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A prefeitura de Votuporanga, no interior de São Paulo, demitiu uma educadora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Valter Peresi sob suspeita de ter dopado nove crianças. A decisão da exoneração foi publicada no Diário Oficial do município em 16 de outubro.

A sindicância para apurar o caso foi aberta em 3 de maio, após exames em um bebê de 11 meses encontrarem o medicamento Clonazepam no sangue e na urina da criança. O remédio - que tem entre os nomes comerciais o Rivotril - só pode ser utilizado com prescrição médica azul, em casos de alterações neurológicas e síndrome do pânico.

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Em junho, o município decidiu afastar cinco funcionárias da escola infantil investigadas no caso.

Em 11 de julho, foi pedida a instauração de um processo administrativo disciplinar contra a servidora exonerada e processo de sindicância contra as outras funcionárias.

A Procuradoria-Geral do Município afirma que levou em consideração "toda prova produzida, oitivas de testemunhas, depoimento pessoal da processada e documentação acostada ao processo", sendo comprovado "o cometimento de falta funcional de natureza grave", resultando em demissão de uma educadora infantil.

Procurado, o advogado da servidora exonerada, José Alberto dos Santos, lamentou o que chamou de "maneira equívoca, imprecisa e temerária com que foi conduzido todo o processo administrativo". Ele afirmou que tomará "todas medidas cabíveis para reverter a situação".

Já o advogado das mães das crianças, Hery Kattwinkel, disse que todas ficaram aliviadas. "Aprovamos a exoneração. Prevenimos uma fatalidade. Agora as mães querem justiça na área criminal e uma reparação civil por parte da prefeitura. Aguardamos quais providências o Ministério Público Estadual irá tomar. A polícia já concluiu o inquérito policial".

Com relação às demais servidoras, a prefeitura de Votuporanga afirmou que, após sindicância interna, foi determinado o arquivamento do processo envolvendo uma das funcionárias. Outras duas foram suspensas por 15 dias, sem remuneração, "por cometimento de falta funcional de natureza média". O município, porém, não detalhou qual foi a infração cometida por cada uma das funcionárias acusadas.

O Ministério Público do Estado de São Paulo e a Polícia Civil continuam investigando as denúncias.

Relembre os casos

Com seis meses, Hector (nome fictício) começou a frequentar o Cemei. Menos de um mês depois, foi entregue desacordado nos braços do pai. "Dos 6 aos 11 meses, foi um pesadelo. Meu filho passava mal. Ele ficava com a boca torta, olhar longe, vomitava muito e até desmaiava. Fazia exames e não dava nada", contou a mãe dele.

O episódio mais grave aconteceu em 5 de outubro de 2018. A criança chegou bem ao Cemei. No meio da tarde, educadoras perceberam que o corpo da criança estava mole. O bebê foi encaminhado ao hospital. Com dificuldade em descobrir qual era a doença, os médicos diagnosticaram virose. Depois de três dias, Hector teve alta e retornou para a escola.

Em 18 de outubro do ano passado, a criança apresentou os mesmos sintomas. A mãe decidiu fazer um boletim de ocorrência, no mesmo dia em que foram coletadas amostras do sangue e da urina do bebê. O resultado saiu seis meses depois, detectando a presença do medicamento Clonazepam. O material biológico do menino foi coletado logo após a denúncia, mas há demora na conclusão do laudo por causa da necessidade de passar por mais de um órgão de análise antes de chegar a um resultado final. "Meu bebê estava sendo dopado na creche. Meu sentimento é de revolta e de angústia. De impotência, por não descobrir antes", disse a mãe. Em 22 de outubro, ela conseguiu transferir o filho para outra escola.

Além da mãe de Hector, outras oito mães também suspeitaram que seus filhos foram dopados no Cemei. Todos, agora já estão matriculados em outras creches, apresentaram os mesmos sintomas. Esses relatos existem desde 2017.

Medicamentos em creches

A Secretaria da Educação de Votuporanga afirma que acompanha o trabalho das creches de perto e adota ações de aproximação com as famílias para esclarecer dúvidas, com atendimento individual com os pais.

Segundo a pasta, os profissionais são orientados a não ministrar qualquer tipo de medicamento sem receita médica. Quando necessário, os pais devem enviar a medicação, com a receita, informando dosagem e horário.

A polícia prendeu uma mulher de 27 anos suspeita de ter dopado as duas filhas, de 6 e 9 anos, para ir a uma festa em Bezerros, no Agreste pernambucano. Segundo exames feitos pelo hospital, as crianças ingeriram a medicação de uso restrito diazepam. O caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira (8).

Informações dão conta de que uma amiga da mãe é que teria dado a ideia para a mulher dopar as crianças. Elas teriam feito um suco, colocado gotas do diazepam dentro e dado para as meninas beberem. Em seguida, as garotas foram deixadas pela mãe na casa de uma vizinha.

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Ao voltar da festa, a mãe foi buscar as filhas para levá-las para casa e encontrou as crianças com tontura, vômito e dificuldade para andar. As meninas foram levadas para um hospital da cidade e, após a realização de exames, a unidade de saúde chamou a polícia.

A mãe das crianças foi presa e autuada em flagrante por tentativa de homicídio. O Conselho Tutelar foi acionado e deixou as crianças sob os cuidados da avó materna. A amiga da mãe e a vizinha serão ouvidas e também podem ser indiciadas. A delegada Margarete Galdino, da delegacia de Bezerros, é a responsável pela investigação. 

O atacante Dani Benítez, do Granada, testou positivo para o uso de cocaína após um jogo do Campeonato Espanhol e foi afastado. Nesta sexta-feira, um porta-voz do clube confirmou que o jogador foi flagrado em exame realizado após a partida diante do Betis, no mês passado, e revelou que ele deverá ser dispensado pelo time espanhol, no qual atua emprestado.

O diretor do Granada, Pedro González Segura, no entanto, garantiu que o clube ainda não recebeu nenhuma notificação oficial. O dirigente disse que falou com Benítez, confirmou que o jogador está afastado dos treinamentos, mas apontou que a equipe só se pronunciará com mais detalhes sobre o futuro do atacante quando for informada oficialmente do resultado do exame.

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"A entidade (Granada) falou com o jogador. Não vai treinar, a princípio. Não cabe outra medida. Iniciamos um inquérito disciplinar que será revelado após a notificação oficial. Diante de algo de tamanha gravidade, o clube atuará com dureza, mas estaremos à disposição de Dani Benítez", comentou. "Se for confirmada uma situação muito grave, a relação de trabalho do clube com Benítez ficará afetada."

De acordo com o porta-voz do Granada, o atacante terá seu contrato de empréstimo rescindido e será devolvido à Udinese, detentora de seus direitos. No entanto, de acordo com o mesmo representante, a equipe italiana também já se mostrou decidida a romper qualquer vínculo com Benítez.

Revelado pelo Mallorca, o jogador está em sua quinta temporada com a camisa do Granada, que prometeu ficar a seu lado fora dos campos. "O clube apoiará o jogador em tudo que precisar no plano pessoal. No profissional, atuará com máxima firmeza. Ficaremos à disposição na parte humana de Dani Benítez. Ajudaremos no que pudermos", disse Pedro González Segura.

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O ícone do ciclismo, o americano Lance Armstrong, perdeu os sete títulos da Volta da França e foi suspenso por doping. Os americanos reagiram com consternação. Para muitos, o ciclista foi um herói nacional e um exemplo de superação.

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Mais do que um esportista, Armstrong era um exemplo de luta e superação após vencer um câncer e voltar ao esporte. Alguns torcedores não escondem a surpresa e a decepção com a notícia. “É uma coisa horrível. Mas ele foi pego por doping, e todos vão assumir tenha feito no passado, mesmo que não tenha sido pego”. 

O ex-rei do ciclismo anunciou na quinta-feira à noite que não ia contestar o procedimento disciplinar iniciado contra ele. As acusações por doping se acumulam e a Armstrong foi punido por toda a vida, mas muitos americanos ainda não conseguem acreditar no fim do mito.

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