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Insurgentes sírios lançaram uma ofensiva de alcance mais amplo no norte do país contra as tropas do presidente Bashar Assad, atacando bases e complexos de segurança do governo ao redor da maior cidade do país, Alepo. A ofensiva coordenada acontece dois dias após Assad ter admitido que as Forças Armadas do país não conseguiram esmagar a rebelião que já dura 17 meses. Também ocorreram ataques contra tropas do governo nos subúrbios de Damasco. O Observatório Sírios pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que na quinta-feira 119 pessoas foram mortas ao redor do país, das quais 79 eram civis.

A ofensiva dos rebeldes sírios no norte, em uma operação chamada de "vulcão nortista" tem no alvo os bairros e prédios sob controle do governo na cidade de Alepo e na província ao redor da metrópole, disse Mohammed Saed, um ativista baseado em Alepo. O Observatório Sírio confirmou em Londres que ocorrem intensos confrontos nas províncias de Alepo e Idlib, na fronteira com a Turquia.

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Saed afirmou que a ofensiva é conduzida por desertores do exército, que têm conhecimento na operação de tanques de guerra e artilharia de campo.O Observatório Sírio disse que os rebeldes mataram um número de soldados em um complexo do governo no bairro de Zahraa, em Alepo, mas não deu números precisos. A agência estatal de notícias da Síria, SANA, disse que soldados do governo feriram e mataram vários insurgentes nos confrontos em Alepo.

Os insurgentes tomaram vários bairros de Alepo no começo de julho, mudando o conflito civil sírio porque Alepo até então estava fora do cenário de confrontos. Os insurgentes também tomaram uma grande parte da província de Alepo, até a fronteira com a Turquia, que fica a 50 quilômetros. O governo tenta retomar a cidade e o restante da província, mas em grande parte a situação permanece em impasse.

O Observatório Sírio e os Comitês de Coordenação Local, um outro grupo opositor, reportaram confrontos no subúrbio de Sayyida Zeinab, em Damasco, onde os rebeldes dizem ter emboscado e matado nove soldados e também na província sulista de Deraa. Na província de Idlib, no norte, ativistas dizem que o exército bombardeou a cidade de Ariha, onde matou 17 civis. Na região rural de Abu Zohur, na mesma província, onde os rebeldes afirmam ter derrubado um caça MiG do governo na quinta-feira, disparos da artilharia do exército mataram outros 20 civis, incluídas nove mulheres e oito crianças, disseram os ativistas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Tropas sírias bombardearam nesta terça-feira o vilarejo de Hirak, na província de Deraa, e entraram em confrontos com desertores, em choques que deixaram pelo menos seis mortos, incluindo cinco soldados regulares e um adolescente de 15 anos, informaram ativistas sírios nesta terça-feira. Após esmagar a rebelião em grande parte da província de Homs, o governo sírio parece dirigir a repressão à província sulista de Deraa, onde a revolta contra o presidente Bashar Assad começou há um ano.

"Os confrontos em Deraa foram muitos intensos nesta terça-feira e prosseguem desde a manhã", disse Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres. Abdul-Rahman disse que o Exército luta contra um grande número de desertores em Hirak. Desertores emboscaram um veículo militar e mataram cinco soldados e feriram vários outros. Tanto ele quanto os Comitês de Coordenação Local, outro grupo de ativistas na Síria, confirmaram a notícia da morte do adolescente de 15 anos, que teria sido morto por francoatiradores.

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Os Comitês de Coordenação Local afirmam que as tropas do governo conduzem buscas e reides aleatórios, não apenas em Homs e Deraa, mas em várias outras províncias sírias. O grupo de ativistas reportou pelo menos 21 mortes nesta terça-feira - o número não pôde ser confirmado por fontes independentes.

Segundo informações da Sky News, forças do governo bombardearam uma ponte perto da fronteira libanesa, na província de Homs, para cortar uma rota de fuga para os refugiados que tentam escapar para o Líbano. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou ontem que pelo menos 2 mil refugiados sírios atravessaram a fronteira libanesa, a partir da província de Homs, entre sábado e segunda-feira.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Pelo menos 24 pessoas foram mortas nesta quinta-feira, no mais recente ataque do governo à sitiada cidade de Homs, segundo ativistas. As fontes acrescentaram que o número de vítimas deve aumentar. No total, segundo o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, foram mortas 31 pessoas na Síria nesta quinta-feira. Pelo menos sete soldados regulares do governo foram mortos em uma emboscada feita por desertores na província de Deraa, no sul do país. O Observatório, grupo opositor, afirma que dezenas de soldados ficaram feridos. Não foi possível confirmar as informações com fontes independentes.

"Vinte e três das vítimas morreram no ataque que começou de madrugada no bairro de Baba Amr e outra morreu em Khaldiyeh", disse Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sobre a violência em Homs. "Os corpos de várias vítimas em Baba Amr estavam completamente carbonizados."

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Abdel Rahman disse que o ataque do governo a Homs, na Síria central, começou no sábado passado e já deixou desde então mais de 400 mortos. Ativistas também informaram sobre confrontos em Zabadani, uma cidade entre Damasco e a fronteira libanesa, mas não foi possível verificar as informações de maneira independente.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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