Tópicos | Copa do Mundo Rússia 2018

A Rússia enfrenta um problema com os turistas que foram ao país para assistir à Copa do Mundo, realizada entre junho e julho de 2018. Pouco mais de seis meses depois de a França vencer a Croácia na final, cerca de 5,5 mil estrangeiros, de um total de 650 mil que se credenciaram, ainda não deixaram o território russo, de acordo com um relato das autoridades policiais divulgado nesta sexta-feira.

Diretor do departamento de imigração do Ministério do Interior da Rússia, Andrei Kayushin afirmou que a quantidade de estrangeiros que permanecia no país ao final de 2018 era de 12 mil, os quais tinham o "ID de fã" válido até o término do ano passado. As forças de segurança locais conseguiram reduzir esse número.

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"A grande maioria deles respeitou a lei e saiu do país nos prazos correspondentes. Iniciamos procedimentos para deportar os demais e espero que todos tenham ido embora até 30 de março", disse Kayushin, sem especificar do que essas pessoas se ocupam no Rússia desde o fim da Copa.

Parte dos visitantes se aproveitou do "ID de fã" para entrar na Rússia com a esperança de cruzar ilegalmente as fronteiras da União Europeia. Também há um número de estrangeiros que pediu asilo no país que sediou o Mundial.

Dois dias depois da final entre França e Croácia, cerca de 60 nigerianos acamparam em frente à embaixada do país deles, em Moscou, e pediram ajuda para voltar para casa. Uma agência russa que combate o tráfico de seres humanos descobriu que uma organização prometeu trabalho na Copa do Mundo a esses homens, mas a oferta era falsa.

Apesar de ter realizado um primeiro tempo ruim, quando saiu de campo perdendo por 2 a 0, e ter saído de campo eliminada da Copa do Mundo da Rússia, a seleção brasileira fez a sua melhor partida no Mundial na derrota por 2 a 1 para a Bélgica, pelas quartas de final. Ao menos essa é a opinião do técnico Tite, que nesta sexta-feira considerou que o Brasil deveria ao menos ter ficado entre os quatro melhores.

"A seleção sai da Copa com o melhor segundo tempo que teve durante a Copa toda. Pra mim foi o melhor jogo, inclusive o primeiro tempo. Pela qualidade do adversário e por quanto ela criou. Teve 27 finalizações, nove no gol. Efetividade foi um dos nossos problemas", disse o treinador, após anunciar a lista de 24 convocados para os amistosos diante de Estados Unidos e El Salvador, no próximo mês.

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"Uma Copa é um torneio, não te dá possibilidade de retorno em outro jogo. Não é mata-mata, é só mata. Ficou esse gosto amargo por ela ter feito esse grande segundo tempo", continuou Tite.

O treinador contou que, após aquele jogo, recebeu no vestiário a visita do técnico espanhol Roberto Martinez, que dirige a equipe belga. Segundo Tite, o colega considerou a vitória da própria equipe como "sorte". "Ele me disse: 'Tite, nós tivemos sorte. Vocês foram melhores, nós tivemos sorte'".

O treinador brasileiro também afirmou que ficou 15 dias sem conseguir dormir direito após aquele jogo. "Continuo sentindo (a eliminação). Talvez só vá retirar isso quando a equipe entrar em campo de novo", considerou Tite. "A dor que eu sinto, o frustrado, o chateado, é em cima de uma expectativa que a gente abraçou também. Nós criamos em cima de um bom futebol. Era justo chegar na semifinal", completou.

"Todos os jogos da Copa eu assisti em casa, e após a última partida eu chorei bastante", lembrou a mãe do técnico Tite, dona Ivone Mazzochi Bachi, de 82 anos, durante entrevista ao Estado, em sua residência em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.

Em frente ao fogão de sua cozinha, já preparando o almoço, dona Ivone lembrou de ter chorado muito depois da derrota para a Bélgica por 2 a 1, pelas quartas de final do Mundial realizado na Rússia. "Chorei muito e a ferida ainda está aí, não foi cicatrizada. Cheguei a passar mal. Dois dias depois do jogo, o Ade (maneira como ela se refere a Adenor, o técnico Tite) me ligou e disse: "Mãe, não vai pensar que vai passar tão fácil. Dói, dói, mas a vida continua".

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Apesar do trauma, dona Ivone quer que o filho fique no comando da seleção para a próxima Copa em 2022, no Catar. "Nunca impedi o Ade de tomar suas decisões, sempre o deixei à vontade, mas gostaria que ele ficasse à frente da seleção. Não sei se estou errada ou certa em dizer isso, mas quero que ele fique", desabafou.

Já o irmão do técnico, Ademir Bachi, o Miro, de 52 anos, afirmou que logo após a derrota do Brasil pela Bélgica, desejou que Tite deixasse a seleção. Segundo ele, os motivos seriam os festejos da população caxiense pela derrota do Brasil.

"Eu fiquei muito decepcionado com o povo daqui. Não dava para acreditar, estouraram muitos foguetes celebrando. Eu disse para o Tite, num primeiro momento, para ir embora. Depois, minha mãe o aconselhou a ficar. Meu irmão consulta todos os amigos e familiares sobre o tema, e acredito que ele deva seguir em frente no comando da seleção", disse Miro, que toma conta dos negócios da família e é parceiro e conselheiro do irmão nos assuntos relacionados ao futebol.

O professor de educação física Altemir Roberto Gauer, de 57 anos, é amigo de Tite e foi colega de infância na Escola Estadual Henrique Emílio Meyer, em Caxias do Sul. Ele também espera que Adenor siga em frente com o time brasileiro rumo à Copa do Mundo de 2022.

"Acredito que ele deva ficar na seleção brasileira. Para que o trabalho renda e tenha um bom desempenho, é necessário continuidade e um certo tempo. E nada melhor para o futebol que o tempo para arrumar o time e fazer as mudanças necessárias", falou o amigo.

A mesma opinião é compartilhada por outro amigo de infância de Tite, Álvaro Mentta, de 53 anos, também de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. "Acho que ele deve permanecer como técnico. Assim que a seleção brasileira perdeu pra Bélgica, pensei durante alguns dias que o Tite deveria largar o comando da seleção, mas é necessário solidificar o trabalho. É o que temos de melhor no Brasil no momento, sem desmerecer outros treinadores, claro", disse Álvaro, que conhece Tite há mais de 40 anos.

A decisão de Tite sobre sua permanência na seleção brasileira pode acontecer nesta segunda-feira. O presidente eleito da CBF, Rogério Caboclo, que assume em abril de 2019, já fez uma proposta para que o treinador continue no cargo e aguarda apenas uma resposta. A tendência é que o técnico diga "sim" para mais um ciclo de trabalho até o Catar.

Se a Copa do Mundo consagrou mais o jogo coletivo e menos os destaques individuais, o mercado de transferências pós-Mundial continua fervendo em torno de alguns poucos nomes. A bola da vez é o goleiro Alisson, titular da seleção brasileira na Rússia, cuja transferência da Roma ao Liverpool já é dada como certa e representaria um recorde na história de transações envolvendo um jogador da posição.

Especula-se que os ingleses vão pagar algo na casa das 67 milhões de libras (aproximadamente R$ 334 milhões na cotação desta quarta-feira), superando os 53 milhões de euros (R$ 236 milhões) pagos pela Juventus ao Parma por Gianluigi Buffon, em 2001. Alisson, de 25 anos, destacou-se pela equipe romana durante a Liga dos Campeões da Europa. No Mundial, não foi tão exigido. Ele deverá substituir o alemão Karius, que falhou em dois gols na decisão do título europeu diante do Real Madrid e voltou a errar mais duas vezes durante um amistoso na pré-temporada.

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Tida sempre como uma vitrine importante, a "janela" da Copa do Mundo viu ainda o português Cristiano Ronaldo trocar o Real Madrid, que defendeu durante nove anos, pela Juventus, em transação de 100 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões). No período analisado - entre 14 de junho, início da Copa do Mundo, até a final, no último domingo -, foram mais de 40 transferências. O suíço Shaqiri, por exemplo, que se destacou tanto pelo futebol quanto pela polêmica comemoração de gol com referências políticas que lhe renderam multa aplicada pela Fifa, trocou o Stoke City pelo Liverpool, onde vai jogar ao lado de Salah, Roberto Firmino e, ao que tudo indica, Alisson. Também na Inglaterra, o Arsenal anunciou o volante uruguaio Lucas Torreira, que assumiu a titularidade na terceira rodada e se destacou.

Os jogadores das Américas, aliás, aproveitaram bem os holofotes do Mundial. Cueva, mesmo longe de brilhar pela seleção do Peru, saiu do São Paulo rumo ao Krasnodar, da Rússia. O meia costa-riquenho Bryan Ruíz fez as malas para deixar o Sporting Lisboa rumo à Vila Belmiro, onde será o 10 do Santos. Outro que vai defender o clube alvinegro é o uruguaio Carlos Sánchez.

O lateral-direito mexicano Layún, que se tornou conhecido dos brasileiros ao pisar em Neymar no jogo pelas oitavas de final, trocou definitivamente o Porto pelo Villarreal após atuar pelo Sevilla por empréstimo na última temporada.

E O BRASIL? - A negociação envolvendo Alisson é quase uma exceção na seleção de Tite. Como boa parte dos atletas já estava com a situação resolvida antes de ir para a Rússia, sobraram poucas surpresas. Uma delas foi a saída do volante Paulinho do Barcelona para retornar ao Guangzhou Evergrande, da China.

Quem já havia mudado de ares antes da Copa do Mundo, certamente ajudado pela convocação, foi o meio-campista Fred, que deixou o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, após cinco anos, para ser anunciado como reforço do Manchester United mediante pagamento de 55 milhões de euros (cerca de R$ 240 milhões).

Neymar é o jogador mais caro do mundo, cujo contrato é avaliado em R$ 789 milhões. Mas a Copa do Mundo da Rússia fez mal para a marca que o atacante brasileiro carrega. De acordo com apuração da Pluri, consultoria especializada em mercado de atletas, em valor de mercado, a marca Neymar caiu 11%.

Antes do torneio, o atleta vivia a expectativa de se tornar um dos melhores do mundo. Depois dela, com a eliminação do Brasil nas quartas de final para a Bélgica, mas, principalmente, pela imagem negativa que deixou em campo, o atleta de 26 anos viu a sua "marca" despencar.

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Neymar não foi o único a ter o valor de mercado depreciado. Lionel Messi, que também não fez uma boa Copa do Mundo, teve o seu preço desvalorizado, ficando em terceiro lugar nessa corrida - ainda de acordo com a Pluri, o meia da Argentina liderou esse ranking nas últimas nove temporadas.

Entre Neymar e Messi, há um novo personagem em alta. É Kylian Mbappé, campeão do mundo com a França. O garoto de 19 anos deixou a Rússia com a taça nas mãos e valorização contratual na ordem de 44%. Seu acordo com o Paris Saint-Germain salta de 118 milhões para 170 milhões de euros (R$ 768 milhões).

De acordo com projeção da consultoria, Mbappé pode chegar em três anos a ter seu contrato avaliado em 239 milhões de euros em um cenário "pé no chão". Em uma avaliação otimista, chegaria a custar 361 milhões de euros ou R$ 1,6 bilhão. O mesmo estudo aponta para o declínio da valorização de Neymar. Até dezembro deste ano, por exemplo, a marca que ele sustenta cairia para 167 milhões de euros.

A queda seria contínua até dezembro de 2027, quando o brasileiro teria 35 anos. Já a projeção otimista daria a ele mais dois anos de alta e valorização batendo na casa dos 237 milhões de euros em 2020.

"Esse sucesso não é apenas de um simples esporte". O alerta é de Hugo Lloris, capitão da seleção campeã do mundo e o quarto goleiro na história a levantar a taça mais cobiçada do planeta. Em uma conversa com o Estado e um pequeno grupo de jornalistas franceses, o jogador deixou claro que espera que a vitória de um time repleto de filhos de imigrantes terá um impacto importante, em um momento em que a França e a Europa vivem um debate sobre quem é merecedor de ser cidadão e o como lidar com o fenômeno da imigração.

Em uma seleção francesa que é em parte o espelho da nova sociedade europeia, com imigrantes, Hugo Lloris é o representante de uma parcela de classe alta do país. Filho de banqueiro de Mônaco e uma advogada de sucesso, ele cresceu longe da periferia de Mbappé. Mas sabe do papel que seu time hoje tem, em um debate sobre identidade e sobre quem pode ou não permanecer na Europa. 78% dos jogadores da seleção francesa tem origens estrangeiras - 50% deles são muçulmanos.

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"O futebol tem um poder enorme sobre a sociedade", disse. "É difícil ainda de entender o que ainda pode ocorrer em termos de impacto (pela conquista da Copa do Mundo). Mas vimos um pouco do que isso pode ser capaz de acontecer quando, depois do jogo contra a Bélgica, um povo todo se uniu", disse. "Foi incrível ver um povo unido atras de um símbolo, de uma bandeira, que era a da França", afirmou.

A conquista, porém, ocorre em um momento de tensão social. Marine Le Pen, que hoje usa a seleção para comemorar as cores da França, já deixou claro no passado que questionava a presença de "estrangeiros" no time. Segundo ela, seria difícil exigir um compromisso de jogadores que "tem outro país no coração". Em 2010, quando o time francês fracassou na Copa do Mundo e jogadores e comissão técnica entraram em choque em pleno torneio, não foram poucas as vozes que insinuaram que o problema estava relacionado com a presença de "estrangeiros" no grupo.

Críticos também alertam que colocar no futebol a responsabilidade por superar as feridas da sociedade não é a solução. Vinte anos depois de Zinedine Zidane vencer pela primeira vez a Copa do Mundo, o racha social e o debate sobre a imigração apenas se aprofundou e movimentos de extrema-direita ganharam força.

Hugo Lloris prefere dar atenção ao que a conquista pode representar. "Podemos estar orgulhosos. Por trás desse sucesso, não está apenas um simples esporte. É também o sucesso da França. Todos os franceses se sentem identificados com esse time", declarou.

O goleiro campeão também falou sobre o controle emocional de um time jovem em momentos difíceis da Copa do Mundo. "Às vezes precisamos fazer prova de inteligência e é isso que fizeram nossos jogadores. Claro, os mais velhos estavam também ali para ajudar e me incluo nesse grupo", disse o capitão de 31 anos. "Os mais velhos estão presentes para assumir suas responsabilidades e falar as coisas certas", insistiu.

Para ele, dos sete jogos disputados pela França, a final foi a mais tensa e difícil. "Sabíamos que seria assim", disse. "Perdemos uma final diante de nossos próprios torcedores, em 2016 na Eurocopa contra Portugal. Isso foi muito duro. Mas mostramos caráter. Para voltar dois anos depois, em uma competição ainda mais forte e ganhar, e vencer, isso mostra que o futebol francês tem recursos, que está muito forte", comemorou.

Hugo Lloris ainda deixa claro que a história dessa equipe, agora campeã, não terminou. "Trata-se de um time muito, muito jovem", completou.

Duas das ativistas que invadiram o campo da final da Copa do Mundo entre França e Croácia, no último domingo, em Moscou, foram condenadas a 15 dias de prisão. Veronika Nikulshina ainda foi proibida de voltar a entrar em eventos esportivos.

Ela era uma das quatro ativistas do grupo Pussy Riot, que, mesmo com toda a segurança implementada para a Copa, conseguiu interromper o jogo para pedir maior liberdade de expressão e política na Rússia, diante de Vladimir Putin. Olga Kurachyova, outra ativista que entrou em campo, também foi condenada. Ela indicou que a meta do grupo também era de atacar a Fifa, por seu apoio ao governo.

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"A Fifa está envolvida em jogos injustos", disse. "A Fifa é amiga de líderes que promovem repressão e violam direitos humanos", completou. Elas teriam "violado os direitos dos espectadores" e ainda são acusadas de usar de forma ilegal roupas de policiais. O restante do grupo será julgado nos próximos dias.

No segundo tempo da final entre França e Croácia, o grupo conseguiu driblar a segurança e invadir o campo para manifestar contra a repressão do Kremlin. Mbappé, estrela da Copa, chegou a fazer uma saudação com uma das integrantes do grupo, antes que elas fossem arrastadas para fora. As imagens das garotas vestidas com uniformes policiais foram cortadas pela transmissão oficial da Copa, enquanto o assunto desapareceu das agências de notícia em Moscou.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, elas explicaram a ação. "Tendo em vista que o estado de direito não existe na Rússia e que qualquer policial pode entrar em nossas vidas, a Copa do Mundo mostrou que os policiais sabem se comportar bem", ironizaram as mulheres, em referência ao tratamento que as forças de segurança prestaram aos turistas.

"Mas o que vai ocorrer quando a Copa acabar?", questionaram. "Só há uma solução: lutar contra a fabricação de falsas acusações e de prisões arbitrárias", apontaram.

Um dia depois de se sagrar campeã da Copa do Mundo pela segunda vez na história, a seleção da França desembarcou em Paris nesta segunda-feira com festa. Jogadores e comissão técnica foram festejados desde que o avião da delegação pousou na pista do aeroporto Charles de Gaulle, na capital francesa.

Sob a liderança do goleiro e capitão Hugo Lloris, o grupo desceu as escadas do avião e foi recebido num tapete vermelho, pela ministra do Esporte, Laura Flessel, que foi campeã olímpica e mundial na esgrima.

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Do aeroporto, os campeões mundiais seguiram para o Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente Emmanuel Macron. Lá, tiveram recepção calorosa de Macron e de sua esposa, Brigitte. O presidente compareceu ao Estádio Luzhniki, em Moscou, para ver a final contra a Croácia - os franceses venceram por 4 a 2.

Após a recepção na casa do presidente, o grupo seguiu para desfile em carro aberto pela famosa avenida Champs-Élysées, na área central de Paris. Segundo as agências internacionais, dezenas de milhares de franceses acompanham o desfile

Em cima do ônibus aberto, os jogadores faziam a festa com os torcedores, na companhia da cobiçada taça da Copa do Mundo. Alguns lançaram seus cachecóis aos fãs. Em alguns momentos, atletas e membros da comissão técnica ficavam obscurecidos pela névoa causada por rojões.

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A celebração é uma sequência da grande festa feita pela torcida desde o apito final na decisão do Mundial. Centenas de milhares de franceses comemoraram o título pelas ruas francesas, concentrados principalmente em dois pontos: a avenida Champs-Elysées e a Torre Eiffel.

Nesta manhã, as autoridades divulgaram um balanço da festa que virou a madrugada. Não houve maiores incidentes, como temia a polícia, receosa de eventual atentado terrorista. Ainda assim, duas tragédias pessoais aconteceram em Saint-Félix, na região de Oise, onde um motorista que comemorava a vitória bateu contra uma árvore e morreu, e em Annecy, em Haute-Savoie, onde um aposentado mergulhou em um canal de baixa profundidade e não resistiu aos ferimentos.

Orgulhosos pela melhor campanha da história da Croácia em uma Copa do Mundo, milhares de torcedores recepcionaram com uma grande festa a seleção do país na chegada dos jogadores à capital Zagreb, nesta segunda-feira, um dia depois da derrota por 4 a 2 para a França na final realizada em Moscou.

Em sua grande maioria vestindo o tradicional uniforme quadriculado em vermelho e branco e exibindo bandeiras croatas, a torcida marcou presença em bom número já no aeroporto e depois acompanhou a carreata do time nacional rumo à praça central da cidade, que ficou lotada para saudar os vice-campeões mundiais.

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Ao longo do trajeto realizado em um ônibus com a sua parte superior aberta, os atletas retribuíram o carinho dos fãs que gritavam os seus nomes e também distribuíram autógrafos para aqueles que conseguiram chegar perto do veículo em meio à multidão.

Em outro sinal de reconhecimento ao feito histórico obtido com o vice-campeonato mundial, jatos da Força Aérea da Croácia também escoltaram o avião que trouxe a seleção quando a aeronave entrou no espaço aéreo do país e sobrevoou Zagreb.

"Campeões! Campeões!", gritaram os torcedores aos jogadores antes de eles pisarem no tapete vermelho que foi estendido já na pista do aeroporto da capital croata e no qual os atletas andaram logo depois de saírem do avião.

Com uma população de cerca de 4 milhões de habitantes, a pequena Croácia foi tomada por clima de grande euforia desde a última quarta-feira, quando a seleção do país derrotou a Inglaterra por 2 a 1, em Moscou, e garantiu vaga na primeira decisão de Copa do Mundo de sua história. Até então, o melhor resultado do futebol do país havia sido o terceiro lugar no Mundial de 1998, na França.

A campanha de sucesso tem sido descrita como o maior feito da história do esporte croata, enchendo de orgulho a sua população e ajudando a unir um país que enfrentou uma guerra para se tornar nação independente na década de 1990, quando deixou de ser uma república da Iugoslávia após plebiscitos que garantiram uma vitória esmagadora aos separatistas em 1991. Porém, após conflitos sangrentos, o território croata chegou a ser ocupado por milícias sérvias. E apenas após intervenção militar da ONU para assegurar a paz nesta região, o país foi declarado como independente em 1992.

Para que a festa de recepção da seleção croata pudesse contar com o maior número possível de torcedores, a companhia estatal ferroviária reduziu pela metade o preço das passagens para Zagreb, enquanto autoridades da capital nacional anunciaram que o transporte público seria gratuito nesta segunda-feira.

A TV estatal croata também clamou para que os torcedores aproveitassem este "momento histórico" que é o retorno dos jogadores da seleção ao país. Já outros veículos da imprensa local descreveram os atletas como "nossos heróis" pela campanha na Rússia.

A Copa do Mundo da Rússia chegou ao fim no domingo como uma das mais "limpas" da história. A edição do torneio disputada em solo russo foi a de menor número de cartões vermelhos desde 1978. Foram apenas quatro expulsões em 64 jogos realizados. A seleção que mais se destacou no quesito disciplina foi a Espanha, que levou o troféu Fair Play na Rússia.

Com quatro cartões vermelhos, a Copa da Rússia superou todas as edições mais recentes na questão disciplinar. A edição do Brasil, em 2014, registrou 10 expulsões; a da África do Sul, em 2010, teve nove, mesmo número do Mundial da Alemanha, em 2006. A Copa da Coreia do Sul e do Japão, em 2002, contou com 11 cartões vermelhos. Em 1998, na França, foram surpreendentes 18 exclusões, para ficar entre as mais recentes.

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A Copa da Rússia é a de menor número de expulsões desde a Copa de 1978, na Argentina, onde foram distribuídos apenas três cartões vermelhos, num campeonato com metade do número de seleções da edição deste ano, que teve 32 times - o torneio passou a ter 24 equipes em 1982 e 32 a partir de 1998.

O alto nível de fair play também foi visto nos cartões amarelos, com 219 em toda a competição russa: média de 3,5 por partida, uma das mais baixas das últimas edições. Em 2014, no Brasil, foi de 2,92. Mas, nas Copas anteriores, esta média superou o 4,0 com facilidade.

Neste ano, o cartão passou a exercer papel ainda mais importante no Mundial, por ter virado critério de desempate na fase de grupos. Foi assim que o Japão se classificou no Grupo H, em detrimento do Senegal. Com dois cartões amarelos a menos que o rival africano, o time asiático avançou às oitavas de final. As duas seleções estavam empatadas em todos os demais critérios, como pontuação, saldo de gols, gols marcados e confronto direto.

A disciplina dentro de campo rendeu à Espanha o troféu de Fair Play na Rússia, como prêmio de consolação. Os espanhóis, campeões mundiais em 2010, já haviam levado a honraria na Copa em que venceram e também em 2006, dividindo a conquista com o Brasil. Em solo russo, a Espanha foi eliminada nas oitavas de final pelos anfitriões do evento.

O prêmio rende a cada jogador e membro da comissão técnica uma medalha, além de um diploma e um voucher de US$ 50 mil (cerca de R$ 192 mil) a ser empregado em equipamento esportivo para o desenvolvimento do futebol de base, segundo regras da Fifa.

Eleito o melhor jogador da Copa do Mundo da Rússia, o meia croata Luka Modric não conseguia esconder a sua decepção ao deixar o estádio Luzhniki, em Moscou, após a derrota de sua seleção para a França por 4 a 2. O craque do Mundial não queria falar muito sobre a arbitragem do argentino Néstor Pitana, mas acabou dizendo que a atuação do juiz deixou a desejar.

"Claro que eu gosto do reconhecimento (prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo) e muito obrigado a quem me elegeu. Só que eu preferia ter ganhado o Mundial, mas não deu e pronto", afirmou, com a cara fechada ao passar pela zona mista.

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Questionado sobre a arbitragem, Luka Modric disparou. "Não vamos falar do árbitro... não vai mudar nada. A sensação é de orgulho. Podemos estar orgulhosos do que conseguimos, ainda que não seja fácil perder uma final. Demos tudo, lutamos, não baixamos os braços mesmo quando estava 4 a 1, tentamos e não podemos nos reprovar em nada. Temos que ficar de cabeça erguida", disse o jogador do Real Madrid.

Diante da insistência para comentar sobre arbitragem, Luka Modric deixou claro a sua insatisfação com o juiz argentino. "Não vi a situação do pênalti, mas Ivan (Rakitic) e Perisic me disseram que não foi intencional, o primeiro gol deles também não era falta, isso afeta é claro. Tínhamos dominado a França e vem o pênalti e tivemos de lutar tudo de novo. Não podemos mudar o que aconteceu hoje (domingo)".

"Merecíamos mais sorte, mas isso é futebol, acho que merecemos mais, mas assim é futebol, não podemos mudar nada, só temos de ficar orgulhosos, nunca desistimos, lutamos até o final", afirmou o craque da Copa do Mundo, que disse que agora quer férias. "Vamos descansar bem e nos próximos dias celebrar isso porque é muito grande para a Croácia, mas a sensação é agridoce. Estamos orgulhosos, mas tristes por ter perdido".

Na Copa do Mundo de 2022, Luka Modric terá 36 anos. Ele não quis dizer se vai deixar a seleção ou se participará de mais um ciclo junto com a Croácia. "Agora é muito cedo para falar desse tipo de coisa. Vamos ver. Tenho que descansar bem, falar com a minha família", finalizou.

IRRITAÇÃO - Se Luka Modric tentou economizar nas críticas ao árbitro, seu companheiro Ivan Rakitic foi mais incisivo. "Foi uma pena porque não revisaram a falta no primeiro gol da França e isso nos matou", disse o jogador do Barcelona.

Sobre as diferenças de critérios do árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês), ele também foi duro. "Deve-se perguntar às pessoas que cuidam disso. A primeira falta não foi e o pênalti é muito, mas muito duvidoso. Eles chutaram três vezes e fizeram quatro gols. Entendo que eles querem que tudo melhores com o VAR, mas ainda falta melhorar muito", disse.

"Fomos superiores em muitos aspectos, mas temos que felicitar a França. Temos de ficar orgulhosos, fizemos com que todo mundo prestasse atenção à Croácia. Para um país como o nosso, isso é o mais importante", finalizou Ivan Rakitic.

A tão comentada geração belga finalmente alcançou seu auge neste sábado. Se o sonhado título da Copa do Mundo da Rússia não veio, a terceira colocação conquistada com a vitória sobre a Inglaterra por 2 a 0, em São Petersburgo, garantiu a melhor campanha do país na história da competição. Meunier e Hazard marcaram os gols que garantiram o "prêmio de consolação" ao país.

Algozes do Brasil nas quartas de final, os belgas não mantiveram o desempenho contra a França e acabaram fora da decisão. Talvez por nunca terem terminado entre os três primeiros de uma Copa, mostraram-se mais empenhados no confronto deste sábado e foram premiados com o terceiro lugar, que supera a quarta posição de 1986, no México, até então melhor campanha do país.

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Trata-se de um prêmio, ainda que não o esperado, para a mais comentada e talentosa geração da história da Bélgica. Courtois, Kompany, Hazard, De Bruyne e Lukaku saem da competição fortalecidos, após comprovarem que podem funcionar como equipe, e não apenas como jogadores talentosos isolados.

Já a Inglaterra pareceu digerir pior a queda nas semifinais para a Croácia, nos pênaltis, demorou a acordar neste sábado e foi punida por isso. A opção de Gareth Southgate de entrar com cinco jogadores reservas - o desgaste foi a justificativa - pesou, e o país só incomodou no segundo tempo. Ao menos, deixa o Mundial com sua melhor campanha desde 1990, quando também caiu na decisão do terceiro lugar, para a Itália.

Mais interessada, a Bélgica demorou apenas três minutos para abrir o placar neste sábado. Lukaku deu enfiada perfeita para Chadli, que apareceu nas costas da defesa pela esquerda e cruzou com perfeição para Meunier completar para a rede. Aos 11, o centroavante encontrou De Bruyne, que bateu com desvio. Pickford mostrou reflexo para espalmar.

Sem Walker e com Phil Jones, muito mais pesado, pelo lado direito da defesa, a Inglaterra dava muitos espaços para os atacantes belgas, que se aproveitavam, ainda, das assistências de Lukaku, trabalhando quase sempre como pivô. A pressão só não se sustentou porque a Bélgica diminuiu o ritmo e permitiu a reação do adversário.

Aos 22, quase saiu o empate. Sterling recebeu lançamento longo de Dier, ajeitou e tocou para Kane, que bateu rente à trave. Aos 34, foi a vez de a Bélgica voltar a incomodar. Tielemans errou a finalização e a bola sobrou para Alderweireld, que emendou de primeira, rente ao travessão.

Após um primeiro tempo morno, a Inglaterra voltou com Lingard e Rashford e melhorou. A equipe passou a controlar a posse e incomodar. Logo aos sete minutos, Lingard recebeu na área e bateu de primeira, mas Kane chegou atrasado.

Se era mais ofensiva, a Inglaterra também oferecia mais espaços, que os belgas só não aproveitavam graças ao dia para esquecer de Lukaku. Mertens entrou em seu lugar, mas o excesso de individualidade em algumas jogadas, principalmente com Hazard, minaram os contra-ataques.

Os ingleses, então, cresceram e tiveram sua melhor chance aos 24. Dier avançou pela direita, tabelou com Rashford e contou com falha de Kompany para sair de frente para Courtois, de quem tirou com belo toque sob a bola. Alderweireld, no entanto, salvou em cima da linha. O mesmo Dier e Maguire ainda tentaram pelo alto, sem sucesso.

Aos poucos, os ingleses foram exibindo cansaço, que só não resultou no segundo gol de Meunier porque Pickford fez grande defesa aos 34. Somente dois minutos mais tarde, porém, não teve jeito. De Bruyne arrancou com liberdade e deu bom passe para Hazard. Jones falhou e o jogador do Chelsea ficou sozinho para tirar do goleiro e selar o resultado.

 

FICHA TÉCNICA:

BÉLGICA 2 X 0 INGLATERRA

BÉLGICA - Courtois; Alderweireld, Kompany e Vertonghen; Meunier, Witsel, Tielemans (Dembele) e Chadli (Vermaelen); De Bruyne, Hazard e Lukaku (Mertens). Técnico: Roberto Martínez.

INGLATERRA - Pickford; Phil Jones, Stones e Maguire; Trippier, Dier, Delph, Loftus-Cheek (Dele Alli) e Rose (Lingard); Sterling (Rashford) e Harry Kane. Técnico: Gareth Southgate.

GOLS - Meunier, aos três minutos do primeiro tempo. Hazard, aos 36 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Alireza Faghani (Fifa/Irã).

CARTÕES AMARELOS - Stones, Maguire (Inglaterra).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Zenit, em São Petersburgo (Rússia).

O técnico Zlatko Dalic minimizou os problemas físicos da Croácia após a disputa de três prorrogações até a final da Copa do Mundo diante da França, neste domingo, em Moscou. "Temos pequenos problemas de lesão, mas é uma final da Copa do Mundo. Todos os jogadores estão prontos para se superar. Eles me disseram que estão prontos e que não estão cansados. Tenho certeza que nenhum vai dizer que não está pronto para disputar a final", disse o treinador em entrevista coletiva neste sábado em Moscou. "Se houver problemas, temos um bom banco de reservas", completou.

Considerando-se as três prorrogações e o número de minutos disputados, a Croácia jogou uma partida a mais que a França, que venceu todas as suas partidas no tempo normal. Além de ter um dia a mais de descanso, os franceses puderam poupar seis titulares na terceira rodada da fase de grupos - já estavam classificados. "Não temos treinado nos últimos dias. Nossas principais atividades são descansar e relaxar. Mas estarão todos prontos. Eu repito: é uma final de Copa do Mundo e todos terão mais energia", afirmou o treinador.

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Dalic mostrou otimismo em relação à final da Copa e reafirmou a importância da Copa para os croatas. Se forem campeões, ele prevê uma festa comparável às feitas no Brasil e na Argentina. "Nós podemos fazer mais, nós queremos fazer nosso país orgulhoso. Os croatas deixaram de lado todos os problemas para celebrar a Copa e ficaram orgulhosos. Os fãs e as pessoas que estão no nosso país nos motivam muito. Espero que tenhamos quatro milhões de pessoas nas ruas da Croácia amanhã celebrando uma grande festa, talvez fazendo as celebrações que fazem no Brasil e na Argentina", afirmou o treinador.

A trajetória de Dalic já se transformou em uma espécie de conto de fadas dos treinadores mundiais. O presidente da federação, Davor Suker, demitiu o treinador Ante Cacic por causa da má fase da seleção nas Eliminatórias no ano passado. Para o seu lugar, chamou Dalic, que seguia fazendo trabalho bom no Al Ain e já tinha sido auxiliar da seleção de base da Croácia. Ele comandaria os croatas no jogo contra a Ucrânia, no dia 9. Caso a seleção fosse eliminada, o interino voltaria ao seu trabalho. Em caso de um conseguir o milagre da vaga na repescagem, teria mais dois jogos. Ele falou com os jogadores pela primeira vez no aeroporto, dois dias antes do jogo. A Croácia venceu a Ucrânia, foi à repescagem e conseguiu a vaga na Copa ao superar a Grécia (vitória por 4 a 1 em casa e empate fora por 1 a 1). O interino estava efetivado e ia à Copa do Mundo.

Dalic tinha em torno de sete meses para fazer de um grupo de excelentes jogadores um time organizado e coeso, algo que a Croácia não conseguia desde 1998, quando foi terceira colocada. Na Copa de 2014, o time caiu na fase de grupos. Foram apenas duas datas Fifa e quatro ou cinco treinos até a preparação nos dias que antecederam o Mundial. Depois de boas atuações na fase de grupos, o time superou duas decisões por pênaltis (Dinamarca e Rússia) e venceu a Inglaterra na prorrogação. Hoje, é finalista.

"Ele entrou em cena em um momento difícil, nossa qualificação estava em dúvida e no jogo mais importante ele disse para confiarmos em nós mesmos, que tínhamos bons jogadores. Ele teve grande influência na nossa caminhada até aqui. Estamos muito felizes por ele estar conosco, não só pelo técnico que é, mas pela pessoa", elogiou o meia Modric, também presente na entrevista coletiva.

O meio-campista Ivan Rakitic, um dos destaques da campanha da finalista Croácia na Copa do Mundo, defende que um croata seja escolhido como o melhor jogador do torneio antes mesmo da decisão de domingo diante da França. Ele próprio é um dos concorrentes, mas o favorito, entre os jogadores croatas, é seu companheiro Luka Modric.

"O jogador do torneio tem que ser um croata, com certeza. E nosso capitão mais do que merece. Estou certo de que as pessoas da Fifa estão atentas a isso. Eu acho que também haverá croatas no time ideal da Copa. Mas nenhum de nós está pensando nisso. Nós queremos ganhar no domingo. O resto será consequência", afirmou o atleta do Barcelona em entrevista coletiva nesta sexta-feira no estádio Luzhniki, em Moscou.

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O jogador de 30 anos revela que acompanhou como a campanha histórica modificou o país nas últimas semanas. Ele afirma que a seleção joga por toda a população. "São cinco milhões de croatas que estarão em campo. Não são apenas 23 jogadores ou a comissão técnica. É um país inteiro", enfatizou.

Nascido na Suíça e filho de croatas, o meia escolheu defender o país e que está realizando um sonho. "Acho que não há sentimento melhor do que ser croata. Quando eu decidi jogar pela Croácia, eu tinha sonhos. Eu queria jogar uma final de um grande campeonato a cada dois anos. E chegar aqui é a realização de um sonho".

Rakitic teve participação importante na campanha croata rumo à decisão. Fez um gol diante da Argentina na vitória por 3 a 0 sobre a rival e converteu seus pênaltis diante da Dinamarca e da Rússia. Na final da campanha histórica, o jogador nega clima de vingança por causa da derrota para a mesma França na semifinal da Copa de 1998. A Croácia foi terceira colocada e a França acabou campeã daquela competição realizada em solo francês.

"Eu não acredito que exista um jogador na França ou na Croácia que continue jogando e que estava em 1998. Temos que deixar o passado de lado um pouco. A história é a história. Lembramos dos gols de Thuram por muitos anos, mas temos que deixar isso de lado. Eles ganharam a Copa e mereceram. E nós queremos ganhar no domingo. Nós temos o maior respeito pela França. Mas é outro jogo. E depende de nós jogar bem e levar a taça para casa", concluiu.

Faltando dois dias para a final da Copa do Mundo, o atacante Antoine Griezmann trocou a cara fechada dos craques às vésperas dos jogos decisivos e deu um show de simpatia e bom humor na entrevista coletiva em Istra, nos arredores de Moscou. De forma espirituosa, ele rebateu as críticas do goleiro belga Courtois, que chamou de "estilo defensivo" o jogo da França na semifinal entre as duas seleções.

"Não, não, Courtois tem que parar com isso. Ele jogou no Atlético e foi campeão espanhol. Ele joga no Chelsea. Ele acha o quê, que joga no Barcelona? (risos)", ironizou o atacante, referindo-se ao estilo de jogo das equipes por onde passou. Detalhe: hoje, Griezmann joga no próprio Atlético de Madrid e recusou uma proposta para atuar no Barcelona.

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Sempre cotado para o posto de melhor do mundo, Griezmann afirmou que não pensa na homenagem. Além dele, seu colega Mbappé e o rival Modric estão no páreo na decisão de domingo. A disputa ficou mais acentuada com a eliminação precoce de Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e Salah. "Se ganharmos, com ou sem Bola de Ouro, não me importo nem um pouco. Quero ganhar a Copa do Mundo e farei tudo em campo para conseguir", afirmou o atacante.

O jogador revelou que tem uma motivação especial para conquistar a Copa do Mundo depois de dois vice-campeonatos. Ele foi derrotado na final da Eurocopa por Portugal e na Liga dos Campeões pelo Real Madrid. Ambas decepções ocorreram em 2016.

"Joguei essas duas finais e perdi as duas. A terceira não é possível. Fiz uma boa partida na final da Liga Europa (conquistada pelo Atlético contra o Olympique de Marselha, este ano) e espero fazer de novo", afirmou o francês.

França e Croácia se enfrentam na decisão da Copa do Mundo da Rússia neste domingo, às 12h (de Brasília), no Estádio Luzhniki, em Moscou. A disputa do terceiro lugar, entre Bélgica e Inglaterra, acontecerá um dia antes, às 11h, em São Petersburgo.

No domingo, em Moscou, França e Croácia decidem a Copa do Mundo de 2018 e os franceses querem evitar o famoso "clima de já ganhou" para essa partida. "Nós não somos favoritos. É uma final", disse nesta quinta-feira o meia Paul Pogba, um dos principais jogadores do time. A equipe tenta a todo custo evitar a repetição do cenário da Eurocopa de 2016, quando perdeu o título em casa para Portugal, mesmo atuando em casa.

"Na Euro, nós pensávamos que tínhamos conquistado o título depois da vitória em cima da Alemanha (na semifinal). Pensamos que Portugal estava derrotado antes. Dessa vez, estamos todos concentrados em não cometer o mesmo erro. Estamos felizes por nossa campanha, mas ainda não ganhamos a Copa do Mundo", disse o jogador, que completou: "Vamos lidar de forma diferente nesta partida. Não vai faltar nada, nem raça".

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Ele ainda falou sobre o adversário da finalíssima. "Nós não somos favoritos. É uma final. Os croatas tiveram um jogo muito difícil contra a Inglaterra, eles não desistiram. Perdiam por 1 a 0 e voltaram para o jogo. Existem duas equipe e um troféu. Eles jogaram 90 minutos a mais nas três prorrogações, mas não sei se isso é uma desvantagem para eles ou se querem mostrar que podem ganhar mais um jogo. Para mim, repito, não somos favoritos. Não nos esquecemos das dúvidas sobre nós no início da competição, sobre a nossa capacidade de jogarmos juntos. Nós não fizemos nada ainda. Queremos ir buscar alguma coisa, vamos fazer de tudo para vencer", afirmou.

Pogba ainda afirmou que o jogo será definido nos detalhes e que sua seleção não terá um plano especial para tentar anular o craque Luca Modric. "Não é apenas o Modric. Tem também Rakitic, Perisic e até os defensores que são conhecidos na Croácia. Eu acho que não haverá um plano específico para o Modric. Haverá um para todos. Nós assistimos à partida de ontem e agora vamos analisar tudo isso. Vamos tentar bloquear os melhores jogadores. Esse é o nosso plano, manter a posse de bola e vencer o jogo".

O jogador também comentou sobre o encontro entre as duas seleções na Copa do Mundo de 1998, quando a França venceu a Croácia na semifinal do Mundial por 2 a 1, de virada. "Os croatas ainda não têm o título e eles querem essa primeira estrela. Eles fizeram uma campanha muito boa e querem a vitória, como nós também querermos. Eu não tenho essa estrela também, ela está na minha camiseta, mas não fui eu quem ganhei. Quero ganhá-la junto com meus colegas. Será uma final de Copa do Mundo, uma grande partida, um jogo muito difícil."

Antes de Pogba, o zagueiro Samuel Umtiti, autor do gol da vitória da França em cima da Bélgica por 1 a 0 na semifinal, também conversou sobre os erros do passado na Eurocopa de 2016. "Eu mudei minha mentalidade depois daquele jogo. Cada um de nós é diferente e se prepara de uma forma. Coletivamente, sabemos o que fizemos de errado e o que devemos fazer agora. Isso é conversado entre nós. Criamos uma boa imagem, mostramos agressividade solidez. Há muita seriedade."

Davor Suker, até então o maior astro do futebol croata e hoje presidente da federação de futebol do país, alerta: sua seleção não está satisfeita apenas pela classificação para a final. "Vamos entrar para vencer", disse o croata em entrevista exclusiva ao Estado. Segundo ele, disputar sua primeira decisão terá um impacto importante para a identidade nacional croata.

"Estamos mostrando ao mundo que temos muita qualidade", afirmou. Suker aposta em um amplo apoio internacional ao seu time. "Jogamos um futebol muito bom e vamos ir ainda mais longe", insistiu.

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Para ele, a classificação para a final não foi um acidente. "Chegamos de forma merecida", disse. "Temos um time muito bom e Modric como o máximo dirigente", afirmou.

"Essa geração já superou a nossa de 1998", constatou, fazendo uma referência ao terceiro lugar na Copa da França, quando era o atacante da seleção e terminou como artilheiro do Mundial. "Fomos bronze e eles vão ser pelo menos prata. Mas queremos mais", declarou. "Quando se chega uma final, é um sinal de que algo muito bom foi feito", disse.

Ele admitiu que a vitória da Croácia contra a Inglaterra não apenas marca um novo capítulo para o futebol, mas para a identidade nacional. Em Zagreb e no estádio em Moscou, a classificação para a final, diante da França, no domingo, rapidamente se transformou em uma conquista nacional, com clara dimensão política na região conturbada dos Bálcãs.

"Chegar à final é importante para todo o país", disse, ao ser questionado sobre a repercussão social. "O mais importante nesse momento é que o país está orgulhoso", apontou. Na Croácia, o futebol e a política sempre andaram de mãos dadas e os times em campo chegaram a fazer parte dos esforços independentistas. Herdeiros da escola iugoslava, os croatas passaram a assumir o papel de embaixadores de um novo país que ganhava forma, inclusive com conotações violentas.

Esse papel já era uma realidade antes mesmo da declaração de independência. Em maio de 1990, um jogo entre o Dínamo Zagreb e o Estrela Vermelha de Belgrado resumiu a tensão política e passou a ser considerada por muitos como a primeira batalha da guerra dos Bálcãs, disfarçada de confronto entre torcedores violentos.

Hoje diretor da Fifa, o então capitão do Dínamo, Zvonimir Boban, atacou um policial que estava espancando um torcedor croata. Boban ganharia status de herói nacional, já que seu golpe foi interpretado como símbolo da coragem do povo croata contra as autoridades iugoslavas. Duas semanas depois, o nacionalista Franjo Tudman seria eleito presidente da Croácia, que, um ano depois, declararia sua independência.

O próprio Tudman, ex-presidente clube Partizan, sabia do poder do futebol. Seu partido fez uma aliança com os torcedores de linha dura do Dínamo, e a ideologia nacionalista e o futebol passaram a fazer parte de uma mesma história. Até hoje, são repetidamente punidos pela Uefa e pela Fifa por atitudes fascistas nos estádios.

Mas a explosão do time croata não ocorreu por acaso. Por décadas, os iugoslavos eram conhecidos como "os brasileiros da Europa", por conta de sua habilidade. Em duas Copas do Mundo, terminaram em quarto lugar - 1930 e 1962. Foram ainda vice-campeões europeus em 1960 e 1968.

Mas sua melhor geração ainda estava por vir. Em 1987, a Iugoslávia surpreenderia ao vencer a Copa do Mundo juvenil, organizada no Chile. Em campo, Prosinecki, Zvonimir Boban, Davor Suker, Robert Jarni e Predrag Mijatovic.

Na Copa de 1990, chegaram às quartas de final e apenas foram eliminados pela Argentina de Maradona. Tudo estava pronto para um time que, em 1994, poderia encantar o mundo. Mas a guerra destruiu um projeto de seleção. Diante da destruição que consumia a região, nenhuma seleção dos Bálcãs foi para a Copa de 1994. Dois anos depois, na Eurocopa, os croatas já chegaram nas quartas de finais.

Em 1998, o grupo de Prosinecki, Boban, Jarni, Boksic e Suker terminaria como terceiro colocado na Copa do Mundo e apenas ficou de fora da final ao ser eliminado pelo time da casa, a França.

O filósofo croata, Srecko Horvat, lembra como aquelas primeiras conquistas do time rapidamente foram usados pelo governo em Zagreb. Tudman, segundo ele, costumava dizer que "vitórias do futebol ajudam a formar uma identidade nacional tanto quanto as guerras". "O futebol foi usado para gerar um apelo popular à ideia nacional de Tudman e para legitimar seu governo", escreveu o filósofo no jornal The Guardian.

Segundo ele, assim como nos primeiros dias do nascimento de um país independente, o futebol e a conquista croata voltam agora a ser "usados por forças nacionalistas e pela atual presidente, Kolinda Grabar-Kitarovic, que, ao ser vista pulando nos jogos, está em campanha para a eleição presidencial do ano que vem".

Desde 2008, a Croácia é assolada por repetidas crises econômicas, enquanto uma imensa parte de sua juventude tomou o caminho da Europa. A classificação para a final promete suspender a crise por alguns meses, mesmo diante de uma derrota.

Mas jornalistas e observadores de Zagreb não deixam de traçar paralelos entre 1998 e 2018. Há 20 anos, a Copa na França interrompeu um período de dúvidas sobre o país e gerou uma euforia que nunca mais se repetiu. Agora, o futebol volta a ter um papel central na história de poucos anos do país.

Zlatko Dalic chegou para a entrevista coletiva nesta quarta-feira, após a vitória de virada sobre a Inglaterra por 2 a 1 na prorrogação, em Moscou, com a tradicional camisa da seleção da Croácia - a quadriculada em vermelho e branco. Orgulhoso, o treinador respondeu todas as perguntas com o mesmo tom confiante e, de certa forma, desafiador para a final da Copa do Mundo, neste domingo, contra a França. "Nós não tememos ninguém. Estamos na decisão da Copa".

"Ganhamos o jogo porque fomos melhores. Fomos melhores no segundo tempo, anulamos as melhores jogadas da Inglaterra, Modric e Rakitic fizeram um bom jogo. No intervalo eu apenas pedi para terem o controle do jogo, sem abaixar a cabeça, afinal sabia que éramos melhores. Esse foi o nosso melhor jogo junto com o jogo contra a Argentina", afirmou.

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"A Croácia é um país pequeno que está na final da Copa. Temos coração. Queríamos jogar a final e vamos jogar. A França terá um dia a mais de recuperação, mas não vamos usar isso como desculpas, vamos para a final", ressaltou Zlatko Dalic.

O técnico também tentou explicar como seus jogadores aguentaram a terceira prorrogação seguida e como será a preparação para o jogo deste domingo. "Nossos jogadores estavam com energia. Conseguimos. Temos fisiologistas, médicos, todos ajudando. Hoje (quarta-feira) alguns jogadores estavam machucados, mas todos foram fantásticos. Tivemos dois jogadores com 'meia perna', mas eles fizeram isso. Ninguém pediu para sair, todo mundo quis jogo. Estou orgulhoso", afirmou.

"Estamos fortalecidos mentalmente. Começamos seis semanas atrás e conforme o torneio foi andando, melhoramos. Somos uma nação sem medo, estamos na final, conhecemos a França, eles têm jogadores fantásticos, mas a vamos falar disso amanhã (quinta-feira). Não vou colocar o carro na frente dos bois", comentou o treinador croata.

Assim como Ivan Perisic, Zlatko Dalic lembrou do confronto entre Croácia e França pela semifinal da Copa do Mundo de 1998. Na época, ele era volante do Hadjuk Split, um dos maiores times de seu país. "Eu fui até a França em 1998 e vi os três primeiros jogos do Mundial como torcedor", disse. "Depois, tive que voltar para me preparar para a temporada, mas esse é um jogo que todo mundo lembra na Croácia. Lembro de celebrarmos o gol de Sucker, mas depois eles deixaram tudo igual e viraram".

"Aquele jogo tem significado histórico, eram dois times que desejavam ir para a final. Agora não tem essa de revanche, apenas vamos preparar nossos jogadores para eles fazerem o melhor jogo possível", afirmou o treinador, que ainda agradeceu o apoio dos torcedores. "O que fizeram aqui foi incrível. Nem sei quantos tinham no estádio, mas contamos com esse apoio até o final".

Quarenta e cinco casos de assédio sexual foram registrados oficialmente durante o período de disputa da Copa do Mundo, que começou no dia 14 de junho e será encerrada no próximo domingo (15), em Moscou. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (11) pela entidade Fare, aliada da Fifa no controle de questões de discriminação no Mundial. Mas a própria Fare alerta que os números reais podem chegar a ser dez vezes maiores, já que dezenas de casos não são registrados ou nenhuma queixa é apresentada pelas vítimas.

Piara Power, diretor da Fare, aponta que os casos foram identificados desde o início do Mundial, incluindo cerca de 15 deles envolvendo jornalistas que foram alvo de assédios enquanto trabalhavam nas ruas das cidades russas e em estádios. "Esses são os números oficiais. Talvez, o número real seja dez vezes maior", disse Power. Para ele, os casos de sexismo foram os mais graves no que se refere à situação de discriminação durante a Copa realizada na Rússia.

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Federico Addiechi, diretor de Diversidade da Fifa, também destacou os casos de sexismo e que torcedores passaram a ser impedidos de entrar nos estádios. Mas ele alerta que, ainda que sérios, o número de ocorrências deste tipo de incidente foi pequeno diante do 1,5 milhão de torcedores, dos quais 700 mil vieram do exterior, do Mundial. "Os números foram muito baixos", disse.

Para ele, o que ocorreu na Rússia não é uma novidade em relação ao que foi visto há quatro anos, na Copa de 2014. "Não foi diferente no Brasil", avaliou. Na Rússia, o Ministério do Interior abriu um inquérito formal contra os brasileiros que, nos primeiros dias da Copa do Mundo, constrangeram uma mulher em Moscou, num vídeo que difundiram pela internet.

A decisão do governo foi uma reação à denúncia apresentada pela advogada e ativista russa Alyona Popova. Numa carta endereçada a ela, a polícia de Moscou confirmou que iniciou investigações.

O documento, obtido pela reportagem do Estado, indica que um registro especial foi dado ao caso, dentro do Ministério do Interior. As autoridades tinham um mês para dar uma resposta à ativista, o que significava que tinham um prazo até 20 de julho para tomar uma decisão. Mas anteciparam o processo e, em apenas dez dias, optaram por iniciar o inquérito.

Na carta enviada ao governo, a ativista considerava que "cidadãos estrangeiros deveriam pedir desculpas publicamente, e para a menina, e todos cidadãos russos diante do sexismo, da falta de respeito às leis da Federação Russa, o desrespeito por um cidadão russo, insultos, humilhação da honra e dignidade de um grupo de pessoas com base em seu gênero".

O retorno da França a uma final de Copa do Mundo deixa incomodado o técnico da equipe, Didier Deschamps, pelos comentários e comparações feitas no país. O treinador afirmou nesta terça-feira, em São Petersburgo, após bater a Bélgica por 1 a 0, que não faz para os seus jogadores nenhum paralelo entre o elenco atual e o de 1998, quando a equipe foi campeã, para motivá-los a escreverem a própria história.

Em 1998, a França sediou e ganhou a Copa ao ter Deschamps como volante e capitão do time. Após o vice em 2006, ao perder a final nos pênaltis para a Itália, o país está de volta à final do torneio, mas não quer falar do passado. "Você pode viver uma fase de cada vez. Eu nunca mencionei a minha história. Não se pode comparar com situações de 20 ou talvez até dez anos atrás. Estamos aqui para escrever uma nova história", disse.

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Deschamps também participou da Copa de 2014, já como técnico. A França acabou eliminada nas quartas de final na ocasião, ao perder para a Alemanha por 1 a 0. Outro resultado importante dele como treinador foi o vice na Eurocopa de 2016, disputada em casa. A equipe perdeu a decisão para Portugal, na prorrogação, por 1 a 0. Nesta Copa os franceses ganharam cinco jogos e empataram um, com a Dinamarca, com parte dos titulares poupados.

O treinador afirmou que a França não pode ficar presa ao passado ou a comparações com 1998. "Não que não tenha orgulho do passado, mas agora é só uma foto na parede. Cada um vive no seu tempo. Não podemos olhar para trás, mas sim para frente", disse Deschamps, que demonstrou incômodo ao ser questionado sobre coincidências com o ano do título, como adversários sul-americanos e gols de zagueiros.

A França aguarda o vencedor do confronto entre Inglaterra e Croácia para saber qual será o adversário na final. Os croatas, por coincidência, foram adversários em 1998 na semifinal. Para comemorar a classificação, Deschamps deu folga aos jogadores e recomendou ao elenco para passar o dia livre com as famílias.

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