Tópicos | Dia Mundial do Coração

O coração é um dos símbolos da nossa existência. Ele é responsável por impulsionar a vida através das nossas veias e artérias, bombeando sangue para as diferentes partes do corpo, o que é fundamental para que os nutrientes e oxigênio cheguem em todas as células, gerando vida. Na maioria das vezes, descuidos com a saúde geral podem levar a problemas cardíacos. Outras vezes, o mau funcionamento do coração vem como sequela de outras doenças, como foi o caso de Rita que, na 27º semana de gestação, descobriu que poderia precisar realizar um parto prematuro para salvar a sua vida e da sua filhinha devido a um problema no coração.

Desde o início da gestação, Rita de Araújo Ferreira, 30 anos, fazia acompanhamento com a equipe de pré-natal do Hospital Vasco Lucena, da Hapvida NotreDame Intermédica. Durante a 27º semana de gravidez, ela sentiu um forte cansaço, teve uma tosse prolongada e vômitos constantes, o que ligou o sinal de alerta e a fez procurar a urgência do Hospital Vasco Lucena. Após exames e estudos médicos, foi diagnosticado que ela estava com estenose mitral grave, um estreitamento da abertura da valva mitral que aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo no coração e pode levar à morte.

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“A estenose mitral grave aumenta a pressão no átrio esquerdo e nas veias pulmonares levando a  insuficiência cardíaca com o acúmulo de líquido nos pulmões, o que foi o caso de Rita. Geralmente, a doença é resultante do processo inflamatório decorrente da doença reumática e muitas mulheres costumam ser assintomáticas até engravidarem. Os sinais iniciais estão ligados à insuficiência cardíaca, como dificuldade de respirar após esforço físico ou durante o sono, fadiga e aceleração do coração”, explica o diretor médico do Hospital Ilha do Leite, Marcus Melo, da Hapvida NotreDame Intermédica.

A paciente foi submetida a uma cirurgia cardíaca rara em mulheres grávidas,  uma valvuloplastia mitral, o que corresponde a dilatação do orifício da válvula que estava estreitada, utilizando o método de cateterismo, feita  por uma equipe de quatro médicos da Hapvida NotreDame Intermédica formada por um médico hemodinamicista, um intensivista, um cirurgião cardíaco e um ecocardiografista. A cirurgia teve um resultado muito exitoso e os sintomas que Rita sentia desapareceram. 

Graças ao procedimento, foi possível sustentar a gravidez até 39 semanas quando a paciente foi submetida a uma cesárea, assistida pela equipe médica do hospital Ilha do Leite, também da Hapvida NotreDame Intermédica. A filha de Rita nasceu uma bebê saudável com 46 cm e 3 kg 565g e foi chamada Eduarda Vitória. “O nome dela iria ser somente Eduarda, mas depois de tudo que passamos, decidimos colocar Eduarda Vitória para sempre lembrar que fomos vitoriosos”, afirma a paciente.

“O que nós vivemos foi um milagre e sou muito grata a Deus por realizar isso em nossas vidas através dos médicos que realizaram o procedimento. Se não fosse essa cirurgia, eu não sei se estaríamos aqui. Já fiz os exames pós cirúrgicos e está tudo certo. Sou muito grata por toda a assistência que eu e minha família recebemos do hospital. Apesar de estar em uma situação bem delicada, a equipe médica sempre buscava nos passar tranquilidade e fizeram tudo o que foi possível para que saíssemos bem dessa situação, e conseguiram”, enfatiza a paciente Rita de Araújo Ferreira.

Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica   

A fusão entre a Hapvida e a NotreDame Intermédica, em fevereiro de 2022, levou à criação da maior empresa de saúde e odontologia da América Latina. Com 77 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a companhia possui mais de 68 mil colaboradores, atende cerca de 16,1 milhões de beneficiários de saúde e odontologia e têm à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país.

Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 85 hospitais, 77 prontos atendimentos, 331 clínicas médicas e 271 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Desta combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

*Da assessoria 

Conscientizar a população sobre os principais fatores de risco da doença cardiovascular, a que mais mata no mundo, é o objetivo do Dia Mundial do Coração, celebrado nesta quarta-feira(29). “Mata muito mais do que câncer, do que acidente automobilístico e do que a Covid-19”, disse, em entrevista à Agência Brasil, o diretor de Comunicação da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Bruno Bandeira. A campanha visa, principalmente, à conscientização dos bons hábitos de saúde, como uma boa e equilibrada alimentação, o abandono por completo do tabagismo e a prática de atividade física regular cinco vezes por semana, durante 30 minutos.

“Com a atividade física, a gente vai sair do sedentarismo e reduzir a obesidade, além de controlar a pressão arterial, o colesterol e o açúcar. Ou seja, evitar a hipertensão, o colesterol elevado e o diabetes. Essas são as principais recomendações em relação à prevenção das doenças cardiovasculares. Controlando isso, a gente vai evitar essas doenças”, afirmou o cardiologista.

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Bruno Bandeira lembrou que a campanha deste ano, organizada pela Federação Mundial do Coração (WHF, a sigla em inglês) destaca a comunicação em suas diversas formas no mundo digital, incentivando a troca de informações entre médico e paciente, as teleconsultas, a inserção digital, para que os pacientes possam cada vez mais saber usar os cuidados por sites bem validados.

O diretor da Socerj lembrou que além dos meios digitais, a comunicação abrange também a relação entre o paciente e seus familiares, o que ficou muito distante ao longo da pandemia de Covid-19, gerando muitas doenças psicológicas, ansiedade e, com isso, o agravamento das doenças cardiovasculares. O Dia Mundial do Coração foi criado em 2000 pela WHF para ressaltar a importância do cuidado com o coração, um dos órgãos mais importantes do corpo humano.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares responderam por 32% de todas as mortes globais ocorridas em 2019, totalizando 17,9 milhões de pessoas, sendo 85% delas de infarto ou derrame. Dados do Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mostram que de janeiro deste ano até as 16h07 dessa terça-feira (28), o número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil alcançava 299.304 pessoas.

Melhor caminho

A SBC mostra ainda que, no Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas têm alguma doença cardiovascular e pelo menos 400 mil morrem anualmente em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país. O cardiologista Esmeralci Ferreira, do setor de hemodinâmica do Hospital Pan-Americano, lembrou que “é muito mais fácil cuidar da saúde do que da doença. Sendo assim, a prevenção de fatores de risco é o melhor caminho para evitar doenças cardiovasculares”.

Confirmou que manter hábitos saudáveis é fundamental para preservar a saúde do músculo cardíaco. Segundo o médico, os principais cuidados com a saúde do coração estão relacionados a fatores comportamentais e hábitos fáceis de serem incorporados no dia a dia. “Para quem não tem nenhum tipo de doença, o ideal é consultar um cardiologista uma vez por ano. E para quem tem alguma comorbidade, de duas a quatro vezes por ano. Atividades físicas são essenciais e podem ser feitas de maneira prazerosa, como caminhadas ao ar livre, subir e descer escadas em vez de usar o elevador e andar de bicicleta”. Manter uma alimentação saudável, evitar o excesso de álcool e não fumar também melhoram a saúde do coração, recomendou Ferreira.

O especialista citou também outro problema comum na atualidade, que são os altos níveis de estresse. Eles podem estimular problemas cardíacos, porque a aceleração dos batimentos é capaz de aumentar a pressão arterial. A pressão alta, por sua vez, tem impacto no coração, acarretando maior risco de infarto e AVC. “Às vezes, pequenas medidas, como realizar refeições tranquilas, sem estresse e sem fazer uso de celulares e televisões, podem ajudar a preservar a saúde do coração. Coma com prazer e qualidade. Isso faz diferença, inclusive no alívio do estresse”, sugeriu o cardiologista.

Covid-19

Outro tema em destaque no Dia Mundial do Coração é a Covid-19 e seus efeitos na saúde do coração. O coordenador da Unidade Coronariana da Casa de Saúde São José (Rede Santa Catarina), Gustavo Gouvêa, chamou atenção para os cuidados com o coração e os riscos na pandemia.

Ele admitiu que a Covid-19 pode afetar diretamente o coração, causando uma inflamação chamada miocardite, decorrente do próprio vírus que gera a doença. Isso pode ocasionar uma arritmia e até manifestações parecidas com um infarto. Gustavo Gouvêa citou estudo feito por um grupo de cardiologistas do Hospital San Raffaele, em Milão, na Itália, considerado referência para complicações cardiovasculares da Covid-19. Os médicos avaliaram 138 pacientes internados pela doença, dos quais 16,7% desenvolveram arritmia e 7,2% apresentaram lesão cardíaca aguda.

Gouvêa orientou que os pacientes com Covid-19 que tenham sintomas de doenças cardiovasculares, como dor no peito, palpitações e desmaios, devem procurar uma emergência ou um cardiologista para fazer exames específicos, entre eles eletrocardiograma, ecocardiograma e dosagem de enzimas. Alertou que depois da fase aguda da doença, é preciso seguir com o acompanhamento médico para verificar se a inflamação foi revertida e se houve alguma sequela.

O diretor de Comunicação da Socerj, Bruno Bandeira, observou que a miocardite não deve ser motivo de não vacinação. “A pessoa deve se vacinar”.

Pós-covid

Gustavo Gouvêa informou que 85% dos casos dos pacientes com Covid-19 são leves, de pessoas tratadas em casa e sem gravidade. Para esse grupo, após o período de 10 a 14 dias, é possível retomar a rotina, inclusive as atividades físicas. Para os 15% que tiveram um quadro clínico mais grave, com hospitalização, é preciso fazer uma avaliação clínica ou cardiológica para garantir que não há nenhuma sequela, especialmente para retomar exercícios físicos.

Segundo o especialista, uma parcela desses pacientes vai precisar passar por uma reabilitação cardíaca para voltar a praticar exercícios, com supervisão. “Muitos perderam massa muscular, pois ficaram dias acamados. Para retomar as atividades, devem passar por um programa específico para recuperar, lentamente, sua saúde e o vigor físico".

Crianças

Números da Federação Mundial do Coração mostram a existência de 155 milhões de crianças obesas e acima do peso no planeta. A estimativa é que elas têm 80% a mais de chance de ter sobrepeso quando adultas e, em consequência, maior risco de enfermidades cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVC). Crianças e jovens com sobrepeso têm três a cinco vezes mais chances de sofrer um infarto ou AVC antes de chegarem aos 65 anos de idade, além de grande risco de desenvolver diabetes.

A nutricionista Fabiana Peleteiro advertiu que “o sobrepeso na infância acaba gerando um acúmulo maior de gordura nas artérias ao longo dos anos, o que aumenta as chances de infarto e AVC”. Por isso, afirmou que a prevenção primária das doenças cardiovasculares deve começar na infância e estar relacionada diretamente à mudança de hábitos alimentares e de estilo de vida.

Com a premissa de que é mais fácil cuidar da saúde do que da doença, a prevenção de fatores de risco é o melhor caminho para evitar enfermidades cardiovasculares. Nesse caso específico, fazer um acompanhamento médico regular desde a infância é importante para a detecção precoce de condições que podem deixar o órgão vulnerável. O alerta é ainda mais necessário para pessoas com histórico familiar de problemas no coração, cujos riscos podem ser maiores.

A conscientização sobre a saúde desse órgão vital é o objetivo do Dia Mundial do Coração, celebrado anualmente em 29 de setembro e criado pela Federação Mundial do Coração. Em maio de 2012, líderes mundiais se comprometeram a reduzir em 25% a mortalidade global por doenças não transmissíveis até 2025, sendo que metade dessas enfermidades são causadas por problemas cardiovasculares.

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Segundo a entidade, essas más condições que afetam os coração e os vasos sanguíneos, incluindo o derrame, são a principal causa de morte no mundo, tirando a vida de 17,9 milhões de pessoas a cada ano. O objetivo da campanha é promover ações educativas a fim de que haja controle dos fatores de risco, como tabagismo, má alimentação e sedentarismo, por exemplo. Estima-se que ao menos 80% das mortes prematuras por doenças cardíacas e derrames podem ser evitadas.

Quanto mais cedo esses cuidados começarem, melhor. "Cada vez mais vem aumentando a incidência de obesidade em adolescentes, principalmente pela vida moderna atrás de computadores e celulares, o que fez diminuir a prática de atividades físicas entre crianças e adolescentes", destaca o médico Félix Ramires, coordenador do Programa de Insuficiência Cardíaca do Hospital do Coração (HCor).

Ele menciona que as doenças isquêmicas, que afetam as artérias do coração, e o enfarte têm ocorrido em idade mais precoce. Um exemplo disso foi a morte de Danilo Feliciano de Moraes, filho mais velho do ex-jogador Cafu, que tinha 29 anos. Ele jogava futebol com amigos em casa, em setembro do ano passado, quando passou mal. Encaminhado a um hospital, o jovem não resistiu ao sofrer uma parada cardíaca.

Além do sedentarismo e da obesidade, Ramires afirma que o mundo tem trazido uma carga elevada de estresse, o que também contribui para o aumento da hipertensão, que é mais um fator de risco para doenças cardíacas. "Os jovens se acham saudáveis e não vão em busca da prevenção ou de detectar esses fatores de risco que são silenciosos." A ocorrência de colesterol alto, por exemplo, não manifesta sintomas iniciais, apenas quando os vasos sanguíneos entopem.

Mas jovens saudáveis não estão completamente livres do risco, uma vez que condições genéticas e histórico familiar influenciam no aparecimento das enfermidades cardiovasculares. E isso pode ocorrer mesmo em pessoas fisicamente ativas. O médico do HCor cita, ainda, que uso de drogas ilícitas também aumentam a incidência de enfarte na população mais jovem.

O ideal é evitar que o problema apareça e fazer um acompanhamento médico desde a infância. Quanto mais cedo os fatores de risco forem identificados, menos tempo o organismo sofrerá com os danos. "A frequência desse acompanhamento está diretamente relacionada a qual grupo de risco você se encaixa. Se é de baixo risco, acompanhamento anual é suficiente para manter a monitorização dos fatores de risco. Se de alto, a cada seis meses", orienta o cardiologista.

Uma vez que nem sempre as doenças cardiovasculares estão relacionadas à idade avançada, confira a seguir as complicações mais comuns em cada fase da vida, segundo Félix Ramires, do HCor:

Doenças do coração em bebês e crianças

Na primeira infância, as cardiopatias congênitas, presentes desde o nascimento (ou antes disso) são as mais comuns. Qualquer alteração do coração ou dos vasos sanguíneos pode evoluir para uma doença, que dependendo do grau vai necessitar de uma intervenção cirúrgica logo nos primeiros dias de vida ou ainda dentro do útero.

Adolescentes e doenças cardiovasculares

Nessa fase da vida, as enfermidades do coração estão mais relacionadas aos níveis de colesterol elevados, obesidade e sedentarismo. Uma cardiopatia congênita também pode se manifestar de forma tardia nessa faixa etária. Outra ocorrência, mas pouco comum no Brasil, é a complicação cardíaca provocada pela febre reumática, doença mais comum em crianças na idade escolar e adolescentes, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. A enfermidade pode levar a "uma inflamação em uma ou mais válvulas do coração".

Doenças cardíacas em adultos

Nessa fase, a doença isquêmica e o enfarte são mais comuns. Por isso, o grande mote das campanhas de prevenção de doenças cardíacas é no sentido de controlar ou prevenir os fatores de risco, como pressão alta. Segundo Ramires, 30% dos adultos e 60% dos idosos são hipertensos. "A hipertensão, por si só, força o coração e, com o tempo, pode levar a uma cardiopatia hipertensiva." Daqueles que fazem tratamento para a condição, metade mantém os níveis dentro do recomendado. É nessa faixa etária também que a diabete, obesidade e tabagismo tem incidência importante, com risco para problemas no coração.

Idosos com doenças do coração

A cardiopatia isquêmica ainda é a principal ocorrência em idade mais avançada, principalmente se a pessoa ficou muito tempo exposta a fatores de risco não controlados. "Mas existe uma característica especial que é a insuficiência cardíaca, perda da capacidade do coração de ter bombeamento adequado", ressalta o médico do HCor. Nesse caso, há tanto a perda de força quanto a ocorrência do órgão mais endurecido.

Prevenção de doenças cardiovasculares

O estilo de vida de uma pessoa está muito relacionado à saúde do coração dela. Por isso, é importante eliminar os hábitos ruins e reforçar os saudáveis para evitar problemas no coração e no sistema vascular. Uma alimentação balanceada, com quantidades adequadas de carboidratos, proteínas, verduras, vegetais e frutas ajudam a regular o organismo e trazer bem-estar. Investir em atividades físicas, mesmo que seja uma caminhada diária por dez minutos, já contribui para a saúde do órgão.

Em caso de ter algum fator de risco como hipertensão, colesterol alto ou histórico familiar, o ideal é procurar um serviço médico o mais cedo possível para fazer acompanhamento. Ramires faz um alerta para os cuidados em meio à pandemia, que fez aumentar os níveis de ansiedade, estresse e síndrome do coração partido. "O melhor resultado da prevenção é quanto mais precoce iniciar. Por isso, checkups regulares auxiliam a detectar fatores silenciosos", reforça o médico, que lembra que de 60% a 70% dos hipertensos são assintomáticos.

Nesta quinta-feira (29) é celebrado o Dia Mundial do Coração. Para lembrar a data, a sexta-feira (30) será reservada para atividades de saúde, realizadas das 6h30 às 10h, na área externa do Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife.

No início da manhã, das 6h30 às 7h, haverá um aulão com a equipe do Programa Academia da Cidade e Projeto Bom Dia, formado por usuários hipertensos e/ou diabéticos da unidade. Entre 7h e 10h, um grupo de técnicos de enfermagem estará disponível para aferir a pressão arterial da população. 

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Além desses serviços, haverá distribuição de material educativo e orientações sobre as doenças do coração.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde e Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 300 mil pessoas morrem anualmente por complicações das doenças do coração, sendo previsto que uma pessoa chegue a óbito a cada 3 minutos. Em 2050, por meio de uma análise das instituições, a cada 1 minuto e meio alguém irá morrer devido a problemas causados por doenças cardiológicas.

Com informações da assessoria

Para celebrar o Dia Mundial do Coração, atividades de saúde serão promovidas no Parque da Jaqueira, área central do Recife, nesta sexta-feira (10). Na ocasião, serão realizadas aferição da pressão arterial, exame de glicemia capilar, além de distribuição de folhetos informativos sobre os cuidados com a saúde do coração.

Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 20% de todas as mortes em pessoas acima dos 30 anos. A doença resulta, principalmente, em infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

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De acordo com o diretor do Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, Silvio Paffer, a iniciativa serve para alertar a população sobre os altos riscos das doenças cardíacas. “É importante frisar que a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes são os grandes vilões do órgão. Eles são considerados os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças do coração e os mais frequentes em nossa população”.

O Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes é referência no atendimento de hipertensão e diabetes. A unidade conta com mais de 20 médicos, cardiologistas, endocrinologistas e nutricionistas. No local, também funciona diariamente das 6h30 às 9h o Projeto Dia, da Academia da Cidade.

Com informações da assessoria

As doenças do coração, conhecidas como cardiovasculares, estão entre as principais causas de morte no Brasil e podem afetar pessoas de todas as idades. Essas doenças são responsáveis por cerca de 400 mil mortes, anualmente, no país. Para combater esse quadro, ainda crescente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) faz um alerta em comemoração ao Dia Mundial do Coração, celebrado no dia 29 de setembro, sobre os perigos causados por essas doenças e os cuidados que podem ser tomados para prevenir.

Desenvolvida ainda na fase infantil, avançando ao longo dos anos e podendo levar à morte prematura na vida adulta, a doença responsável pela deposição de gordura no interior das artérias (aterosclerose coronariana) é a maior causa de óbito entre todas as doenças cardiovasculares, superando as mortes por violência e acidentes de trânsito. Segundo estimativa da SBC, o número de mortes, este ano, deve chegar a 344 mil. “As pessoas dão muita ênfase ao câncer e a Aids. Apesar de graves, essas doenças, em termos estatísticos, não superam as doenças do coração”, revela a diretora dos Sindicatos dos Médicos de Pernambuco, a cardiologista, Malu David. 

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Prevenção

A prevenção primária é uma importante aliada para evitar a evolução das doenças coronárias, ou seja, combater os fatores de risco. Cerca de 51% da população adulta está acima do peso. O sobrepeso e a obesidade são agravantes que vem crescendo entre os brasileiros e aumentando os riscos dessas doenças. Atualmente 54% dos homens e 48% das mulheres brasileiras estão obesas. Apenas 23% da população ingere a porção diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que são de cinco ou mais porções ao dia de frutas, verduras e legumes, enquanto 31,5% consomem carne gordurosa e 26% tomam refrigerantes regularmente. 

Para manter uma vida saudável, médicos cardiologistas indicam a atividade física regular e dieta balanceada para manter a boa saúde. O ideal é um treino de 150 minutos, por semana, que equivalem a 30 minutos por dia, durante cinco dias. “O combate ao tabagismo e a moderação na ingestão de bebidas alcoólicas também devem ser incentivados”, alerta a cardiologista Malu. “Alimentos com alto teor de gordura como sal e açúcar devem ser utilizados de forma moderada”, acrescenta.

Aferir a pressão arterial e controlar os níveis de glicose e colesterol no sangue são outros medidas importantes na prevenção das doenças cardiovasculares. “Evitar o cigarro, principalmente dentro de casa, para não dar exemplos errados aos filhos é um pilares para uma vida saudável”, comenta a cardiologista, Teresa Cristina Barbosa Lins.  

Sintomas

Nem sempre as doenças coronárias são identificadas em consultas de rotina. Muitas pessoas esperam os sintoma para consultar um médico ou, até mesmo, realizar exames. O que pode parecer uma simples dor de cabeça ou dor no corpo pode ser um princípio de infarto. A dor pode ser a expressão clínica de má irrigação coronariana, que pode ser parcial, conhecida como angina do peito, ou pode evoluir para o infarto agudo do miocárdio, quando essa obstrução é total. 

O infarto do miocárdio, conhecido popularmente como ataque cardíaco, ocorre quando as arterias coronárias que suprem o coração sofrem um fenômeno obstrutivo, conhecido como troboembolismo (coágolo), que bloqueia a passagem do sangue. Esse fenômeno também pode acontecer de forma silênciosa, sobretudo em diabéticos, mas a maioria pode sentir no peito - que pode se radiar para os braços ou para as costas -, acompanhada de sudoresse, náuseas, tontura, falta de ar, com duração superior a 20 minutos. 

Já a hipertensão, conhecida popularmente como pressão alta, é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. Ela pode ser identificada previamente através de uma forte dor de cabeça (cefaleia na nuca), insônia, taquicardia (palpitações). Mas, o grande risco dessa doença está na falta dos sintômas e com isso o paciente não procura assistência médica. 

Confira a lista de alimentos bons para o coração:

1 -  Azeite, Linhaça, Nuts e Abacate - são exemplos de boas gorduras. Ricas em ômegas 3, 6 e 9, elevam as taxas do bom colesterol - HDL e previnem a formação de coágulos e plaquetas nos vasos sanguíneos. Especialmente a Linhaça é rica em Fibras que ajudam na redução das taxas de colesterol no sangue. Em relação as Nuts, as melhores são as in natura, sem sal.

2 -  Frutas Vermelhas e Suco de uva - Possuem alto teor de flavonoides. O Suco de uva é rico em resveratrol. Essas substâncias são antioxidantes e inibem a formação de plaquetas de gordura no sangue, favorecendo o fluxo de oxigênio, dióxido de carbono e nutrientes essenciais, evitando a formação de coágulos e contribuindo para o equilíbrio da pressão arterial.

3 -  Chá Verde e Brócolis - São alimentos ricos em flavonoides, poderosos antioxidantes para o organismo e auxiliam no combate aos radicais livres.

4 -  Alho - Fonte de alicina, uma substância vasodilatadora que previne doenças cardiovasculares.

Mais de 200 pessoas participaram da comemoração do Dia Mundial do Coração nesta manhã (28). O evento aconteceu no Sítio da Trindade, bairro de Casa Amarela, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia - regional Pernambuco e a Secretaria Municipal de Saúde do Recife.

Os moradores de Casa Amarela, Jaqueira e Morro da Conceição aferiram a pressão arterial, fizeram exames de glicose, pesagem e tiveram orientações médicas para prevenção de doenças cardiovasculares. Exercícios como alongamento, aeróbica, além de um café da manhã com frutas e sucos foram oferecidos à população.

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A importância de bons hábitos traduzem em uma boa saúde. "A grande intenção é alertar as pessoas do mal dessas doenças. Tendo uma alimentação saudável, praticando exercícios e fazendo exames regularmente, a garantia é de uma vida livre de doenças cardiovasculares", orientou Silvio Paffer, cardiologista e diretor clínico do Centro de Saúde Ermírio de Moraes.

A aposentada Neusa Moraes sempre participa das atividades. "Acho importante, pois isso é vital para uma vida saudável. Eu com 70 anos me sinto uma jovem com muita disposição", afirmou. Educadores físicos e voluntários auxiliaram nas atividades em comemoração ao dia Mundial do Coração. 

 

No Dia Mundial do Coração, celebrado nesta sexta-feira (28), a Pastoral da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia e a Secretaria Municipal de Saúde, realizam uma série de atividade abertas à população, das 6h às 9h, no Sítio Trindade, em Casa Amarela.

Entre as ações, estão orientações sobre alimentação saudável e de exercícios físicos, aferição de pressão arterial, palestras educativas, atividades físicas e medição da glicemia (HGT). O objetivo das atividades é apresentar as doenças cardiovasculares e dar dicas de como melhorar a qualidade de vida das pessoas.

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A Pastoral da Saúde lançará na data um boletim intitulado de "Vida Saudável" que abordará temas ligados à saúde, qualidade de vida, trará entrevistas especiais, artigos, dicas de saúde e demais informações, com distribuição para os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Serviço:

Comemoração do Dia do Coração

Dia 28 de setembro, das 6h às 9h

Sítio Trindade, em Casa Amarela

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