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O governo estuda se a situação das distribuidoras de energia será solucionada com um empréstimo ou um aporte direto às companhias, conforme o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. As empresas passam por dificuldades financeiras devido ao uso mais intenso de usinas térmicas, que geram energia mais cara.

Segundo o ministro, o governo deve apresentar uma solução até o início da próxima semana. "Segunda-feira ou terça-feira", afirmou a jornalistas nesta quarta-feira. "O caminho que se busca é que elas (distribuidoras) não tenham que pagar tudo."

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De acordo com Lobão, as empresas devem receber a ajuda (empréstimo ou aporte direto) com cifras entre 70% e 100% do valor excedente que estão desembolsando pelo uso das térmicas. "Vamos encontrar uma solução boa para as distribuidoras", completou.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) espera uma regulamentação do Ministério de Minas e Energia (MME) para iniciar o processo de renovação de concessões das distribuidoras. A informação é do diretor-geral da agência, Nelson Hübner, acrescentando que 44 contratos de distribuição de energia vencerão até 2017. "Pressa não tem, mas essa regulamentação pode sair ainda no primeiro semestre. A prioridade foi renovar os contratos de geração e transmissão porque isso acarretava modicidade tarifária", afirmou Hübner nesta terça-feira.

Segundo ele, como a modicidade tarifária é calculada em revisões periódicas, a renovação das concessões contemplaria outros aspectos, como regras mais claras de qualidade. "Podemos ter instrumentos mais efetivos para até mesmo retomar concessões nos casos de má prestação de serviços", completou o diretor-geral, lembrando que tudo dependerá da regulamentação do ministério.

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Reunião

Em reunião marcada para quinta-feira (21) com distribuidoras para avaliar alternativas para recompor o equilíbrio financeiro das empresas que estão tendo alto gasto com o despacho de térmicas, poderá se discutir até mesmo o pedido de uma linha de crédito especial para o setor. De acordo com Hübner, há muita diferença entre os impactos sentidos por cada distribuidora. "Vamos ouvir propostas e debater ideias. O objetivo é evitarmos uma revisão extraordinária das tarifas", declarou.

A greve dos trabalhadores de distribuidoras de gás no Estado de São Paulo entra na segunda semana. De acordo com nota divulgada pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), que representa as distribuidoras, o "nível de disponibilidade do produto nas revendas no Estado está inferior a 10% do considerado normal", mas dirigentes dos sindicatos negam.

Na terça-feira, acontece o julgamento para solucionar o problema da capital, Santos e região do ABC, às 17 horas, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) em São Paulo. A audiência de conciliação para os sindicatos terminou sem solução na última semana. Às 14h, também nesta terça-feira, sindicatos representando os trabalhadores de Paulínia, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Presidente Prudente têm audiência de conciliação no TRT da 15ª Região, em Campinas. A greve começou em localidades do interior do Estado no dia 29 de outubro e chegou à capital no último dia 05.

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A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo (Sindminérios) de São José dos Campos e Região, Antonieta de Lima, e coordenadora da bancada de negociação do Estado nega que esteja havendo desabastecimento e reiterou que os trabalhadores estão cumprindo liminares judiciais que preveem porcentagem mínima de trabalhadores que devem continuar operando.

O Sindigás alega que "trabalhadores de minério de Paulínia e do sindicato dos rodoviários de Campinas e região" estariam descumprindo liminares judiciais que determinam mínimo de 40% da produção e escoamento do produto nas unidades das empresas localizadas no interior paulista. O advogado do Sindminérios de Paulínia, Marco Antonio Albertini, refuta a acusação: "(o mínimo do efetivo) está sendo cumprido desde o primeiro dia de greve. Hoje, cinco distribuidoras na região conseguiram engarrafar normal. Temos até mais dos 40% determinados trabalhando".

Demandas

No caso dos trabalhadores de São Paulo, Santos e região do ABC, os trabalhadores das distribuidoras reivindicaram, na audiência de conciliação, 7,39% de reajuste salarial, aumento no valor da cesta básica de R$ 280 para R$ 360 e PLR de 210%. O Sindigás oferece 6% de aumento, R$ 310 de cesta básica e PLR de 160%.

No caso dos trabalhadores do interior do Estado, a reivindicação é de reajuste de 8,5%, PLR de 220% e cesta básica de R$ 360, mas os pedidos podem ser flexibilizados durante a audiência de conciliação.

Constatada em inédita fiscalização conjunta realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e por secretarias estaduais de Fazenda, a sonegação fiscal no mercado de distribuição de etanol em dez Estados gerou multas e cobranças que até o fim do ano deverão se aproximar dos R$ 3 bilhões, quantia recorde na área de biocombustíveis.

A soma das multas e os valores sonegados que estão sendo cobrados das 17 distribuidoras de etanol envolvidas no esquema fraudulento já atinge R$ 513 milhões, quantia referente apenas ao período após a megaoperação realizada em 5 de julho deste ano. O passivo anterior a essa data, que ainda está sendo levantado, superará os R$ 2 bilhões, calcula Allan Kardec Duailibe, diretor da ANP responsável pela repressão a irregularidades no setor.

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Em outubro, a ANP fez a primeira autuação em 12 das distribuidoras acusadas de oferecer à clientela produtos fora das especificações oficiais, armazenar etanol em tanques clandestinos e comercializar combustíveis em desacordo com os padrões de pureza exigidos pela legislação federal. Essa não conformidade, nas proporções apuradas pelas análises químicas, não caracteriza adulteração do combustível.

O diretor da ANP conta que a primeira autuação gerou multas inicialmente fixadas em um total de RS$ 995 mil, que serão acrescidas de quantias fixadas a partir do levantamento, pelo quadro técnico da agência, dos antecedentes de cada uma das empresas acusadas pelas irregularidades. A avaliação dos antecedentes integra a fase de julgamento do auto de infração lavrado pela ANP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje a ampliação da lista de atividades que geram "outras receitas" às distribuidoras e que serão parcialmente revertidas à modicidade tarifária. Esse item havia ficado pendente no julgamento dos parâmetros adotados no terceiro ciclo de revisão tarifária, ocorrido há duas semanas, e foi deliberado hoje pela diretoria do órgão regulador. A mudança vigorará a partir de 1º de janeiro de 2012.

Entre os itens que passarão a ser capturados para a modicidade tarifária, ou seja, promover reajustes menores para o consumidor, destacam-se os chamados serviços cobráveis, que são aqueles prestados pela distribuidora ao consumidor, como visitas técnicas e poda de árvores. Encargos de conexão (montantes cobrados pela distribuidora para uso das instalações de conexão ou pontos de conexão); consultoria; e atividades de operação e manutenção, comunicação e engenharia também integrarão a nova lista.

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A principal queda de braço entre distribuidoras e a Aneel, que provocou o adiamento da votação das "outras receitas" foram os itens "ultrapassagem de demanda", valor extra que a distribuidora recebe quando um consumidor ultrapassa a demanda estabelecida em contrato, e "excedente de reativo", valor extra recebido pela distribuidora quando um consumidor usa energia reativa além dos níveis estabelecidos pela Aneel, sobrecarregando o sistema.

Por considerar que as duas infrações são "prejudiciais e indesejáveis" à operação do sistema, o diretor Romeu Rufino, relator da matéria, defendeu que essas receitas passam a ser contabilizadas como obrigações especiais. Assim, os valores arrecadados em função dessas ocorrências serão utilizadas em benefício do sistema de distribuição de energia elétrica, com consequentes reflexos sobre o consumidor final. Tais arrecadações serão registradas em uma subconta específica, a partir de 1º de janeiro de 2012 e serão transferidas para a conta de obrigações especiais na próxima revisão tarifária da distribuidora sob análise.

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