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Após as fortes perdas dos últimos dias, o dólar se recuperou um pouco nesta sexta-feira, 5, ante o real. O viés positivo para a moeda americana no exterior, somado a certa busca por proteção antes do período de carnaval no Brasil, sustentou as cotações. O dólar à vista fechou em alta de 0,34%, aos R$ 3,9138. Na semana, porém, recuou 2,67%. No mercado futuro, o dólar para março subiu 0,31%, aos R$ 3,9300.

A divulgação do IPCA de janeiro pelo IBGE, no início do dia, deu certa força às cotações. Isso porque os números deixaram claro que o cenário para a inflação no Brasil segue complicado: os preços subiram 1,27% em janeiro, ante taxa de 0,96% em dezembro. Em 12 meses, a taxa segue nos dois dígitos, em 10,71%. Profissionais do mercado esperavam uma inflação entre 0,94% e 1,21% em janeiro. Já após a divulgação, às 9h28, o dólar à vista bateu a máxima de R$ 3,9277 (+0,70%), com investidores reagindo de forma negativa aos dados.

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Com a proximidade do anúncio do relatório de empregos dos EUA (payroll), marcado para às 11h30, alguns investidores passaram vender a moeda americana, que migrou para o negativo, numa tentativa de antecipar tendências. O problema é que o resultado do relatório foi misto: os EUA criaram 151 mil empregos em janeiro, bem abaixo da previsão de 185 mil, mas a taxa de desemprego caiu a 4,9%, melhor que a previsão de 5,0%. Além disso, o salário médio por hora subiu 0,47% em janeiro, acima da previsão de +0,30%.

Nos mercados de moedas, houve uma clara tendência de fortalecimento do dólar ante outras divisas após o payroll. Esse movimento foi, em parte, também atribuído ao petróleo, que manteve perdas em Londres e em Nova York durante boa parte da sessão. Neste cenário, o dólar voltou ao campo positivo e nele ficou durante a tarde. Mesmo porque, a proximidade do feriado prolongado de carnaval fazia os players adotarem uma postura mais cautelosa.

O euro subiu hoje com a expectativa de um acordo para que a Grécia receba um segundo pacote de resgate financeiro. Os mercados tiveram pouca liquidez por conta do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos, enquanto os investidores permaneceram à espera de algum resultado da reunião de ministros das Finanças da zona do euro sobre o socorro à Grécia.

O corte em 50 pontos-base na taxa de depósito compulsório anunciado no sábado pelo Banco do Povo da China também estimulou o apetite por risco na sessão de hoje.

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"Essencialmente, nós esperaríamos que os ministros das Finanças da Europa concordassem com uma nova ajuda à Grécia hoje e deixassem para depois apenas alguns detalhes técnicos a serem resolvidos", disse Nick Bennenbroek, estrategista cambial do Wells Fargo.

No fim da tarde, o euro era negociado a US$ 1,3240, de US$ 1,3139 na sexta-feira. O iene estava cotado a 79,65 por dólar, de 79,58 ienes por dólar no fim da semana passada, e a 105,44 por euro, de 104,54 ienes por euro no fim da tarde de sexta-feira. A libra estava em US$ 1,5846, de US$ 1,5828 na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.

As bolsas europeias operavam em alta pela manhã, impulsionadas por balanços corporativos positivos, embora as preocupações com a Itália permaneçam no ar. Às 9h10 (horário de Brasília), a bolsa de Londres subia 1,04%, Paris avançava 1,34% e Frankfurt ganhava 1,47%. Os bancos lideram os ganhos, puxados pelo francês Société Générale e pelo britânico Lloyds Banking Group.

Mais cedo, às 8h25, as ações do SocGen subiam 8,89% em Paris. O banco anunciou que teve queda de 31% no lucro líquido no terceiro trimestre deste ano, para 622 milhões de euros, de 896 milhões de euros no mesmo período do ano passado, abaixo das estimativas dos economistas de 732 milhões de euros. O resultado foi prejudicado pelo aumento das provisões contra bônus da Grécia e pela volatilidade dos mercados financeiros.

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No entanto, o SocGen afirmou que não precisará levantar mais capital e não oferecerá dividendo de 2011 para poder se concentrar em atender as exigências da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) até meados de 2012. Além disso, a receita do banco subiu 3,2% no trimestre, para 6,5 bilhões de euros, de 6,3 bilhões de euros no mesmo período do ano passado.

Em Londres, as ações do Lloyds lideravam as altas com 8,38%, no horário acima. O banco teve prejuízo líquido de 519 milhões de libras no terceiro trimestre, em comparação com o lucro líquido de 924 bilhões de libras registrado no mesmo período do ano passado. Por outro lado, o Lloyds reduziu os empréstimos ruins para 1,96 bilhão de libras, de 2,8 bilhões de libras no segundo trimestre e afirmou que sua exposição a países fracos da zona do euro diminuiu.

Vodafone, enquanto isso, tinha alta de 2,34% em Londres. A maior operadora de telefonia móvel do mundo em receita divulgou uma queda de 11% no lucro líquido nos seis meses até setembro deste ano, para 6,68 bilhões de libras, de 7,54 bilhões de libras um ano antes, mas a receita cresceu 4,1%, para 23,52 bilhões de libras, de 22,6 bilhões de libras, pouco acima das expectativas de 23,4 bilhões de libras. A empresa também elevou sua previsão para o lucro operacional anual.

Também colaborava para o tom positivo a alta de 5,14% da Repsol YPF em Madri, após anunciar uma grande descoberta de petróleo no sul da Argentina, que poderá aumentar em 44% suas reservas de energia. As informações são da Dow Jones.

As bolsas da Europa operam em queda neste início de semana, após investidores desviarem sua atenção da Grécia para a Itália. O temor recai sobre a estabilidade do governo italiano e sua capacidade de lidar com a crise da dívida no continente. Às 8h30 (horário de Brasília), a bolsa de Londres caía 1,53%, Frankfurt tinha baixa de 1,57%, e Paris perdia 1,68%.

A desconfiança sobre a política e a economia da Itália fez o yield (taxa de retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos e o custo para assegurar a dívida do governo italiano contra um calote atingirem níveis recorde hoje. "A obsessão da semana passada com a Grécia está destinada a mudar para a Itália nesta semana, com o a coalizão do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, em sério risco de se romper", alertaram estrategistas da consultoria Forex.com.

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A Câmara Baixa do Parlamento Italiano deverá votar amanhã as medidas orçamentárias. Se elas não forem aprovadas, Berlusconi será submetido a outro voto de confiança. "Desta vez ele pode estar sem sorte. A Itália pode muito bem pegar o caminho da Grécia, ou seja, a formação de um governo de união", avaliou a equipe da Forex.com.

Os temores sobre a Itália foram exacerbados por comentários feitos pelo membro do Banco Central Europeu (BCE) Yves Mersch. Em entrevista ao jornal italiano La Stampa, Mersch afirmou que o banco decidiu que não comprará a dívida italiana, se o governo não fornecer evidência suficiente de que manterá os planos de reforma e reestruturação. As informações são da Dow Jones.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o pregão de hoje em alta, no rastro dos mercados internacionais, que ainda se seguram na esperança de uma saída para as crises gêmeas bancária e das dívidas soberanas na Europa. A volatilidade, contudo, segue inerente aos negócios globais. Às 10h13, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,42%, aos 51.739 pontos.

"As movimentações durante o pregão indicam uma sensibilidade mais apurada dos investidores, que passaram a viver não mais um dia de cada vez, mas minuto a minuto", comentam, em relatório, os analistas do BB Investimentos.

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Mas hoje, a Bolsa pode ter um descolamento positivo, após demonstrar certa apatia nos últimos pregões, com a expectativa pelo relatório oficial sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos (payroll) deixando os investidores ávidos para recuperar as perdas, após a surpresa com o aumento menor que o esperado nos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA e com a abertura de vagas acima do previsto no setor privado norte-americano em setembro.

A expectativa com o payroll, amanhã, ficou ainda mais exacerbada, após a divulgação do relatório sobre pedidos semanais de auxílio-desemprego. As solicitações feitas nos EUA até o último sábado subiram menos que o previsto, em 6 mil de 19 mil esperados, para 401 mil.

Já na Europa, os investidores se nutrem do discurso oficial de líderes e autoridades financeiras quanto a um esforço orquestrado para aumentar o capital dos bancos, sem descartar a possibilidade de uma nova rodada de testes de estresse, e de adoção de medidas para conter a crise europeia. E, embora os agentes queiram ver mais ação e menos conversa, o otimismo com essas expectativas deve ser o tom dos mercados hoje.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o pregão de hoje em alta, acompanhando a acomodação dos negócios nos mercados internacionais, após ter seguido com menos ímpeto os dois dias de euforia no exterior. Às 10h11, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,65%, aos 54.271 pontos.

A fraca agenda econômica do dia deixa os investidores sem bússola, e as ações ficam reféns de giros curtos. Internamente, a falta de vigor das matérias-primas e as preocupações inflacionárias são fatores de pressão.

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Desde a tarde de ontem, a disposição para as compras de ativos de risco sofreu um abalo, diante da notícia de que alguns países da zona do euro passaram a discordar dos termos do novo pacote de resgate financeiro à Grécia. Porém, a aprovação da expansão do Fundo de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF) pelo Parlamento da Finlândia, hoje cedo, ainda alimenta esperanças.

"Nada ainda está confirmado, tampouco certo de que os novos empréstimos à Grécia serão capazes de aliviar as preocupações no mercado financeiro em relação ao futuro do país e também da zona do euro", ressalta, em relatório, o analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira.

Oliveira acrescenta que, internamente, o cenário para a inflação continua pesando sobre os negócios locais, inibindo uma evolução consistente da Bolsa. Dessa forma, nem mesmo a expectativa de cortes mais intensos na taxa básica de juros, a Selic, já a partir da reunião deste mês, é capaz de estimular o mercado acionário doméstico.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) pegou carona no otimismo dos mercados internacionais e abriu o pregão de hoje em alta, em meio à fé que continua movimentando os negócios. Às 10h13, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,88%, aos 54.758 pontos, na pontuação máxima até então.

Os investidores estão mais dispostos em comprar risco, na esperança de que progressos serão feitos para a Europa lidar com a sua crise das dívidas. Mas não há nenhuma certeza de que os ganhos serão mantidos até o fim do pregão. Enquanto isso, os desdobramentos das negociações entre líderes europeus e a agenda econômica dos Estados Unidos concentram as atenções.

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"A Bolsa está sendo movida por muita especulação", avalia o gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti. Para ele, boatos sobre o salvamento do sistema financeiro europeu e um resgate ordenado da Grécia alimentam o apetite por ativos mais arriscados, mas em cima de uma base frágil. "Existe um esforço mundial para que se encontre uma solução e essa pressão traz alívio, mas não caracteriza nada", acrescenta o profissional, para quem a Bolsa deve seguir com alta volatilidade. "Uma abertura em alta não significa uma direção positiva para o restante do dia", conclui.

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