O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), bolsonarista que quebrou uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, pagou R$ 110 mil por 11 serviços da consultoria Samuel Maciel Sociedade Individual de Advocacia, que ainda não existia legalmente. Apenas um dia depois dos pagamentos, a empresa foi oficialmente aberta, com sede em Petrópolis (RJ), cidade do político. As informações são da revista Época.
Embora tenha utilizado dinheiro do contribuinte para fazer o pagamento, Silveira poderia ter recorrido, sem gastos aos cofres públicos, a uma consultoria legislativa à disposição dos deputados, especializada em 22 áreas. Além disso, o bolsonarista não apresenta documentos que comprovam que o trabalho foi executado. No primeiro contrato de Silveira com a empresa consta que os serviços de "consultoria e assessoria jurídica" duraram de 24 de abril a 23 de maio de 2019.
##RECOMENDA##A data de abertura oficial da empresa, segundo registra a Receita Federal, é de 25 de abril. As notas fiscais emitidas pela empresa seguintes ao primeiro pagamento seriam quase todas do deputado, um dos pouquíssimos clientes a contratar seus serviços, se não o único, durante um ano. Tanto Silveira quanto o escritório se recusaram a comentar o caso.