Tópicos | esquema das rachadinhas

As investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro, em torno do antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembléia Legislativa do Rio, foram encerradas após dois anos e agora seguirá com o trâmite judicial. De acordo com o jornal O Globo, nesta sexta-feira (11), a conclusão foi de que milhões de reais em dinheiro vivo foram repassados.

A investigação abriu uma verdadeira caixa preta da família Bolsonaro e revelou diversas relações da família, inclusive proximidades com líder de milícias no Estado. O esquema era operado por Fabricio Queiroz que resgatou dinheiro repassado pelos funcionários fantasmas.

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Foram mais de 2,7 milhões de reais operados em dinheiro vivo no esquema da "rachadinha", de acordo com MP. Agora o foco é o irmão de Flávio, Carlos Bolsonaro. Na mira do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC), o '02' também é suspeito de ter se beneficiado com o esquema.

Através de nota enviada à imprensa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu detalhes sobre a decisão liminar do ministro João Otávio de Noronha, presidente do órgão, que converteu a prisão preventiva de Fabrício Queiroz para prisão domiciliar. Segundo ele, foram levadas em consideração as “condições pessoais de saúde” do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro em em face da “situação extraordinária da pandemia”.

No entanto, a decisão do STJ – que disse ter seguido recomendação nº 62/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - impõe condições para que Fabrício Queiroz fique em casa, entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica.

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Confira:

- Indicação do endereço onde cumprirá a prisão domiciliar ora deferida, franqueando acesso antecipado à autoridade policial para aferir suas condições e retirada de toda e qualquer forma de contato exterior

- Permissão de acesso, sempre que necessário, da autoridade policial, que deverá exercer vigilância permanente do local para impedir acesso de pessoas não expressamente autorizadas;

- Proibição de contato com terceiros, seja quem for, salvo familiares próximos, profissionais da saúde e advogados devida e previamente constituídos;

- Desligamento das linhas telefônicas fixas, entrega à autoridade policial de todos  telefones móveis,  bem como computadores, laptops e/ou tablets que possua;

- Proibição de saída sem prévia autorização e vedação a contatos telefônicos;

- Monitoração eletrônica

 

O ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz negocia com o Ministério Público do Rio de Janeiro um acordo de delação premiada. Em troca, ele pede proteção à esposa, que está foragida, e às filhas, que também são investigadas no inquérito das "rachadinhas". 

Segundo informações do canal de TV CNN Brasil, Fabrício Queiroz também pediu que fosse colocado em prisão domiciliar. As negociações se arrastam por alguns dias. O MP também quer garantias de que o acusado revele novos desdobramentos, ao invés de reforçar o que já foi esclarecido pela investigação.

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A Polícia, que já visitou 12 residências em busca de Márcia Aguiar de Oliveira, esposa de Queiroz, espera que sua prisão pressione o marido a falar o que sabe. Nathalia Mello e Evelyn Mello, filhas do acusado também são investigadas.

Queiroz é acusado de operar o esquema das "rachadinhas" em que assessores do gabinete devolvem parte do dinheiro para políticos. O esquema aconteceu enquanto era assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, que na época era deputado federal. Queiroz foi preso esse mês, em uma residência de Frederic Wassef, ex-advogado de Flávio e íntimo da família Bolsonaro. 

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