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Um dos principais fundos de índices (ETF, na sigla em inglês) do Brasil sentiu rapidamente o baque do anúncio do rebaixamento do rating brasileiro nesta segunda-feira (24). O iShares MSCI Brazil Index, mais conhecido pela sigla EWZ, virou completamente após a notícia e, depois de subir mais de 1% durante o pregão, perde mais de 1,5% no after market.

De acordo com as cotações da Bolsa de Nova York, o ETF brasileiro era negociado às 19h (de Brasília) com queda de 1,57%. O desempenho pode ser uma amostra do comportamento da Bolsa de Valores de São Paulo amanhã.

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A tendência de queda observada na última meia hora é completamente contrária ao movimento observado no pregão tradicional, antes da decisão da S&P, quando o ETF terminou com valorização de 1,18% em um movimento que acompanhou o Ibovespa. Em São Paulo, o principal índice da bolsa brasileira terminou o dia em alta de 1,29%.

Segundo os gestores, entre os papéis com maior peso no fundo de índice brasileiro estão Itaú Unibanco (7,96% da carteira), Ambev (7,91%), Petrobras (5,97%), Bradesco (5,78%) e Vale (5%).

O mercado de fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) terá mais um produto que une a lógica do investimento com o conceito de sustentabilidade. É o ECOO11, fundo que acompanha o desempenho do Índice Carbono Eficiente (ICO2), cujas cotas começaram a ser negociadas no pregão desta sexta-feira da BM&FBovespa.

Patrocinado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), este é o segundo ETF a ser lançado pela instituição, cuja gestão está sob os cuidados da BlackRock. A primeira emissão do fundo de índice baseado no ICO2 somou R$ 1,014 bilhão.

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Embora a meta inicial fosse superior, de cerca de R$ 1,5 bilhão, segundo Julio Raimundo, diretor da área de mercado de capitais do BNDES, o valor alcançado foi uma "enorme vitória dadas as condições atuais do mercado". Segundo ele, o produto foi pensado há três anos, quando as condições do mercado eram outras, e já alcançou um patrimônio semelhante ao BOVA11 (ETF que tem como referência o Ibovespa), lançado há quatro anos.

Raimundo diz que o produto é o maior fundo baseado em um índice de carbono no mundo. "O grande mérito deste ETF é o fato de ele não só pensar na questão sustentável, mas entregar eficiência ambiental dentro da lógica de investimento", acrescentou o diretor da BlackRock no Brasil, Bruno Stein.

Com o lançamento de mais um produto, a família de ETFs soma agora 14 fundos. Recentemente, a BlackRock agregou mais um integrante à sua prateleira de produtos, o UTIP11 - fundo de índice baseado em empresas do setor de serviços de utilidade pública, que, segundo Stein, tem tido grande procura por parte dos investidores. Isso porque este fundo segue a estratégia de dividendos investindo em setores de energia elétrica e saneamento, considerados defensivos pelo mercado. "Estes segmentos não dependem de ciclos econômicos", lembrou ele.

Questionado sobre a oferta de mais produtos, o executivo destacou que a BlackRock sempre estuda novas soluções para disponibilizar ao mercado brasileiro, mas que não está debruçada em nenhum novo fundo de índice específico. Quem deve ter novidades ainda este ano é a Caixa, que venceu o processo de concorrência para constituição de um novo fundo de índice (ETF) referenciado no Ibovespa.

De acordo com o diretor de Renda Variável da BM&FBovespa, Julio Ziegelmann, não há data prevista para o lançamento deste produto que vai elevar para 15 o número de ETFs no Brasil. "O que deve sair este ano é a regulamentação autorizando a negociação de ETFs lastreados no mercado de renda fixa e em índices estrangeiros", disse durante o evento de lançamento do ECOO11.

O assunto está em discussão no âmbito da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A BM&FBovespa espera lançar o primeiro ETF de renda fixa no primeiro trimestre de 2013, conforme entrevista recente à imprensa de Marcelo Maziero, diretor de produtos da bolsa.

De janeiro a maio, o volume financeiro acumulado pelos fundos de índices já superou em 5,78% o total negociado durante todo o ano passado. Foram R$ 12,8 bilhões, em 401.117 negócios, ante R$ 12,1 bilhões e 577.723 negócios em 2011. Hoje, os ETFs já representam 1,8% do volume megociado na Bovespa, o dobro da participação que era no ano passado.

O crescimento deste mercado tem atraído mais gestoras, a exemplo da Caixa. Na opinião de Stein, da BlackRock, a concorrência é positiva para o mercado brasileiro, pois possibilita a consolidação deste produto, criado há cerca de 15 anos, na indústria local. O patrimônio da gestora em ativos brasileiros é de R$ 2 bilhões. No mundo, a BlackRock tem US$ 3,7 trilhões sob gestão, sendo US$ 500 bilhões em ETFs, equivalente a uma fatia de 43,5% do mercado global.

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