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A partir desta segunda-feira (23), empresas de tecnologia e desenvolvedores de aplicativos estão convocados, pelo governo de Pernambuco, a criar ferramentas de checagem e autenticação, que devem funcionar dentro do Passe Seguro PE, novo selo do governo estadual, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para a futura ampliação da retomada de atividades. O Passe tem o objetivo de gerar certificação digital e legitimar documentos apresentados pelo público para a entrada em eventos-teste, que devem acontecer em breve, segundo a secretária Ana Paula Vilaça.

Segundo a chefe da pasta, o anúncio e conclusão do aplicativo antecede a todas as autorizações para eventos-teste, que não possuem data definida para acontecer. As ferramentas produzidas passarão por aprovação de comissão avaliadora composta por representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC), da vigilância sanitária, da Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI) e do Procon-PE.

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“A ferramenta que tiver o Passe Seguro PE vai poder fazer a checagem de autenticidade do passaporte através de decodificação criptografada do próprio QR Code, gerado através de um aplicativo sem a necessidade de acessar a internet. Além disso, essa mesma ferramenta deverá apresentar a foto do cidadão, permitindo assim ter a certeza de que realmente é aquela pessoa que vai participar de tal evento”, afirmou Ana Paula.

A secretária afirmou ainda que, para participar dos eventos, o público deve apresentar comprovante de vacina constando as duas doses, ou comprovante da primeira dose somado a um teste tipo RT-PCR com resultado negativo. Empresas interessadas em produzir eventos-teste, com público reduzido, podem emitir ofício à secretaria.

“O primeiro passo para as empresas é um oficio à SDEC, explicando a data, o artista, a estimativa de público. Vamos adequar ao nosso protocolo, o pedido é avaliado pela Secretaria de Saúde, junto ao Procon e Anvisa. É importante que a gente veja que esse evento teste vá servir de exemplo para os demais. Queremos um monitoramento pós-evento, que é possibilitado pelo aplicativo, e é importante termos esse controle. Já recebemos alguns [ofícios], mas a reposta oficial será realizada com a determinação dos protocolos para esse evento teste”, continuou.

Vilaça também comentou sobre a partida da seleção brasileira contra a peruana, em setembro, e não levou adiante os rumores de que poderia se tratar do primeiro evento-teste do estado. A chefe da pasta de Desenvolvimento Econômico não descartou completamente a possibilidade, mas reafirmou que é preciso determinar protocolos antes e que a prioridade é o aplicativo e oportunidades de verificação e controle do público. Eventos de grande porte, com cinco mil ou mais pessoas, ainda são estudados pelo governo.

Exames diários para detectar o novo coronavírus, arquibancadas vazias, refeições apenas dentro do quarto do hotel, monitoramento para pegar o elevador, aplicativo de controle de localização... essa foi a rotina de brasileiros que participaram de eventos-teste em Tóquio nos últimos dias e que já foi encarada por uma prévia da realidade que os competidores terão nos Jogos Olímpicos, a partir de 23 de julho. A ideia é que a Olimpíada seja disputada em uma espécie de "bolha" com os atletas isolados do restante da cidade.

"Fizemos os testes de saliva todos os dias e não podíamos sair do nosso andar no hotel nem aglomerar nos quartos. Acredito que tudo tenha sido uma espécie de ensaio para a Olimpíada. O esquema de controle para evitar a disseminação do vírus estava muito bem organizado, tudo certinho", conta Kawan Pereira, que participou no início do mês da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, evento Pré-Olímpico da modalidade, e garantiu vaga nos Jogos de Tóquio.

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Os atletas só estavam autorizados a sair do quarto do hotel para buscar as refeições no corredor e eram obrigados a fazer todas as refeições dentro do dormitório. Quando tinham que se deslocar para treinar ou competir, havia uma pessoa que ficava na frente do elevador e era a responsável por, via rádio, comunicar a recepção do hotel sobre a movimentação dos hóspedes.

Na verdade, os rígidos protocolos de controle da covid-19 começaram bem antes do desembarque no Japão. "14 dias antes da viagem, tivemos de baixar um aplicativo e preencher todos os dias a temperatura, se tinha algum sintoma, se teve contato com alguém que testou positivo e se fez alguma viagem ou saiu para algum local. Lá no aeroporto no Japão, eles também pedem para a gente baixar um outro aplicativo para mandar a nossa localização e fazem uma ligação de vídeo pelo WhatsApp para o caso de precisarem entrar em contato. A gente também recebeu e-mail todos os dias perguntando se você ou alguém que está com você teve algum sintoma", recorda Pedro Ivo Almeida, fisioterapeuta da seleção brasileira de saltos ornamentais, que fez parte da delegação que esteve no Japão.

Durante as duas semanas em que a equipe brasileira participou da Copa do Mundo em Tóquio, ninguém testou positivo. "O que mais chamou atenção foi o teste no qual você depositava a saliva em um pote. Assim que chegamos no aeroporto já tivemos de fazer. É um teste que não tem nenhum tipo de desconforto em comparação, por exemplo, com o PCR (quando um bastão é inserido em uma das narinas). Para quem é testado todo os dias, é um conforto a mais. É mais prático e rápido", diz Isaac Souza. O saltador conquistou vaga para os Jogos no evento em Tóquio, mas na semana passada a Federação Internacional de Natação (Fina) alterou as regras e comunicou a sua desclassificação. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) ainda tenta reverter a decisão.

Sem exceção, a rotina dos integrantes da delegação brasileira se limitava ao quarto de hotel e as piscina do moderno Parque Aquático de Tóquio, estrutura construída especialmente para os Jogos ao custo de 56,7 bilhões de ienes (R$ 2,6 bilhões). Localizado na baía de Tóquio, o espaço tem capacidade para 15 mil espectadores e receberá provas de natação, nado sincronizado e saltos ornamentais. Uma de suas peculiaridades é uma parede modular que permite transformar a piscina principal de 50 metros em duas separadas de 25 metros cada. A profundidade das piscinas também pode ser alterada.

"O Parque Aquático é excelente, não tem do que reclamar. A plataforma é muito boa. A piscina é aquecida e o local é fechado e climatizado. Não existem interferências externas, como vento e chuva", analisa Isaac. Até mesmo dentro do Parque Aquático, no entanto, a circulação de atletas, integrantes das comissões técnicas e funcionários foi rigidamente controlada para minimizar o contato e maximizar a distância física.

Tóquio tem realizado nos últimos dias eventos-teste de atletismo, vôlei, ginástica artística, basquete 3 x 3, natação e ciclismo, para avaliar as instalações das arenas e, principalmente, os protocolos sanitários. De acordo com os organizadores, mais de 700 atletas e 6 mil funcionários participaram dos eventos-teste. Nenhum caso positivo foi detectado durante o período de competição. O único registro de covid-19 foi de um técnico que participaria da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais e testou positivo na chegada ao aeroporto de Tóquio. Ele foi colocado em isolamento para cumprir quarentena.

Para os Jogos Olímpicos, o Comitê Organizador ainda não decidiu se será permitida ou não a presença de público nas arenas. O que já está certo é que torcedores e voluntários estrangeiros estão vetados.

O Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio apresentou nesta segunda-feira as medidas sanitárias que deverão ser seguidas durante a realização dos últimos eventos-teste para os Jogos, marcados para o período de 23 de julho a 9 de agosto.

Até o início da Olimpíada, serão 18 eventos-teste, a começar pelo próximo fim de semana, com uma disputa de rúgbi em cadeira de rodas. Para este e os próximos eventos que servem de ensaio para os Jogos, atletas e organizadores terão que limitar o contato físico, respeitar o distanciamento de ao menos um metro e ter cuidado constante com a higienização das mãos.

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Outras medidas, menos comuns nesta pandemia, são a proibição de gritos de apoio e a exigência de ventilação dos ambientes a cada meia hora. A preocupação é evitar que eventuais infectados pela covid-19 possam transmitir o novo coronavírus pelo ar, principalmente nos gritos de apoio.

O Comitê Organizador também anunciou que será permitida a participação de atletas estrangeiros em eventos-teste de atletismo. Serão cinco competições ao todo, tanto de pista quanto de campo, incluindo a maratona. A organização ainda não definiu quantos atletas vão participar destes eventos.

Neste mês, os responsáveis pela Olimpíada informaram que não vão permitir a entrada de torcedores estrangeiros para assistir às competições olímpicas. Somente os fãs locais poderão acompanhar in loco as disputas.

A pouco mais de um ano para os Jogos de 2016, o Comitê Rio 2016 definiu o calendário completo dos eventos-teste para a Olimpíada e a Paralimpíada do ano que vem. Nesta quarta-feira, foram divulgadas as 44 competições esportivas que servirão como uma espécie de ensaio para o grande evento principal na capital carioca.

De julho deste ano a maio de 2016, serão 44 competições, sendo 34 olímpicas, seis paralímpicas e quatro mistas, que vão reunir mais de 7.800 atletas na cidade. O objetivo nestes 156 dias é fazer "testes na área de competição e no sistema de resultados, além de integrar os organizadores e treinar as equipes que trabalharão nas instalações durante os Jogos. Mais de 16 mil voluntários participarão da operação", conforme informou a organização.

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"Trabalhamos em parceria com as federações internacionais para desenvolver um calendário de eventos-teste que nos oferecesse as melhores oportunidades de realizar testes vitais na preparação para os Jogos. Assim como os atletas, o Comitê Organizador está treinando e ganhando experiência, com o objetivo de atingir seu ponto mais alto entre agosto e setembro de 2016", disse Agberto Guimarães, diretor-executivo de Esportes e Integração Paralímpica do Comitê Rio 2016.

O calendário divulgado nesta quarta tem início previsto para julho, quando, entre os dias 14 e 19 de julho, o Maracanãzinho receberá a fase final da Liga Mundial de Vôlei. Este, no entanto, será o segundo evento-teste para os Jogos, uma vez que o primeiro já foi realizado em agosto do ano passado, com a Regata Internacional de Vela, na Baía de Guanabara.

Boa parte dos eventos será organizada pelo próprio Comitê Rio 2016, mas alguns serão disputas de destaque em suas modalidades. Etapas de campeonatos como o Circuito Mundial de Vôlei de Praia e o Grand Prix de Badminton estão previstas, assim como um jogo do Campeonato Brasileiro, ainda a ser definido, em abril do ano que vem. O último evento-teste será o Aberto Internacional de Atletismo Paralímpico, entre os dias 17 e 21 de maio do ano que vem.

Os 44 eventos, estão divididos em três fases, chamadas de "ondas". A primeira, entre julho e outubro deste ano, é voltada para esportes ao ar livre. A segunda, de novembro a fevereiro de 2016, terá maior concentração em locais fechados. Já a terceira, até maio do ano que vem, servirá para realizar os últimos ajustes gerais.

O Comitê Rio 2016 se apressou em adiantar que nem todos os eventos serão abertos ao público, e a possibilidade de vendas de ingressos será informada conforme as competições forem se aproximando. Alguns eventos ao ar livre, como os de triatlo, vela, maratonas aquáticas e ciclismo de estrada, poderão ser acompanhados pelos fãs gratuitamente.

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