Tópicos | Dia de Combate à Poluição

Hoje, 14 de agosto, é comemorado o Dia Nacional de Controle da Poluição Industrial, data que foi instituída, em 1975, por conta da criação da lei que serve para fiscalizar o setor. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) divulgou um estudo que alerta para os danos causados pela poluição do ar: cerca de 31 pessoas morrem diariamente em decorrência de doenças associadas ao problema.

Parlamentares aprovaram o decreto motivados pela crescente onda de agressões ao meio ambiente durante as décadas de 50 e 60, quando houve uma grande expansão de industrias em algumas localidades, caso da Região Metropolitana de São Paulo. A cidade de Cubatão foi uma das primeiras beneficiadas pela nova regulamentação. O município, que chegou a ser conhecido mundialmente por ser a cidade mais poluída do mundo na década de 70, hoje tem 98% das fontes de emissões de gases controladas.

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Outra fonte de poluição na cidade de São Paulo são os ônibus a diesel. Segundo levantamento do Instituto Saúde e Sustentabilidade, se a frota não for modificada para usar um combustível mais sustentável, serão mais de 7 mil mortes anuais a partir de 2050. “Os padrões brasileiros de qualidade no ar estão defasados, são de 1990. Enquanto em cidades como Londres e Paris, o nível considerado de emergência é 80 µg/m³, em São Paulo é 500 µg/m³, igual ao da China”, alerta a médica Evangelina Vormitagg, diretora do instituto.

Garrafas pets, sacos de pipoca, copos plásticos e latinhas de refrigerante. O cenário que mais se assemelha a um lixão na verdade é visto em um manguezal do Recife. A área fica localizada mais precisamente na margem do Rio Capibaribe, na Rua da Aurora, em frente ao imóvel de número 1071. 

A situação dos manguezais da capital pernambucana é a prova de que nesta quarta-feira (14), Dia de Combate à Poluição, não se tem muito a comemorar. E o problema também se reflete nas ruas e calçadas, que muitas vezes impendem o pedestre de caminhar com tranquilidade.

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O que preocupa na situação dos manguezais é que, além de destruir a beleza das margens dos rios, o lixo acumulado prejudica na reprodução e na sobrevivência dos animais que vivem naquela área. O atual estado dos mangues requer ações do poder público e a conscientização da população em manter a área limpa.

A aposentada Fátima Brito, de 82 anos, mora de frente para o mangue e diz se sentir triste com a situação de uma área que deveria servir como ponto de visitação do Recife. “Essa região é muito desprezada, onde as pessoas jogam lixo e não é feita uma limpeza diária. Era importante manter uma fiscalização”, sugere.

A comerciante Elza dos Santos mantém uma feira de orgânicos próximo a uma área de mangue. Segundo ela, a sujeira na área não chega a espantar a clientela, mas deixa o local desagradável. “Não é legal de se ver. E pra completar tem dia que fede muito”, conta.

A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), dois barcos do projeto Vassourinha do Capibaribe saem diariamente, às 8h, para recolher o lixo acumulado no leito do rio. Na margens, um mutirão de limpeza é realizado a cada 45 dias. Durante essas ações, uma média de 20 toneladas de lixo e entulhos é retirada da vegetação. Os materiais recolhidos são repassados aos catadores dos núcleos de triagem da Prefeitura do Recife.

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