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Com o pedido de socorro das distribuidoras de energia por mais R$ 7,9 bilhões, para não sucumbir ao rombo energético previsto até o fim do ano, o total de ajuda para as elétricas em 2014 poderá chegar a R$ 19,1 bilhões. Isso porque o segmento já torrou um empréstimo de R$ 11,2 bilhões para pagar despesas de fevereiro, março e parte de abril. Desta forma, a fatura de 2014 para os consumidores nos próximos anos chegará a 19,1%, já que cada bilhão despejado no setor representa 1 ponto porcentual de aumento nas tarifas.

"Mas isso fatalmente será diluído em mais de um reajuste anual. Se for em dois anos, o impacto é de 9,5% por ano. Mas se for em três anos, esse peso já cai para 6,3% em cada período. Um novo empréstimo para o setor pode ser negociado em um número de parcelas maior, aumentando também o prazo para que o repasse nas contas de luz seja efetivado", avaliou o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite.

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Apesar da conta salgada de 2014, o executivo garantiu que os problemas do setor não voltarão a se repetir em 2015, evitando novos custos para os consumidores nos anos seguintes. "No ano que vem temos a entrada de cotas de energia de concessões que vencem em 2015, zerando a exposição das distribuidoras ao mercado à vista de energia e dando viés de baixa para as tarifas. A exposição foi uma condição atípica de 2014, que não irá se repetir", afirmou Leite.

Clima - Para ele, o que continuará trazendo volatilidade para o setor é a questão hidrológica, da falta de chuvas, que obriga o despacho de usinas térmicas. "Mas já há uma solução desenhada para isso: o regime de bandeiras tarifárias, que o governo adiou para o próximo ano. Se as bandeiras já estivessem valendo este ano, teríamos uma renda mensal adicional de quase R$ 900 milhões por mês, que é justamente a necessidade de recursos que teremos até o fim deste ano", completou.

Pelo regime de bandeiras tarifárias, os consumidores pagarão automaticamente em suas contas de luz um valor adicional sempre que a eletricidade ficar mais cara no País. Com isso, as empresas de distribuição não precisarão mais acumular essa despesa com a aquisição de energia térmica até o reajuste subsequente, quando o gasto é repassado para as faturas.

De acordo com Leite, o rombo do setor ficou especialmente caro em 2014 porque a onda de calor que atingiu boa parte do País no começo do ano levou a população a utilizar mais os aparelhos de ar condicionado. "No período em que as temperaturas são mais elevadas, há um consumo maior tanto no segmento residencial como no comercial. Só no Rio de Janeiro, a carga de janeiro deste ano foi 22% maior que a registrada em janeiro do ano passado. A falta de chuva e o calor são perversos dos dois lados: diminuem a oferta de energia pelas hidrelétricas e aumentam o consumo", explicou o executivo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (9) que vai aumentar em R$ 700 milhões o valor da segunda parcela do empréstimo obtido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para socorrer as distribuidoras de energia elétrica. Agora o repasse será de R$ 4,045 bilhões e não mais de R$ 3,285 bilhões, conforme havia fixado a agência na terça-feira. A correção do valor será publicada no Diário Oficial da União da segunda-feira, dia 12.

Somado à primeira parcela, de R$ 4,7 bilhões, o total utilizado para cobrir o rombo das distribuidoras em fevereiro e março deste ano chega a R$ 8,7 bilhões. Com isso, sobram apenas R$ 2,5 bilhões do empréstimo de R$ 11,2 bilhões contratado pela CCEE em nome das companhias.

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Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, publicada hoje, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, havia dito que a necessidade de recursos de abril seria de R$ 3,2 bilhões, exatamente o que restava do financiamento. Mas com a retificação feita pela Aneel nesta tarde, o remanescente do empréstimo passa a ser insuficiente até mesmo para cobrir os gastos do mês passado, que serão liquidados em junho.

Leite havia adiantado que o setor pediria ao governo mais R$ 7,2 bilhões para arcar com as despesas das distribuidoras para o período entre maio e dezembro deste ano. Procurada após a divulgação da correção pela Aneel, a Abradee confirmou que, com o remanejamento dos recursos do empréstimo, o novo pedido do setor aumentará na mesma proporção, chegando a R$ 7,9 bilhões.

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Romeu Rufino disse que caso o leilão de contratação de energia realizado nesta quarta-feira, 30, e o empréstimo de R$ 11,2 bilhões já acertado não forem suficientes para minimizar o rombo das empresas do setor, novas alternativas serão procuradas. "Se continuarmos a ver desequilíbrio entre o que está na tarifa e o fluxo das distribuidoras, soluções serão buscadas, como fizemos até agora", disse.

Especialistas do setor apontavam, antes do leilão, que o financiamento já obtido seria suficiente para cobrir apenas uma parte do rombo que as distribuidoras terão ao longo do ano e novos aportes seriam necessários. Com um certame que superou as expectativas, e terminou com a contratação de 2,046 mil MW médios, Rufino disse que a estimativa inicial é de que o empréstimo será suficiente, mas afirmou que os cálculos serão refinados.

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De acordo com Rufino, neste momento não é possível saber se o montante total do empréstimo de R$ 11,2 bilhões celebrado semana passada entre um grupo de dez bancos e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) será efetivamente utilizado ou o ritmo de desembolsos. "O empréstimo tem previsão daquele montante, mas será liberado na medida das necessidades. Ele não precisa exaurir em junho", disse.

Na terça-feira, 29, a CCEE informou que a primeira parcela de desembolsos, de R$ 4,7 bilhões, foi depositada na conta das concessionárias de distribuição, permitindo o cumprimento das obrigações com a liquidação financeira referente a fevereiro, que totalizou R$ 5,8 bilhões. E disse, ainda, que estão programados mais dois desembolsos, de R$ 3,4 bilhões e R$ 3,1 bilhões, para maio e junho, respectivamente.

O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Luiz Eduardo Barata, não revelou o montante das próximas liquidações, que ainda precisam passar por auditoria. O executivo indicou apenas que o valor recorde da liquidação de fevereiro não deve se repetir. Segundo ele, a tendência é que a liquidação referente a março seja inferior a de fevereiro, de abril, abaixo da de março, e assim sucessivamente.

As primeiras parcelas do empréstimo de R$ 11,2 bilhões para socorrer as distribuidoras de energia elétrica começarão a ser pagas pelos brasileiros em fevereiro do ano que vem. Nessa data, seis distribuidoras dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Paraíba terão reajustes nas tarifas, com a inclusão do novo encargo para bancar o financiamento. Os consumidores da Eletropaulo apenas sentirão os efeitos do aumento em julho de 2015.

O contrato para liberação do empréstimo foi assinado ontem (25), em São Paulo, entre a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e dez bancos públicos e privados. Caixa e Banco do Brasil arcaram com 43,75% do valor total. Os demais oito bancos - Bradesco, Itaú, Santander, Citibank, BTG, Bank of America, JP Morgan e Credit Suisse - financiam o restante. Inicialmente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o crédito seria concedido por 13 bancos. Mas Votorantim, Goldman Sachs e HSBC desistiram da operação.

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O primeiro reembolso, de R$ 4,7 bilhões, será feito na segunda-feira. O valor será usado imediatamente pelas distribuidoras para quitar a compra de energia feita no mês de fevereiro no mercado à vista - as empresas estão sem contrato para honrar 100% de seu mercado e por isso precisam recorrer ao mercado de curto prazo, cujo preço do megawatt/hora (MWh) está em R$ 822. Os demais repasses serão feitos em 12 de maio e 9 de junho, em parcelas iguais.

Segundo o presidente da CCEE, Luiz Eduardo Barata Ferreira, o custo do empréstimo fechado pelo Ministério da Fazenda e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com os bancos foi de CDI mais 1,9%. O início de pagamento do financiamento será em novembro de 2015. Até lá, todos os valores recolhidos dos consumidores serão repassados para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

"O fato de termos esses meses para recolher os recursos antes da liquidação assegura a garantia de pagamento e reduz o risco de default (calote) do empréstimo", diz Barata. O crédito total será pago até outubro de 2017.

O executivo afirma que a garantia do empréstimo serão os recebíveis do encargo da CDE. Além disso, os bancos incluíram no contrato uma cláusula em que excluem os acionistas das CCEE de qualquer responsabilidade. Do lado da Câmara, o contrato foi assinado apenas por Barata e por Antônio Carlos Fraga Machado. Os outros três conselheiros pediram demissão antes da assinatura do contrato, segundo fontes do mercado por não concordarem com a condução do processo. "Não somos crianças de não admitir que a saída dos executivos possa estar associada ao empréstimo."

Sucesso

Na avaliação do ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, o resultado da operação foi bem-sucedido e atende à necessidade do mercado. Ele evitou falar qual será o impacto do financiamento nas tarifas de energia. Quando questionado sobre o aumento, ele argumentou que a partir do ano que vem cerca de 5 mil MW de energia serão devolvidos ao governo, o que terá um efeito redutor nas tarifas.

Hoje essa energia está sendo negociada a um preço em torno de R$ 110 o MWh. Com a devolução, o preço deverá cair para algo entre R$ 20 e R$ 30, diz Zimmermann.

Por outro lado, o leilão que será realizado quarta-feira deverá elevar o preço da energia dos consumidores. "Mas será por um prazo menor de cinco anos, tempo que durará os contratos desse leilão", afirma o diretor da Aneel, José Jurhosa. A agência reguladora definiu o preço-teto da energia hidráulica em R$ 271 o MWh e a térmica, em R$ 262 o MWh. A realização do leilão, que começará a entregar a energia contratada no dia seguinte da disputa, tem o objetivo de reduzir a exposição das distribuidoras e amenizar o rombo bilionário dos últimos meses. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os bancos Votorantim, Goldman Sachs e HSBC desistiram de participar do empréstimo sindicalizado de R$ 11,2 bilhões para as elétricas, segundo confirmou nesta sexta-feira, 25, o presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica Luiz Eduardo Barata Ferreira, ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Ele não informou, porém, o motivo. Os dez bancos que vão participar do empréstimo são: Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual, Citi, JPMorgan, Merrill Lynch e Credit Suisse - este último aderiu ontem.

Fontes ouvidas pelo Broadcast e a par do assunto informaram que o motivo da desistência do Votorantim teria sido a falta de tempo para obter a aprovação da participação no empréstimo. Goldman e HSBC teriam optado por não participar por serem menores e não terem interesse em comprometer o seu balanço com os valores em jogo.

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A primeira parcela do empréstimo para as elétricas, segundo as mesmas fontes, será de 40% e disponibilizado na próxima segunda-feira, 28. Outros 30% serão pagos em 12 de maio e o restante, em 09 de junho.

A taxa de comprometimento deve ser de 0,6% para os recursos que não forem utilizados. Mas há a expectativa que não haja impacto, uma vez que todo o valor do empréstimo sindicalizado deve ser usado. O governo, porém, sinalizou que somente serão utilizados os recursos necessários.

Ao todo 10 bancos participam do empréstimo de socorro às distribuidoras de energia de R$ 11,2 bilhões à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE): Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Crédit Suisse, BTG, Caixa, Citi, Bank of América Merrill Lynch e JPMorgan. A informação é do presidente da CCEE, Luiz Eduardo Barata, em reunião com os bancos, em São Paulo. A participação de cada instituição ainda não foi informada.

Barata lembrou que o setor vive um momento difícil, em que as distribuidoras estão expostas em mais de 3 mil MW. Os recursos tomados pela CCEE serão repassados às distribuidoras para custear o gasto maior da energia provocado pelo acionamento das usinas termelétricas. "Estamos tranquilos, (o empréstimo) vai trazer bons resultados para o setor de energia e para o País", afirmou.

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Como o Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, havia publicado no dia 17 de abril, segundo fontes, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil emprestarão cada um R$ 2,5 bilhões à CCEE, enquanto o Bradesco e o Itaú, R$ 2 bilhões cada um. O Santander participará com R$ 1 bilhão, o Citi, com R$ 500 milhões, o BTG, com R$ 400 milhões e o JPMorgan, com R$ 100 milhões.

Todos os consumidores vão pagar pelo empréstimo das distribuidoras de forma igual ao longo dos próximos anos. A proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que ficará em audiência pública por 10 dias, prevê que a conta de luz seja reajustada de forma igualitária, sem diferenciar os clientes por área ou região.

A proposta da Aneel regulamenta o decreto que vai permitir à Câmara de Comercialização de Energia (CCEE) tomar empréstimos em nome das distribuidoras com bancos. O objetivo é pagar as despesas dessas empresas com a compra de energia no mercado de curto prazo e com as usinas térmicas e, assim, evitar um aumento nas tarifas neste ano.

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Embora a despesa de cada distribuidora seja diferente, o pagamento por parte dos consumidores não levará isso em conta. Caberá à Aneel definir as cotas de recolhimento e incluí-los na tarifa do consumidor nos próximos reajustes tarifários.

O empréstimo será pago por meio do encargo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que incide sobre as tarifas do consumidor residencial. Os consumidores livres, portanto, não serão onerados. O encargo será compatível com o valor das operações de crédito contratadas e será distribuído de forma proporcional ao mercado consumidor.

A Aneel propôs à CCEE a contratação de um banco gestor para administrar a conta-ACR, que vai receber os empréstimos dos bancos e repassá-los às empresas. As distribuidoras também terão de contratar um banco gestor para fazer o débito automático da conta da CDE destinada a cobrir esse empréstimo. Na avaliação da Aneel, esse mecanismo blinda a operação e aumenta as garantias dos financiamentos. A proposta ficará em audiência pública entre 4 e 14 de abril.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou nesta terça-feira (1º), que o governo vai adiar a data para aporte de garantias e de liquidação das distribuidoras pela compra de energia no mercado de curto prazo referente a fevereiro. Na semana passada, a Aneel já havia adiado a data para aporte de garantias para o dia 8 de abril, e o de liquidação, para o dia 9. A despesa deve chegar a R$ 4 bilhões.

"Pode sofrer um novo adiamento, sim", afirmou. As novas datas ainda não foram definidas. Segundo ele, antes disso, o governo terá que publicar um decreto sobre os empréstimos para as distribuidoras de energia. A expectativa é que o decreto saia nesta semana.

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Depois do decreto, a Aneel deve publicar uma resolução com regras operacionais sobre os financiamentos. O regulamento terá que ficar em audiência pública por, no mínimo, dez dias, e terá que ser aprovado por reunião da diretoria. "É um processo complexo, que vem sendo amadurecido e discutido. Uma parte do decreto diz respeito ao aporte do Tesouro, que já foi anunciado, e uma parte é financiamento. Não vamos editar um decreto impondo às instituições financeiras que financiem", afirmou Rufino.

"Essas condições têm que estar de alguma forma compreendidas pelo sistema bancário para que essa adesão aconteça. Senão, é uma falsa solução." Os financiamentos entre as empresas e os bancos, no valor de R$ 8 bilhões, serão intermediados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O decreto deve trazer as diretrizes para a criação das contas das distribuidoras e reconhecer como ativos indenizáveis os recebíveis das distribuidoras relativos aos futuros reajustes nas tarifas a que elas têm direito. Com isso, as distribuidoras poderão registrar em balanço o recebível como um ativo correspondente ao passivo da dívida do financiamento. Isso deve tornar os financiamentos mais seguros.

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) registrou um dos piores níveis de qualidade do serviço no ano passado, segundo ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), divulgado nesta quarta-feira (26). Na lista das 35 maiores empresas do País, a Companhia ficou na 24ª posição.  

Entre as concessionárias de maior porte, a melhor posição em termos de qualidade dos serviços prestados foi a Coelce, que atende o Ceará; seguida por CPFL Santa Cruz, que atua no interior de São Paulo. Em terceiro lugar, ficou a Cemar, no Maranhão, seguida por Energisa Paraíba e Energisa Minas Gerais. Na última posição está a Celg, seguida por Light, Celpa, Ceal e CEB.  

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A lista considera as empresas com mercado faturado anual maior que 1 Terawatt-hora (TWh). A que mais evoluiu foi a Bandeirante Energia, que ganhou nove posições em relação a 2012. A que mais piorou, por sua vez, foi a Caiuá Distribuição de Energia, que perdeu 12 posições. Ambas atuam no interior de São Paulo.

Para fazer o ranking, a Aneel leva em conta dois indicadores de desempenho que mostram o tempo e a quantidade de vezes que o consumidor ficou sem luz no ano. O DEC (duração equivalente de interrupção por unidade consumidora) indica o número de horas, em média, que o consumidor ficou sem energia. Já o FEC (frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora) demonstra quantas vezes, em média, houve interrupção no fornecimento de energia no período.

Os limites são definidos pelo órgão regulador para cada distribuidora. Quanto pior a posição na lista, mais esses níveis foram violados. Desde o ano passado, a posição é um dos itens considerados na aplicação dos reajustes tarifários. Assim, quem tem desempenho pior obtém um reajuste menor, e quem tem mais qualidade obtém um reajuste maior.

Entre as 28 distribuidoras de menor porte (mercado igual ou inferior a 1 TWh), as melhores colocadas foram a Empresa Força e Luz João Cesa, que atua em Santa Catarina; Forcel, no Paraná; e Mux Energia, no Rio Grande do Sul. A que mais evoluiu no ano passado foi a Hidropan, no Rio Grande do Sul, com um avanço de 12 posições em comparação a 2012.

As piores foram a CEA, no Amapá; Eletrocar, no Rio Grande do Sul; e Ienergia, em Santa Catarina. A que mais piorou foi a CERR, em Roraima, com recuo de dez posições em comparação a 2012.

Com informações da Agência Estado 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou para 8 de abril o prazo para as distribuidoras apresentem as garantias de pagamento pela compra de energia no mercado de curto prazo. O prazo para o aporte de garantias da energia adquirida em fevereiro vencia nesta terça-feira, 25. A decisão foi publicada por meio de despacho na edição desta terça do Diário Oficial da União.

No mês passado, a Aneel adotou o mesmo expediente ao adiar o prazo para o aporte de garantias referente à energia comprada em janeiro. O prazo vencia em 21 de fevereiro e foi adiado para 11 de março.

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Mas antes disso, no dia 7 de março, o governo publicou um decreto permitindo que parte da despesa fosse bancada pelo Tesouro Nacional, via aportes à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Na publicação, o governo não assumiu o gasto com as térmicas e se comprometeu a fazer o aporte apenas em janeiro. A despesa foi de cerca de R$ 2 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão foram bancados pelo Tesouro.

Em fevereiro, a estimativa é que o gasto total das distribuidoras atinja R$ 4 bilhões. A expectativa é que o governo publique novo decreto até o dia 8 de abril, assumindo parte dessa despesa. O Tesouro se comprometeu a fazer um aporte adicional de R$ 4 bilhões para a CDE neste ano, além dos R$ 9 bilhões reservados no Orçamento da União.

Para o restante do ano, a alternativa será o uso de empréstimos tomados pelas distribuidoras com os bancos, intermediados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no valor de R$ 8 bilhões. Tanto os aportes do Tesouro quanto os empréstimos serão repassados para a conta de luz e serão pagos via reajustes tarifários pelo consumidor ao longo dos próximos anos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (13) um pacote de medidas para tentar reduzir o rombo das distribuidoras de energia elétrica e admitiu que parte do custo será repassada aos consumidores. A principal medida é a liberação, pelo Tesouro Nacional, de R$ 4 bilhões para o setor, que, segundo o ministro, serão compensados com aumentos programados de alguns tributos ao longo deste ano e recursos oriundos da complementação do Refis do ano passado. No Orçamento deste ano, já estavam previstos R$ 9 bilhões em aportes do Tesouro à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), chegando agora a R$ 13 bilhões.

O governo repartiu o ônus dos problemas do setor elétrico com os consumidores. "Vamos dividir o ônus entre União, consumidores e o Sistema Elétrico", anunciou o ministro. Para isso, será dada uma autorização para que a Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE) capte junto ao mercado um financiamento de aproximadamente mais R$ 8 bilhões para cobrir necessidades das distribuidoras para fazer pagamento a geradoras.

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Segundo Mantega, não há valor fixo. Esse empréstimo vai ser ressarcido com aumentos de tarifas das contas de luz feitos ao longo do tempo. "Esses R$ 8 bilhões ficam de alguma forma para os consumidores no futuro", admitiu Mantega. "A redução das chuvas no início do ano reduziu o nível dos reservatórios e implicou no acionamento das termelétricas para fornecimento de energia, com energia até seis vezes mais cara", disse Mantega.

A frustração do leilão A-1 de dezembro do ano passado também levou as empresas a comprarem eletricidade mais cara no mercado à vista. Por isso, conforme antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, para equacionar a elevação do custo da energia elétrica - que Mantega classificou como "temporária" - o governo irá realizar um leilão A-0 em abril para a contratação de energia existente hidro e termelétrica, com fornecimento já a partir de maio.

O ministro lembrou que em 2015 haverá a entrada de cotas de 5 mil megawatts médios no sistema a um preço mais baixo, o que compensaria parte o aumento das tarifas. "Não há nenhuma alteração das regras contratuais do setor elétrico", concluiu o Mantega.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, esclareceu no início da noite desta quinta-feira (13) que o cronograma de reajustes anuais das tarifas de energia elétrica para os consumidores seguirá normalmente. Segundo ele, o valor adicional de necessidades do setor que for apurado em 2014 será repassado para as contas de luz a partir de 2015.

Rufino não explicou, no entanto, se esse repasse ocorrerá de uma só vez ou se será escalonado ao longo de mais anos. "Ainda não foi decidido sobre escalonamento dos reajustes", afirmou. Cada companhia de distribuição tem uma data própria para o reajuste, chamado no setor de "aniversário" da tarifa. Nesse momento, no próximo ano, a Aneel calculará a diferença entre os valores de custo de energia previstos em 2014 e os efetivamente pagos pelas empresas, para que a diferença seja incluída nas tarifas.

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De acordo com Rufino, o custo a mais em 2014 deve ficar próximo dos R$ 12 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões serão aportados pelo Tesouro Nacional e R$ 8 bilhões serão captados por meio de empréstimos no mercado financeiro. Esses são os valores que serão incluídos nas tarifas a partir de 2015. "Normalmente, apenas o reajuste anual resolve o problema econômico das empresas no ano seguinte. Mas agora é necessário antecipar esses recursos porque se trata de um problema financeiro. A solução vem equilibrar questão do fluxo de caixa das companhias", disse Rufino.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (12) regime de urgência para um projeto de decreto legislativo que pode obrigar distribuidoras de energia a devolver cerca de R$ 7 bilhões cobrados a mais de consumidores por um erro de cálculo na conta de luz entre 2002 e 2009. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez uma resolução negando a possibilidade de devolução. O projeto revoga essa resolução. Não há ainda data para votação de mérito, mas, em ano eleitoral, nenhum partido encaminhou contra a proposta de urgência. O governo acompanha o caso ainda à distância e acredita que o projeto terá dificuldade para ter o mérito aprovado na Câmara e no Senado.

O autor do projeto é o deputado Eduardo da Fonte, líder do PP na Casa. Ele presidiu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que comprovou o erro no cálculo de reajustes anuais durante o período mencionado. A Aneel reconheceu o problema, mas decidiu que as distribuidoras não teriam de ressarcir os consumidores pelos valores cobrados a mais.

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Aproveitando a insatisfação de parte da base aliada com a presidente Dilma Rousseff e a proximidade do período eleitoral, o líder do PP conseguiu convencer os colegas a acelerar a tramitação. Com o regime de urgência, o projeto seguirá direto para o plenário, sem ter de passar por comissões. Na votação em plenário, PT, PSD e o governo liberaram a bancada, enquanto todas as outras legendas encaminharam de forma favorável.

O tema ainda não teve atuação direta do governo, que até agora via com poucas chances de sucesso a investida dos parlamentares ligados à causa. Diante da iminência da aprovação, porém, assessores do Planalto já iniciaram consultas se seria possível reeditar resolução idêntica caso a que está em vigor seja derrubada pelo Congresso futuramente.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou nesta terça-feira, 04, que o governo terá que tomar uma decisão sobre a situação financeira das distribuidoras de energia até março. As empresas do setor estão com o caixa apertado devido ao preço da energia no curto prazo, que bateu recorde na semana passada ao atingir o patamar de R$ 822,83 por megawatt-hora (MWh).

As distribuidoras também estão com gastos elevados com a compra da energia gerada pelas usinas térmicas, mais cara que a das hidrelétricas. No ano passado, essas despesas foram cobertas pelo governo, via aportes na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

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O repasses do fundo às distribuidoras são feitos de forma que elas possam realizar o pagamento desses gastos, que vencem com dois meses de defasagem. Ou seja, o gasto de dezembro será pago em fevereiro. Mas a partir de março, quando vencem os contratos de compra de energia referentes a janeiro deste ano, não há definição sobre como isso será feito. Sem ajuda do Tesouro, o impacto teria de ser repassado para a tarifa, ou seja, para a conta do consumidor.

"Isso está sendo analisado, o próprio ministro colocou ontem, que está sendo analisado. Uma das alternativas que se praticou no ano passado e está sendo analisada é essa ajuda do Tesouro", afirmou. Rufino admitiu que as distribuidoras não têm capacidade para assumir esse gasto. "A margem das distribuidoras é relativamente apertada, e a capacidade delas de assimilar esse descasamento é limitada", afirmou.

Segundo ele, o governo está atento a essa situação e fará a intervenção que for necessária para salvar as distribuidoras. "Evidente que nós não podemos e não vamos deixar que as distribuidoras quebrem ou que tenham um desequilíbrio de caixa que elas não consigam gerir", disse.

No ano passado, os aportes do Tesouro à CDE chegaram a R$ 9,8 bilhões. Para este ano, o governo reservou R$ 9 bilhões no orçamento para este fim. Mas o próprio setor já estima que o valor necessário para cobrir os gastos devem ser bem maiores, podendo chegar ao dobro do valor reservado.

O governo federal deve anunciar nas próximas semanas a renovação das concessões de distribuição de energia elétrica, cujos contratos vencem entre 2015 e 2017. São cerca de 40 empresas, universo que contempla Cemig, Copel, e as sete companhias federalizadas, controladas pela Eletrobrás, como as empresas de distribuição de energia do Piauí, de Goiás e do Acre, por exemplo. A medida faz parte da engenharia jurídica que permitiu o desconto na conta de luz, anunciado pela presidente Dilma Rousseff em setembro de 2012.

Segundo afirmou na segunda-feira (3), ao jornal O Estado de S. Paulo uma fonte qualificada do setor elétrico no governo, a renovação desses contratos de concessão "pode sair a qualquer momento". O caminho ficou aberto após a conclusão, na semana passada, da complexa operação montada entre a Eletrobrás e o governo de Goiás para federalização da Companhia Energética de Goiás. Agora, com a transição para o controle federal concluída, o governo pode anunciar a renovação.

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Os novos contratos apresentarão regras mais rígidas para prestação de serviço. Formuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e acompanhadas de perto pelo Palácio do Planalto, as medidas vão exigir das distribuidoras uma "dramática" melhora na qualidade do serviço prestado, com redução nos índices de interrupção de energia, e aprimoramento no atendimento aos clientes. Esses indicadores hoje são acompanhados pela Aneel mensalmente, mas há pouca margem de atuação do órgão regulador na fiscalização.

Adiamento

Hoje, a Aneel pode apenas multar as empresas. A ideia é tornar a fiscalização mais rigorosa prevendo obrigações adicionais nos novos contratos. Isso permitiria à agência reguladora atuar na empresas antes de a situação deteriorar, a ponto de exigir uma multa.

Algumas das distribuidoras da Eletrobrás estão entre as piores no ranking de avaliação de prestação de serviço da Aneel. Essa é uma das razões pela qual o governo vem adiando há dois anos a definição das regras que estarão nos contratos de renovação das concessões.

A chance de algumas concessões não serem renovadas, por decisão dos atuais controladores diante das novas regras, é considerada "remota" em Brasília. Mas, caso isso ocorra, o governo fará uma nova licitação.

Essas empresas, que vendem energia diretamente para o consumidor, estão sob forte pressão neste início de ano. Como antecipou o Estado em dezembro, as distribuidoras pedem uma injeção bilionária do Tesouro para evitar um repasse aos clientes na forma de aumentos da tarifa, decorrentes de altas de custos - as distribuidoras vêm pagando mais caro para adquirir energia no mercado diante da escassez de chuvas e alto consumo.

No ano passado, o governo decidiu bancar os gastos com a compra de energia de usinas térmicas, mais cara que a das hidrelétricas. Essa despesa, paga pelo Tesouro, será ressarcida pelos consumidores nos próximos anos, de forma diluída. Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que o governo estuda repetir neste ano o auxílio de caixa às distribuidoras. Questionado sobre os gastos do Tesouro com o sistema elétrico, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, demonstrou que não tem preocupação com o tema uma vez que o Orçamento já prevê R$ 9 bilhões para isso. Colaborou Laís Alegretti. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se o governo não tivesse adiado a entrada em operação do sistema de bandeiras tarifárias, que indicará se a energia vai custar mais ou menos, o brasileiro já teria de começar a controlar o uso da eletricidade para não levar um susto no fim do mês. Durante este ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai publicar as bandeiras estipuladas para cada mês, como teste. Para fevereiro, será vermelha, o que significaria um acréscimo de R$ 3 a cada 100 quilowatt (kW) consumido.

As bandeiras tarifárias - verde, amarela e vermelha - serão definidas com base nas condições de geração de energia no País. Como neste momento o sistema vive sob forte estresse por causa das chuvas abaixo da média histórica - o terceiro pior volume em 84 anos -, a bandeira é vermelha. O mecanismo repassa mensalmente para a conta de luz os gastos com geração termelétrica, necessárias para compensar a queda no nível dos reservatórios.

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Ao mesmo tempo, o sistema permite ao consumidor decidir se reduz o uso da eletricidade ou se paga mais por ela. No mês passado, a bandeira definida pela Aneel era amarela, que significaria acréscimo de R$ 1,50 a cada 100 kW (na verde, não há aumento).

Segundo cálculos da consultoria Thymos Energia, nesse caso a conta de luz de um brasileiro que não conseguisse reduzir o consumo seria 9% maior. No caso das indústrias, o impacto seria bem mais pesado: 11%.

O sistema deveria entrar em vigor em janeiro deste ano, mas foi adiada para janeiro de 2015. Segundo a Aneel, a prorrogação foi necessária para o aperfeiçoamento do mecanismo. Mas, entre especialistas, a decisão foi interpretada como forma de controlar os impactos do aumento da conta de luz na inflação em ano de eleição.

Zerada

O diretor de Regulação e Gestão em Energia da Thymos Energia, Ricardo Savoya, observa que, se as bandeiras tarifárias estivessem em vigor no ano passado, a redução promovida na tarifa pela MP 579, que tratou da renovação dos contratos de concessão, teria sido praticamente zerada.

"Em média, o pacote lançado pelo governo em setembro de 2012 reduziu os custos em 14%. Considerando o volume de térmicas acionadas no ano passado, com as bandeiras tarifárias, a redução teria sido de 4%", calcula o executivo.

A situação não seria diferente neste ano. Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou a entrada de 15,5 mil megawatts (MW) de energia termoelétrica para evitar a redução dos reservatórios, especialmente na Região Sudeste - que no domingo estava em 39,98% da capacidade de armazenamento.

Embora seja um teste, as distribuidoras divulgarão, na fatura mensal, a simulação da aplicação das bandeiras. O consumidor poderá compreender qual bandeira estaria valendo se o sistema já estivesse em funcionamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir de 2015, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai aplicar multas às distribuidoras que ultrapassarem limites para a quantidade de reclamações procedentes feitas por consumidores - aquelas em que o consumidor tem razão. O objetivo, de acordo com o diretor do órgão regulador Edvaldo Santana, é impedir um aumento no nível histórico de queixas dos clientes.

O órgão regulador estabeleceu como parâmetro a ser seguido pelas concessionárias de distribuição a quantidade de reclamações procedentes a cada mil recebidas - Frequência Equivalente de Reclamação (FER). Para estipular os limites, a agência levou em consideração o histórico de reclamações procedentes nos anos de 2010 e 2012 e o tamanho do mercado das distribuidoras: maior que 400 mil unidades consumidoras; maior que 60 mil e menor ou igual a 400 mil; e menor ou igual a 60 mil.

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Serão consideradas as reclamações de ordem comercial, ou seja, relativas a faturamento, prazos, atendimento, entre outros, mas não as referentes à interrupção do fornecimento, conformidade dos níveis de tensão e ressarcimento de danos elétricos. Também não serão consideradas solicitações feitas nas ouvidorias das distribuidoras, nas agências estaduais conveniadas e na Aneel.

Os indicadores serão avaliados anualmente. O valor das multas será definido por resolução específica a ser publicada pela Aneel.

A partir de 2015, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai aplicar multas às distribuidoras que ultrapassarem limites para a quantidade de reclamações feitas por consumidores. O objetivo, de acordo com o diretor do órgão regulador Edvaldo Santana, é impedir um aumento no nível histórico de queixas dos clientes.

O órgão regulador estabeleceu como parâmetro a ser seguido pelas concessionárias a quantidade de reclamações por mil consumidores - Frequência Equivalente de Reclamação (FER). No prazo de cinco anos contados a partir de 2015, as distribuidoras terão que apresentar um desempenho igual ao atualmente praticado por 50% das empresas de seu grupo econômico, considerando o histórico de reclamações médias dos anos de 2010 a 2012. As empresas que tiverem um histórico inferior ao do grupo deverão manter o nível de reclamações.

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Os indicadores serão avaliados anualmente. O valor das multas será definido por resolução específica a ser publicada pela Aneel.

A demora do governo na definição de critérios para renovação das concessões de distribuição de eletricidade pode prejudicar investimentos no setor. Enquanto a maioria dos contratos de geração e transmissão que venceria nos próximos anos foi renovada antecipadamente em 2012 para garantir o desconto prometido pela presidente Dilma Rousseff nas contas de luz, o segmento que leva a eletricidade ainda não sabe como o processo será feito.

"Existe essa preocupação porque algumas companhias que têm contratos vencendo em 2015 e 2016 já estão encontrando dificuldades para negociarem a renovação de financiamentos ou tomarem novos empréstimos", disse o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite.

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Segundo ele, 37 dos 63 contratos de distribuição em vigor no País vencem entre 2015 e 2016, incluindo alguns de grupos importantes como Cemig, Copel, Celg, Celpa e as federalizadas da Grupo Eletrobrás nas regiões Norte e Nordeste. "Se não se sabe como a renovação das concessões será feita, as empresas não têm como oferecer garantias, o que gera uma insegurança muito grande. É importante que o governo decida sobre isso o mais rápido possível."

Critérios. O executivo reclamou que as empresas não têm nenhuma informação a respeito dos critérios que o governo pretende utilizar no processo. "Há boato de que indicadores de qualidade poderiam ser considerados, mas ainda não fomos oficialmente chamados para conversar sobre isso."

Diferentemente da renovação de contratos de geração e transmissão, a ampliação das concessões de distribuição não deve ter impacto significativo nas contas de luz, já que as tarifas cobradas são reajustadas anualmente e passam por revisões periódicas a cada quatro anos. Nesses ciclos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já repassa para os consumidores os ganhos de eficiência dessas concessões e a amortização dos investimentos realizados pelos concessionários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado, disse que o modelo de reestruturação das seis distribuidoras federalizadas do grupo ficará pronto até 30 de junho. "Dissemos no nosso comunicado ao mercado que teríamos 90 dias para contratar o serviço (para a modelagem) e dar as alternativas às distribuidoras. Isso está em curso, inclusive vamos contar com um trabalho de fora (da companhia)", afirmou o executivo, durante teleconferência para analistas e investidores sobre os resultados da estatal federal.

A informação do executivo confirma a reportagem publicada mais cedo pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, sobre o tema. De acordo com fonte de mercado ouvida pelo Broadcast, a Eletrobras enviou essa semana cartas-convite para alguns bancos visando a contratação de uma instituição financeira que irá auxiliá-la na modelagem para a reorganização dos ativos de distribuição. Os bancos terão em torno de duas semanas para apresentar uma proposta preliminar, sendo que a instituição vencedora terá outros 30 dias para apresentar a proposta final para a reestruturação.

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Em paralelo ao trabalho de avaliação dos ativos, Casado disse que a companhia segue trabalhando no processo de renovação das concessões das distribuidoras, localizadas no Norte e Nordeste, e nas ações para a melhoria da situação operacional e financeira dos ativos. Nesse contexto, o executivo citou como fato positivo a redução do prejuízo das empresas na comparação entre o primeiro trimestre de 2013 e igual período de 2012, de R$ 197 milhões para R$ 91 milhões.

Adicionalmente, o executivo comentou que o ingresso das distribuidoras do Amazonas e do Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) irá melhorar a qualidade do serviço prestado nas duas concessões. Hoje, os consumidores dessas duas áreas são abastecidos pelas térmicas a óleo, mas passarão a ser atendidos pela energia produzida pelas hidrelétricas no SIN com a entrada em operação total da linha de transmissão Tucuruí (PA) - Macapá (AP) - Manaus (AM), o que aumentará a confiabilidade do sistema e reduzirá o custo da energia comprada.

Novos projetos

Casado disse que a estatal está mais rígida na seleção de novos projetos nos leilões após a queda nas receitas de transmissão e de geração com a renovação das concessões. "Estamos muito mais rígidos. Não podemos assumir projetos com riscos sem ter a rentabilidade que consideramos adequada".

A nova postura já se refletiu na participação da Eletrobras no primeiro leilão de transmissão de 2013, na semana passada. Diferentemente de anos anteriores, quando as suas subsidiárias apresentavam os lances mais agressivos entre todos os competidores, a empresa teve uma participação discreta no certame, sem ganhar nenhum lote. Casado deixou claro que a companhia não irá incorporar a sua carteira de projetos os empreendimentos que não tiverem a rentabilidade satisfatória.

"Fomos ao leilão e não apresentamos ofertas. Estamos procurando bons negócios e rentáveis", afirmou o executivo, comentando que a questão da expansão deve ser vista com muito cuidado sob a ótica das taxas de retorno. Casado disse, também, que a preocupação com a rentabilidade sempre existiu dentro do Grupo Eletrobras, mas que o tema ganhou ainda mais relevância a partir do momento que uma parte expressiva dos seus ativos de geração e transmissão passou a ser remunerada pelo governo federal apenas pelos custos de operação e manutenção.

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