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Com o título na Copa do Mundo de 2018, o francês Didier Deschamps se tornou o terceiro a vencer o torneio como jogador e treinador.

Antes dele, apenas Zagallo (1958, 1962 e 1970, além de uma como assistente, em 1994) e Franz Beckenbauer (1974 e 1990) haviam alcançado tal feito.

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Capitão da França campeã em 1998, Deschamps também é o segundo dono da braçadeira a vencer a Copa como jogador e técnico, após Beckenbauer.

Como treinador, Deschamps já passou por Monaco, Juventus e Olympique de Marselha e está nos "Bleus" desde 2012.

Da Ansa

O retorno da França a uma final de Copa do Mundo deixa incomodado o técnico da equipe, Didier Deschamps, pelos comentários e comparações feitas no país. O treinador afirmou nesta terça-feira, em São Petersburgo, após bater a Bélgica por 1 a 0, que não faz para os seus jogadores nenhum paralelo entre o elenco atual e o de 1998, quando a equipe foi campeã, para motivá-los a escreverem a própria história.

Em 1998, a França sediou e ganhou a Copa ao ter Deschamps como volante e capitão do time. Após o vice em 2006, ao perder a final nos pênaltis para a Itália, o país está de volta à final do torneio, mas não quer falar do passado. "Você pode viver uma fase de cada vez. Eu nunca mencionei a minha história. Não se pode comparar com situações de 20 ou talvez até dez anos atrás. Estamos aqui para escrever uma nova história", disse.

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Deschamps também participou da Copa de 2014, já como técnico. A França acabou eliminada nas quartas de final na ocasião, ao perder para a Alemanha por 1 a 0. Outro resultado importante dele como treinador foi o vice na Eurocopa de 2016, disputada em casa. A equipe perdeu a decisão para Portugal, na prorrogação, por 1 a 0. Nesta Copa os franceses ganharam cinco jogos e empataram um, com a Dinamarca, com parte dos titulares poupados.

O treinador afirmou que a França não pode ficar presa ao passado ou a comparações com 1998. "Não que não tenha orgulho do passado, mas agora é só uma foto na parede. Cada um vive no seu tempo. Não podemos olhar para trás, mas sim para frente", disse Deschamps, que demonstrou incômodo ao ser questionado sobre coincidências com o ano do título, como adversários sul-americanos e gols de zagueiros.

A França aguarda o vencedor do confronto entre Inglaterra e Croácia para saber qual será o adversário na final. Os croatas, por coincidência, foram adversários em 1998 na semifinal. Para comemorar a classificação, Deschamps deu folga aos jogadores e recomendou ao elenco para passar o dia livre com as famílias.

O técnico Didier Deschamps decidiu poupar o meia Mathieu Valbuena dos próximos compromissos da seleção francesa, os amistosos com a Alemanha e a Inglaterra, nos dias 13 e 17 deste mês. O jogador do Lyon é vítima de um caso de chantagem sexual que tem o atacante Karim Benzema, do Real Madrid, como um dos réus.

Deschamps afirmou que o jogador não se encontra em seu melhor momento "psicológico" e precisa de um "descanso". "Vocês podem compreender facilmente que ele não está num estado psicológico adequado para jogar, em razão deste caso. Então decidi dar um descanso a ele", disse o treinador.

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Um dos jogadores mais presentes nas convocações do técnico, Valbuena acionou a Justiça recentemente para investigar um caso de chantagem que envolve um vídeo íntimo. Pela denúncia, feita em junho passado, o jogador teria recebido uma ligação anônima quando se encontrava concentrado com a seleção francesa. Na ligação, uma pessoa cobrava o pagamento de 150 mil euros em troca da não divulgação na internet de um vídeo erótico em que o atleta apareceria com sua namorada.

O caso ganhou maior repercussão porque durante a investigação surgiram os nomes de Benzema e veterano atacante Djibril Cissé em escutas telefônicas. O atacante do Real Madrid confessou depois que participou de forma "inconsciente" da chantagem. Ele chegou a ser detido e, nesta quinta, o Tribunal de Justiça de Versailles informou que o atleta se tornará réu no caso.

De acordo com a imprensa francesa, Benzema reconheceu "ter intervido e dialogado com Valbuena a pedido de um amigo de infância, que teria sido abordado por três bandidos que teriam posse de um vídeo sexual", de acordo com fonte citada pelos jornais locais. "Benzema declarou ter concordado com seu amigo de infância sobre o que deveria dizer para que seu colega de seleção negociasse exclusivamente com ele." O jogador teria afirmado ainda ter "querido ajudar seu amigo", sem ter a consciência de que estaria participando de um esquema de chantagem contra Valbuena.

Benzema também ficou de fora da convocação de Deschamps. Mas sua baixa já era esperada, por motivos de lesão. Voltando de uma contusão muscular sofrida em outro amistoso da França, no último dia 8, o atacante desfalcou o Real Madrid na partida contra o Paris Saint-Germain, nesta terça-feira, em rodada da Liga dos Campeões.

"Ele não estava disponível para estas duas partidas", disse o treinador francês. "E quanto ao caso, eu obviamente não sei dos detalhes. O melhor a fazer é deixar a Justiça fazer o seu trabalho e tomar as decisões que cabem", declarou Deschamps.

Confira a lista de convocados da seleção francesa:

Goleiros: Benoit Costil (Rennes), Hugo Lloris (Tottenham), Steve Mandanda (Olympique de Marselha);

Defensores: Lucas Digne (Roma), Patrice Evra (Juventus), Christophe Jallet (Lyon), Laurent Koscielny (Arsenal), Eliaquim Mangala (Manchester City), Bacary Sagna (Manchester City), Mamadou Sakho (Liverpool), Raphael Varane (Real Madrid);

Meio-campistas: Yohan Cabaye (Crystal Palace), Lassana Diarra (Olympique de Marselha), Blaise Matuidi (Paris Saint-Germain), Paul Pogba (Juventus), Morgan Schneiderlin(Manchester United), Moussa Sissoko (Newcastle);

Atacantes: Hatem Ben Arfa (Nice), Kingsley Coman (Bayern de Munique), Andre-Pierre

Gignac (Tigres), Olivier Giroud (Arsenal), Antoine Griezmann (Atlético de Madrid), Anthony Martial (Manchester United).

Na liderança do Grupo I das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2014, com dez pontos em quatro partidas, a França recebe a Espanha, segunda colocada, com oito pontos, nesta terça-feira, em Paris. Diante do que classificou como "a melhor equipe do mundo", o técnico Didier Deschamps não quer saber de tentar sustentar o empate, que encaminharia a classificação da seleção, e prometeu "ir para a guerra".

"É lógico que a Espanha tem mais credenciais, mas nós somos capazes de lhes criar dificuldades. Os respeitamos, o que não que dizer que os tememos. Quando se joga contra a Espanha é preciso saber a força que tem que enfrentar. Temos que ser capazes de demonstrar para nós mesmos a nossa. Vamos para a guerra", afirmou.

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À frente dos espanhóis na chave, a França dependeria somente de suas forças para garantir vaga no Mundial se conseguir um empate nesta terça. O próprio Deschamps admitiu que esse não seria um mau resultado, mas negou que a equipe entrará em campo com outro pensamento que não seja o da vitória.

"Nunca preparo minhas equipes para empatar. Mas sabemos que o empate é um resultado que não será ruim para nós. A convicção e a intenção é o que conta. O resultado, o aceitaremos, mas não sairemos pensando em empatar", garantiu.

Deschamps ainda comentou sobre como pretende derrotar a poderosa Espanha. "A chave estará em saber o que fazer com a bola quando a tivermos, e fazer com que eles defendam. Contra a Espanha é inútil lutar para tirar-lhes a bola, eles vão ter a posse. Mas nós temos que saber trabalhar quando a tivermos."

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