado por três gols de diferença.

##RECOMENDA##

O jogo começou com o Inter no comando, com o domínio de bola, enquanto o Paysandu, que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, buscava uma jogada rápida para sair nos contra-ataques. Logo aos quatro minutos, Guerrero, pelo time gaúcho, e Primão, pelos paraenses, assustaram as defesas adversárias.

Como a marcação do Paysandu só se tornava forte em seu campo defensivo, o Inter teve espaço para iniciar bem as jogadas. Principalmente, pelo lado esquerdo, onde Iago se apresentou com destaque no apoio ao ataque.

O primeiro lance de grande perigo surgiu aos 18 minutos, após bela cobrança de D'Alessandro, que acertou a trave, as costas do goleiro Mota e saiu pela linha de fundo. Aos 23, Edenílson tabelou com o meia argentino e bateu firme para a defesa de Mota.

O gol estava amadurecendo e saiu aos 25 minutos, após linda triangulação entre D'Alessandro, Nico López e finalização de Guerrero. Aos 29, Iago fez o segundo, mas estava impedido. A partir daí, o Inter perdeu a concentração e só não foi ameaçado por falta de confiança do Paysandu.

O time gaúcho só foi fazer uma boa jogada novamente aos 45, quando Nico López tentou encobrir Mota, mas o goleiro fez bela defesa. Na sequência, Guerrero quase fez o segundo.

No segundo tempo, o Inter demorou para entrar em jogo. O Paysandu aproveitou e empatou logo aos 2 minutos, com uma bonita cabeçada do capitão Micael. Odair Hellmann, ao perceber que o adversário passou a forçar as jogadas pelo lado esquerdo com Collaço, trocou Zeca por Gustavo Paredes e passou Edenílson para a lateral-direita, em busca de uma maior produção por aquele setor.

A mudança deu resultado. Guilherme Paredes, de cabeça, forçou Mota a mandar a bola para escanteio. Na cobrança, a bola sobrou para Rodrigo Lindoso fazer o segundo do Inter.

Em desvantagem no placar, o Paysandu não se intimidou e Marcos Antônio arriscou de longe para defesa de Marcelo Lomba. Mas a grande oportunidade foi perdida por Guerrero, ao errar o alvo quase na pequena área.

O jogo ficou morno com a impressão de que o Inter tinha consciência de que a vantagem seria aumentada com o passar do tempo. E isso ocorreu aos 33 minutos, após falha da zaga paraense em cobrança de escanteio. Guerrero subiu sozinho e, desta vez, não perdoou.

O Paysandu não teve forças para reagir. O Inter poderia ter feito pelo menos mais dois gols, mas perdeu a chance de ir para o Pará com a vaga definida.

Ficha técnica

INTERNACIONAL - Marcelo Lomba; Zeca (Guilherme Parede), Emerson Santos, Víctor Cuesta e Iago; Rodrigo Lindoso, Nonato; Edenílson e D'Alessandro (Rafael Sóbis); Nico López (Sarrafiore); Paolo Guerrero. Técnico: Odair Hellmann.

PAYSANDU - Mota; Bruno Oliveira, Micael, Victor Oliveira e Bruno Collaço; Anderson Uchoa, Jhony, Nicolas (Paulo Henrique) e Thiago Primão (Tiago Luis); Marcos Antônio e Diego Rosa (Vinícius Leite). Técnico: Léo Condé.

GOLS - Paolo Guerrero, aos 25 minutos do primeiro tempo. Micael, aos dois, Rodrigo Lindoso, aos 11, e Guerrero, aos 33 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO - Jhony.

ÁRBITRO - Vinicius Gonçalves Dias Araújo (SP).

RENDA - Não divulgada.

PÚBLICO - 15.328 pagantes.

LOCAL - Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando