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O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta quinta-feira (28) que o governo federal está transferindo R$ 6 bilhões para o fundo que bancará o programa de poupanças para estudantes de baixa renda do ensino médio. A destinação dos recursos foi oficializada em portaria do Ministério da Fazenda, publicada no Diário Oficial da União de hoje. Ele deu as declarações a jornalistas na porta do Ministério da Educação depois de reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin.

"Hoje estamos pagando R$ 6 bilhões para o fundo que vai criar a poupança que vai ajudar na permanência do jovem na escola", disse o ministro. O Congresso já aprovou o projeto de lei do programa. O valor do auxílio por aluno e a abrangência serão definidos pelo governo federal. A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncie os valores em janeiro.

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"Vamos começar o ano que vem com o programa chamado Pé de Meia. Vai ser a poupança para o jovem estudantil do ensino médio. A ideia é começar já com primeiro, segundo e terceiro ano", disse Camilo Santana.

O programa é a maior aposta do governo federal para reduzir a evasão escolar no ensino médio. Alunos de baixa renda matriculados em escolas públicas e inscritos no CadÚnico, cadastro do governo federal para políticas sociais, serão o público alvo. É possível que o auxílio fique restrito aos alunos do CadÚnico que recebem Bolsa Família, uma fatia menor.

De acordo com o projeto de lei aprovado pelo Congresso, o benefício ficará condicionado à frequência do aluno a pelo menos 80% das horas letivas, aprovação em cada ano, participação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica e do Enem.

O Ministério da Fazenda editou Portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União que autoriza a integralização de cotas pela União no Fundo Privado que visa custear e gerir a Poupança de Incentivo à Permanência e Conclusão Escolar para Estudantes do Ensino Médio até o montante de R$ 6,100 bilhões. No final de novembro, o governo federal editou Medida Provisória que cria o programa de bolsas para alunos do ensino médio de baixa renda. Essa MP criou o Fundo Privado de financiamento dessa poupança, que poderá ser abastecido pelo governo federal no valor de até R$ 20 bilhões.

A portaria editada pelo ministério diz que a integralização dos R$ 6,100 bilhões deverá ser realizada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A MP de novembro já previa que caberia ao Ministério da Fazenda definir a aplicação dos valores recebidos e nas decisões que envolvam o Fundo.

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Esse benefício será concedido a alunos de escolas públicas inseridos no Cadastro Único (CadÚnico) e terá como exigência: frequência escolar; aprovação ao fim do ano letivo; matrícula no ano seguinte, quando for o caso; participação nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e nos exames aplicados pelos sistemas de avaliação externa dos entes federativos para a etapa do ensino médio; e participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira, 12, em votação simbólica, o projeto de lei que cria um incentivo financeiro a 2,5 milhões de estudantes de baixa renda do ensino médio. Em alteração feita de última hora, após acordo costurado com as lideranças da Casa, o relator, deputado Pedro Uczai (PT-SC), incluiu no texto a autorização para que o governo use até R$ 13 bilhões dos superávits do Fundo Social, ligado ao pré-sal, para bancar a iniciativa.

O valor é mais que o dobro do previsto inicialmente, de R$ 6 bilhões, e seria suficiente para financiar dois anos da medida, segundo o relator. O texto agora segue para o Senado Federal.

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Uczai afirmou ao Estadão/Broadcast que há o entendimento, por parte da consultoria legislativa, de que a inclusão desse trecho na proposta dispensaria a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) que destina até R$ 6 bilhões desse mesmo fundo ao novo programa, fora do teto de gastos. Esse PLP teve o aval do Senado no início desse mês, mas ainda aguarda a análise da Câmara.

Ou seja, seria uma estratégia para acelerar a tramitação do tema, uma vez que o Congresso entra em recesso no próximo dia 22. Técnicos da equipe econômica, no entanto, afirmaram que, por essa redação, as transferências do Fundo Social ficariam sujeitas ao teto e às regras do novo arcabouço fiscal. E que seria, sim, necessária a aprovação de um PLP para realizar a excepcionalização do teto.

Pelo projeto, os valores serão transferidos a um fundo privado, que será gerido pela Caixa Econômica Federal, responsável pelo repasse aos estudantes. Devido a pressões do Congresso, o relator retirou a possibilidade de o governo realizar aportes via ações de estatais e receitas obtidas com leilões do pré-sal - que constavam da Medida Provisória editada pelo Planalto e que foram classificadas como contabilidade criativa por economistas.

Por outro lado, Uczai viabilizou outra fonte de recursos, que viria das "sobras" de fundos garantidores. Dentre eles, fundos ligados ao antigo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e ao Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal, que ainda não teve a adesão esperada.

O Desenrola, porém, já usa as sobras de outro programa: o Pronampe, que financia micro e pequenas empresas com garantias da União. Há dúvidas, portanto, de quais seriam os valores disponíveis.

Saques x poupança

O projeto aprovado pela Câmara autoriza o governo a direcionar a maior parte da verba do programa a saques imediatos, reservando apenas um terço a aportes na poupança de longo prazo - que só poderá ser sacada após a conclusão da etapa escolar.

Trata-se de uma mudança de diretriz em relação ao texto original, da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que não tinha o formato de bolsa mensal. A proposta de 2021 permitia somente saques anuais, limitados a 40% dos valores aportados, e retinha o restante até o fim do terceiro ano, como forma de reduzir as elevadas taxas de evasão no País.

A nova redação suscitou críticas entre técnicos do governo envolvidos com o programa, que veem um formato assistencialista e de curto prazo, de olho na eleição municipal de 2024.

O relator, porém, negou qualquer tipo de viés eleitoral e defendeu os ajustes no texto: "Se você vê programas (de combate à evasão no ensino médio) no Brasil e no mundo, quem só fez poupança não teve o impacto esperado. O mundo real, da dificuldade dos pobres de irem para a escola, muitas vezes passando fome, se deslocando de um local ao outro... Se não tem um auxílio mensal, a evasão, antes de concluir o ano, é muito alta".

O diretor-executivo do Todos Pela Educação, Olavo Nogueira Filho, avalia a combinação entre transferências mensais e poupança como positiva, mas sugere uma recalibragem na divisão. "Considerando que um dos principais objetivos diz respeito ao incentivo para a conclusão do ensino médio, seria coerente que o montante destinado a esse aspecto fosse, no mínimo, equivalente ao dos repasses recorrentes ou muito próximo disso", afirma.

Nogueira também propõe que estudantes da faixa de extrema pobreza recebam repasses maiores do que o valor universal previsto para todos os alunos do CadÚnico.

O projeto de lei não define os montantes que serão distribuídos aos estudantes, mas traz cifras de referência: segundo o relator, seria possível pagar R$ 200 mensais, nos dez meses do ano letivo, mediante confirmação da matrícula, mais um aporte anual de R$ 1 mil, direcionado à poupança, que só seria resgatado após a conclusão do ensino médio. A definição desses montantes será feita por meio de portaria.

Os pagamentos serão condicionados a quatro pré-requisitos principais: matrícula nos respectivos anos; frequência escolar mínima (era de 75%, mas passou para 80% nas negociações dentro da Câmara); aprovação nos anos letivos; e realização de avaliações periódicas como o Enem e o Saeb.

Além dos alunos do ensino médio, também serão contemplados os estudantes do EJA (Educação de Jovens e Adultos), que tenham de 19 a 24 anos.

O papa Francisco voltou a apelar neste sábado (2) para a criação de um fundo com o dinheiro destinado a armamentos, com o objetivo de financiar a luta contra a fome global e a crise climática.

O apelo foi feito em seu discurso na 28 edição da Conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, a COP28, em Dubai, lido pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.

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Francisco, que foi impedido de participar da cúpula devido a uma crise de bronquite, disse: "Quanta energia a humanidade está desperdiçando nas muitas guerras em andamento, como em Israel e na Palestina, na Ucrânia e em muitas regiões do mundo".

O religioso explicou que todos esses conflitos não vão resolver os problemas, mas os aumentarão e voltou a questionar "quantos recursos são desperdiçados em armamentos, que destroem vidas e arruínam a casa comum".

"Reitero uma proposta: com o dinheiro que é gasto com armas e outras despesas militares, criemos um fundo mundial para finalmente eliminar a fome e realizar atividades que promovam o desenvolvimento sustentável dos países mais pobres, combatendo das alterações climáticas", disse.

O líder da Igreja Católica explicou ainda que "as alterações climáticas sinalizam a necessidade de uma mudança política" e defendeu que "saiamos das restrições do particularismo e do nacionalismo", pois são "padrões do passado".

No texto, o argentino pede que "abracemos uma visão alternativa e comum", que permitirá uma conversão ecológica, porque "não há mudanças duradouras sem mudanças culturais".

"É tarefa desta geração dar ouvidos aos povos, aos jovens e às crianças para lançar as bases de um novo multilateralismo. Por que não começar pela casa comum?", questionou.

O Pontífice assegura nisto "o compromisso e o apoio da Igreja Católica, ativa sobretudo na educação e na sensibilização para a participação comum, bem como na promoção dos estilos de vida, porque a responsabilidade é de todos e a de cada um é fundamental".

Segundo Francisco, a "saída" da crise climática é "aquela que vocês estão seguindo nestes dias: o caminho da união, do multilateralismo".

"É preocupante neste sentido que o aquecimento global seja acompanhado por um esfriamento geral do multilateralismo e por uma desconfiança crescente na comunidade internacional. É essencial reconstruir a confiança, fundamento do multilateralismo", acrescenta ele, enfatizando que "isto aplica-se tanto ao cuidado da criação como à paz: são as questões mais urgentes e estão interligadas".

Jorge Bergoglio garantiu que "é essencial uma mudança de ritmo que não seja uma modificação parcial da rota, mas uma nova forma de proceder juntos".

De acordo com ele, "se o Acordo de Paris marcou 'um novo começo' na luta contra as mudanças climáticas, que começou no Rio de Janeiro em 1992, devemos agora "relançar a jornada".

"Que esta COP seja um ponto de viragem: deixe-a demonstrar uma vontade política clara e tangível, que conduza a uma aceleração decisiva da transição ecológica, através de formas que têm três características: são eficientes, vinculativas e facilmente monitoradas", afirmou.

Por fim, o Santo Padre pediu que todos encontrem realização em quatro campos: "eficiência energética; fontes renováveis; eliminação de combustíveis fósseis; educação para estilos de vida menos dependentes destes últimos".

"Por favor, vamos em frente, não vamos voltar atrás. Aqui se trata de não adiar mais, de realizar, não apenas de esperar, o bem dos seus filhos, dos seus cidadãos, dos seus países, de nosso mundo. A história agradecerá. 2024 marca o ponto de virada", concluiu ele, apelando para que as divisões fiquem para trás e as forças se unam. "Com a ajuda de Deus, saímos da noite de guerras e de devastação ambiental para transformar o futuro comum numa aurora de luz". 

*Da Ansa

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que os Estados usem 80% de suas respectivas parcelas do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para ações de combate a homicídios. A medida representa um direcionamento de cerca de R$ 800 milhões para redução de mortes violentas em 2023.

O critério, definido em agosto pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, é uma reação às críticas sobre os resultados da pasta na área de segurança pública. Como mostrou a Coluna do Estadão, o PT acredita que o governo está perdendo o debate público sobre o tema e culpa o ministro por isso. As queixas da cúpula partidária já foram levadas a Lula.

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Em 2023, a parcela do FNSP repassada aos Estados será de R$ 1.009.563.054,00 (veja divisão abaixo). Além dos 80% para combater homicídios, 10% deverão ser destinados para ações de enfrentamento à violência contra mulheres e os outros 10% à melhoria da qualidade de vida dos profissionais da segurança pública.

Até então, não havia um porcentual mínimo a ser destinado para enfrentamento das mortes violentas. A portaria que estabeleceu os novos critérios determina ainda que eles deverão ser novamente cumpridos pelos Estados no exercício de 2024.

Entre as ações que os governadores poderão desenvolver com as fatias reservadas para enfrentamento das mortes violentas estão compras de viaturas, novos armamentos e equipamentos.

Outros setores do governo, como partes da Polícia Federal, manifestaram incômodo com a nova diretriz por considerarem que ela trata o combate a homicídios de modo simplificado, com foco em ações ostensivas que podem gerar mais dividendos políticos do que resultados práticos.

A mudança no critério do Fundo é sequência de uma outra baixada pelo governo federal para tentar ganhar tração na pauta da segurança pública. Em março, Dino permitiu que os novos governadores alterassem os planos das gestões anteriores para destinar mais de R$ 2 bilhões que ficaram represados entre 2019 e 2022.

A portaria anterior ressaltava que o aval para a revisão dos planos se dava pela "necessidade de ampliar a eficácia das ações de segurança pública". Para receber os recursos, os Estados precisam enviar planos de aplicação ao governo federal.

O ministério permitiu que os governadores empossados em 2023 pudessem refazer os planos dos antecessores para usar como quisessem, desde que a destinação também ficasse restrita a ações relacionadas à segurança.

As novas portarias passam pelas mãos do chefe da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Tadeu Alencar. Segundo ele, a definição dos 80% visa solucionar uma demanda geral da sociedade e reduzir o número de mortes.

O Brasil registrou uma redução de 2,4% nos registros oficiais de mortes violentas intencionais ocorridas em 2022, na comparação com 2021. Foram 47,5 mil pessoas mortes, contra 48,4 mil no ano anterior. O ex-presidente Jair Bolsonaro buscou vincular a queda à política de facilitação do acesso a armas para civis, tese repudia por especialistas e pesquisadores do tema.

"Não temos dúvida de que ao final de um ciclo de governo teremos uma estruturação das políticas de segurança muito diferentes da ausência de políticas de segurança que marcou o governo Bolsonaro. Não nos parece razoável ter 47 mil homicídios, ainda que sejam menos que em anos anteriores. Isso nos impõe como desafio reduzir a criminalidade violenta", afirmou Tadeu Alencar.

O investidor Marcelo Claure - o nome por trás da vinda da rede chinesa de moda Shein para a América Latina e que também trouxe o grupo japonês Softbank para a região - criou um fundo que deve chegar a US$ 500 milhões para investir em empresas. Desse total, US$ 440 milhões já estão assegurados, com recursos dele e de outros investidores, incluindo o Mubadala (fundo soberano de Abu Dhabi) - e o foco será 100% na América Latina.

Não há um volume específico destinado para cada país da região, vai depender das oportunidades em cada um, mas Claure disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o Brasil sempre acaba ficando com algo como 70% a 80% dos recursos de fundos para a América Latina. No Softbank, ficou com uma fatia de 65% a 70%.

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"Pelo tamanho do mercado e pela quantidade de empreendedores que tem no Brasil, sempre acaba sendo o mercado mais importante. É um país muito digital", disse Claure, citando que os brasileiros sempre são ávidos por adotar novas tecnologias.

Ele cita o exemplo de outras empresas como Uber e Netflix e agora, com sua experiência na Shein, ressalta que é visível o rápido interesse dos brasileiros por tecnologia.

O fundo faz parte da Bicycle Capital, a nova gestora que aposta em empresas com potencial de crescimento ("growth equity"), que tem no comando Claure e o investidor Shu Nyatta, este também ex-Softbank. Segundo Claure, com o aporte inicial de US$ 500 milhões o fundo é o maior do gênero desde a correção do mercado em 2022 - que azedou a vida das empresas de tecnologia e afastou investidores.

Em janeiro deste ano, Claure investiu US$ 100 milhões na Shein, onde é o presidente do conselho na América Latina. É também ex-CEO do Softbank, onde lançou os dois fundos para América Latina. Ele deixou o grupo japonês no ano passado, alegando insatisfação com sua remuneração.

BTG

O fundo também será distribuído a investidores no Brasil por meio da plataforma de produtos de investimento do BTG Pactual.

Claure contou que este tipo de carteira normalmente é acessível somente a grandes investidores, em sua maior parte institucionais, com altos valores, mas resolveu abrir sua nova empreitada para o varejo.

Os valores mínimos e condições de investimento vão ser definidos pelo banco brasileiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As grandes economias do G20 anunciaram neste domingo (13), antes de sua cúpula na Indonésia, a criação de um fundo de US$ 1,4 bilhão para se prepararem para futuras pandemias, um valor considerado insuficiente pelo país anfitrião da reunião.

Durante coletiva de imprensa, o presidente indonésio Joko Wikodo explicou que o fundo, do qual participam 24 países, tem como objetivo "evitar uma pandemia e se preparar para ela".

"Mas isso não é suficiente" declarou Widodo, ao estimar que são necessários 31 bilhões de dólares.

"Devemos garantir que a comunidade possa resistir a uma pandemia. Uma pandemia não pode ceifar vidas e romper as articulações da economia mundial", acrescentou.

Este fundo foi lançado pelos ministros da saúde e da área de finanças dos países do G20, na presença do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e do presidente do Banco Mundial, David Malpass.

É considerado um dos raros progressos esperados no contexto da cúpula do G20, que começa na terça-feira na ilha paradisíaca de Bali, e que está marcada por profundas divisões sobre a guerra na Ucrânia.

A secretária de Controle Externo do Desenvolvimento Econômico do Tribunal de Contas da União (TCU), Andreia Rocha Bello de Oliveira, cobrou a devolução de R$ 3,4 bilhões em verbas emergenciais enviadas pelo Ministério do Turismo a bancos públicos para socorrer o setor em meio à pandemia. A cifra deve retornar ao Tesouro para que seja destinada a outros fins mais urgentes.

A auditoria recomendou a abertura de uma investigação sobre irregularidades no uso da verba por parte de agentes do ministério. E fez uma alerta sobre um projeto de lei que tramita no Senado e, se aprovado, pode normalizar situações tidas, hoje, como irregulares pela fiscalização.

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A verba questionada pelo TCU corresponde a 68% de um total de R$ 5 bilhões liberados pelo governo federal com a finalidade de evitar falências e recuperações judiciais de empresas da cadeia de turismo em dificuldades em razão da pandemia de covid. Os recursos foram liberados via Fundo Geral do Turismo (Fungetur) a bancos públicos para financiar empréstimos às empresas. Até a última prestação de contas, em novembro, o governo havia repassado R$ 3,6 bilhões, dos quais só R$ 1,9 bilhão foi convertido em operações de crédito.

A auditoria questiona o fato de que, até outubro, R$ 2 bilhões ainda estavam ociosos no caixa dos bancos beneficiados, mesmo após mais de um ano depois da liberação do crédito. A fiscalização identificou que, dos 24 bancos credenciados até então, cinco não fizeram qualquer financiamento e quatro nem sequer receberam aportes, apesar de terem sido empenhados (reservados no orçamento) R$ 754 mihões para tais instituições. "Treze dessas 24 entidades não lograram escoar mais da metade dos recursos que foram transferidos pelo Fungetur", diz a auditoria.

A fiscalização também questiona a liberação excessiva da verba ainda em 2020, o que resultou em R$ 1,3 bilhão de restos a pagar para este ano. A respeito deste valor, a auditoria requer o cancelamento para que seja remanejado ao Tesouro, que poderá alocar em qualquer outra política do governo. E pede a apuração de responsabilidades na pasta sobre o uso da cifra.

Segundo o relatório da auditoria, o montante de R$ 3,4 bilhões representa "um custo de oportunidade à sociedade brasileira, haja vista que poderiam ser direcionados a demais programas/ações do governo federal adotados para o enfrentamento da emergência de saúde pública".

Denúncia

A fiscalização ainda chamou a atenção para o andamento do projeto de lei que cria o Novo Fungetur, aprovado pela Câmara e pendente de votação no Senado. Como mostrou o Estadão, o PL prevê que o recurso de caráter extraordinário seja considerado de natureza ordinária. Se a verba ficar ociosa no caixa de bancos públicos, responsáveis por emprestá-la a empresas da área, não precisará mais ser devolvida ao governo federal. Segundo a auditoria, eventuais medidas alinhadas pelo TCU podem se tornar "inócuas" caso o PL passe a ter "força de lei".

O relatório de auditoria foi encaminhado ao ministro Marcos Bemquerer, relator do processo de acompanhamento da verba emergencial destinada ao Fungetur. A secretária de Controle Externo do Desenvolvimento Econômico do TCU pede que o ministro acolha os apontamentos da auditoria e determine ao Ministério do Turismo a devolução da verba e a investigação das irregularidades. Após o julgamento do caso pela Corte, ainda propõe que os autos sejam encaminhados ao Senado e à Câmara, que debatem o projeto que pode descaracterizar o Fungetur.

Auditores do TCU ainda vão se debruçar sobre os casos revelados pelo Estadão, que denunciou o desvio de finalidade no uso da verba. O recurso, supostamente emergencial, ajudou a financiar a construção de um resort em nome de magistrados e ex-dirigentes do banco público responsável pelo empréstimo. Em outro caso, o fundo bancou o financiamento das obras de um museu de um clube de futebol. Segundo as regras do orçamento de guerra, novos empreendimentos jamais poderiam ser beneficiados pela verba emergencial.

A mesma reportagem mostrou que parte dos bancos contemplados havia represado valores bilionários. E que os poucos empréstimos feitos por estas instituições foram parar nas mãos de grandes empresas, um político investigado por corrupção e um ex-secretário executivo do Ministério do Turismo acusado de desvios. De acordo com o próprio TCU, os repasses deveriam servir para socorrer pequenas e médias empresas.

Procurado, o Ministério do Turismo não se manifestou sobre os pedidos do TCU.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em evento em que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou um fundo para financiar projetos de bioeconomia na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro disse que seu governo está comprometido com a proteção da floresta e comemorou a criação do instrumento de financiamento para a região. A ideia de criar um fundo organizado pelo BID foi proposta pelo Brasil em 2019 e considerada uma vitória dentro do governo brasileiro.

Segundo o presidente do BID, Mauricio Claver-Carone, o banco se compromete com um aporte de US$ 20 milhões e há compromissos de doação que o fazem estimar o valor inicial para o fundo em US$ 1 bilhão. Os valores, no entanto, dependerão de doadores e financiamento dos próprios países e também da iniciativa privada.

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Em setembro de 2019, em meio à crise de imagem internacional gerada pelo aumento nas queimadas na Amazônia, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez um giro no exterior que incluiu reuniões na capital dos Estados Unidos. Em Washington, Salles anunciou o plano de criar um fundo com o BID para "avançar na bioeconomia"e no "pagamento por serviços ambientais", após conversa com o então presidente do banco, Luis Alberto Moreno. Na mesma época, o governo Bolsonaro travou o funcionamento do Fundo Amazônia, formado com doações bilionárias da Noruega e da Alemanha.

Desde então, o Brasil trabalhou internamente no BID para viabilizar um fundo para a região, que foi lançado hoje. Claver-Carone anunciou que a instituição irá se comprometer com R$ 20 milhões para desenvolver projetos sustentáveis que possam ser financiados pelo fundo. A verba do próprio fundo para a execução desses projetos, no entanto, ainda è discutida. Em discurso no qual lançou o projeto, Claver-Carone sugeriu que o valor depende de doações.

"Em paralelo à essa iniciativa (comprometimento de US$ 20 milhões), e seguindo a sugestão do governo do Brasil, estamos iniciando consultas com a comunidade doadora para estabelecer um fundo de bioeconomia", disse. Depois, em entrevista coletiva, ele afirmou que há interesse de doação por parte de europeus e a expectativa é superar o valor de US$ 1 bilhão. "É muito importante esse fundo porque é a única iniciativa na qual 7 países onde está a Amazônia estão comprometidos", afirmou Carone.

O americano Claver-Carone é um ex-integrante do governo Donald Trump mal visto pelo time de Joe Biden. Ele adaptou seu discurso desde a eleição do democrata para buscar convergência com a nova Casa Branca e passou a defender a criação de fundos para projetos sustentáveis e de proteção ambiental. À frente do BID, ele busca um aumento de capital de US$ 80 bilhões, algo que não acontece desde 2010. Como os EUA são o maior acionista do BID, com 30% de participação, ele precisa de um comprometimento do governo Biden. O Brasil tem 11,4% de participação.

O compromisso de países da região com a preservação ambiental, especialmente do Brasil, é considerado essencial para tentar captar recursos junto ao setor privado para os projetos de bioeconomia. Este é o segundo pronunciamento à comunidade internacional nesta semana em que Bolsonaro diz trabalhar pela preservação da Amazônia. Na terça-feira, 16, o presidente defendeu o desenvolvimento sustentável da região em reunião remota com outros presidentes da América do Sul, integrantes do Prosul.

O Brasil tem sido pressionado a adotar medidas de preservação da Floresta Amazônica desde o início do governo Bolsonaro, quando os alertas de desmatamento atingiram patamares historicamente altos. A eleição de Joe Biden para a Casa Branca colocou a questão de volta ao centro do debate internacional, desta vez com o peso do engajamento do novo governo americano, que colocou a questão ambiental como pilar de sua política externa.

Desde então, o Brasil tem buscado demonstrar aos americanos -- e à comunidade internacional -- que está disposto a cooperar nas discussões sobre preservação ambiental, como ressaltado por Bolsonaro a Biden em carta enviada em janeiro à Casa Branca. "Estamos, mais uma vez, demonstrando o compromisso do Brasil e dos países da região amazônica com a conservação e o uso sustentável da floresta", disse Bolsonaro hoje, no discurso gravado e transmitido durante evento promovido pelo BID.

O presidente não apresentou, no entanto, compromissos domésticos novos sobre os planos do Brasil para diminuir o desmatamento na região, como fez o presidente da Colômbia, Iván Duque. Também presente no encontro do BID, Duque anunciou medidas locais, como a apresentação de um projeto de lei para endurecer a pena dos que atentem contra a floresta. Duque também falou que quer "exercer papel de liderança" na questão ambiental e anunciou os compromissos que planeja apresentar na Cúpula do Clima, em novembro.

Aos integrantes do BID, Bolsonaro citou iniciativas já conhecidas, como o lançamento do satélite Amazonia 1, para monitorar a região. "O desenvolvimento sustentável e o fim do desmatamento ilegal dependem da valorização da economia amazônica e da melhoria da qualidade de vida da população local", disse Bolsonaro. A comunidade internacional tem cobrado planos concretos para redução do desmatamento no País. Em carta enviada ao Planalto no dia 26 de fevereiro, como resposta à de Bolsonaro, o presidente dos EUA falou que "espera ver compromissos do seu governo para ampliar a ambição (de proteção) climática" no encontro que os EUA organizarão sobre o tema em 22 de abril.

Ao tratar da situação atual do desmatamento, Bolsonaro comemorou a queda nos alertas de desmatamento nos últimos seis meses. "Por iniciativa do meu governo, houve uma queda de 20% nos alertas de desmatamento em comparação com o mesmo período do ano anterior. Conseguimos evitar o desmatamento de área equivalente a mil quilômetros quadrados", disse.

Entre setembro do ano passado a fevereiro deste ano, os alertas de desmatamento registrados pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, apontaram uma perda de 2.536 km2, ante 3.232 km2 no mesmo período do ano anterior, uma queda de 21,53%. A queda, no entanto, é observada sobre o patamar mais alto de desmatamento desde 2016 e ainda é o segundo valor mais alto desde então. Os alertas de desmatamento na Amazônia no acumulado dos dois primeiros anos do governo Bolsonaro foram, em média, 82% superiores à média dos alertas registrados nos três anos anteriores. / COLABORARAM GIOVANA GIRARDI e FELIPE FRAZÃO

Em discurso durante reunião com os governadores, o presidente da Câmara, Arthur Lira, defendeu a união para a imunização rápida de todos os brasileiros. Ele afirmou que a Casa vai pautar com prioridade todas as matérias que podem ajudar na superação da pandemia. Lira anunciou que o Congresso Nacional vai destinar uma séria de recursos do Orçamento para o combate à pandemia, com a criação de um Fundo Emergencial de combate à pandemia, "uma espécie de mega rubrica orçamentária onde estarão destacadas todas as receitas que dizem respeito à pandemia, com o somatório de todos recursos", explicou.

Segundo o presidente da Câmara, esses gastos respeitarão o teto de gastos. “O que nós chamamos de fundo emergencial de combate a pandemia é, basicamente, um montante, que não extrapola o teto de gastos. É o somatório de todas as despesas orçamentárias diluídas, que ficarão agora totalizadas numa contabilidade única, permitindo sabermos todas as despesas para o enfrentamento à Covid no Orçamento Geral da União” ,afirmou o presidente.

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Lira pediu a atuação dos governadores para mobilizar suas bancadas estaduais para a alocação de novos recursos para algum novo programa ou reforço dessas rubricas orçamentárias com a compensação de cortes em outras áreas. Ele também sugeriu que os governadores busquem com os deputados do seu estado que destinem a totalidade das emendas parlamentares para o combate à pandemia.

Arthur Lira também defendeu que qualquer recurso extra que seja arrecadado componha o fundo emergencial para o combate à pandemia. “O que estou colocando em discussão é alguma forma de colaborarmos, governos estaduais e Câmara dos Deputados, para que os legítimos e justos anseios e angústias de vossas excelências possam se traduzir num trabalho comum, na peça orçamentária, de forma participativa, utilizando a capacidade de lideranças dos senhores e respeitando os limites fiscais que regem o país”, disse Lira.

“Estamos falando aqui neste fundo exclusivamente dos programas assistenciais e de saúde que possam beneficiar, com emendas parlamentares e com o Orçamento Geral da União. Mas nós sabemos que há outras fontes também via estatais, instituições financeiras estatais, bancos públicos que podem se somar a este esforço que não estão contabilizados aqui”, ressaltou o presidente.

O presidente destacou ainda que muitas das ações federais de combate à pandemia ocorrerão por meio da Caixa Econômica Federal, como a suspensão da cobrança de juros e dos empréstimos de pessoas físicas e jurídicas atingidas pelas enchentes, como aconteceu no Acre, no resgate do FGTS dos clientes vulneráveis, no Pronampe e em vários outros programas de financiamento. Segundo Lira, esses programas têm ajudado o caixa dos estados.

Vacinação

Lira reafirmou que o governo estabeleceu um programa de imunização com 140 milhões de vacinas até maio. Ele destacou que a Câmara tem feito um esforço para ampliar a oferta de imunizantes da forma mais rápida possível.

“Os problemas são muito grandes, mas nossa capacidade de superar, oferecer soluções é muito maior. Estamos aqui diante dos políticos mais experientes do País, eleitos pelo povo dos seus Estados e tenho certeza de que os senhores, com a responsabilidade que tem, sabem que o povo espera de todos nós o exemplo de liderar e não de nos enfrentarmos uns aos outros”, disse.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

 

A juíza federal Jaíza Fraxe determinou que o governo do Amazonas use recursos do Fundo de Desenvolvimento do Turismo e Interior (FTI), hoje com cerca de R$ 150 milhões em caixa, para comprar vacinas contra a Covid-19. O pedido foi feito pelas Defensorias Públicas do Estado e da União logo após o governo federal negar prioridade na distribuição de doses.

A requisição das Defensorias tem o objetivo de garantir a vacinação de cerca de 70% da população amazonense a partir das cidades de Manaus, Manacapuru, Tefé, Iranduba, Itacoatiara, Parintins, Coari e Tabatinga.

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"Vários governadores estão pleiteando esse direito de comprar vacinas, que o STF já autorizou aos Estados, para acelerar a vacinação junto com o calendário do governo federal. Seria uma incoerência sem tamanho se o governador do Amazonas não acatar essa determinação, já que está com a faca e o queijo na mão: tem dinheiro em caixa para comprar as vacinas e autorização para comprá-las", destaca o defensor público Rafael Barbosa, titular da Defensoria Especializada em Atendimento de Interesse Coletivo. "Como o governo estadual está flexibilizando o isolamento a cada semana, o ideal é que a população seja vacinada o quanto antes".

"Em razão do grave estado de calamidade pública pelo que passa o Amazonas, (...) para evitar mais mortes decorrentes do contágio avassalador e o implacável transcurso de tempo e por considerar o juízo que já se perderam mais de cinco mil pessoas no Amazonas pela Covid-19 apenas em 2021, não há mais tempo a perder", escreve.

Em seu texto, a juíza sugere vantagens da vacina da Pfizer e da BioNTech, baseada no RNA mensageiro, contra a Covid-19. "A ideia é que o mRNA sintético dê as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do vírus. No ponto, a própria aquisição para o Amazonas é facilitada pela sua localização estratégica, podendo ser viabilizada e operacionalizada por meio do Estado da Flórida, cidade de Miami, com o custo reduzido".

Segundo estudo publicado pela revista científica The Lancet, uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech fornece eficácia de 85% contra o novo coronavírus de duas a quatro semanas após a aplicação.

A ação das Defensorias recomenda que indivíduos menores de 50 anos e maiores de 17 anos de idade, que já tenham sido infectados pelo coronavírus, devidamente documentados, residentes na capital, e nos municípios de Manacapuru, Tefé, Iranduba, Parintins, Coari e Tabatinga, recebam apenas uma injeção. Nesta semana, contudo, a farmacêutica sinalizou que avalia uma terceira dose de reforço contra novas variantes.

O governo do Estado pode recorrer da decisão. A reportagem entrou em contato com a assessoria do governo, mas ainda não teve resposta. O espaço está aberto para manifestações.

O Grupo Carrefour Brasil anunciou nesta segunda-feira, 24, a criação de um fundo para promover inclusão racial e combater o racismo. O aporte inicial será de R$ 25 milhões. O valor é adicional à doação anunciada pela empresa, que reverterá o resultado das vendas realizadas nos hipermercados da rede no país no dia 20 de novembro.

"Sabemos que não podemos reparar a perda da vida do senhor João Alberto. Este movimento é o primeiro passo da empresa para que o combate ao preconceito e racismo estrutural, que é urgente no Brasil, ganhe ainda mais força e apoio da sociedade. Acreditamos que poderemos evoluir e contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária", afirma Noël Prioux, CEO do Grupo Carrefour Brasil no comunicado.

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A empresa afirma que tem se reunindo com entidades representativas da causa e com especialistas que atuam nesta frente.

Além disso, a partir das reivindicações, a empresa diz que anunciará na quarta-feira, 25 de novembro, os compromissos e o plano de ação do trabalho, que nortearão este fundo. As iniciativas compreenderão ações internas e projetos de âmbito externo, visando promover ações que envolvam seus milhares de colaboradores e também seus públicos externos.

Líderes do Senado decidiram votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Novo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) daqui duas semanas. A medida deve receber aval sem alterações.

O texto será pautado na semana do dia 18 de agosto, de acordo com o líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA). Os senadores fizeram uma reunião remota na manhã desta terça-feira, 4, para definir a pauta da Casa.

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O texto foi aprovado na Câmara no dia 21 de julho. O Fundeb é o principal mecanismo de financiamento das escolas públicas do País. Além de aumentar a quantidade de recursos que a União passa a depositar no fundo, o novo formato que foi aprovado por deputados diminui a desigualdade, destinando mais dinheiro aos municípios mais pobres. Com as mudanças, 17 milhões de alunos a mais serão beneficiados no País, por meio de recursos para a escolas em que estudam. Na Câmara, no primeiro turno, foram 499 votos a favor e 7 contra. Na segunda votação, o placar ficou em 492 votos a favor do texto e 6 contra. Somente deputados bolsonaristas votaram contra a proposta nas duas votações, entre os quais Bia Kicis (PSL-DF) e Chris Tonietto (PSL-RJ).

O Fundeb foi criado em 2007. A votação do projeto foi marcada por polêmicas envolvendo o governo Bolsonaro, que queria destinar recursos do fundo ao Renda Brasil.

Pelo texto, o governo federal passa a responder por 23% do total dos recursos, que vai aumentar gradativamente durante seis anos. Em 2021, serão 12% e em 2022, 15%. Depois, os recursos aumentarão em dois pontos percentuais a cada ano. Além disso, 2,5% irão para municípios que tiverem melhores resultados de aprendizagem, mas os detalhes ainda serão definidos em lei complementar.

Outra mudança é que a lógica, que era estadual, passou a ser municipal. Ou seja, municípios pobres em Estados ricos não recebiam essa complementação da União. Segundo cálculos do Todos pela Educação, 2745 redes de ensino e 17 milhões de alunos a mais receberão dinheiro para aumentar o quanto investem por estudante, até 2026. O valor mínimo investido por aluno deve aumentar de R$ 3,7 mil para R$ 5,7 mil.

Dos 26 vetos presidenciais que aguardam apreciação do Congresso Nacional, pelo menos oito são relacionados a projetos de combate à pandemia da covid-19. Entre as propostas aprovadas por deputados e senadores e rejeitadas pelo presidente Jair Bolsonaro, está a liberação de R$ 8,6 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios comprarem equipamentos e materiais de combate ao novo coronavírus (VET 19/2020).

O projeto original que deu origem à Lei Complementar 173, de 2020, previa a extinção do Fundo de Reserva Monetária, mantido pelo Banco Central, e a destinação dos recursos para o enfrentamento da pandemia. Alguns parlamentares se movimentam para que o veto seja derrubado. Líderes de partidos no Senado, como Cidadania, Rede e PT, já se manifestaram contra as mudanças feitas por Bolsonaro.

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“Vamos atuar no Senado para derrubar o veto presidencial. Com o veto, não se pode usar o saldo remanescente do Fundo de Reserva Monetária, de cerca de R$ 8,6 bi, para aquisição de insumos e equipamentos no combate à covid-19. O presidente vetou o repasse para estados e municípios para o combate à covid-19, demonstrando insensibilidade com as milhares de famílias vítimas dessa doença. A justificativa do veto não se sustenta”, escreveu a líder do Cidadania, senadora Eliziane Gama (MA).

Nas razões dos vetos enviadas ao Congresso Nacional, Jair Bolsonaro afirma que, ao alterar a destinação final dos recursos por meio de emenda parlamentar, o projeto de lei de conversão “inova e veicula matéria diversa do ato original, em violação aos princípios da reserva legal e do poder geral de emenda”. “Ademais, o projeto cria despesa obrigatória ao poder público, ausente ainda o demonstrativo do respectivo impacto orçamentário e financeiro no exercício corrente e nos dois subsequentes”, afirma o presidente.

Auxílio emergencial

Parte dos senadores defende a derrubada do veto parcial à expansão do auxílio emergencial de R$ 600 para outras categorias profissionais, aprovada pelo Congresso. A Lei 13.998, de 2020, autorizou o pagamento do auxílio para mães menores de 18 anos, mas o governo retirou do texto a expansão do benefício a motoristas de aplicativos, pescadores, diaristas e ambulantes de praia, entre outras categorias profissionais (VET 13/2020).

O governo alega que a proposta feria o princípio da isonomia por privilegiar algumas profissões em detrimento de outras. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do projeto original de ampliação do benefício, trabalha para rever a decisão de Jair Bolsonaro.

“Quantos desses trabalhadores e quantas dessas famílias sofrerão, além da crise, com a fome e a falta de recursos?  Vamos lutar pela derrubada desses vetos!”, escreveu o senador.

Parlamentares também precisam dar a palavra final sobre a lei original que criou o benefício (Lei 13.982, de 2020) e que também teve dispositivos suprimidos (VET 3/2020).

Reajuste a servidores

Alguns senadores defendem a derrubada do veto ao reajuste salarial para servidores públicos civis e militares diretamente envolvidos no combate à pandemia (VET 17/2020). A permissão de reajuste para carreiras como peritos, agentes socioeducativos, profissionais de limpeza urbana, serviços funerários e assistência social, trabalhadores da educação pública e profissionais de saúde estava prevista no PLP 39/2020, sancionado como Lei Complementar 173, de 2020.

O líder do PSL, senador Major Olimpio (SP), criticou um dispositivo da lei que proíbe União, estados, Distrito Federal e municípios de pagarem anuênios, triênios, quinquênios e licenças-prêmio aos servidores que completariam o tempo necessário para a obtenção dos benefícios até dezembro de 2021.

“Profissionais da segurança pública perderão a contagem de tempo para quinquênios e outros direitos. Os que estão se expondo no enfrentamento da pandemia só serão penalizados”, escreveu.

O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) defendeu o veto ao reajuste dos servidores públicos. “Penso que todos devem contribuir com cota de sacrifício. Por que só os trabalhadores privados têm que pagar essa conta? O veto reduz essa assimetria. O ideal seria que ninguém fosse sacrificado em sua renda. Mas estamos em calamidade pública”, afirmou.

A norma estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus para estados, Distrito Federal e municípios. O plano prevê a negociação de empréstimos, a suspensão do pagamentos de dívidas contratadas com a União (estimadas em R$ 65 bilhões) e o repasse de R$ 60 bilhões para os governos locais aplicarem em ações de enfrentamento à pandemia.

Outros vetos

Também aguarda uma posição do Congresso o veto parcial à Lei 14.006, de 2020, que permite à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a importação e a distribuição de medicamentos e equipamentos contra a covid-19 já liberados para uso no exterior. O governo vetou o prazo máximo de 72 horas   estabelecido no projeto original (VET 18/2020).

Senadores e deputados vão analisar ainda os dispositivos vetados na Lei 13.999, de 2020, que concede uma linha de crédito para pequenas e microempresas enfrentarem os efeitos da pandemia de coronavírus. A norma criou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Entre outros pontos, o Palácio do Planalto barrou com o VET 14/2020 a carência de oito meses do empréstimo, período em que as parcelas seriam reajustadas apenas pela taxa Selic. Segundo o Executivo, a carência “contraria interesse público e gera risco à própria política pública, ante a incapacidade dos bancos públicos de executarem o programa com as condições apresentadas pelo projeto”.

Na lista de projetos de combate à pandemia que tiveram dispositivos vetados e aguardam decisão final do Congresso, estão o que permite uso da telemedicina durante crise do coronavírus (VET 6/2020); e o veto total (VET 7/2020) ao projeto que libera o trabalhador de apresentar atestado médico como comprovação do motivo de quarentena, para justificar a falta ao trabalho durante os primeiros sete dias.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, informou durante sessão remota nesta quarta-feira (3) que o Congresso deve se reunir na próxima semana. A data da sessão deve ser definida após a reunião de líderes de segunda-feira (8). Para que um veto seja derrubado pelo Congresso, são necessários, no mínimo, 257 votos de deputados e 41 de senadores.

*Da Agência Senado

 

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, afirmou nesta quarta-feira (3) que parlamentares se surpreenderam com o veto do presidente Jair Bolsonaro ao uso do saldo remanescente do extinto Fundo de Reservas Monetárias (FRM), de cerca de R$ 8,6 bilhões, para o combate ao novo coronavírus. Os recursos seriam usados para ajudar estados e municípios no enfrentamento à pandemia de covid-19. Com o veto, essa verba somente poderá ser usada no pagamento à dívida pública.

“Surpreendeu [o veto] em relação aos R$ 8 bilhões. Cabe ao Parlamento decidir agora [se mantém o veto]. A impressão que eu tive era de que tinha um acordo com o governo para votar a matéria, tanto que eles colocaram uma vinculação com o fim do isolamento”, afirmou o congressista.

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A proposta foi enviada pelo Senado para sanção presidencial em maio, por meio de uma medida provisória que extinguiu o Fundo de Reservas Monetárias. A medida foi aprovada por votação simbólica na Câmara e por ampla maioria dos senadores.

Para Rodrigo Maia, o governo demorou a sancionar o projeto. No entanto, o auxílio dará um alívio fiscal para governadores e prefeitos quando chegar.

“A informação que recebi hoje é que será disponibilizado [auxílio aos estados e municípios] até 9 de junho. Demorou a sanção, agora é uma questão de fazer o ajuste baseado no que foi aprovado no Congresso e sancionado. Os governadores precisavam retirar as ações que tinham no STF. Essa semana teve 17 ações que foram retiradas e essa é uma das pré-condições que o governo decidiu”, argumentou o deputado.

Fake News

Rodrigo Maia reafirmou ainda que a Câmara dos Deputados deve voltar a discutir o assunto de Fake News. Ontem, Maia disse que vai conversar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para tentar costurar um texto conjunto das suas Casas sobre o tema.

Segundo o deputado, a discussão deve respeitar a liberdade de imprensa, as plataformas, mas deve alcançar os financiadores de ataques e disseminações de notícias falsas. Atualmente, o assunto é tratado em uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que reúne 15 deputados e 15 senadores. As atividades da comissão estão interrompidas desde 17 de março, quando, em decorrência da pandemia de covid-19, foi cancelada a última reunião prevista.

“A CPI tem que voltar a funcionar, tem que ter um basta no tema Fake News, mas com um texto que respeite a liberdade de imprensa, a plataformas, mas que também responsabilize e possa chegar naqueles que estão financiando esse ataque à imagem das pessoas e das instituições. Acho que o tema da Fake News precisa avançar e cabe à CPI que ela possa voltar a realizar o seu trabalho”, disse.

Para Rodrigo Maia, o tema deve ser discutido com cautela: “precisamos de uma lei em que o direito de todos seja respeitado. Hoje, grande parte das pessoas não têm o direito respeitado quando se paga robôs. Isso não é contra o governo, é a favor do governo porque é a favor do país. Uma lei que responsabilize as plataformas quando milhares de informações passam pelas plataformas. Estamos negociando com o Senado. Caso o projeto corra o risco de ser vetado, temos que estar bem organizados com as duas Casas para derrubar os vetos, caso eles ocorram”.

 

O presidente Jair Bolsonaro vetou o trecho da Medida Provisória 909/19, incluído por meio de emenda parlamentar, que destinava os recursos do Fundo de Reserva Monetária do Banco Central, cerca de R$ 9 bilhões, para o financiamento de ações de combate ao novo coronavírus nos estados e municípios.

Bolsonaro sancionou o projeto de lei aprovado em maio pela Câmara dos Deputados, que extingue o fundo criado em 1966 com receita de impostos que estava sem finalidade pública. A MP foi transformada na Lei 14.007/20, publicada nesta quarta-feira (3) no Diário Oficial da União.

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Originalmente, a MP destinava todo o patrimônio do fundo para o pagamento da dívida pública federal. Com o veto presidencial, os recursos ficaram sem destinação.

Bolsonaro alegou que a mudança feita pelo Congresso Nacional viola o princípio constitucional que proíbe emendas parlamentares de aumentar despesa em projetos de iniciativa exclusiva do presidente da República.

Além disso, afirmou que a nova destinação do fundo desrespeita a política de teto de gastos (Emenda Constitucional 95), que proíbe a criação de despesa obrigatória ao Poder Executivo sem o demonstrativo de impacto orçamentário e financeiro no exercício corrente e nos dois anos seguintes.

Fundo extinto

O Fundo de Reserva Monetária foi criada pela Lei 5.143/66 e destinava-se a prover o Banco Central de uma fonte de recursos para intervir nos mercados de câmbio e de títulos. Ele deixou de receber aportes em 1988 e, em 2016, foi considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que recomendou uma solução definitiva para as verbas. O governo optou pela extinção.

Pela Lei 14.007/20, o Banco Central ficará responsável pela liquidação do fundo, cujo patrimônio está ligado, principalmente, a títulos públicos. Estes serão cancelados. Caberá à Caixa Econômica Federal dar baixa contábil dos valores correspondente do passivo de contratos habitacionais vinculados ao Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) relacionados com o fundo extinto.

Da Agência Câmara de Notícias

Sob o comando do ex-advogado geral da União, André Mendonça, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou, nesta sexta-feira, 29, a criação de uma nova secretaria para gerenciar os recursos federais destinado à segurança pública.

O ministério ainda não divulgou o nome que vai assumir a Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública (Segen). O novo secretário ou secretária ficará responsável pela administração e gestão do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), de onde saem os recursos para financiar licitações e contratações federais no setor, cujo orçamento em 2020 é de R$ 1,2 bilhão.

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Caberá ainda à Segen, fomentar estudos e pesquisas para um melhor desenvolvimento e o aperfeiçoamento das competências dos profissionais de segurança pública.

Em contrapartida, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e a Secretaria de Operações Integradas (Seopi), que dividiam as atribuições passadas à Segen, ficarão voltadas à formulação e avaliação das políticas públicas e no cumprimento de operações.

"A ideia é que, com a criação da Segen, os resultados tenham mais efetividade e rapidez, bem como a reformulação, uniformização e simplificação de procedimentos, criando maior espaço para que a Senasp e a Seopi se dediquem aos temas finalísticos da segurança pública", informou, em nora, o Ministério.

A mudança na estrutura interna da pasta acontece um mês após André Mendonça assumir o ministério no lugar de Sérgio Moro. O atual ministro da Justiça e pastor presbiteriano, no entanto, pode permanecer pouco tempo no cargo. Isso porque ele é cotado para uma das duas vagas que serão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) com as aposentarias dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, em novembro deste ano e junho de 2021, respectivamente.

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou por mais 30 dias o prazo para estudantes validarem as inscrições do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) nas faculdades e formalizarem os contratos com os bancos. A prorrogação, segundo o MEC, é para não prejudicar os estudantes diante das medidas de isolamento por causa do novo coronavírus (Covid-19).

É a segunda prorrogação do prazo de validação tomada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em 23 de março, o prazo foi prorrogado por 30 dias.

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O Fies é o programa de financiamento estudantil para cursos superiores particulares. O financiamento pode ser a juros zero para estudantes com renda familiar de até três salários mínimos ou com taxas mais baixas para famílias renda de até cinco salários mínimos.

As incertezas estabelecidas pelo coronavírus vêm abrindo espaço mundo afora para a solidariedade. Em tempos de pandemia, a modelo Gisele Bündchen informou nas suas redes sociais que vai ajudar as pessoas que estão passando por dificuldades. Neste sábado (18), ela explicou aos internautas que criou o fundo Luz Alliance. Em parceria com a BrazilFoundation, Gisele entrou no projeto com a colaboração de R$ 1milhão.

"Tenho pesquisado como posso ajudar nesse momento tão delicado que estamos vivendo. Mais do que nunca, precisamos ter solidariedade e empatia. No Brasil estou criando o Fundo Luz Alliance, em parceria com a BrazilFoundation, para ajudar crianças, idosos e famílias mais vulneráveis, através da doação de alimentos e kits de higiene", explicou a gaúcha.

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Para Gisele, a empatia deve estar presente nas atitudes do ser humano. "Cada um pode achar à sua maneira de fazer o bem. O importante é cuidarmos uns dos outros da maneira que podemos", atestou. O jogador de futebol americano Tom Brady, marido da brasileira, parabenizou as organizações que participaram da iniciativa.

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Pressionado por parlamentares, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), questionou a necessidade de destinar os recursos do fundo partidário e do fundo eleitoral no enfrentamento da covid-19. Os recursos para os partidos em 2020, ano de eleições municipais, somam R$ 3 bilhões no Orçamento.

As cúpulas da Câmara e do Senado rejeitaram destinar o "fundão" para ações contra o novo coronavírus na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do "orçamento de guerra", argumentando que o tema precisa ser tratado de forma separada e em outro momento.

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Em sessão do Senado, Alcolumbre citou um levantamento apontando que as medidas anunciadas pelo governo para reduzir os impactos da pandemia atingiram R$ 568,6 bilhões até o momento, ou seja, 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB). O cálculo é da Fundação Getulio Vargas (FGV) e foi publicado pelo jornal Valor Econômico.

No argumento do parlamentar, o valor do fundo eleitoral não seria tão necessário nesse cenário. "Será que esses R$ 2 bilhões do financiamento da democracia são eles que são fundamentais para o combate ao coronavírus, onde todos nós temos nos dedicados na defesa dos brasileiros?."

No Orçamento, estão reservados R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral - usado no financiamento da campanha municipal - e R$ 1 bilhão para o fundo partidário - aplicado nas despesas de partidos políticos. As grandes siglas concordam em destinar o fundo eleitoral para a covid-19, porém, desde que as eleições de outubro sejam adiadas.

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