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A morte do quatro vezes campeão do mundo Mário Jorge Lobo Zagallo, no dia 5 de janeiro deste ano, intensificou um desentendimento familiar sustentado por anos. O testamento do Velho Lobo fala em "profunda decepção" com três dos quatro filhos e deixa a maior parte da herança para Mário César, o caçula. Os outros, Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina, ficaram insatisfeitos e resolveram judicializar a questão.

Os detalhes do testamento foram revelados pelo site Notícias da TV e confirmados ao Estadão por Mário César Zagallo, em breve conversa por telefone. Ele explicou que a briga tem pelo menos sete anos e garantiu que, após a decepção, o pai quis cortar relações com os demais filhos.

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"Eles (os irmãos) estão querendo aparecer após sete anos. Fui eu quem cuidou do meu pai esse tempo todo", disse. "Tem um documento assinado pelo meu pai dizendo que não queria a visita deles nas internações", completou.

Mário também afirmou que o pai preferia "não deixar a herança para outros filhos, mas é a lei". De fato, o determinado por lei é que ao menos 50% da herança seja partilhada entre todos os herdeiros necessários, caso dos filhos. O tetracampeão mundial dividiu igualmente metade da herança entre os quatro, com 12,5% para cada, e deixou os demais 50% com Mário, que ficou com o total de 62,5%. O caçula lembrou uma entrevista dada pelo Velho Lobo, há quatro anos, para o jornalista Benjamin Back, como prova do pensamento do pai, além do testamento.

"Tenho quatro filhos, mas o único que está se dedicando a mim neste final de vida é o Mário César Zagallo. Melhor dizendo, Mário Jorge Lobo Zagallo é o pai do Mário César Zagallo, é ele que é meu braço direito, em que ele faz tudo para mim. Não fosse ele, eu não sei o que poderia acontecer. Minha vida toda está entregue a ele", disse Zagallo na ocasião.

Um dos motivos da decepção de Zagallo é o processo aberto por Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina para anular o inventário de Alcina de Castro Zagallo, mulher do Velho Lobo morta em 2012.

Quando o processo do inventário de Alcina foi aberto, os três filhos concordaram em deixar o pai como administrador dos bens e abriram mão da herança. Em 2016, mudaram de ideia e acusaram Zagallo de omitir a existência do testamento, lavrado em 1984. Pediram a anulação, mas não conseguiram.

Representantes de Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina, os advogados Anelisa Teixeira e Daniel Blanck publicaram uma nota oficial à imprensa, nesta quarta-feira, com acusações contra Mário César. O texto diz que os três filhos não visitavam o pai desde 2016 porque "Mário César, filho mais novo, restringiu o acesso ao pai, induzindo Zagallo a acreditar que teria sido abandonado". Em outro trecho, os advogados relatam movimentações bancárias que teriam sido feitas pelo caçula.

"Os advogados também relatam que os herdeiros observaram movimentação patrimonial milionária, incluindo expressivas doações destinadas a Mário César. Adicionalmente, foram identificados saques recorrentes em contas bancárias de Zagallo, envolvendo quantias incompatíveis com seu padrão de vida enquanto idoso. Diante dessas circunstâncias, os herdeiros estão atualmente buscando a tutela do judiciário para resguardar e assegurar seus legítimos direitos perante essa situação delicada", afirmam.

Depois de um sábado de homenagens, em que o mundo esportivo foi surpreendido com a notícia da morte de Zagallo, o domingo foi reservado para despedidas ao Velho Lobo. Seu corpo foi velado na sede da CBF, na Barra da Tijuca, em cerimônia aberta ao público. À tarde, o enterro do único tetracampeão mundial aconteceu no Cemitério São João Batista, que fica em Botafogo, na zona sul do Rio.

O corpo de Zagallo foi velado no Museu da Seleção. Quem chegou ao local percorreu um corredor ornado com orquídeas e passou pela sala de troféus antes de chegar ao local onde estava o caixão. O corpo de Zagallo ficou posicionado em frente à sua estátua e ao lado das taças da Copa do Mundo, quatro das quais ele ajudou a conquistar.

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Zagallo estava internado desde o dia 26 de dezembro, no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, e morreu na noite de sexta-feira, vítima de falência múltipla dos órgãos, aos 92 anos.

O velório do tetracampeão Zagallo levou diversos jogadores da geração de 1994 à CBF. Ao menos oito compareceram para prestar uma última homenagem - Mazinho, Zinho, Gilmar Rinaldi, Bebeto, Cafu, Branco, Mauro Silva e Jorginho. Carlos Alberto Parreira, o técnico daquele time e grande amigo de Zagallo, também foi ao velório e acompanhou a missa, restrita a familiares e amigos.

Além deles, Tite, César Sampaio, Clodoaldo, Reinaldo, Juan, Ramon Menezes e Zé Mário também estiveram na cerimônia. A reportagem não viu nenhum jogador da ativa passar pela CBF.

O corpo de Zagallo deixou a sede da CBF em um caminhão do Corpo de Bombeiros às 15h35 e percorreu os cerca de 20 quilômetros até o cemitério São João Baptista acompanhado por batedores. O enterro, sob aplausos, aconteceu pouco depois das 17h.

Neste domingo, durante o comovente velório de Zagallo no Rio de Janeiro, que ocorre na sede da Confederação Brasileira de Futebol, um episódio preocupante envolvendo o diretor de comunicações da entidade, Rodrigo Paiva, chamou a atenção.

Durante as homenagens ao icônico técnico da seleção brasileira e único tetracampeão mundial, Rodrigo Paiva passou mal e teve um episódio de pressão baixa, chegando a desmaiar. A situação causou apreensão entre os presentes, que prontamente acionaram os serviços de saúde do local.

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Profissionais de saúde agiram rapidamente, prestando os primeiros socorros ao diretor da CBF. Ele foi resgatado e recebeu atendimento fora das dependências do prédio. Felizmente, Rodrigo Paiva está bem e atualmente se encontra em bom estado de saúde. Ele teve apenas um desmaio, mas foi amparado e atendido por um médico na ambulância do lado de fora da CBF.

Segundo a reportagem do Estadão no local, o motivo do desmaio foi queda de pressão e hipoglicemia. Paiva já acordou e conversa normalmente dizendo que tá tudo bem. Deve, inclusive, voltar à ativa ainda hoje.

Zagallo morreu na noite da última sexta-feira, em razão de falência múltipla de órgãos. O lendário jogador e técnico estava internado desde 26 de dezembro na Barra da Tijuca. Rodrigo Paiva conviveu mais de uma década com Zagallo e escreveu ao Estadão uma análise sobre o Velho Lobo.

Depois de um sábado de homenagens, em que o mundo do esporte foi surpreendido com a notícia da morte de Mario Jorge Lobo Zagallo, o domingo está sendo reservado para despedidas ao Velho Lobo. O ex-centroavante Reinaldo, do Atlético-MG, esteve presente no velório.

"Sem dúvida, o Zagallo foi um dos grandes nomes da história do futebol por tudo o que fez pela seleção brasileira", afirmou o atacante que disputou a Copa do Mundo de 1978, na Argentina.

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Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade também marcou presença e comentou sobre a perda do tetracampeão. "O Zagallo sempre teve uma personalidade transparente e trouxe muitas conquistas para o futebol brasileiro".

Pessoas anônimas também foram prestar a sua última homenagem. Torcedores com camisas de clubes e ainda com cartazes mencionando a trajetória de Zagalo como técnico e jogador passaram pelo local do velório.

O velório está sendo realizado na sede da CBF (Confederação Brasileira de Desportos), na Barra da Tijuca, em cerimônia aberta ao público. À tarde, às 16h (horário de Brasília), o enterro do único tetracampeão mundial será no Cemitério São João Batista, que fica em Botafogo, na zona sul do Rio.

O corpo de Zagallo está no Museu da Seleção, em frente à sua estátua e ao lado das taças da Copa do Mundo, quatro das quais, ele ajudou a conquistar. Quem chega percorre um corredor ornado com orquídeas e passa pela sala de troféus antes de chegar ao local onde está o caixão.

Zagallo estava internado desde o dia 26 de dezembro, no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca. Ele lutou, mas a frágil saúde e a idade avançada contribuíram para que houvesse uma falência múltipla de órgãos.

Às 14h30 acontecerá a missa na sede da CBF, só pra familiares e amigos. Em seguida, às 15 horas, Zagallo sai no carro do corpo de bombeiros e percorre cerca de 20km até o local onde repousará em paz. Enfim, às 16 horas, será feito o sepultamento no Cemitério São João Baptista.

Ícone do futebol brasileiro dentro e fora de campo, Mario Jorge Lobo Zagallo também se destacou por sua personalidade. O Velho Lobo, que morreu aos 92 anos no fim da noite desta sexta-feira, era conhecido por suas declarações irreverentes e superstições que marcaram sua carreira. A fé em Santo Antônio e o apreço pelo número "13" estiveram entre as características sempre lembradas do esportista.

Sua mais célebre declaração veio em 1997 após vencer a Copa América. Na época, a seleção brasileira estava sob pressão depois de perder a Olimpíada de Atlanta, em 1996. Diante da vitória do Brasil sobre a Bolívia por 3 a 1, o técnico da amarelinha soltou a pérola que ficaria eternizada: "Vocês vão ter que me engolir."

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Em entrevista ao Estadão em 2011, o Velho Lobo comentou sobre a frase, que acabou virando seu bordão. "Já em 1997, a seleção estava sob muita pressão (na Copa América) e as críticas eram diárias. Foi quando eu disse a frase: "Vocês vão ter que me engolir!' Já ouvi isso até em casamento em que fui como convidado e acabei mais fotografado que a noiva. Foi um recado para quem só falava mal."

Na mesma entrevista, a lenda do futebol analisou os novos tempos no esporte e soltou a frase. "O futebol mundial chegou ao limite técnico. É uma correria só

Em outra conversa com a reportagem do Estadão, em 2010, Zagallo ironizou uma declaração do craque Diego Maradona. Na época, Maradona era o técnico da seleção argentina e havia dito que correria pelado caso sua equipe fosse campeã da Copa do Mundo da África do Sul. Zagallo não perdeu a chance de alfinetar o argentino:

"Maradona falou que correria pelado se fosse campeão...E se perder ele vai sentar aonde? No Obelisco...", questionou. Uma declaração dada por ele após uma derrota da seleção em 1974 também virou um bordão no País. Na ocasião, o Brasil perdeu por 2 a 0 da seleção holandesa e deixou a Copa do Mundo da Alemanha. "Aí, sim, fomos surpreendidos novamente."

Naquela vez, foi Zagallo quem teve de "engolir". Antes do jogo, o técnico havia menosprezado a seleção holandesa, que jogava num esquema tático que ficou conhecido como "carrossel holandês" e cunhou a alcunha de "Laranja Mecânica" do time europeu.

Outra frase marcante de Zagallo acabou sendo revelada só depois ao grande público. Durante a cobrança de pênaltis pelo tetracampeonato, na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, Zagallo antecipou o resultado ao então técnico Carlos Alberto Parreira.

Na época, Zagallo atuava como auxiliar técnico da seleção. Durante entrevista ao jornal Extra em 2014, o ex-treinador contou que levava uma imagem em miniatura de Santo Antônio no bolso naquela final e falou ao técnico Parreira que Roberto Baggio, jogador italiano, erraria a cobrança.

"Quando chegou a hora de o Baggio bater o pênalti, pensei no santo no meu bolso. Apertei a mão do Parreira e disse: 'Ele vai perder agora. Vamos ser tetracampeões'".

Quatro anos depois, como técnico da seleção brasileira na Copa de 1998, o final não foi feliz. O Brasil perdeu a final para a França por 3 a 0, após uma atuação ruim do então craque Ronaldo. Na madrugada de 12 de julho, antes da decisão, o jogador havia tido uma convulsão e foi para o hospital, mas entrou em campo na decisão. Em entrevista coletiva após a derrota, o técnico da seleção se desentendeu com jornalistas que questionaram por que Ronaldo tinha entrado em campo.

"Entrou, porque entrou, pô. E eu tenho moral e personalidade para falar, entende? E muita! Vocês devem muito a mim, entendeu? Estou aqui, porque sou homem."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou, neste sábado, 6, luto oficial de três dias em homenagem ao ex-treinador Mario Jorge Lobo Zagallo, que morreu ontem, 5. A decisão, que vale a partir de hoje, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Mais cedo nesta manhã, Lula havia prestado homenagem nas redes sociais a Zagallo. Segundo ele, o ex-treinador "foi um dos maiores jogadores e técnicos de futebol de todos os tempos, um grande vencedor e símbolo de amor pela seleção brasileira e pelo Brasil", escreveu o presidente no X, antigo Twitter.

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Na publicação, Lula citou a trajetória do ex-treinador, único tetracampeão do mundo, e classificou Zagallo como corajoso, dedicado, apaixonado e supersticioso - ele era obcecado pelo número 13. "Zagallo era exemplo de brasileiro que não desistia nunca. É essa lição e espírito de carinho, amor, dedicação e superação que ele deixa para todo o nosso país e para o futebol mundial", afirmou.

A morte do ex-treinador foi comunicada pelo perfil oficial de Zagallo no Instagram na noite de ontem. Com a saúde fragilizada, o ex-treinador passou por várias internações nos últimos anos. Ele estava internado no Hospital Barra DOr desde o dia 26 de dezembro. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos.

O único tetracampeão mundial será velado neste domingo, 7, na sede da CBF, na Barra da Tijuca. O velório está previsto para começar às 9h30 (horário de Brasília) e será aberto ao público. Em seguida, às 16h, será feito o sepultamento no Cemitério São João Batista.

Ex-jogador e atual senador, Romário (PL-RJ) assumiu a presidência do America Football Club, tradicional clube carioca, com mandato de 2024 a 2026. Ele foi eleito em novembro do ano passado e oficializou sua posse neste sábado, no Rio de Janeiro. Na chegada ao evento, o ex-atacante e senador comentou sobre a perda de Zagallo, que morreu na noite desta sexta-feira, aos 92 anos.

"Zagallo tem a mesma importância de um Pelé. Sempre foi muito vitorioso, deixou um legado importante para todos nós. Dia triste para o futebol", comentou Romário.

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"Todos sabem da minha relação com ele, na verdade a gente não tinha relação, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, tenho que admitir", completou Romário. Vale lembrar que o Velho Lobo, então técnico da seleção brasileira em 1998, se tornou desafeto do atacante após cortá-lo da Copa da França devido a uma lesão na panturrilha. Apesar da esperança de recuperação, ele ficou fora do torneio.

Apesar do relacionamento conturbado no passado, o Baixinho também aproveitou para destacar o tamanho de Zagallo para o esporte . "Vivi o futebol por anos e ele é um dos grandes ícones do nosso esporte, sempre representou muito bem nosso futebol e é um dos mais conhecidos do planeta. Tristeza muito grande, e vai ficar para sempre na nossa memória, como Pelé", completou o ex-jogador.

Zagallo iniciou sua carreira nas categorias de base do América, em 1948, e também foi homenageado pelo clube.

CERIMÔNIA DE POSSE NO AMÉRICA

A cerimônia de posse de Romário teve lugar no Salão de Honra do Club Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, e contou com a presença do presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, e Guilherme Schleder, Secretário de Esportes do Estado.

Em discurso durante a solenidade, Romário estabeleceu algumas metas para seu mandato até 2026: promover o América, atualmente na Série A2 do Campeonato Carioca, de volta à primeira divisão do Estadual e classificá-lo para a disputa de uma competição nacional já em 2025; realizar uma auditoria no clube; e resolver a questão do terreno da antiga sede na Tijuca, que é ocupado por um shopping.

Em novembro, o ex-jogador foi eleito presidente do América pela chapa da oposição, sendo o único candidato na eleição. Sua ligação com o clube remonta ao seu pai, Edevair, que era torcedor da equipe. O senador teve uma breve passagem como jogador em 2008, antes de assumir um cargo diretivo, conquistando o título da segunda divisão do Carioca naquele ano.

Gianni Infantino, presidente da Fifa, manifestou neste sábado, por meio das redes sociais, sua tristeza pela morte de Mario Jorge Lobo Zagallo, campeão das Copas de 1958 e 1962 como jogador, 1970, como treinador, e ainda 1994, na função de assistente técnico de Carlos Alberto Parreira. Em postagem, ele destacou o legado deixado pelo brasileiro.

"A história da Copa do Mundo não pode ser contada sem Zagallo. Um ídolo da história do futebol", diz parte do trecho da postagem do dirigente que comentou sobre a sua importância para o futebol. "Uma das figuras mais influentes da Copa do Mundo."

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Em sua homenagem, Infantino afirma que ele conseguiu uma grandeza que extrapola as fronteiras nacionais. "Zagallo será lembrado como o padrinho do futebol brasileiro e sua presença fará muita falta para todos no esporte, mas principalmente para a Fifa", diz a mensagem.

Quem também manifestou solidariedade foi o Real Madrid. Em seu site oficial, o gigante espanhol classificou Zagallo como "um lenda do futebol brasileiro e também do futebol mundial."

O time do técnico Carlo Ancelotti destacou ainda os feitos e conquistas tratando o treinador como um autêntico vencedor. "Como jogador, Zagallo defendeu América, Flamengo e Botafogo, e foi proclamado campeão mundial pela seleção brasileira em 1958 e 1962. Como treinador, sua carreira o levou a se tornar uma lenda no banco de reservas", definiu o Real em seu site oficial.

O adeus a Zagallo já tem dia e horário para acontecer. O único tetracampeão mundial será velado neste domingo, na sede da CBF, na Barra da Tijuca. O velório está previsto para começar às 9h30 (horário de Brasília) e será aberto ao público.

Em seguida, às 16h, será feito o sepultamento no Cemitério São João Batista. Presente em quatro dos cinco títulos mundiais, Zagallo era apaixonado pela seleção brasileira.

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Zagallo estava internado desde o dia 26 de dezembro no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, no Rio. Em razão de sua saúde fragilizada e idade avançada, acabou não resistindo.

A causa da morte foi falência múltipla de órgãos. Ele já havia sido hospitalizado na segunda metade de 2023 por 22 dias para tratar de uma infecção urinária. Na ocasião, ele publicou um vídeo em suas redes sociais com a legenda "o Velho Lobo está on."

Após o velório, o corpo de Zagallo será levado ao Cemitério São João Batista, que fica em Botafogo, na zona sul do Rio. Serão, pelo menos, 20km de distância da sede da CBF ao local onde ele será enterrado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do ex-jogador Mario Jorge Lobo Zagallo, ontem, aos 92 anos. De acordo com o presidente, Zagallo "era o exemplo de brasileiro que não desistia nunca".

"Mario Jorge Lobo Zagallo foi um dos maiores jogadores e técnicos de futebol de todos os tempos, um grande vencedor e símbolo de amor pela seleção brasileira e pelo Brasil", escreveu o presidente no X, antigo Twitter, na manhã deste sábado.

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Na publicação, Lula citou a trajetória do ex-jogador, único tetracampeão do mundo. "Maior vencedor individual da história da Copa do Mundo, sendo campeão duas vezes como jogador, campeão e vice campeão como treinador e campeão como coordenador da seleção em 1994. O único a participar de quatro conquistas mundiais, dirigiu o maior time de futebol da história, a seleção brasileira de 1970", escreveu.

Na mensagem, o chefe do Executivo federal classificou Zagallo como corajoso, dedicado, apaixonado e supersticioso - ele era obcecado pelo número 13. "Zagalo era exemplo de brasileiro que não desistia nunca. É essa lição e espírito de carinho, amor, dedicação e superação que ele deixa para todo o nosso país e para o futebol mundial", comentou.

Ao final da publicação, Lula prestou solidariedade aos familiares, amigos e administradores do ex-jogador.

A morte foi comunicada pelo perfil oficial de Zagallo no Instagram na noite de ontem. Com a saúde fragilizada, o ex-jogador passou por várias internações nos últimos anos. Ele estava internado no Hospital Barra DOr desde o dia 26 de dezembro. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos.

Alagoano erradicado no Rio de Janeiro, a imagem de Zagallo se mistura com a história do futebol carioca. Na ponta-esquerda ou na área técnica, o Velho Lobo escreveu grande parte da carreira no Flamengo, Botafogo, Fluminense, Vasco e Bangu. Após o anúncio de sua morte, na madrugada deste sábado (6), os clubes prestaram homenagens nas redes sociais.

Mario Jorge Lobo Zagallo fez as categorias de base no América, e logo se transferiu para o Flamengo, onde foi tricampeão estadual na década de 50 e conquistou os títulos de 1972 e 2001, como treinador.

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"Nos deixou um herói que moldou a história do futebol brasileiro. Mario Jorge Lobo Zagallo entra para a eternidade como um revolucionário, um pilar histórico do esporte", ressaltou o clube em seu perfil.

Segundo time da carreira, o Botafogo tem Zagallo como um de seus maiores ídolos. O bicampeonato carioca e o primeiro título brasileiro do clube, na década de 60, fez o Velho Lobo ser imortalizado no Estádio Nilton Santos com uma estátua nos tempos de jogados.

"Seu legado no Glorioso e no futebol jamais será esquecido. Descanse em paz, velho lobo!", escreveu.

O Vasco também lembrou das duas passagens de Zagallo como treinador e das três taças conquistadas entre os anos 80 e 90: "O Vasco da Gama se solidariza aos familiares e amigos neste momento de dor e consternação". O Fluminense, que ganhou um campeonato carioca com ele no comando, também prestou homenagens. "Uma das grandes lendas da história do futebol brasileiro e mundial e campeão pelo Tricolor".

Zagallo revezava os trabalhos em clube com a Seleção Brasileira e esteve em uma curta passagem pelo Bangu, em 1988. "O Bangu presta as condolências aos amigos e familiares. O futebol brasileiro está de luto", publicou. O Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também se pronunciou sobre a perda.

Um dos maiores nomes do futebol mundial, o tetracampeão mundial ainda conta com trabalhos na Portuguesa-SP, Al-Hilal e nas seleções do Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes. 

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Muitos foram os parceiros de Zagallo no futebol, mas nenhum ficou tão marcado para o torcedor brasileiro quanto Carlos Alberto Parreira. Uma amizade que teve início em 1970 e perpetuou até os últimos dias do Velho Lobo. Dentre outros feitos, trouxe ao Brasil o tetracampeonato mundial em 1994, nos Estados Unidos.

Os dois se conheceram em 1970, na Copa do México, quando Parreira foi um dos preparadores físicos e Zagallo era jogador. O técnico da seleção em 1994 nem cogitava ser treinador naquela época, tampouco, que faria uma parceria de sucesso com o atacante.

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Cinco anos depois, com Zagallo já como treinador, foram trabalhar juntos na seleção do Kuwait, onde Parreira foi fundamental para o Velho Lobo. Zagallo não falava inglês e Parreira era seu tradutor com o elenco. Isso fez com que ele aprendesse muito sobre táticas e começasse a pegar gosto pela função de técnico.

Em 1978, o Velho Lobo voltou para o Botafogo e tentou levar o seu fiel escudeiro, mas a diretoria botafoguense não quis pagar para ele metade do que o treinador receberia.

Assim, Parreira ficou no Kuwait e recebeu o convite para iniciar a carreira como técnico. "No início, implantei tudo que aprendi com o Zagallo e devo toda a minha formação básica a ele. Classifiquei o Kuwait para a Copa de 1982, um grande feito", lembrou o treinador.

O tempo passou, eles jamais perderam contato e suas famílias se tornaram amigas até que a dupla foi reeditada para a Copa de 1994, nos Estados Unidos. Desta vez, Parreira era o técnico e Zagallo seu auxiliar. No fim, tetracampeão mundial e fim de um jejum de 24 anos sem uma conquista de Copa. "O Zagallo foi fundamental, inclusive na motivação", afirmou Parreira.

Zagallo se aposentou da função de técnico em 2001, após deixar o Flamengo. Mas o destino fez com que os dois voltassem a trabalhar juntos. Logo após o pentacampeonato mundial, Luiz Felipe Scolari deixou a seleção, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi buscar Parreira e o Velho Lobo, para repetir a dupla de 1994.

"Eu falei para minha família que tinha me despedido do cargo de técnico e que minha mulher iria ter que me engolir como coordenador", brincou Zagallo, à época. "A vida não nos pertence e é Deus que nos guia. Jamais imaginei que em 2003 essa dupla retornaria", completou.

Em 2006, a parceria não rendeu o esperado e a campanha na Copa da Alemanha foi decepcionante. Após boa primeira fase e vitória sobre Gana nas oitavas de final, o Brasil caiu nas quartas, após derrota por 1 a 0 para a França, de Henry, em jogo que ficou marcado pelo fato de o lateral-esquerdo Roberto Carlos estar arrumando a meia no momento em que o francês apareceu na área e fez o gol.

A história mais vitoriosa do futebol brasileiro teve seu capítulo final no início da madrugada deste sábado, no Rio. Aos 92 anos, Mario Jorge Lobo Zagallo morreu. Seu legado ao mundo da bola é imensurável: foi multicampeão por onde passou, além de sempre ter se mostrado um apaixonado pelo Brasil, pela seleção brasileira. Carismático, supersticioso - era obcecado pelo número ‘treze’ - e com fama de pão duro, era atacante e foi um dos primeiros pontas a voltar para ajudar na marcação. Jogador técnico, de extrema obediência tática, tornou-se um treinador capaz de motivar seus comandados mesmo nos momentos mais difíceis. O ‘Velho Lobo’, que presenciou o ‘Maracanazo’ de 1950 e depois esteve presente em quatro dos cinco títulos mundiais brasileiros, deixará saudades.

A morte foi comunicada pelo perfil oficial de Zagallo no Instagram. "Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas", diz a nota. "Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa".

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Alagoano, nascido em 9 de agosto de 1931, Zagallo e sua família migraram para o Rio de Janeiro quando ele tinha apenas oito meses - seu pai, representante de uma fábrica de tecidos de propriedade do seu tio, precisava trabalhar. Criado no bairro da Tijuca, começou no futebol como quase toda criança - jogando com os amigos na rua. Sua primeira bola foi um presente de uma vizinha, que o viu chutando pedrinhas numa calçada.

Aos poucos, o esporte foi crescendo em sua vida. Seu pai, Haroldo, que em Maceió foi jogador do CRB, comprou um título do América Futebol Clube. Lá, ele disputava torneios de natação, tênis de mesa e futebol. Aos sábados, então com 14 anos, Zagallo percorria campos da cidade disputando - e conquistando - festivais. Destacava-se dos demais pelo bom preparo físico e pela excelente visão de jogo, em campos de terra batida e numa época de bolas pesadas e avermelhadas Tempos depois, foi incluído na equipe juvenil da equipe onde ficou por dois, em 1948 e 1949 e, de longe, observava a construção do Maracanã, maior templo do futebol nacional.

Aos 18 anos, como todo garoto, Zagallo precisou se alistar ao Exército do Brasil. Meses antes da Copa do Mundo de 1950, foi junto com seu pelotão retirar as madeiras que serviram para a construção das arquibancadas do estádio. Conseguiu folgas para ver de pertinho todos os jogos da seleção brasileira, mas na finalíssima contra o Uruguai não conseguiu fugir do serviço. Em entrevista ao Estadão em 2011 ele se recordou do dia da decisão. "Eu estava lá, de verde-oliva, cassetete, capacete, ‘bate-bute’. Na arquibancada, eu deveria ficar de costas para o campo, mas vi perfeitamente o gol fatal do Gigghia. Aquele delírio de antes do jogo, com 200 mil pessoas acenando lenços, acabou tudo ali, na hora do gol."

Fora do serviço militar, Zagallo voltou aos gramados e logo transferiu-se para o Flamengo. No rubro-negro, aumentou sua lista de conquistas iniciada nas categorias de base do América - em toda carreira como jogador foram nada menos do que 50 títulos. Entre os mais importantes pelo clube da Gávea estão o tricampeonato carioca em 1953, 1954 e 1955. Suas grandes apresentações lhe valeram uma oportunidade na seleção brasileira treinada por Vicente Feola, que se preparava para o Mundial de 1958. Eram três craques para duas posições - Pepe, Canhoteiro e Zagallo.

"Na minha estreia pela seleção, no Maracanã, contra o Paraguai (em 4 de maio de 1958), ganhamos de 5 a 1, e eu fiz dois gols. Mas em outro amistoso com a Bulgária, no Pacaembu, eu olhei a escalação e não vi o meu nome. Fiquei preocupado, estávamos às vésperas da Copa do Mundo na Suécia. Então o médico Hilton Gosling me chamou num canto e disse: ‘Fica quieto, você já está escolhido. Agora o Pepe e o Canhoteiro vão disputar uma vaga’." Zagallo conseguiu mais do que ser convocado. Foi titular e marcou o quarto gol na vitória por 5 a 2 contra a Suécia na final.

Zagallo retornou da Europa em outro patamar e transferiu-se para o Botafogo, onde conquistou dois Torneios Rio-São Paulo e ainda foi bicampeão carioca em 1961 e 1962. Em alto nível, foi chamado por Aimoré Moreira para a Copa do Mundo do Chile. Lá, com a contusão de Pelé, ajudou a liderar o time que trouxe para o País o bicampeonato mundial de futebol.

"Aquela seleção era uma equipe mais velha, com vários jogadores acima de 30 anos. Só fomos campeões porque a evolução física ainda não tinha chegado ao mundo do futebol, então levamos aquela Copa na base da experiência mesmo."

Após o segundo título, Zagallo ainda jogou por mais alguns anos no Botafogo, mas logo encerrou sua carreira de jogador e deu início à mais uma trajetória de sucesso - agora como treinador. Sua primeira equipe foi o próprio Botafogo, onde logo conquistou o bicampeonato carioca (1967-1968) e o título brasileiro de 1968.

Em 1970, ao assumir o lugar de João Saldanha às vésperas da Copa do Mundo, foi o comandante da maior seleção brasileira de todos os tempos. Com craques, como Pelé, Tostão, Gerson e Rivellino, o Brasil venceu os sete jogos do Mundial. Ele foi ainda o técnico da Copa seguinte, na Alemanha, em 1974.

Na carreira, Zagallo passou pelo Botafogo em quatro oportunidades, Flamengo por três vezes, Vasco, duas vezes, além de Fluminense, Al-Hilal, Bangu e Portuguesa. Dirigiu ainda as seleções do Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes.

Zagallo Eterno tem 13 letras.

Após 22 dias de internação em razão de uma infecção urinária, Mário Jorge Lobo Zagallo recebeu alta do Hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira. Aos 92 anos, o treinador tetracampeão mundial publicou em suas redes sociais um vídeo agradecendo pelo apoio durante essas últimas semanas em que ficou sob observação médica. O hospital também comunicou, por meio de boletim médico, a alta do ex-treinador.

A família divulgou um vídeo da chegada de Zagallo, em uma cadeira de rodas, à sua residência no Rio. "Obrigado pelo carinho de todos", disse. "Tô de volta." Na legenda, o ex-treinador ressalta a importância de sua médica Marcia Ladeira, que o acompanha há duas décadas, e da equipe de enfermagem do semi-intensivo no Hospital Barra D'or.

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"Seguimos mais fortes do que nunca! Obrigado a todos pelas mensagens e pelo carinho." Na sequência, lembrou de algumas frases que marcaram sua carreira, dentro e fora dos gramados. "ZAGALLO DE ALTA tem 13 letras", "vocês vão ter que me engolir" e o "Velho Lobo está on." Ao longo das últimas semanas, a família agradeceu o apoio e carinho que o tetracampeão mundial recebeu nas redes sociais.

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O ex-jogador e ex-treinador da seleção foi para o hospital quase dez meses após sua última internação. No fim de 2022, Zagallo ficou sob cuidados médicos por causa de uma infecção respiratória. Ele completou 92 anos no início de agosto e comemorou a data ao lado dos familiares.

Como jogador, teve passagem marcante por América-RJ, Flamengo e Botafogo. Como técnico, foi campeão por Botafogo, Fluminense, Flamengo e Vasco. Defendeu a seleção brasileira como jogador e treinador, inclusive com títulos. Participou das conquistas das Copas do Mundo de 1958, 1962, 1970 e 1994.

Acostumado a ser pioneiro no esporte, Zagallo foi um dos primeiros brasileiros a conquistar um título na Arábia Saudita, que hoje é um polo para craques do esporte. Na temporada 1978/1979, o treinador comandou o Al-Hilal, atual time de Neymar e a mais nova equipe milionária do futebol. Ele já venceu o Campeonato Saudita.

Mário Jorge Lobo Zagallo apresenta "evolução favorável" e "melhora clínica e laboratorial", segundo informa o boletim médico divulgado nesta segunda-feira pelo Hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. O ex-jogador e ex-técnico da seleção brasileira continua sem previsão de receber alta.

"O Sr. Mário Jorge Lobo Zagallo permanece internado no Hospital Barra D'Or, seguindo com evolução favorável, com melhora clínica e laboratorial. Ele está lúcido e respirando sem a ajuda de aparelhos. Ainda sem previsão de alta hospitalar", diz o boletim médico divulgado na manhã desta segunda-feira.

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Zagallo está internado desde o dia 15, por causa de uma infecção urinária. E, desde então, vem apresentando melhora gradual em sua condição clínica. O hospital não revelou maiores detalhes sobre o seu estado de saúde.

A lenda do futebol brasileiro voltou a ser internado neste mês quase 10 meses após sua última passagem pelo hospital. No fim de 2022, Zagallo ficou sob cuidados médicos por causa de uma infecção respiratória.

Zagallo completou 92 anos no início deste mês e comemorou a data ao lado de seus familiares. Como jogador, ele teve passagem marcante por América-RJ, Flamengo e Botafogo. Como técnico, foi campeão por Botafogo, Fluminense, Flamengo e Vasco. Defendeu a seleção brasileira como jogador e treinador, inclusive com títulos. Ele participou das conquistas das Copas do Mundo de 1958, 1962, 1970 e 1994.

Acostumado a ser pioneiro no esporte, Zagallo foi um dos primeiros brasileiros a conquistar um título na Arábia Saudita. Na temporada 1978/1979, o treinador comandou o Al-Hilal, atual time de Neymar e mais nova equipe milionária do futebol. Ele já venceu o Campeonato Saudita. A família tem agradecido as manifestações de apoio a Zagallo.

O Hospital Barra D'Or soltou um boletim médico no qual tranquiliza sobre a situação de Mário Lobo Zagallo, internado desde terça-feira após apresentar um quadro de infecção urinária. O tetracampeão da Copa do Mundo com a seleção brasileira apresentou sinais de melhora e respira sem ajuda de aparelhos.

"Zagallo continua internado tratando de uma infecção urinária e com evidências de melhora clínica e laboratorial. Segue lúcido, com sinais vitais normais, respirando sem ajuda de aparelhos e ainda sem previsão de alta hospitalar", diz o boletim médico.

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O 'Velho Lobo' está sob os cuidados da médica Márcia Ladeira, que cuida da saúde do ex-jogador e treinador há 20 anos. A última vez que Zagallo havia sido internado foi em 2022, quando precisou tratar uma infecção respiratória.

Zagallo tem 92 anos e é um dos principais nomes do futebol brasileiro, tendo passagens vitoriosas como jogador por América-RJ, Flamengo e Botafogo.

Como treinador foi multicampeão por Botafogo, Fluminense, Flamengo e Vasco. Chegou ainda a conquistar o título do Campeonato Saudita com o Al-Hilal, time hoje de Neymar, na temporada 1978-79.

No entanto, foi marcar época na seleção brasileira. Como jogador, foi campeão em 1958 1962. Como treinador, levou o Brasil ao tricampeonato em 1970. Em 1994, era coordenador técnico. Sua única ausência foi na conquista de 2002.

O ex-jogador e treinador de futebol Mário Jorge Lobo Zagallo, de 92 anos, está internado desde terça-feira (15), no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, para tratamento de uma infecção urinária. Segundo boletim médico divulgado nesta quarta-feira (16), Zagallo "está clinicamente estável, lúcido e respirando sem a ajuda de aparelhos", mas ainda sem previsão de alta hospitalar.

Tetracampeão mundial pela seleção brasileira, sendo duas vezes como jogador (1958 e 1962), uma como treinador (1970) e uma como coordenador técnico (1994), o Velho Lobo - como é conhecido - fez aniversário no último dia 9 de agosto. Ele também dirigiu o Brasil nas Copas do Mundo de 1974 (quarto lugar) e 1998 (vice), além de assistente técnico no Mundial de 2006 (queda nas quartas de final).

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Zagallo esteve internado no mesmo hospital em julho do ano passado, por conta de uma infecção respiratória. Em outubro, o ex-jogador e treinador foi homenageado com uma estátua de cera no museu da Seleção, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), também na Barra.

Único a vencer quatro Copas do Mundo e eternizado na seleção brasileira, Mário Jorge Lobo Zagallo agora é, literalmente, um monumento para o futebol nacional. Isso porque a CBF inaugurou no fim da manhã desta quinta-feira uma estátua de cera em tamanho real do ex-jogador e técnico. Ela ficará no museu da seleção, junto às de Pelé e Marta.

Zagallo compareceu à cerimônia e se impressionou com a semelhança da estátua. Com 30 kg, ela foi produzida em Londres por 26 artesãos, no mesmo ateliê que produziu as de Pelé e Marta. Foram necessários dois anos para conceber a peça, período em que foram feitas 300 medições na casa de Zagallo e em que foram analisadas mais de 500 fotos dele.

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"É impressionante. Eu jamais pensei em poder bater um papo com o Zagallo", brincou ele próprio, enquanto olhava para sua representação de cera. "Quero agradecer essa grande homenagem por tudo o que eu fiz dentro da Amarelinha."

Antes, Zagallo recebeu homenagens de Carlos Alberto Parreira e de Américo Faria, dupla com quem teve grande histórico na seleção. O técnico Tite também fez um breve discurso. "(O senhor é) exemplo, inspiração, liderança, humanismo. Talvez, Zagallo, tu não saiba o quanto representa para todos nós de uma geração, que te vê como exemplo. Muito obrigado, muito obrigado, pela classe toda de técnicos", declarou Tite.

Aos 91 anos, Zagallo se locomove com o auxílio de uma cadeira de rodas, e ainda que estivesse um pouco debilitado, demonstrou disposição nesta quinta-feira. Ele lembrou alguns de seus títulos, sobretudo o primeiro, na Copa do Mundo de 1958, quando era jogador. "Toda hora eu estou revendo na televisão o jogo de 58, o jogo de 62, e eu fico babando. É bom, é bom quando se ganha!"

NÚMERO DA CAMISA

Ao final da cerimônia, Zagallo recebeu duas camisas da seleção brasileira com o seu nome. Uma delas, amarela, com o número 13, historicamente associado ao treinador por ser seu número de sorte. A outra, azul, tinha o número 11, com a qual ele teria jogado pela seleção.

Ao receber a 11, contudo, Zagallo fez uma ressalva. "Essa é a azul, número 11, mas eu joguei com a número 7. O Garrincha, o maior de todos, jogou com a 11. Mas eu estou aqui para lembrar de um Garrincha, de um Pelé, de um Tostão, de um Rivelino, de um Clodoaldo, de um Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Gerson, que eu considero um dos melhores meio-campo que eu vi jogando. Ninguém me contou, eu vi", ressaltou Zagallo.

Nos bastidores da CBF, porém, a entrega da camisa 13 foi a que gerou alguma preocupação. Isso porque trata-se do mesmo número de Lula na disputa à presidência da República, e há o receio de que a imagem soe como propaganda política.

Foi exatamente isso o que aconteceu há dez dias, mas no outro lado do espectro político. Em viagem aos Estados Unidos, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, posou para foto entregando uma camisa da seleção com o 22 às costas para John Slusher, um executivo da Nike. Na corrida à presidência, o número é o de Jair Bolsonaro. A CBF, contudo, explicou que a escolha pela numeração era meramente uma homenagem a Slusher, que no passado fora jogador de futebol americano e usava esse número.

Fotos: Lucas Figueiredo/CBF

Após passar 12 dias internado em um hospital da zona oeste do Rio, o tetracampeão Mário Jorge Lobo Zagallo recebeu alta na manha deste domingo, e já está em casa. Ele havia sido internado em 28 de julho para tratar de um infecção respiratória, e respondeu bem ao tratamento.

Zagallo, que completará 91 anos na próxima terça-feira, chegou a fazer teste de covid-19, com resultado negativo. Durante o período em que ficou internado, não houve necessidade de suplementação de oxigênio.

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Um dos nomes mais vitoriosos da história da seleção brasileira, Mário Jorge Lobo Zagallo defendeu o time nacional em diferentes momentos por quase cinco décadas. Como jogador, conquistou as Copas do Mundo de 1958 e 1962, ao lado de Pelé e Garrincha.

Foi o treinador da seleção do Tri, em 1970, e auxiliar de Carlos Alberto Parreira na campanha do Tetra, em 1994. Zagallo ainda dirigiu a seleção na Copa do Mundo da França, em 1998, e foi coordenador em 2006, no Mundial da Alemanha.

Medalhista de bronze como técnico nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996, em 2020 Zagallo também se tornou a primeira personalidade do futebol brasileiro a integrar o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

O ex-jogador e treinador Mário Jorge Lobo Zagallo, de 90 anos de idade, que está internado no Hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro desde o dia 26 de julho para tratar uma infecção respiratória, tem previsão de alta para as próximas 24 ou 48 horas. Segundo informações do Metrópoles, o hospital garantiu que ele está apresentando boa evolução no tratamento e já respira sem ajuda de aparelhos, além de fazer fisioterapia respiratória e motora.

O Senhor Mário Jorge Lobo Zagallo encontra-se internado desde o dia 26 de julho de 2022 na unidade semi intensiva do Hospital Barra D’Or para tratamento de infecção respiratória, apresentando boa evolução, com evidências clínicas e laboratoriais de boa resposta ao tratamento instituído pela equipe médica. Encontra-se lúcido e respirando espontaneamente sem suplementação de oxigênio, com acompanhamento de fisioterapia respiratória e motora. Tem programação de alta hospitalar para 24/48 horas, a nota foi assinada pela diretora médica Taissa Rezende.

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Para relembrar, Zagallo é o único jogador da história do futebol a ser tetracampeão da Copa do Mundo. Ele esteve no time durante as vitórias de 1958 e 1962.

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