Tópicos | Lindberg Farias

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi eleita presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, neste sábado (3). A eleição, aconteceu durante o terceiro dia do 6º Congresso Nacional do partido em Brasília, tornou parlamentar a primeira mulher escolhida para comandar a sigla. Vista como favorita na disputa, ela substituirá Rui Falcão.

De acordo com o site do PT, Gleisi conquistou 69% dos votos dos delegados, enquanto o senador Lindbergh Farias (RJ) foi votado por 31% dos delegados. O pernambucano José de Oliveira não contabilizou votos.

##RECOMENDA##

Gleisi presidirá o partido pelos próximos dois anos. Ela foi eleita com o apoio da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual faz parte o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Mostramos para o Brasil que o PT tem diversidade, que nós temos garra para enfrentar tudo que está aí e propor uma coisa para o Brasil”, declarou, após saber do resultado. 

A petista terá o desafio de guiar o partido durante as eleições de 2018 e do avanço das investigações da Operação Lava Jato. Caso de corrupção em que, inclusive, ela é ré acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter recebido, segundo o Ministério Público, R$ 1 milhão desviados do esquema na Petrobras.

Aliados que estiveram, ontem, com o presidente Michel Temer, tanto no Palácio Jaburu, a residência oficial, quanto no Planalto, local de despacho, revelaram que ele está com uma baita disposição de resistir até o fim, mesmo sabendo das imensas dificuldades e barreiras a enfrentar. “Encontrei um presidente com fome de briga, um leão”, relatou um parlamentar.

O que motivou a mudança de postura, na verdade, foi a colaboração da base no Congresso. Temer pediu e os senadores trabalharam quase o dia inteiro de ontem na Comissão Especial da Casa, onde, em meio a agressões morais e até no campo físico, deram como lido o relatório da reforma trabalhista já aprovada na Câmara. Presidente da Comissão, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) se preparava para passar a palavra para o relator Ricardo Ferraço fazer a leitura, quando Lindbergh Farias (PT-RJ) foi em direção ao relator dizendo que a oposição não ia permitir a leitura.

Houve, então, gritaria, empurrões e os senadores ficaram exaltados. Lindbergh Farias e Ataídes Oliveira (PSDB-TO), mais exaltados, precisaram ser contidos por colegas e até seguranças. Parlamentares contrários à reforma se dirigiram à mesa e fizeram um cordão de isolamento para impedir a leitura do relatório.

Nesse momento, Ataídes e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) trocaram acusações. O senador tucano, gritando, precisou ser contido por Otto Alencar (PSD-BA). A sessão foi suspensa pelo presidente da comissão. Algumas pessoas que estavam na plateia acompanhando a reunião da comissão gritavam palavras de ordem contra o presidente Michel Temer. A confusão continuou mesmo após a suspensão da sessão. Senadores tentam acalmar a plateia da comissão.

Enquanto senadores se agrediam, fora do Congresso lideranças da base se reuniam para discutir uma saída para a crise. Numa eventual renúncia do presidente Temer, o nome mais cogitado no dia de ontem, na bolsa de apostas, era o do próprio Tasso, que, na Comissão, tentava acalmar as feras e acabou dando o relatório como lido, sob os protestos furiosos da oposição, que obstruía.

O nome de Nelson Jobim, ex-ministro do Supremo, estaria descartado por uma razão simples: seu escritório de advocacia atende, hoje, a um grande número de políticos e empresários envolvidos na operação Lava Jato. Quanto a um nome do Supremo, tanto a presidente Carmem Lúcia quanto o ministro Ayres Brito, opções levantadas por segmentos da mídia, seriam cartas fora do baralho, porque eleger um membro do Judiciário seria atestar a intervenção de um poder em outro.

Tasso já teria sinalizado que toparia o desafio desde que viesse a ser objeto de um processo não traumático, sem disputa, de forma consensual. Ex-governador do Ceará, Tasso é um empresário bem-sucedido, reformou seu Estado e acabou com a política dos coronéis. Foi também presidente nacional do PSDB e agora assumiu, novamente, o comando do partido com o afastamento de Aécio. É um nome com trânsito fácil no Congresso e respeitado.

AÉCIO QUER VOLTAR– A defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou, ontem, recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão que o afastou do mandato após abertura de inquérito para investigá-lo por corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa. A investigação foi autorizada pelo ministro relator da Lava Jato, Luiz Edson Fachin, após delação dos donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista na operação. O ministro determinou ainda o afastamento de Aécio do mandato de senador. Fachin também apreendeu o passaporte de Aécio e o proibiu de ter contato com outros investigados. O ministro negou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para prender Aécio. A PGR recorreu da decisão.

Armando também lembrado– O senador pernambucano Armando Monteiro Neto (PTB) teve seu nome também especulado, ontem, pela mídia nacional, como uma alternativa numa eleição indireta para presidente da República, caso ocorra a vacância no cargo numa eventual renúncia do presidente Temer. Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) por oito anos, ministro da Indústria Comércio (MDIC) no Governo Dilma Rousseff e hoje líder do PTB no Senado, Armando é um nome com ampla interlocução com o setor industrial e goza de respeitabilidade no Congresso, além de trânsito político no Congresso. Segundo avaliação de colunistas nacionais, o maior impedimento de Armando seria o fato de ter sido ministro de Dilma.

Foto como prova – O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, protocolou, ontem, por meio de seus advogados, petição na qual cita provas de três encontros com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele já havia mencionado esses encontros em depoimento ao juiz Sérgio Moro em 5 de maio. No documento de Duque, há também uma foto em que os dois aparecem lado a lado, registrada, segundo a defesa do ex-diretor da Petrobras, em 2012, no Instituto Lula, em São Paulo. Esse encontro não foi mencionado por Lula no depoimento que deu ao juiz federal Sérgio Moro.

Fim do sigilo – A Ordem dos Advogados do Brasil pediu, ontem, ao Tribunal Superior Eleitoral, o fim total do sigilo da Ação Judicial de Investigação Eleitoral que pede a cassação da chapa Dilma/Temer, eleita em 2014. Em petição ao ministro relator da ação, Herman Benjamin, o presidente da Ordem, Claudio Lamachia, alega ‘interesse público e a preservação da Carta da República’ para solicitar o levantamento do sigilo e que seja disponibilizada a íntegra do processo. A OAB vai protocolar, amanhã, na Câmara dos Deputados, pedido de impeachment do presidente Michel Temer, a quem a entidade máxima da Advocacia atribui crime de responsabilidade, em violação ao artigo 85 da Constituição.

Estrelas no São João de Limoeiro– O prefeito de Limoeiro, João Luis Ferreira, o Joãozinho (PSB), divulgou, ontem, a grade do São João com atrações que devem atrair muita gente para os festejos juninos naquele município. Entre tantos artistas consagrados, Geraldinho Lins, Cristina Amaral, Josildo Sá, Ribeiro Filho, Almir Rouche, Spock e Orquestra Forrobodó, Brucelose, Paulinho do Acordeon e Pegada do GB. O lançamento oficial do São João de Limoeiro está marcado para a próxima sexta-feira, às 19 horas, num palhoção montado na Rua da Alegria.

CURTAS

O PIOR– Do vereador Professor Marcelo, da bancada do PTB de Olinda, em resposta ao ex-vereador de Casinhas, Walter Borges, que afirmou, em nota neste blog, na defesa do governador, que o senador Armando Monteiro teria sido o ministro do desemprego: “Não adianta ir contra os fatos: Paulo Câmara é o pior governador de nossa história”.

ENCONTRO– Em meio à crise política que atinge o Governo Michel Temer após a delação da JBS, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu na manhã de ontem com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. O encontro ocorreu na Corte e não constava na agenda oficial dos dois.

Perguntar não ofende: Ao botar o Congresso para funcionar, ontem, Temer deu uma demonstração de que está vivinho da silva?

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chamou o presidente Michel Temer (PMDB) de “machista” e “misógino”. A crítica foi em referência ao discurso do peemedebista sobre o Dia Internacional da Mulher, vivenciado nessa quarta-feira (8). Na ocasião, Temer disse que tinha “convicção do que a mulher faz pela casa, pelo lar, pelos filhos" e destacou que na economia a participação feminina é importante porque “ninguém mais é capaz de indicar os desajustes de preços dos supermercados do que a mulher".

“Esse é o presidente da República que assumiu depois de um golpe e a gente viu o que fizeram contra a presidenta Dilma [Rousseff]. Machismo, sim; misoginia, sim. Montou um governo só de homens. E vai entrar para a história como o maior ataque da história aos direitos das mulheres, porque é isso que está na reforma da previdência”, disparou o senador petista. 

##RECOMENDA##

Lindbergh lembrou que a reforma na Previdência proposta por Temer pode igualar as idades mínimas para a aposentadoria de homens e mulheres. Para o senador, o projeto não leva em conta a jornada dupla a que as mulheres são submetidas, em casa e no trabalho. “Não adianta esconderem, não adianta escamotearem, é o maior ataque aos direitos das mulheres brasileiras”, observou.

 

O senador Lindberg Farias e o deputado federal Paulo Teixeira, ambos do PT, anunciaram, nesta segunda-feira (5), que vão entrar com uma representação na Organização dos Estados Americanos (OEA) para denunciar a forma com que a polícia militar de São Paulo tem agido nas manifestações que ocorrem desde o último dia 31, quando o Senado Federal condenou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao impeachment. Para os petistas, as “ações truculentas” são “orquestradas” pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB) e a gestão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmim (PSDB).

“Quem deu o tom foi o presidente usurpador. Quem alinhavou foi o Michel Temer, da China. A equipe da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi montada pelo ministro da Justiça dele”, acusou Teixeira, durante coletiva no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. “Queremos que estas manifestações tenham a proteção e não a repressão da polícia”, acrescentou. 

##RECOMENDA##

Durante a manifestação que aconteceu nesse domingo (4) na capital paulista, 26 pessoas foram detidas e levadas ao Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), sem acesso a advogados ou falar com familiares. Entre eles, menores de idades. Além disso, também foram registradas coerções e Teixeira, Lindberg e o ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, foram atingidos por gás lacrimogêneo e estilhaços de bomba de efeito moral. 

“Não podemos deixar isso passar em branco. Vamos aumentar o tom. O que está acontecendo no Brasil? Manifestação não pode mais? Se a gente deixar passar vai piorar. Isso não é normal, só se compara a ditadura militar. É uma ação orientada. Parece que tem algo coordenado por este governo. A gente sabe que é a mesma direção, tentando assustar as pessoas”, argumentou Lindberg. "Hoje a maior preocupação de Temer é com as mobilizações", completou.

Defendendo que “não dá para encarar isso como normal”, o senador pontuou também que “estamos vendo uma escalada de barbaridade”. “Estamos mesmo jogando a bola para eles. Estamos dizendo chega. Isso não pode passar assim. Vamos gritar isto para o Brasil e para o mundo. Vamos aumentar o tom sim. Advogados estão trabalhando com a representação e ao contrário de intimidar, vamos ter mobilizações maiores. O objetivo deles é passar para a população as imagens de confronto para assustar e tentar diminuir os movimentos. Trago aqui minha indignação”, disparou. 

Corroborando o posicionamento do senador, Paulo Teixeira ressaltou que a denúncia a OEA tem o objetivo central de dizer internacionalmente que “o policiamento tem que proteger as pessoas que estão manifestando e não atingi-las”. “Estamos vivendo um momento de ruptura da ordem democrática e um dos aspectos mais visíveis é a violência e a atuação da polícia. A polícia de São Paulo é uma das mais letais do mundo. Tenho tido relato que depois do golpe, os policiais estão batendo na cara. Quer dizer, eles perderam o controle”, observou o deputado federal. 

O senador Lindberg Farias (PT-RJ) afirmou nesta quinta-feira, 17, que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse "não ter um plano B para o ajuste fiscal". Segundo ele, o ministro ressaltou que as medidas apresentadas pelo governo na última segunda-feira são as únicas alternativas do governo para zerar o déficit de R$ 30,5 bilhões e um primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em resposta aos seus questionamentos, Levy teria dito que "a trajetória dos juros vai começar a cair", segundo Farias. Por outro lado, o senador não disse quando isso começaria a acontecer. Na última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), que aconteceu no início do mês, a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 14,25%.

##RECOMENDA##

O candidato do PT a governador do Rio de Janeiro, senador Lindbergh Farias, atacou nesta terça-feira duramente a gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que teve apoio do PT por mais de sete anos. O senador também acusou o PMDB fluminense de "traição"- no Rio, a legenda lançou o movimento "Aezão", de abertura do palanque do seu postulante ao Palácio Guanabara, Luiz Fernando Pezão, ao presidenciável tucano Aécio Neves.

Lindbergh lembrou ainda que o ex-secretário de Governo de Cabral, Wilson Carlos, tornou-se coordenador da campanha de Aécio no Estado. Pezão também apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff. "O governo Cabral começou bem, as UPPs também, e foram se perdendo", disse o parlamentar, em sabatina promovida pelo SBT, Folha de S. Paulo e portal UOL. " Eles tiveram muitas oportunidades, (os presidentes Luiz Inácio) Lula (da Silva) e Dilma (Rousseff) liberaram muitos recursos." Segundo Lindbergh, "o PMDB do Rio não tem postura correta com Lula e Dilma. É uma traição a quem sempre estendeu a mão. Vamos fazer uma campanha para Dilma ganhar a eleição."

##RECOMENDA##

Para Lindbergh, Aécio Neves "cometeu um erro grave no Rio de Janeiro: se aliou ao que tem de pior na política do Rio". "Esse pessoal não tem voto. Acham que eleições se ganham só com dinheiro, e não é assim. Quem vai decidir a eleição será o povo", afirmou.

Lindbergh acusou o grupo de Cabral, que renunciou ao governo em favor de Pezão em abril, de ter governado apenas "para o Rio do cartão postal", a zona sul da capital, e esquecido o "outro Rio", a zona norte, os subúrbios e a Baixada Fluminense. Segundo ele, na zona sul do Rio, o índice de mortalidade é de 5,8 por 100 mil habitantes, enquanto em Belford Roxo, município da Baixada, é de 53 por 100 mil. O senador afirmou que o custo da expansão do Metrô de Ipanema à Barra da Tijuca será de R$ 8,5 bilhões, enquanto levar a Linha 2 da Pavuna à Baixada, uma distância de 300 metros, custaria apenas R$ 150 milhões.

"O governo Cabral fez as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), agora as UPAs estão sem médicos", criticou. Ex-integrante do movimento dos caras-pintadas que levou ao impeachment do presidente Fernando Collor em 1992, Lindbergh defendeu as manifestações iniciadas no Brasil a partir de junho de 2013, mas criticou a violência de manifestantes. "Derrubamos um presidente da República sem quebrar nada", declarou. "Sou favorável às manifestações. Trouxeram uma pauta importante. Quando quebram, esvaziam. O quebra-quebra acaba atrapalhando", disse.

O parlamentar confirmou ter usado drogas quando era jovem e passava por uma fase "difícil", depois de perder o pai. "Foi mais de 20 anos atrás. Tive um problema rapidamente superado. Um problema pontual", afirmou. Ele se declarou contra a legalização da maconha e afirmou que o problema do consumo de drogas precisa ser enfrentado com mais força pelo governo. Lindbergh afirmou que "o cara com 18 anos acha que vence tudo", inclusive a dependência química, e se incluiu nesse comportamento. Para superá-lo, defendeu o diálogo. "É convencimento. Acho que falta papo direto com a juventude. Não é só polícia, é um trabalho de prevenção."

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando