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Após a cidade de São Paulo registrar recorde de multas de trânsito, puxado por infrações de desrespeito às faixas e corredores exclusivos de ônibus, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que os motoristas e motociclistas tiveram um "prazo de adaptação longo" para se adequarem aos equipamentos.

"No ano passado, foi longo o processo em que só havia orientação, mas não havia multa", afirmou o prefeito, durante inauguração de obras viárias na zona leste na manhã desta sexta-feira, 16. Ainda de acordo com Haddad, a Prefeitura sofreu "pressão grande" por parte dos usuários de transporte público, que teriam reclamado de invasões constantes das faixas de ônibus por carros. "Aí nós passamos a aplicar (multas)", disse.

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Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o prazo médio concedido aos motoristas para adaptação após a instalação de faixas exclusivas de ônibus - em que as multas não são aplicadas - é de 15 dias. Os dados da companhia apontam que, em 2014, esse tipo de infração cresceu 69,5% com relação ao ano anterior.

Apesar do número, Haddad afirmou que tem havido uma "'observância' maior das faixas exclusivas" por parte dos motoristas. Atualmente, a cidade tem 462 quilômetros de faixas exclusivas, a maior parte construída depois dos protestos de junho de 2013.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) calculou que as faixas exclusivas para ônibus implantadas neste ano reduziram viagens do passageiro em 40 minutos por dia. A amostragem anual considerou os 65,7 quilômetros distribuídos em 81 trechos criados em 2014.

A velocidade média dos coletivos nestas vias, segundo a CET, foi de 20,5 km/h, ante 20,3 em 2013. Antes das faixas, a velocidade nos locais era de 12,2 km/h. Os dados levantados são de janeiro até 31 de outubro.

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A maior diferença ocorreu na Ponte do Jaguaré, que teve aumento de velocidade de 10,8 km/h para 44,9 km/h - ou 317,3%.

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, ressaltou que é falsa a ideia de que as medidas tomadas pela gestão Haddad no trânsito tenham aumentado a lentidão: "As pessoas têm a sensação de que o trânsito melhorou na cidade de São Paulo".

Houve aumento absoluto na lentidão do trânsito na cidade. Em 2014, a lentidão média saltou para 146 km frente aos 115 km registrados em 2011.

Reclamação frequente dos usuários, a superlotação dos coletivos é vista por Tatto como um problema que afeta qualquer cidade do mundo e não apenas São Paulo. Ele reafirmou que, para o novo edital das empresas de transporte público, haverá quatro conceitos diferentes de operações, o que poderá melhorar o problema - ônibus da madrugada, rede do final de semana, horário de pico e entre picos.

Cobradores

Tatto acredita que as empresas não demitirão os cobradores de ônibus e que a profissão deve continuar. Mesmo assim, eles poderão receber treinamentos para qualificação, com possibilidade de trabalhar como motoristas.

Tarifa zero

O secretário ainda afirmou que a tarifa zero a ser adotada deverá contemplar todos os estudantes de escola pública e também os de escola privada com renda per capita de até R$ 1.550.

Um estudo feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostra que, mesmo com os táxis circulando nas principais faixas exclusivas de ônibus da cidade, os veículos do transporte coletivo tiveram uma melhora na velocidade. Foi esse levantamento que permitiu à Prefeitura reverter, em setembro, a proibição de circulação imposta em março aos 35 mil taxistas na maioria (cerca de 440 km na época) das faixas pintadas à direita nas ruas.

O estudo foi feito ao longo de 71 quilômetros de vias pintadas pela gestão Fernando Haddad (PT), nas quais os táxis estavam permitidos, como no Corredor Norte-Sul e nas Marginais do Pinheiros e do Tietê. De acordo com o trabalho, entre os meses de abril e agosto deste ano, a velocidade dos ônibus aumentou nas faixas usadas pelos táxis em 6,2% durante o horário de pico da manhã, 3,9% no horário intermediário e 5,4% no pico do trânsito registrado à tarde.

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A CET comparou as velocidades com as registradas no período entre fevereiro e março deste ano, antes da publicação da portaria que proibia a circulação dos táxis. Na época do estudo a cidade já tinha um total de 429 quilômetros de faixas - outras foram criadas depois.

A conta também foi positiva para os ônibus ao se considerar todas as vias pintadas com faixas. Segundo a Prefeitura, entre fevereiro e março a velocidade média dos ônibus nas faixas exclusivas - com e sem táxi - era de 18,5 km/h no pico da manhã e de 17,1 km/h durante a tarde. No período entre abril e agosto a companhia registrou velocidades de 19,6 km/h e 17,8 km/h.

Dos nove corredores do estudo, apenas em um deles houve piora em todos os horários. Na Avenida Prestes Maia, via que compõe o Corredor Norte-Sul, os ônibus ficaram 1,3% mais lentos durante a manhã. No pico da tarde a variação foi ainda maior. Os coletivos trafegaram 11,3% abaixo da velocidade média anterior.

A proibição dos táxis em faixas exclusivas e corredores de ônibus foi uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPE). O pedido do promotor Maurício Ribeiro Lopes, da promotoria de Habitação e Urbanismo, no entanto, foi feito a partir de declarações da própria Prefeitura de São Paulo.

Durante o processo de pintura das faixas, após as manifestações de junho do ano passado, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, criticou por diversas vezes a presença de táxis em corredores e faixas exclusivas de ônibus.

Realidade

Para Horário Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), o levantamento da CET pode não "demonstrar" a realidade da cidade inteira. "Nos bairros as ruas têm apenas duas faixas de rolamento. Essa medida só deveria ser feita com a análise de cada trecho", explicou.

De fato, a CET usou como base avenida com faixas exclusivas que têm pelo menos duas faixas apenas para carro, como é o caso do Corredor Norte-Sul e das Marginais. Com base nisso, a Prefeitura liberou a circulação dos veículos. "Essas melhoras estão dentro da margem de erro. Um trecho com quilômetros de extensão mistura as partes de baixa velocidade com as de alta velocidade. O recorte da CET precisaria ser mais fino", disse Figueira.

Para o especialista, o táxi não é transporte público. Figueira afirma que no trânsito da cidade os veículos se assemelham com carros de passeio com passageiros dentro, causando o mesmo impacto negativo à velocidade dos ônibus. "Entre liberar o tráfego de táxi, seria mais simples deixar os fretados andarem na faixa exclusiva."

Público e privado

Para Jorge Spínola, diretor-presidente da Associação São Paulo de Táxi e diretor de Comunicação da Associação de Rádio-Táxis de São Paulo (Artasp), os táxis "são públicos, mas de interesse privado". Ele explicou que, após as restrições nas faixas exclusivas que estavam fora dos 71 quilômetros permitidos, muitos taxistas deixaram de trabalhar nos horários de pico. "Por causa do trânsito eles tiveram de mudar a rotina porque viraram carros de passeio em meio ao trânsito."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A capital paulista ganhará mais 3,6 km de faixas exclusivas à direita para ônibus a partir de segunda-feira (10). Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Rua John Harrison, na Lapa, na Zona Oeste, será uma das contempladas, com 800 metros de via exclusiva para os coletivos.

Nessa rua, o mecanismo funcionará de segunda a sexta-feira, entre 6h e 9h e, depois, das 17h às 20h, entre as Ruas Hebart e Domingos Rodrigues.

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Na Zona Sul, um complemento de 2,8 km de faixa exclusiva será criado nas Avenidas Nossa Senhora do Sabará e Emérico Richter. De acordo com a CET, o novo trecho ficará entre a Avenida Interlagos e a Estrada do Alvarenga, "completando o trecho existente de 2,7 km entre as Avenidas Washington Luís e Interlagos".

O novo trecho funcionará de segunda a sexta-feira. Em direção ao centro, a faixa operará das 6h às 9h. No rumo oposto, das 17h às 20h. Com essas faixas, a cidade contará com 315 km do dispositivo na capital paulista.

O prefeito Fernando Haddad (PT) decidiu ontem, 9, autorizar o estacionamento de carros, durante parte do dia, em uma série de faixas exclusivas de ônibus que foram implementadas neste ano na zona leste da capital paulista. Trata-se do primeiro recuo do petista em uma de suas principais políticas para a mobilidade urbana.

A decisão ocorreu após pressão dos comerciantes da região, que alegam queda no faturamento com a abertura das vias restritas. Agora, os veículos poderão estacionar nas faixas exclusivas de ônibus das Avenidas Mateo Bei, Conselheiro Carrão, Vila Ema e João 23 e na Rua do Orfanato nos intervalos dos horários de pico. Ou seja, essas vias só não estarão livres para o estacionamento das 6h às 9h e das 17h às 20h. Condutores que não respeitarem os horários ficarão sujeitos a multa de R$ 53,20 e três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

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A Prefeitura deve instalar áreas de Zona Azul nas faixas exclusivas, para garantir a rotatividade das vagas.

Mais 5,3 km de faixas exclusivas de ônibus começam a funcionar nesta segunda-feira (4), em São Paulo. Com o acréscimo, a malha específica para o transporte coletivo atingirá 248,7 quilômetros na capital.

O maior trecho está na Vila Prudente, Zona Leste da cidade. Dois pontos (Avenida Vila Ema e Rua do Oratório) terão 2,3 quilômetros de faixas à direta. Outros pontos estão em Santana (Ruas José Debieux/Benvinda Aparecida de Abreu Leme, sentido centro; Rua Dr. Zuquim, sentido bairro), no Carandiru (Avenida General Ataliba Leonel, nos dois sentidos) e na Vila Mariana (Avenida Lins de Vasconcelos, no sentido Vila Mariana-Cambuci).

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As faixas funcionam de segunda-feira a sexta-feira, das 6h às 20h, e aos sábados, das 6h às 14h. Haverá orientação aos condutores durante as duas primeiras semanas e, depois disso, será aplicada multa de R$ 53,20 a quem desrespeitar as faixas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os táxis poderão ser proibidos de circular nos corredores de ônibus de São Paulo. É uma possibilidade que está sob avaliação da gestão Fernando Haddad (PT). O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou nesta quarta-feira, 25, que realizará um levantamento para identificar as atuais interferências nas vias exclusivas, entre elas a entrada de táxis que reduzem a velocidade média dos coletivos.

"Estamos no momento de uma profunda reflexão, só isso. Tem um estudo de 2011 feito pela SPTrans (São Paulo Transporte, empresa que gerencia o sistema de ônibus) que já apontava que realmente atrapalha o operação dos ônibus a entrada dos táxis nos corredores", disse Tatto.

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De acordo com ele, a velocidade dos ônibus nos corredores hoje é de 14 km/h, em média, o que ele considera "muito baixo". Com a lentidão, agravam-se os problemas da demora da passagem dos coletivos e da superlotação nos pontos e dentro dos veículos.

Outras interferências que serão analisadas pela Secretaria Municipal dos Transportes são o excesso de linhas de ônibus e o uso excessivo dos corredores por ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que pertence ao governo do Estado. Além disso, o tempo dos semáforos em grandes cruzamentos poderia ser alterado para priorizar o transporte público.

"Tudo isso estamos levantando para tomar medidas mais para a frente, mas não há decisão com relação à retirada dos táxis dos corredores neste momento", afirmou o secretário. A permissão para a circulação dos táxis nos corredores de ônibus da cidade é concedida anualmente por meio de portaria da Secretaria Municipal dos Transportes. A próxima vence em setembro do ano que vem. Mas a portaria pode ser revogada a qualquer momento.

Entidades sindicais ligadas aos taxistas são contrárias. Elas pedem que a Prefeitura amplie a permissão para os táxis circularem também nas faixas exclusivas à direita. (Com Caio do Valle)

A cidade de São Paulo alcança nesta segunda-feira, 09, a marca de 150 km de faixas exclusivas de ônibus à direita, uma meta de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT). Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mais 9,9 km de faixas só para os coletivos começam a funcionar.

Ao todo, cerca de 2,2 milhões de passageiros devem ser beneficiados. Diariamente, o sistema transporta 9,8 milhões de usuários. A CET não divulgou quando começa a aplicação de multas nas novas faixas.

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Do novo lote, a Avenida Ragueb Chohfi, na zona leste, terá a maior quantidade de quilômetros de faixas exclusivas: 3,5 km, nos dois sentidos de segunda a sexta-feira das 6h às 9h e das 17h às 20h. Outra avenida da região, a Amador Bueno da Veiga, na Penha, terá 1,3 km de faixas exclusivas. No sentido centro, das 6h às 9h. No sentido bairro, das 17h às 20h.

Na Avenida Nordestina, serão 1,2 km de faixas exclusivas que também vão funcionar entre 17h e 20h, nos dias úteis.

Zona sul

A zona sul de São Paulo também receberá novas faixas a partir de hoje. Na Rua Pedro de Toledo, na Vila Mariana, serão 500 metros, de segunda a sexta-feira, entre 6h e 22h. No Ipiranga, a Avenida Dom Pedro 1.º terá faixa de 900 metros. No sentido centro, ela vai ser ativada das 6h às 9h e, no contrário, entre 17h e 20h, somente em dias úteis.Ali perto, a Rua Clímaco Barbosa, no Cambuci, terá 1,1 km de faixa exclusiva ativa das 6h às 9h, de segunda a sexta-feira.

Motoristas na Avenida Imirim, na zona norte da capital, passarão a ter que respeitar a faixa de ônibus à direita em 1,4 km da via entre 6h e 9h. E das 17h às 20h, no rumo oposto.

A Prefeitura planeja abrir mais 70 km de faixas, totalizando 220 km até o fim de 2013.

O objetivo inicial era que os 150 km originais fossem abertos até o fim da gestão Haddad, em 2016. Especialistas em transportes sustentam que as faixas exclusivas são uma opção paliativa para resolver o problema do deslocamento dos ônibus.

Para eles, a velocidade e a pontualidade dos coletivos só irá melhorar de fato com a abertura de corredores de ônibus à esquerda e totalmente segregados dos automóveis. Atualmente, existem 130 km de corredores à esquerda na capital.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os espaços exclusivos para o tráfego de ônibus no Recife são alvos de vários segmentos de veículos. A última solicitação para utilização dos corredores específicos de transportes públicos foi realizada na Câmara Municipal de Vereadores do Recife pelo vereador Jadeval de Lima (PTN). Ele defende que os usuários de duas rodas como motos e motonetas trafeguem pela faixa exclusiva. O projeto proposto está em tramitação na Casa José Mariano.

Segundo o vereador, o objetivo do projeto é agilizar e evitar transtornos no trânsito recifense. “Pode reduzir os acidentes diminuindo os engarrafamentos em certos pontos da cidade, como por exemplo, a Avenida Conde da Boa Vista”, opina Jadeval, que exemplifica a situação em outros locais. “Em alguns Estados brasileiros e municípios já existe regulamentação quanto à faixa exclusiva para veículos de duas rodas, mais isso requer uma estrutura muito maior do que aquela que o Recife oferece e comporta. É mais viável permitir que estes veículos transitem pelas faixas já existentes. Este projeto, se aprovado, poderá fazer a diferença na vida de muitos cidadãos”, sugere Lima.

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O vereador também justifica que o número de motos e motonetas no Recife tem aumentado muito e, com isso, crescem os acidentes de trânsito envolvendo esses veículos. Para ele, quanto mais acidentes, mais congestionamentos em engarrafamentos poderão ocorrer principalmente em trechos críticos da cidade.

Espaço divido – Já existe uma portaria municipal que autoriza os taxis ocupados por passageiros a trafegarem nas faixas exclusivas de ônibus. O documento foi assinado pelo atual prefeito do Recife, João da Costa (PT), ano passado. Caso o projeto sugerido pelo vereador Jadeval Lima for aprovado, a faixa ‘exclusiva’ de ônibus deverá dividir o espaço com mais um veículo.

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