Tópicos | Grávidas

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou nessa quarta-feira (8) a Lei 14.721, que estabelece a oferta de assistência psicológica a gestantes e puérperas, através do Sistema Único de Saúde (SUS). O texto foi publicado na versão desta quinta-feira (9) do Diário Oficial da União e passará a vigorar em 180 dias. A matéria, aprovada no Senado Federal em 17 de outubro, faz duas alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 1990). 

"A assistência psicológica à gestante, à parturiente e à puérpera deve ser indicada após avaliação do profissional de saúde no pré-natal e no puerpério, com encaminhamento de acordo com o prognóstico", diz o texto da sanção. A lei ainda diz que o sistema de saúde deve "desenvolver atividades de educação, de conscientização e de esclarecimentos a respeito da saúde mental da mulher no período da gravidez e do puerpério". 

##RECOMENDA##

Durante a votação no Senado, a relatora da proposta, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), pontuou que existe previsão legal para o atendimento psicológico a mulheres gestantes, em parto e no pós-parto. No entanto, afirmou que a nova lei esclarece ainda mais esse direito e evita o risco de interpretações contrárias. A justificativa da matéria, que foi inicialmente apresentada à Câmara, pontua ainda que muitas gestantes são menores de idade e carecem de infraestrutura para evitar prejuízos à vida e ao futuro.  

"É consabido que, quando uma menor engravida, pode ocorrer uma grande desestruturação em sua vida. Nesse momento é que, muitas das vezes, a menor necessita de orientação e amparo. O Poder Público pode e deve fornecer terapia em graus diferenciados, conforme a necessidade psíquica da parturiente", afirma a justificativa. 

 

O coração é um dos símbolos da nossa existência. Ele é responsável por impulsionar a vida através das nossas veias e artérias, bombeando sangue para as diferentes partes do corpo, o que é fundamental para que os nutrientes e oxigênio cheguem em todas as células, gerando vida. Na maioria das vezes, descuidos com a saúde geral podem levar a problemas cardíacos. Outras vezes, o mau funcionamento do coração vem como sequela de outras doenças, como foi o caso de Rita que, na 27º semana de gestação, descobriu que poderia precisar realizar um parto prematuro para salvar a sua vida e da sua filhinha devido a um problema no coração.

Desde o início da gestação, Rita de Araújo Ferreira, 30 anos, fazia acompanhamento com a equipe de pré-natal do Hospital Vasco Lucena, da Hapvida NotreDame Intermédica. Durante a 27º semana de gravidez, ela sentiu um forte cansaço, teve uma tosse prolongada e vômitos constantes, o que ligou o sinal de alerta e a fez procurar a urgência do Hospital Vasco Lucena. Após exames e estudos médicos, foi diagnosticado que ela estava com estenose mitral grave, um estreitamento da abertura da valva mitral que aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo no coração e pode levar à morte.

##RECOMENDA##

“A estenose mitral grave aumenta a pressão no átrio esquerdo e nas veias pulmonares levando a  insuficiência cardíaca com o acúmulo de líquido nos pulmões, o que foi o caso de Rita. Geralmente, a doença é resultante do processo inflamatório decorrente da doença reumática e muitas mulheres costumam ser assintomáticas até engravidarem. Os sinais iniciais estão ligados à insuficiência cardíaca, como dificuldade de respirar após esforço físico ou durante o sono, fadiga e aceleração do coração”, explica o diretor médico do Hospital Ilha do Leite, Marcus Melo, da Hapvida NotreDame Intermédica.

A paciente foi submetida a uma cirurgia cardíaca rara em mulheres grávidas,  uma valvuloplastia mitral, o que corresponde a dilatação do orifício da válvula que estava estreitada, utilizando o método de cateterismo, feita  por uma equipe de quatro médicos da Hapvida NotreDame Intermédica formada por um médico hemodinamicista, um intensivista, um cirurgião cardíaco e um ecocardiografista. A cirurgia teve um resultado muito exitoso e os sintomas que Rita sentia desapareceram. 

Graças ao procedimento, foi possível sustentar a gravidez até 39 semanas quando a paciente foi submetida a uma cesárea, assistida pela equipe médica do hospital Ilha do Leite, também da Hapvida NotreDame Intermédica. A filha de Rita nasceu uma bebê saudável com 46 cm e 3 kg 565g e foi chamada Eduarda Vitória. “O nome dela iria ser somente Eduarda, mas depois de tudo que passamos, decidimos colocar Eduarda Vitória para sempre lembrar que fomos vitoriosos”, afirma a paciente.

“O que nós vivemos foi um milagre e sou muito grata a Deus por realizar isso em nossas vidas através dos médicos que realizaram o procedimento. Se não fosse essa cirurgia, eu não sei se estaríamos aqui. Já fiz os exames pós cirúrgicos e está tudo certo. Sou muito grata por toda a assistência que eu e minha família recebemos do hospital. Apesar de estar em uma situação bem delicada, a equipe médica sempre buscava nos passar tranquilidade e fizeram tudo o que foi possível para que saíssemos bem dessa situação, e conseguiram”, enfatiza a paciente Rita de Araújo Ferreira.

Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica   

A fusão entre a Hapvida e a NotreDame Intermédica, em fevereiro de 2022, levou à criação da maior empresa de saúde e odontologia da América Latina. Com 77 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a companhia possui mais de 68 mil colaboradores, atende cerca de 16,1 milhões de beneficiários de saúde e odontologia e têm à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país.

Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 85 hospitais, 77 prontos atendimentos, 331 clínicas médicas e 271 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Desta combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

*Da assessoria 

“Pobre, carente, negra, subordinada a um homem, condenada pelo crime de tráfico de drogas e mãe irresponsável”. É assim que são descritas, por membros do Judiciário e do Ministério Público, as mulheres gestantes, lactantes e com filhos de até 6 anos de idade que chegam ao sistema penal no Brasil, revela estudo feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Segundo o estudo, mesmo após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que concede a prisão domiciliar a todas as gestantes e mães de crianças menores de 12 anos presas preventivamente, de três a cada dez acusadas grávidas ainda são presas no país.

##RECOMENDA##

Com o título Relatos da invisibilidade: representações de atores públicos sobre a aplicação do Marco Legal da Primeira Infância no cenário penal e socioeducativo feminino, a pesquisa traz um amplo diagnóstico, com dados e entrevistas com 180 interlocutores, sendo eles 62 profissionais que atuavam em serviços do poder executivo municipal ou estadual, 40 representantes do Poder Judiciário, 32 da sociedade civil, 23 do Ministério Público e também 23 da Defensoria Pública.

“O que os resultados, seja no âmbito quantitativo ou qualitativo, nos retratam é que, a despeito de conquistas normativas, ainda temos muitos desafios para a implementação de fato do Marco Legal da Primeira Infância”, diz a pesquisadora do Pnud Paola Stuker. Segundo ela, o que ocorre, na prática é o que consta no título na pesquisa, a invisibilização desses casos.

O Marco Legal da Primeira Infância estabelece diretrizes para políticas públicas e garantias específicas para crianças de até 6 anos de idade, incluindo políticas de saúde, que abrangem cuidados desde a gravidez e de educação e assistência social, entre outras.

De acordo com Paola, diante desse normativo, as ações devem também chegar tanto às adolescentes em regime de internação quanto a mulheres presas grávidas ou mães. “É muito importante olhar para esse público, porque é importante olhar para todos os públicos que estão relacionados com a criação de seres humanos na primeira infância. Olhar para todas as famílias, todos os profissionais que são responsáveis pelos cuidados e proteção de crianças na primeira infância. A gente tem que olhar também para todas as gestantes, todas as mães, independente das condições em que se encontram”, diz Paola.

Queda no encarceramento

O relatório mostra que houve queda no percentual de encarceramento após o Marco Legal da Primeira Infância. Enquanto, em 2016, o percentual de decisões por encarceramento para mulheres gestantes e não gestantes nas audiências de custódia era praticamente equivalente, de 49,5% e 49,6%, respectivamente, a proporção passou, em 2020, para 31,6% e 42,4%, respectivamente. Isso mostra que uma a cada três gestantes ainda é encarcerada.

“Precisamos, sim, melhorar muito”, diz a juíza auxiliar da presidência do CNJ, Karen Luise de Souza. “Vemos que esses julgamentos não observam tudo que se vem dizendo sobre os impactos no desenvolvimento das crianças, que acabam sendo privadas do convívio com seus pais e responsáveis ou acabam se desenvolvendo dentro de um ambiente de privação de liberdade.”

Um dos trechos de entrevista com integrante da Defensoria Pública, que não é identificado, publicado no estudo, bate com o que diz Karen Souza e mostra que os resultados dos julgamentos dependem muito do juiz. “Depende muito da pessoa que está ali julgando. Tem juízes que, sim, que atendem nesse sentido. Entendem a infância como prioridade absoluta e falam: ‘apesar do que aconteceu, agora vamos pensar nessa criança que está chegando, ou que já chegou e que está precisando da mãe’. Tem juízes que não. Aí, a gente tem que recorrer. Tem casos que chegam ao tribunal. No tribunal, dependendo da turma, a gente também não tem sucesso. Às vezes, tem que levar para cima, tem que levar para o STJ [Superior Tribunal de Justiça]. Então, é muito relativo. É como eu disse: ‘esbarra-se muito na questão do ato infracional’”.

Outro trecho do relatório ressalta que, entre as mulheres adultas, muitas são vistas, sobretudo por membros do Judiciário e do Ministério Público, como “irrecuperáveis”, de modo que a relação materno-infantil pareceu ser mobilizada, em muitos momentos, como mecanismo adicional de punição.

Ações do CNJ

Segundo Karen Souza, o CNJ busca orientar os magistrados para que consideram prioritária a questão da primeira infância nas decisões. O Manual Resolução nº 369, disponível na página do CNJ, traz um capítulo inteiro com o tema Elementos para facilitar a tomada de decisão.

“A [Resolução] 369 vem exatamente para oferecer essas ferramentas, auxiliar os colegas na tomada de decisões, estabelecer procedimentos. A partir dela, sem interferir na independência funcional, a gente pretende modificar o que está aí e que impacta diretamente a vida de crianças e adolescentes”, diz a juíza.

O governo de São Paulo informou nesta quinta-feira, 4, que duas grávidas, cinco crianças e cinco adolescentes foram diagnosticados com a varíola dos macacos (monkeypox) no Estado e estão em isolamento. Embora o vírus tenha se espalhado mais rapidamente entre homens gays e bissexuais, especialistas alertam que a contaminação pode migrar para outros grupos.

"Pode acontecer com todo mundo", disse o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, David Uip, durante o anúncio de um plano de enfrentamento da doença em São Paulo. Uip ponderou que, até agora, há a prevalência da doença em determinados grupos, como homens que fazem sexo com outros homens, mas essa situação é "transitória". "Daqui a pouco, todas as pessoas vão estar passíveis de contaminação."

##RECOMENDA##

Apesar de a letalidade da doença ser considerada baixa, de um modo geral, e a maioria dos casos não precisar de internação, o risco é maior para grávidas, crianças com menos de 8 anos de idade e pessoas imunodeprimidas, como pacientes com câncer e transplantados. O Brasil registrou, na semana passada, a primeira morte pela doença, de um paciente imunossuprimido. O avanço da doença expõe a necessidade de providências, como a preparação da rede de assistência, cooperação com municípios e capacitação de profissionais.

As medidas anunciadas pelo governo paulista incluem deixar 93 hospitais e maternidades de retaguarda, ampliar a testagem e vigilância genômica nas redes pública e privada e criar um protocolo especial de atenção às gestantes que se infectarem. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado, esse hospitais serão referência e receberão os casos mais graves com necessidade de internação e leitos de isolamento ou Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

O Estado de São Paulo já confirmou 1.298 casos da doença, a maior parte no município de São Paulo - atualmente duas pessoas estão internadas. No Hospital Emílio Ribas, referência para doenças infecciosas, chegam diariamente 30 casos suspeitos da doença.

No caso das grávidas diagnosticadas com o vírus, haverá acompanhamento e indicação para o parto em uma unidade de saúde de alto risco. A recomendação geral para o parto, no caso das gestantes infectadas, será a cesariana, para evitar a transmissão ao bebê. Em casos em que não houver lesões na região perianal, pode ser avaliada a possibilidade de parto vaginal.

O governo paulista também orientou que puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz) infectadas suspendam a amamentação por 14 dias por precaução. Ainda não está claro se a transmissão pode ocorrer por meio do leite materno. O contato da mãe infectada com o recém-nascido também deve ser reduzido.

Nesta semana, o Ministério da Saúde orientou que gestantes, puérperas e lactantes usem máscaras em lugares fechados e façam sexo com preservativos como forma de se prevenir da doença.

Em relação às crianças infectadas que estão hoje em isolamento, o governo paulista informou que o contágio possivelmente ocorreu após contatos próximos em festas com pessoas contaminadas. O secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, lembrou que a contaminação pode ocorrer por meio de beijos e abraços e que, portanto, esse tipo de contato deve ser evitado em caso de suspeita da doença.

Na capital paulista, os registros da doença em crianças levaram a Prefeitura a promover uma capacitação com mais de 3 mil profissionais da Educação, como professores e diretores, para que saibam identificar as lesões e encaminhar os casos suspeitos a unidades básicas de saúde. O curso foi disponibilizado posteriormente no YouTube e já tem mais de 15 mil visualizações.

"É importante que a equipe tenha conhecimento das primeiras lesões. Por isso, temos ampliado a capacitação", explicou o secretário da Saúde da cidade de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco.

O Estado de São Paulo avalia replicar esse tipo de capacitação nas escolas da rede, segundo informou a coordenadora de Controle de Doenças do Estado, Regiane de Paula."Isso é um pouco do que imaginamos que possamos fazer para todo o Estado junto com as escolas estaduais, levar o treinamento e capacitação", disse Regiane.

Uip destacou que a varíola dos macacos é uma doença "absolutamente diferente" da covid-19, do ponto de vista de contágio e letalidade. "Mas não (é diferente em relação à) necessidade de providências." Já o secretário Gorinchteyn lembrou que não se trata, no momento, de uma "emergência de saúde pública", como foi com a covid-19, mas é preciso trabalho integrado.

Entre as medidas anunciadas, o secretário disse ainda que o Estado está investindo na vigilância laboratorial e genômica por laboratórios públicos e privados, sob o comando do Centro de Vigilância Epidemiológica e do Instituto Adolfo Lutz.

A validação de diagnósticos positivos não dependerá da confirmação pelo Instituto Adolfo Lutz, informou a pasta, mas as amostras continuarão a ser enviadas para o instituto estadual a fim de que seja feito o acompanhamento genômico da doença. A rede também vai credenciar outros laboratórios do Estado para a realização de exames em tempo real.

"Você pode errar uma vez, mas não pode ser surpreendido a segunda vez. Na pandemia de covid, faltou governança, resposta rápida, informação, insumos e vacinas até determinado momento. E sobrou o aprendizado. Estamos no meio de uma pandemia e entramos em um surto do monkeypox", disse Uip.

Vacinas e tratamento

O governo paulista ainda aguarda a compra de 50 mil doses de vacina pelo Ministério da Saúde, que serão distribuídas entre os Estados, e a definição de qual será o público prioritário para a aplicação dessas doses. O Instituto Butantan e o Ministério da Saúde também negociam o envio de insumo farmacêutico ativo (IFA) para que a vacina possa ser produzida no Brasil, pelo Butantan ou pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas essas tratativas não terão respostas imediatas.

O Ministério da Saúde recomendou, nessa segunda-feira (1º), que grávidas, puérperas e lactantes mantenham o uso de máscaras em locais fechados como forma de prevenir a infecção pela varíola dos macacos. A pasta também orienta que esse grupo de mulheres use preservativo nas relações sexuais, uma vez que a transmissão pelo contato íntimo é apontada como uma das causas do novo surto.

O alerta para o uso de camisinha vale para o sexo vaginal, oral e anal, diz a nota técnica do ministério. Embora a doença esteja avançando mais velozmente entre homens que fazem sexo com outros homens, especialistas afirmam que o vírus deve, em breve, se espalhar para outros grupos.

##RECOMENDA##

Ainda conforme o documento, gestantes, puérperas e lactantes devem se manter afastadas de pessoas que apresentem febre e lesões cutâneas. Em casos de sintomas suspeitos, elas devem procurar ajuda médica. Para pacientes sintomáticos, a recomendação é manter isolamento por 21 dias e monitorar os sinais da doença - se persistirem, é preciso fazer novo teste.

As novas regras para o retorno de gestantes ao trabalho durante a pandemia já estão em vigor. Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a lei prevê a volta ao regime presencial após vacinação.

O afastamento do trabalho presencial só continua mantido para a mulher que ainda não tenha completado o ciclo vacinal.

##RECOMENDA##

A nova norma prevê que a gestante deverá retornar à atividade presencial nas seguintes hipóteses:

- após o encerramento do estado de emergência de saúde pública decorrente do coronavírus;

- após sua vacinação contra o coronavírus, a partir do dia em que o Ministério da Saúde considerar completa a imunização;

- se a gestante optar pela não vacinação, mediante assinatura de termo de responsabilidade, comprometendo-se a cumprir as medidas preventivas adotadas pelo empregador.

Apesar da nova regra, o empregador tem autonomia para optar em manter a funcionária no trabalho remoto com a remuneração integral.

Liberdade para vacinar

A nova lei considera que a opção por não se vacinar é uma “expressão do direito fundamental da liberdade de autodeterminação individual”. Segundo a medida, caso decida por não se imunizar, a gestante deve assinar um termo de responsabilidade e livre consentimento para o exercício do trabalho presencial.

Gravidez de risco

Para os casos em que as atividades presenciais da trabalhadora não possam ser exercidas remotamente, ainda que se altere suas funções, respeitadas suas competências e condições pessoais, a situação deve ser considerada como gravidez de risco até a gestante completar a imunização e poder retornar ao trabalho presencial.

Durante esse período, ela deve receber o salário-maternidade desde o início do afastamento até 120 dias após o parto ou, se a empresa fizer parte do programa Empresa Cidadã de extensão da licença, por 180 dias. Entretanto, não poderá haver pagamento retroativo à data de publicação da lei.

Vetos

O presidente Jair Bolsonaro vetou o trecho que previa, no caso de retorno após aborto espontâneo, o recebimento de salário-maternidade nas duas semanas de afastamento garantidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Também foi vetada a previsão de considerar gravidez de risco no caso de o trabalho ser incompatível com sua realização em domicílio por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma a distância. Nesse caso, o projeto previa a substituição da remuneração pelo salário-maternidade.

Segundo Bolsonaro, a proposição contraria o interesse público, ao instituir concessão de benefício previdenciário destinado à situação de maternidade de forma diversa ao previsto para o auxílio-materninade.

*Com informações da Agência Senado

Bebês nascidos de mães vacinadas durante a gravidez têm cerca de 60% menos probabilidades de ser hospitalizados com a Covid-19, segundo um novo estudo americano publicano nesta segunda-feira (15).

Os cientistas acreditam que esta proteção provém em particular de uma transferência de anticorpos contra a covid entre a mãe grávida e o bebê, através da placenta.

Os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos realizaram um estudo com bebês de até seis meses, hospitalizados entre julho de 2021 e janeiro de 2022.

O estudo demonstrou que vacinar as mães durante a gravidez para evitar que os bebês sejam hospitalizados após o parto é eficaz em mais de 61%.

A mãe do único bebê que morreu durante o estudo não estava vacinada. E 84% dos bebês hospitalizados com covid-19 nasceram de mães não vacinadas.

O estudo não levou em consideração as mulheres que tinham sido vacinadas antes de engravidar. Só foram incluídas aquelas que receberam as duas doses ou a segunda dose das vacinas da Pfizer ou Moderna quando estavam grávidas.

"Em resumo, a vacinação materna é uma forma muito importante de ajudar a proteger estes bebês", concluiu a pesquisadora dos CDC, Dana Meaney-Delman, durante encontro com a imprensa.

Embora se espere que nas próximas semanas a Pfizer apresente os resultados dos testes clínicos para uma vacina aplicável a partir dos seis meses de idade, "não se contempla" uma para os menores de seis meses, acrescentou.

O estudo também mostrou que a proteção era maior em bebês cujas mães tinham sido vacinadas quando a gestação estava avançada. Isto parece ser coerente com o fato de que os níveis de anticorpos diminuem nos meses posteriores às injeções.

Mas Dana Meaney-Delman considera importante que a vacinação ocorra em qualquer etapa da gravidez para proteger a mãe em um possível caso grave da doença, caso se infecte, o que também seria perigoso para o feto.

O comprimido contra a Covid-19 desenvolvido pelo laboratório MSD é eficaz no tratamento do vírus, mas não é recomendado para uso em mulheres grávidas, disse a Agência de Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) em um relatório preliminar divulgado nesta sexta-feira (26).

A publicação vem antes de uma reunião do comitê de especialistas da FDA marcada para 30 de novembro, na qual as recomendações para autorização de emergência do medicamento, chamado molnupiravir, serão revisadas.

Se aprovado, esse medicamento representaria um avanço na luta contra a pandemia, ao permitir que as formas graves da doença fossem reduzidas com bastante facilidade.

Em seu relatório, a FDA considera que o molnupiravir é eficaz em pacientes com covid-19 e em risco de hospitalização. No entanto, indicou que o comitê não recomenda a autorização do molnupiravir em mulheres grávidas, considerando que “não há cenário clínico em que os benefícios superem os riscos” nesta população.

Embora grávidas não tenham sido incluídas no ensaio clínico da MSD, a FDA baseia sua recomendação nos resultados do estudo em ratas e coelhas grávidas, alguns dos quais tiveram mais malformações do que nos grupos de controle.

Para seu pedido de autorização, a MSD confiou neste ensaio clínico que conduziu com seu parceiro Ridgeback Biotherapeutics em pessoas com casos leves a moderados de covid-19 e pelo menos um fator de risco agravante. Todos receberam o tratamento dentro de cinco dias dos primeiros sintomas.

A taxa de hospitalização ou morte em pacientes que receberam o medicamento foi de 7,3%, em comparação com 14,1% para aqueles que receberam placebo. Nenhuma morte foi observada em pessoas tratadas com molnupiravir, em comparação com 8 no segundo grupo.

Os resultados foram conclusivos o suficiente para que um comitê independente de vigilância de dados decidiu, em consulta com a FDA, abandonar o estudo prematuramente.

Os antivirais como o molnupiravir diminuem a capacidade de um vírus se replicar, desacelerando a doença.

A sua aplicação pode ter um duplo efeito: permitir que as pessoas já infectadas com coronavírus não desenvolvam sintomas graves e que as pessoas que estiveram em contato próximo com alguém infectado não desenvolvam a doença.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou nesta quarta-feira (1º), que desde maio deste ano 14 mulheres que estavam grávidas morreram de Covid-19 em Pernambuco - somente uma delas tinha sido vacinada com apenas uma dose. Diante desses dados, a pasta alerta para que as grávidas procurem completar o esquema vacinal. 

O Estado ainda não bateu a meta mínima de 90% de cobertura vacinal desse grupo prioritário, que conta com aproximadamente 116 mil pessoas. A Secretaria aponta que para assegurar a imunização completa das gestantes e puérperas, o Governo de Pernambuco enviou a todos os 184 municípios e ao arquipélago de Fernando de Noronha 100% das doses da vacina da Pfizer, destinadas especificamente para esse público.

##RECOMENDA##

“São 14 vidas que poderiam ter sido salvas pela vacina. Vacinar-se é um ato de amor. Por você, que está grávida, e também pelo seu filho e por sua família. As vacinas são seguras e podem salvar a sua vida e a vida do seu bebê”, alertou o secretário de Saúde, André Longo.

SRAG e UTI

Nas notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), após duas semanas de crescimento nas notificações, houve uma redução expressiva, com o menor número já registrado este ano. Foram 370 notificações na Semana Epidemiológica 34 – uma redução de 22% em relação à SE 33 e de 13% na comparação com a SE 32. 

Já na Central Estadual de Regulação Hospitalar, foram registrados, na SE 34, 291 solicitações por vagas de UTI, o que corresponde a uma redução de 2,6% em relação à SE 33 e de 12% comparando à SE 32.

Já imaginou ficar grávida junto com a sua amiga? Mônica Benini e Rafa Brites estão tendo essa experiência e decidiram registrar o momento fofurinha nas redes sociais. Na última sexta-feira (13), a jornalista aproveitou o encontro para tirar uma foto exibindo o barrigão ao lado de Benini. As duas estão grávidas pela segunda vez e celebraram a coincidência.

"No dia seguinte em que o Rocco nasceu a Mônica e o Junior foram na maternidade e me contaram que o Otto estava a caminho. Dessa vez eu fui passar uma tarde com a Mô e as duas falando sobre segundo filho... Mal sabíamos que a Lara já estava bem instalada lá, rindo dos nossos planos, e logo na sequência o Leon. Muito bom ter amigas e agora também vizinhas para compartilhar as delicias e angústias da maternidade", escreveu.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Mônica é casada com Junior Lima e juntos são papais do pequeno Otto. Já Rafa está com Felipe Andreoli há 11 anos, com quem teve Rocco.

Grávidas e puérperas do Recife que tomaram a primeira dose da vacina anticovid da AstraZeneca podem complementar o ciclo com o imunizante da Pfizer. A Prefeitura seguiu a orientação do Ministério da Saúde nesta sexta-feira (30).

Estudos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constataram que a proteção contra o vírus não é comprometida com a mistura de vacinas, ressalta a gestão. Até o momento, 50 mulheres fazem parte deste grupo.

##RECOMENDA##

“As grávidas e puérperas que tomaram a vacina da Astrazeneca no Recife poderão completar o esquema com a dose da Pfizer, com intervalo de 90 dias. Há 50 mulheres nesse grupo no Recife, que se vacinaram em outro grupo prioritário ou antes de saber que estavam grávidas”, disse o prefeito João Campos (PSB).

As mulheres que receberam a AstraZeneca antes de descobrir a gravidez podem agendar a segunda dose no site ou no aplicativo Conecta Recife. No dia da aplicação é necessário levar laudo médico ou cópia do cartão da gestante, um exame laboratorial ou de imagem assinados e carimbados por um profissional competente.

LeiaJá também: AstraZeneca: grávidas podem receber 2ª dose da Pfizer

Já para as puérperas - quem teve bebê há, no máximo, 45 dias - serão aceitos declaração/certidão de nascimento da criança ou resumo de alta da maternidade.

Intervalo entre a vacina contra a Influenza

O Ministério da Saúde indica que os dois públicos só devem tomar a dose 14 dias após serem vacinadas contra a Influenza (gripe) ou outro imunizante requerido no calendário de vacinação. Caso a puérpera ainda seja lactante, a orientação é seguir com o aleitamento materno.

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), informou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (21) que as gestantes e puérperas que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca poderão completar a imunização com a vacina da Pfizer. A aplicação da dose complementar começa na próxima sexta (23). As pessoas elegíveis devem procurar o posto de saúde no prazo descrito na carteira de vacinação.

Rossana Pulcineli, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), afirmou que já existem estudos mostrando que a combinação das vacinas da AstraZeneca e Pfizer é segura, eficaz e não causa nenhum efeito adverso importante. "Nesse momento, a mortalidade pela covid é muito superior a qualquer risco teórico relacionado à vacina", disse. Ela reforçou que a vacinação pode ser feita em qualquer idade gestacional e que a aplicação da segunda dose é muito importante para evitar o agravamento da doença.

##RECOMENDA##

O governador João Doria não participou da coletiva porque foi infectado pelo coronavírus e cumpre isolamento. Ele apareceu em transmissão ao vivo no início da entrevista. "Eu estou bem, cumprindo a quarentena completamente assintomático e a razão para isso é a vacina. Eu tomei no braço as duas doses da Coronavac. A vacina que me salvou e tem salvo milhões de brasileiros", disse.

Melhora

Garcia informou que o número de novas internações por covid-19 nos últimos sete dias foi o menor desde o início do ano. "Isso é reflexo do avanço da vacinação", disse. A média de novas hospitalizações entre os dias 15 e 21 de julho ficou em 1.403. Apesar da queda, o total de internados ainda é alto e 6.920 pessoas ocupam hoje leitos de UTI em todo o Estado. Até 26 de fevereiro, antes da segunda onda, o número era mais baixo.

O vice-governador também disse que 288 municípios paulistas - 44% do total - não registraram mortes por covid na última semana. São Paulo já acumula 3,9 milhões de casos de covid-19 e 135,9 mil mortes em decorrência da doença desde o início da pandemia.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, afirmou que novas medidas de relaxamento da quarentena para o mês de agosto serão divulgadas na próxima semana. Até o dia 31 de julho, todas as restrições permanecerão iguais.

Segunda dose em atraso

A coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, disse que 642 mil pessoas estão com a segunda dose em atraso no Estado. Ela pediu para que todos olhem suas carteiras de vacinação e confiram a data da segunda dose. "Só com as duas doses você estará protegido", afirmou. No início de junho, quando São Paulo fez uma ação para aplicar somente a segunda dose, 400 mil pessoas estavam com o esquema vacinal atrasado.

João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, falou que todas as campanhas de vacinação com imunizantes aplicados em duas doses apresentam uma dificuldade adicional relacionada ao cumprimento do calendário. Para ele, outro fator que pode estar fazendo com que as pessoas não tomem a segunda dose são os efeitos colaterais sentidos após a primeira. "Isso é um equívoco", disse.

Programa Bolsa do Povo

O pagamento para os beneficiários inscritos no programa Bolsa do Povo, que oferece vale gás e auxílio financeiro a famílias de baixa renda que perderam parentes para a covid, começou nesta quarta-feira. Segundo a secretária estadual de Desenvolvimento Social, Célia Parnes, o vale gás beneficiará 104 mil famílias com três parcelas de R$ 100 pagas a cada dois meses (julho, setembro e novembro).

Já o programa São Paulo Acolhe irá oferecer auxílio financeiro a 15 mil famílias inscritas no Cadastro Único que perderam parentes para a covid-19 e tenham renda mensal de até três salários mínimos. O pagamento será feito em seis parcelas de R$ 300, totalizando R$ 1.800.

Mais informações estão disponíveis no site do Bolsa do Povo (clique aqui). Dúvidas podem ser tiradas através do telefone gratuito 0800 7979 80 ou pelo WhatsApp (11) 98714 2645.

Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que existe uma recomendação para mulheres gestantes: elas não devem ser vacinadas com imunizantes que possuem vetor viral. Esta tecnologia é usada em vacinas como a AstraZeneca/Oxford, desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além da Janssen e Sputnik V. E assim, a orientação é que gestantes recebam apenas vacinas da Pfizer e Coronavac.

Segundo a Anvisa, a medida se trata apenas de uma precaução, uma vez que ainda não existem dados suficientes para comprovar que os imunizantes que possuem vetor viral sejam prejudiciais às gestantes. Já para a população geral, a recomendação é que o plano de vacinação continue em massa, para evitar a disseminação do vírus e controlar o número de taxas de infecção e óbitos.

##RECOMENDA##

Em resposta à orientação, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou também nesta semana que agora mulheres gestantes poderão se vacinar apenas com os imunizantes recomendados: Pfizer e CoronaVac. De acordo com os dados do órgão de saúde brasileiro, dentre todas as 3 milhões de grávidas no Brasil, cerca de 10% delas já estão vacinadas.

Já a vacinação em todo o Brasil continua a acontecer em ritmo lento, desde que teve início,  no dia 17 de janeiro deste ano. Ao todo, o território brasileiro é composto por aproximadamente 213 milhões de pessoas, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 38% delas já receberam a primeira dose, e quase 14% já estão completamente imunizadas.  

 

O Rio de Janeiro suspendeu a vacinação contra a covid-19 com a primeira dose para grávidas e puérperas acima de 18 anos com comorbidade. A causa é a falta de imunizantes da empresa norte-americana Pfizer e da CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan, em São Paulo, as duas que podem ser aplicadas nesse público.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a cidade aguarda o envio das doses pelo Ministério da Saúde para dar continuidade à imunização do grupo.

##RECOMENDA##

“Por orientação do Ministério da Saúde, gestantes e puérperas com comorbidades a partir de 18 anos recebem apenas as vacinas Pfizer e CoronaVac, de acordo com a disponibilidade e o calendário. No momento, o município não conta com nenhuma das duas e aguarda envio pelo ministério. Assim que estas vacinas estiverem disponíveis, nova data para vacinação deste público deverá ser divulgada”, informou a secretaria.

O estado do Rio de Janeiro recebeu ontem (9) 319,4 mil doses de vacina contra a covid-19, todas da Oxford/AstraZeneca, fabricada pela Fiocruz. A aplicação da Oxford/AstraZeneca em grávidas e puérperas está suspensa desde o dia 11 de maio, após um caso de morte de gestante que havia sido vacinada.

A capital do estado adiantou o calendário de vacinação por idade e aplicará a primeira dose em pessoas entre 53 e 50 anos na próxima semana, além de profissionais da educação superior, profissionalizante e outros. A previsão inicial da prefeitura era começar a imunização dessa faixa etária na primeira semana de julho.

O número de grávidas mortas por covid-19 nos primeiros cinco meses de 2021 já supera o total registrado ao longo de todo o ano passado, de acordo com dados do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19. Em 2020, foram 554 óbitos em todo o País, ante 911 registrados até 26 de maio. A infecção pelo Sars-CoV2 já é a principal causa de morte materna no Brasil.

Dados divulgados na noite desta sexta-feira pela Fiocruz mostram que no ano passado a média semanal de mortes de gestantes e puérperas por covid-19 era de 12,1. Este ano, a média já chega a 47,9 - confirmando um agravamento da situação. Além disso, apontam especialistas, a taxa de letalidade entre essas mulheres é altíssima, 7,2%, mais que o dobro do índice do País, que é de 2,8%.

##RECOMENDA##

"Diante do agravamento da pandemia este ano, o aumento mais notório foi entre as grávidas e puérperas; foi uma explosão de casos e mortes", resumiu o pesquisador especializado em saúde pública Raphael Guimarães, do Observatório Fiocruz Covid-19, responsável pela análise dos números. "Os dados são muito preocupantes."

O especialista alerta que as gestantes podem desenvolver formas graves de covid-19, com descompensação respiratória e problemas circulatórios, sobretudo as que estão em torno da 32.ª e da 33.ª semanas de gestação. Em muitos casos, há necessidade de antecipar o parto. O quadro aumenta a preocupação em relação à disponibilidade de leitos de UTI para essas mulheres e de leitos de UTI neonatais - ainda mais escassos - para os bebês prematuros.

"A situação das grávidas já era um escândalo no ano passado e, neste ano, está ainda pior", resume a obstetra Melania Amorim, da Universidade Federal de Campina Grande (PB), integrante do Observatório Obstétrico. "A morte de uma gestante é uma tragédia que não vem isolada; é uma tragédia para a família e para toda a sociedade, que deixa uma legião de órfãos."

Para os especialistas, as grávidas precisam ser incluídas urgentemente entre as prioridades da vacinação de forma nacional. "O ideal é que essa vacinação ocorra ainda no primeiro trimestre da gravidez", afirma Guimarães. "A partir do terceiro mês, ocorrem mudanças circulatórias importantes no corpo da gestante e o ideal seria que ela já estivesse imunizada nesta fase."

Ontem, a Prefeitura de São Paulo confirmou o início da vacinação contra a covid-19 de todas as gestantes com mais de 18 anos a partir de segunda-feira. Até o momento, estavam sendo vacinadas somente as com comorbidades. Também será antecipada para segunda a vacinação de pessoas com comorbidades a partir de 18 anos.

Para a vacinação de gestantes e puérperas, mulheres que deram à luz até 45 dias, acima dos 18 anos, é necessário apresentar uma indicação médica que ateste que a mulher possa tomar a vacina. Para este público serão utilizadas vacinas da Pfizer e a Coronavac. Assim como os demais grupos, pessoas com comorbidades e gestantes podem ser imunizadas nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS), AMA/UBS Integradas, nos dez megapostos, farmácias e drive thru implementados no Município. Quem precisar tomar a segunda dose deve procurar uma das UBSs da cidade - hoje em todo o Estado é o "Dia D" da imunização com a segunda dose.

Síndrome respiratória

 

O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz constatou ainda tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em 12 Estados do País e no Distrito Federal, na 21.ª semana epidemiológica, entre 23 e 29 de maio. Há duas semanas, a tendência de aumento era registrada em apenas 8 das 27 unidades da federação.

Segundo o boletim, todas as regiões apresentam indicadores preocupantes, mas a situação é mais grave nos Estados das Regiões Sul e Centro-Oeste. Aproximadamente 96% dos casos de SRAG são causados pelo novo coronavírus. Os especialistas alertam para o risco iminente de um recrudescimento da pandemia no País nas próximas semanas e chamam a atenção para a proximidade do inverno, quando o atual cenário da pandemia pode se exacerbar, com o surgimento de mais casos de covid e de outras doenças respiratórias, que também demandam leitos hospitalares.

A situação é igualmente preocupante no que diz respeito à ocupação de leitos de UTI para covid-19. Todos os Estados das Regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste e a maior parte da Sudeste (com exceção do Espírito Santo) estão com a ocupação em níveis considerados críticos (igual ou maior que 80%) ou extremamente críticos (igual ou maior que 90%). Dezessete capitais também estão em níveis críticos ou extremamente críticos.

Especialistas explicam que as taxas de ocupação de leitos de UTI são "a ponta do iceberg" e que o Brasil ainda não alcançou uma queda sustentada do número de casos e óbitos. "Há duas semanas, já havia um sinal de piora da situação que agora se confirmou", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. "Quando olhamos a tendência de crescimento nesses Estados e de estabilização nos outros, isso aponta para um piora da situação. Nos próximos dias vamos ver também um aumento no número de óbitos."

Gomes voltou a falar da importância da adoção de medidas preventivas e da manutenção do distanciamento social. "Neste momento, ainda não podemos contar com o efeito de proteção coletivo das vacinas", explicou. "Então a única saída é adotarmos o quanto antes as medidas que já conhecemos: distanciamento social, redução de serviços presenciais, evitar aglomerações. Não tem outro jeito." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Pfizer anunciou nesta terça-feira, 25, o início de testes clínicos no Brasil para medir a eficácia e segurança da sua vacina contra a covid-19 em gestantes. O estudo será realizado com 200 grávidas acima dos 18 anos e saudáveis, distribuídas em quatro centros de pesquisa pelo País.

O objetivo do estudo é medir a segurança nas mães e nos bebês, a tolerabilidade e a imunogenicidade da vacina desenvolvida em parceria com a BioNTech, após intervalo de 21 dias entre a aplicação das duas doses. O levantamento também vai investigar a possível transferência de anticorpos para o feto e monitorar os recém-nascidos por aproximadamente seis meses.

##RECOMENDA##

As gestantes brasileiras participarão das fases 2 e 3 do estudo mundial, que envolve um total de 4 mil mulheres entre a 24ª e a 34ª semanas de gestação. Os centros escolhidos para liderar o levantamento no País são o Centro Multidisciplinar de Estudos Clínicos, em São Bernardo do Campo; o CMPC Pesquisa Clínica, em Sorocaba; o Hospital de Clínicas de Porto Alegre; e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

"As mulheres grávidas têm um risco aumentado de complicações e de desenvolver a forma grave da doença. É muito importante reunirmos evidências sobre segurança e eficácia da vacina para este grupo, pensando no binômio mamãe e bebê", comentou a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.

A vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid foi a primeira a receber no Brasil o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A empresa firmou um contrato com o Ministério da Saúde para fornecimento de 100 milhões de doses até o final deste ano.

Há duas semanas, o ministério suspendeu a aplicação da vacina produzida pela Universidade de Oxford/AstraZeneca em gestantes e puérperas como medida de precaução, após a morte de uma grávida do Rio de Janeiro que havia sido vacinada. O evento adverso também impulsionou a Anvisa a orientar a interrupção do imunizante nesse grupo.

A orientação mais recente indica que a vacinação em gestantes e puérperas com comorbidades que ainda não receberam a vacina deve ser feita com aquelas que não contenham vetor viral, como a Coronavac ou a da Pfizer. Já para as grávidas sem comorbidades pertencentes a outros grupos, como profissionais da saúde ou de outros serviços essenciais, a imunização fica condicionada à prescrição médica, após avaliação de benefício.

Uma pesquisa israelense, publicada na quinta-feira, 20, na revista científica Journal of Clinical Investigation, indicou a presença de anticorpos contra a covid-19 em bebês cujas mães foram vacinadas com a Pfizer/BioNTech. No Brasil, o primeiro caso de um bebê que herdou anticorpos da mãe, imunizada com a Coronavac, também repercutiu desde quarta-feira, 19. A notícia é positiva, mas imunologistas alertam que os resultados podem não garantir imunidade e que os anticorpos tendem a decair com o tempo.

Em Israel, o estudo observacional reuniu 1.094 mulheres de oito hospitais do país. As amostras foram coletadas entre abril de 2020 e março de 2021 após o parto e divididas em três grupos: (1) Participantes que receberam a vacina entre janeiro a março de 2021; (2) Participantes que não receberam a vacina e que tinham resultados PCR positivos para a covid-19; e (3) Participantes que não foram vacinadas nem tinham documentação sobre a infecção.

##RECOMENDA##

A sorologia de sangue do cordão umbilical demonstrou que a vacinação com a Pfizer/BionTech transmitiu uma "robusta resposta imunológica" para o feto, inclusive com a mesma concentração de anticorpos presentes na mãe. A proporção de anticorpos foi a mesma em comparação entre as mulheres que foram vacinadas e infectadas pelo coronavírus.

Anticorpos em gestantes

 

O caso brasileiro ocorreu na cidade de Tubarão, em Santa Catarina. Enrico nasceu em em 9 de abril e, um dia depois, foi submetido à coleta de sangue para o teste neutralizante do coronavírus. O exame indica se há a presença de anticorpos no organismo capazes de bloquear a ação viral. Resultados abaixo de 20% são considerados negativos, mas no caso de Enrico, o teste apontou 22% de neutralização.

Médica que atuava na linha de frente em um hospital da prefeitura de Tubarão, a mãe do bebê, Talita Menegali Izidoro, de 33 anos, recebeu a Coronavac em fevereiro, na 34ª semana de gestação. A decisão foi tomada junto com o obstetra, já que, na época, a imunização para gestantes só era recomendada sob acompanhamento. Como àquela altura o bebê já estava quase formado e seria uma vacina com vírus inativado - com efeitos colaterais mais brandos -, Talita não teve dúvidas.

"O Enrico veio para mostrar que a vacina funciona e que é o caminho", diz. Segundo ela, que também é professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), o teste no filho foi feito para colaborar com pesquisas sobre os efeitos da vacinação em mulheres grávidas e para incentivar gestantes a se vacinarem.

Mãe e filho ainda serão acompanhados pelos próximos seis meses por um grupo de pesquisadores catarinenses. Novos testes serão feitos a cada trimestre, e o relato do caso deve ser publicado em uma revista científica internacional.

"O que nós vamos avaliar é se haverá o aumento dos anticorpos (no bebê) e se isso vai estar relacionado com a amamentação", explica o farmacêutico bioquímico Daisson Trevisol, que é secretário municipal da saúde de Tubarão e integrante do núcleo que analisa o caso de Enrico no Centro de Pesquisas Clínicas da Unisul, onde é professor.

Em abril, outros estudos já haviam apontado que mães imunizadas contra a covid passam anticorpos para os bebês pelo leite materno. Uma análise feita pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), a partir de mais de 100 estudos clínicos, concluiu que os anticorpos poderiam prevenir a infecção ou reduzir a gravidade dos sintomas dos bebês.

O que já se sabe sobre anticorpos maternos em recém-nascidos?

 

Segundo o imunologista e professor da USP Jean Pierre Schatzmann Peron, pesquisador-líder da Plataforma Científica Pasteur, a transmissão vertical de anticorpos já é conhecida. "Evolutivamente, o bebê herda os anticorpos da mãe através da placenta e só a partir do 6º mês é que consegue produzir as próprias respostas imunes", explica.

Pesquisas anteriores com vacinas contra coqueluche, tétano e gripe já apontavam respostas semelhantes. A diferença é que, agora, há a comprovação em relação à vacina contra a covid-19.

Segundo Schatzmann Peron, o que se sabe é que os anticorpos decaem com o tempo. "Não há estudos que comprovem se os bebês estão imunes. O que sabemos é que esses anticorpos têm um potencial para protegê-los. Provavelmente, deve se repetir o que acontece com a vacinação. No caso da Pfizer, é 95% de proteção, e se ele se infectar, vai ter uma doença muito mais branda do que se não estivesse imunizado".

O pesquisador explica que existem cinco tipos de anticorpos. "Segundo o estudo (israelense) com a Pfizer, o anticorpo transferido pela placenta é do tipo IgG, mas os bebês não têm o anticorpo do tipo IgM, que não passa pela placenta", afirma.

Na prática, isso significa que, passada a proteção materna, o bebê precisará desenvolver os próprios anticorpos. Diante das incertezas, para o imunologista, as crianças devem ser vacinadas assim que puderem, principalmente com a ameaça de novas variantes.

O Ministério da Saúde divulgou a orientação para as gestantes e puérperas que tomaram uma dose da vacina contra a covid-19 da Oxford/AstraZeneca. Elas deverão aguardar até o fim do puerpério para tomar a segunda dose.

A orientação foi divulgada após o ministério alterar as diretrizes para a vacinação de gestantes e puérperas diante de dois casos de mulheres desses grupos que morreram após receber o imunizante Oxford/AstraZeneca.

##RECOMENDA##

De acordo com a pasta, até 10 de maio, 15 mil gestantes foram imunizadas com a vacina. Estas deverão seguir a recomendação de aguardar o fim do puerpério.

Conforme o comunicado de orientação do Ministério da Saúde, as gestantes que receberam uma dose da Oxford/AstraZeneca e que apresentarem sintomas entre quatro e 28 dias após a aplicação deverão procurar um médico.

Entre os sintomas que devem ensejar a busca por atendimento médico estão falta de ar; dor no peito; inchaço na perna; dor abdominal persistente; sintomas neurológicos, como dor de cabeça persistente e de forte intensidade, borrada, dificuldade na fala ou sonolência; ou pequenas manchas avermelhadas na pele além do local em que foi aplicada a vacina.

Desde a mudança de posição do ministério, a vacinação de gestantes e puérperas passou a ser recomendada apenas para as mulheres que fazem parte desses grupos e que apresentem comorbidades, podendo receber outros tipos de imunizantes, como as vacinas CoronaVac e a da Pfizer.

 

A vacinação de gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias) com comorbidades acima de 18 anos está sendo reiniciada nesta segunda-feira (17) no estado de São Paulo.  A imunização contra a covid-19 é feita com a reserva de doses da vacina da Pfizer exclusivamente nos dias 17, 18 e 19 de maio nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Após essas datas, a vacinação estará sujeita a disponibilidade do imunizante, devendo a unidade manter lista de espera para convocação.

Segundo o governo estadual, a retomada foi definida graças ao remanejamento da vacinação e entrega de mais doses da vacina do Butantan ao Ministério da Saúde na quarta-feira (12) e, também, por causa da chegada de mais imunizantes da Pfizer a São Paulo.

##RECOMENDA##

No total, 100 mil gestantes e mulheres adultas (com 18 anos ou mais) que tiveram partos recentes poderão se vacinar com estes dois tipos de vacinas.

Inicialmente, a imunização deste público estava prevista para começar na última terça-feira (11), mas foi suspensa pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa com as vacinas da Fiocruz/Astrazeneca especificamente para as mulheres com estes perfis. Os demais públicos seguem contando com este imunizante.

As grávidas em qualquer período gestacional deverão também apresentar comprovante de acompanhamento e/ou pré-natal ou laudo médico. As puérperas podem utilizar a declaração de nascimento da criança.

Para ambos os casos, é necessário comprovar a comorbidade apresentando documentos de saúde como exames, receitas, relatório ou prescrição médica, bem como cadastros pré-existentes nas UBS.

Relação de comorbidades

• Doenças cardiovasculares

• Insuficiência cardíaca (IC)

• Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar

• Cardiopatia hipertensiva

• Síndromes coronarianas

• Valvopatias

• Miocardiopatias e pericardiopatias

• Doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas

• Arritmias cardíacas

• Cardiopatias congênitas no adulto

• Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados

• Diabetes mellitus

• Pneumopatias crônicas graves

• Hipertensão arterial resistente (HAR)

• Hipertensão arterial – estágio 3

• Hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo e/ou comorbidade

• Doença Cerebrovascular

• Doença renal crônica

• Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer).

• Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)

• Obesidade mórbida

• Cirrose hepática

Gestantes e puérperas das cidades pernambucanas de Moreno, Cabo de Santo Agostinho, Glória do Goitá, Ipojuca e Vitória de Santo Antão já podem tomar as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). As aplicações com o imunizante da Pfizer ocorrem no formato drive-thru.

A vacinação do grupo iniciou nesse domingo (16) no Centro Cultural Miguel Arraes, em Prazeres, das 8h30 às 17h. O local foi escolhido pela localização estratégica diante das rotas traçadas pelas cidades vizinhas, por estar próximo à PE-008 e BR-101.

##RECOMENDA##

Para receber a dose, as mulheres devem se cadastrar no município sede, que repassa as informações à Secretaria de Saúde de Jaboatão por meio de um formulário online, o qual o preenchimento é visualizado em tempo real. A expectativa é que 2.670 vacinas da Pfizer sejam aplicadas no público das cinco cidades atendidas em Jaboatão.

Campanha local- Já as gestantes e puérperas do próprio município seguirão sendo imunizadas no Shopping Guararapes e na Faculdade Metropolitana, ambos em Piedade, mediante agendamento no aplicativo de Olho na Consulta ou pelo site deolhonaconsulta.jaboatao.pe.gov.br

A campanha de vacinação contra a Covid-19 no município segue, paralelamente, para idosos a partir de 60 anos, pessoas com comorbidades e cadastrados no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“Jaboatão tem se preparado, desde o início, para uma campanha de vacinação que, logo no começo, se mostrou exitosa, devido ao planejamento e esforço de toda uma equipe que entende a seriedade do momento. Nosso município continua seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde e o que tem sido pactuado entre as secretarias municipais de todo o estado para que possamos garantir, o quanto antes, que toda a população possa ter acesso às doses. O atual momento pede por união e Jaboatão não vai parar de somar esforços”, disse o prefeito Anderson Ferreira.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando