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O Festival de Cinema de Berlim vai premiar o diretor americano Martin Scorsese pelo conjunto de sua carreira na próxima edição, em fevereiro, anunciaram os organizadores do evento nesta quinta-feira (21).

A 74ª Berlinale homenageará "um dos cineastas mais destacados do cinema mundial desde a década de 1970".

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O cineasta receberá um prêmio honorário durante cerimônia de gala em 20 de fevereiro.

"Para os que consideram o cinema como a arte de criar uma história tanto pessoal quanto universal, Martin Scorsese é um modelo incomparável. Seus filmes têm-nos acompanhado como espectadores e como seres humanos, seus personagens viveram e cresceram em nós", afirmaram os diretores da Berlinale Mariette Rissenbeek e Carlo Chatrian.

"Para nós, é uma grande alegria receber mais uma vez um grande amigo do festival e entregar-lhe nosso prêmio honorário mais importante", acrescentaram, em um comunicado.

O festival acontecerá na capital alemã, de 15 a 25 de fevereiro.

Martin Scorsese, de 81 anos, é conhecido por dirigir filmes intensos e viscerais sobre homens atormentados e violentos. Colaborou diversas vezes com um pequeno grupo que reúne algumas das maiores estrelas da indústria, como Robert De Niro e Leonardo DiCaprio.

Com mais de 70 filmes em seu currículo, foi reconhecido, entre outros, com a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1976 por "Taxi Driver" e com o Oscar de melhor diretor em 2007 por "Os Infiltrados".

Na última edição da Berlinale, o Urso de Ouro Honorário foi concedido ao americano Steven Spielberg, que apresentou durante o festival seu filme mais autobiográfico, "Os Fabelmans".

A 70ª edição do Festival de Cinema de Berlim tem uma grande participação brasileira em várias mostras.

- Mostra competitiva pelo Urso de Ouro -

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"Todos os mortos", de Caetano Gotardo e Marco Dutra (Brasil, França)

- Encounters -

Nova mostra competitiva consagrada a propostas estéticas inovadoras.

"Los Conductos", de Camilo Restrepo (coprodução Colômbia, França, Brasil)

- Panorama -

Se define como "explicitamente queer, feminista e política".

"Cidade Pássaro", de Matias Mariani (Brasil, França)

"Nardjes A." (documentário), de Karim Ainouz (Brasil, Argélia, França, Alemanha, Catar)

"O reflexo do lago" (documentário), de Fernando Segtowick (Brasil)

"Un crimen común", de Francisco Márquez (coprodução Argentina, Brasil, Suíça)

"Vento Seco", de Daniel Nolasco (Brasil)

- Fórum -

Mostra mais experimental.

"Chico ventana también quisiera tener un submarino", de Alex Piperno (coprodução Uruguai, Argentina, Brasil, Holanda, Filipinas)

"Luz nos trópicos", de Paula Gaitán (Brasil)

"Vil, má", de Gustavo Vinagre (Brasil)

O Brasil está na disputa pelo Urso de Ouro, do Festival de Cinema de Berlim, com outras 17 produções. 'Las herederas', do paraguaio Marcelo Martiness, é o representante brasileiro no festival. O filme é uma coprodução com o Paraguai, Alemanha, Uruguai, Noruega e França e narra a história de duas irmãs, Chela e Chiquita, que aos 60 anos veem o dinheiro herdado chegar ao fim e precisam se adaptar à nova realidade.

Em entrevista ao El País, o diretor falou sobre a produção e a construção das personagens. "O maravilhoso do cinema é que ele te leva por caminhos próprios, por sons, vozes, imagens e experiências que vão tomando forma através desse grupo de mulheres que protagonizam o filme. Elas não são culpadas, tão pouco vítimas, são herdeiras de um sistema que, como uma doença genética, se transmite de geração em geração", explicou.

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O diretor ainda aponta que a produção é um reflexo da instabilidade política vivenciada no Paraguai, após o fim do mandato de Fernando Lugo, em 2012.'Las herederas' é o primeiro longa-metragem de Marcelo Martinessi e também marca a estreia da atriz Ana Brun no cinema.

O Urso de Ouro de Melhor Filme deve ser entregue neste sábado à noite no 66º Festival de Cinema de Berlim, a Berlinale. Veja a lista dos vencedores desde 1996:

- 1996: "Razão e sensibilidade" de Ang Lee (Estados Unidos)

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- 1997: "O povo contra Larry Flint" de Milos Forman (Estados Unidos)

- 1998: "Central do Brasil" de Walter Salles (Brasil)

- 1999: "Além da linha vermelha" de Terence Malick (Estados Unidos)

- 2000: "Magnólia" de Paul Thomas Anderson (Estados Unidos)

- 2001: "Intimidade" de Patrice Chéreau (França)

- 2002: "Domingo sangrento" de Paul Greengrass (Grã-Bretanha/Irlanda) e "Sen To Chihiro No Kamikakushi" (A viagem de Chihiro) de Hayao Miyazaki (Japão)

- 2003: "In This World" de Michael Winterbottom (Grã-Bretanha)

- 2004: "Contra a parede" (Head-On) de Fatih Akin (Alemanha/Turquia)

- 2005: "U-Carmen eKhayelitsha" (Carmen na África) de Mark Dornford-May (África do Sul)

- 2006: "Grbavica" (Em segredo), de Jasmila Zbanic (Bósnia-Herzegovina)

- 2007: "Tuya De Hunshi" (O casamento de Tuya) de Wang Quan'an (China)

- 2008: "Tropa de elite" de Jose Padilha (Brasil/Argentina)

- 2009: "Fausta (A teta assustada)" de Claudia Llosa (Espanha/Peru)

- 2010: "Bal" de Semih Kaplanoglu (Turquia/Alemanha)

- 2011: "Jodaeiye Nader Az Simin" (A separação) de Asghar Farhadi (Irã)

- 2012: "Cesare deve morire" (César deve morrer) de Paolo and Vittorio Taviani (Itália)

- 2013: "Pozitia Copilului" (Instinto materno) de Calin Peter Netzer (Romênia)

- 2014: "Bai Ri Yan Huo" (Carvão negro) de Diao Yinan (China)

- 2015: "Taxi" de Jafar Panahi (Irã)

Zé Cafofinho finalizou essa semana a trilha sonora do primeiro média metragem do artista plástico Paulo Meira, Épico Culinário. O filme está previsto para estrear nos próximos meses em circuitos internacionais de filmes independentes, como o Festival de Cinema de Berlim.

Segundo Tiago Andrade, o Zé Cafofinho, a trilha levou pouco menos de um mês para ficar pronta. "Eu fiz em parceria com Márcio Oliveira, trompetista da minha banda (...) Foi um trabalho intenso, de transpiração, mas rápido (...) O filme já estava praticamente pronto, eu li o roteiro enquanto estava viajando e voltei com algumas possibilidades de criação para o diretor."

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Quando questionado a respeito do estilo musical que permeia a trilha sonora de Épico Culinário, Tiago explicou que não tem como definir."Há, por exemplo, uma marchinha de rádio, que faz parte do filme até o final." O músico disse ter percebido uma combinação com a trilha sonora do filme Lost Highway de David Lycnh, após finalizar o trabalho. "Não foi uma inspiração na obra de Lynch, mas sim uma percepção de elementos sonoros semelhantes nos dois filmes."

O multi instrumentista demonstra, cada vez mais, transpor a barreira da música, ultrapassando seus limites, não apenas fazendo cds e shows, mas mesclando com outras linguagens como o cinema e a moda. Tiago participou do curta pernambucano Canção para minha Irmã, de Pedro Severien, no qual atuou como protagonista e também foi responsável pela trilha sonora.

O músico estará viajando essa semana para São Paulo, onde acompanhará o desfile da nova coleção do estilista Ronaldo Fraga no São Paulo Fashion Week. O desfile será embalado pelas composições do pernambucano. Ronaldo Fraga também vai assinar o figurino dos próximos espetáculos do Zé Cafofinho e do novo trabalho da banda para 2013.

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