Tópicos | escalada de barbaridade

O senador Lindberg Farias e o deputado federal Paulo Teixeira, ambos do PT, anunciaram, nesta segunda-feira (5), que vão entrar com uma representação na Organização dos Estados Americanos (OEA) para denunciar a forma com que a polícia militar de São Paulo tem agido nas manifestações que ocorrem desde o último dia 31, quando o Senado Federal condenou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao impeachment. Para os petistas, as “ações truculentas” são “orquestradas” pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB) e a gestão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmim (PSDB).

“Quem deu o tom foi o presidente usurpador. Quem alinhavou foi o Michel Temer, da China. A equipe da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi montada pelo ministro da Justiça dele”, acusou Teixeira, durante coletiva no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. “Queremos que estas manifestações tenham a proteção e não a repressão da polícia”, acrescentou. 

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Durante a manifestação que aconteceu nesse domingo (4) na capital paulista, 26 pessoas foram detidas e levadas ao Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), sem acesso a advogados ou falar com familiares. Entre eles, menores de idades. Além disso, também foram registradas coerções e Teixeira, Lindberg e o ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, foram atingidos por gás lacrimogêneo e estilhaços de bomba de efeito moral. 

“Não podemos deixar isso passar em branco. Vamos aumentar o tom. O que está acontecendo no Brasil? Manifestação não pode mais? Se a gente deixar passar vai piorar. Isso não é normal, só se compara a ditadura militar. É uma ação orientada. Parece que tem algo coordenado por este governo. A gente sabe que é a mesma direção, tentando assustar as pessoas”, argumentou Lindberg. "Hoje a maior preocupação de Temer é com as mobilizações", completou.

Defendendo que “não dá para encarar isso como normal”, o senador pontuou também que “estamos vendo uma escalada de barbaridade”. “Estamos mesmo jogando a bola para eles. Estamos dizendo chega. Isso não pode passar assim. Vamos gritar isto para o Brasil e para o mundo. Vamos aumentar o tom sim. Advogados estão trabalhando com a representação e ao contrário de intimidar, vamos ter mobilizações maiores. O objetivo deles é passar para a população as imagens de confronto para assustar e tentar diminuir os movimentos. Trago aqui minha indignação”, disparou. 

Corroborando o posicionamento do senador, Paulo Teixeira ressaltou que a denúncia a OEA tem o objetivo central de dizer internacionalmente que “o policiamento tem que proteger as pessoas que estão manifestando e não atingi-las”. “Estamos vivendo um momento de ruptura da ordem democrática e um dos aspectos mais visíveis é a violência e a atuação da polícia. A polícia de São Paulo é uma das mais letais do mundo. Tenho tido relato que depois do golpe, os policiais estão batendo na cara. Quer dizer, eles perderam o controle”, observou o deputado federal. 

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