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Em 17 de maio de 1990, a homossexualidade foi oficialmente retirada da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID). O momento histórico e vitorioso para o movimento LGBT vem sendo celebrado até os dias atuais, após a data ter sido marcada como o Dia Internacional Contra a Homofobia.

Nesta quinta (17), todo o mundo estará voltado para o tema, tratando assuntos como visibilidade, preconceito e tolerância, coisas que, em pleno 2018, já deveriam ser costumeiras na vida de todos dentro da sociedade. O LeiaJá preparou uma playlist especial, com músicas que cantam a afirmação e o respeito, demonstrando, assim, que todos deveriam ter o direito de ser quem são e, claro, amar sem temer.

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Ana Carolina - Stereo

Nesta canção, Ana Carolina diz ser “devota da paixão”, portanto, tudo a interessa. E, demonstrando ser dona de si mesma, decreta “eu ponho quem eu quero aqui no meu colchão”, seja menino ou menina. 

Aíla - Lesbigay

A cantora Aíla compôs esta canção junto com um dos grandes nomes da cultura paraense. Dona Onete. Elas falam sobre um lugar onde a liberdade existe. Como a própria Aíla explicou em seu canal do YouTube, a música “é um manifesto alegre pela liberdade de amar a quem se quer”.

Jhonny Hooker e Liniker- Flutua 

Jhonny Hooker, acompanhado por Liniker, canta sobre dois homens que não aguentam mais esconder o seu amor. O clipe da música, com os atores Jesuíta Barbosa e Maurício Destri, traz imagens fortes de homofobia na agressão a um dos personagens após o beijo entre o casal.

Milton Nascimento - Paula e Bebeto

Apesar do título da música se referir a um casal heterossexual, a canção é definitiva com o verso "Qualquer maneira de amor vale a pena". 

Gilberto Gil - Pai e mãe

A difícil tarefa de assumir-se homossexual pode começar dentro do próprio seio familiar. A música de Gil trata disso, com um filho que canta ao pai e à mãe sobre sua insegurança: "Meu pai, como vai? Diga a ele que não se aborreça comigo quando me vir beijar outro homem qualquer". 

Angela Ro Ro - Tola foi você

A cantora não teve pudores em cantar o amor de uma mulher por outra mulher. Os versos trazem a desilusão amorosa de uma moça abandonada pelo seu amor. 

Flaviola - Do amigo

O cantor pernambucano Flaviola, em plena década de 1970, cantou de forma sutil a descoberta da paixão por um outro homem. "E no meio de toda essa confusão que é grande, que confunde tanto, eu preciso demais de você", diz de forma sutil. 

Caio Prado - Não recomendado

A proposta de Caio Prado é confrontar, de forma bem direta, o preconceito, pelo direito de ser quem se é. Do título a versos como "má influência, péssima aparência, menino indecente, viado', ele aponta como a sociedade pode ser preconceituosa e violenta. 

 

Caetano Veloso - Mais que discreto

Uma canção que fala sobre um amor desejado, de um homem por outro homem. Em entrevista à revista Rolling Stone, Caetano comentou a composição: "Está explícito, é um cara que é, ou pode ser, ou desejaria ser, amante de outro cara". 

Jorge Vercilo - Avesso

Nesta canção, Vercilo menciona as inseguranças e temores de um casal homossexual, em versos como: "perigoso é te amar" e "o desejo a nos punir, só porque somos iguais". 

 

Cazuza - Como dizia Djavan

Cazuza traz uma canção cheia de esperança por dias sem preconceito e com maior liberdade em um mundo em que "o amor não é inviável" para "dois homens apaixonados".

Thiago Pethit - Eu quero ser seu cão

Em seu terceiro disco, Rock’n’Roll Sugar Darling, de 2014,  Thiago Pethit quis trazer um rock cheio de “açúcar, afeto e afetação”. O objetivo do cantor era escancarar o meio do rock, segundo ele, um universo “machista, misógino e heterossexual”. De maneira pouco explícita e muito divertida, esta canção traz uma bela e dançante declaração de um apaixonado. 

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O tradicional festival de rock do cenário pernambucano, Abril Pro Rock, chega a sua 23º edição. A ‘pré-estreia’ do evento, realizada nesse  sábado (18), no Baile Perfumado, no bairro do Prado, fez uma homenagem aos anos 70. Nomes como Paulo Diniz, Flaviola e Ave Sangria abrilhantaram a noite temática. “Reverenciar os mestres está na natureza do festival. Desde a primeira edição do Festival, fazemos questão de trazer nomes vanguardistas, pois é uma maneira de homenagear. Paulo Diniz, por exemplo, conseguiu alcançar o sucesso no Brasil. Mas Flaviola e Ave Sangria não tiveram a projeção que merecia e hoje são reverenciados e reconhecidos pela ousadia das suas músicas na época. O Abril Pro Rock também tem essa missão de reverenciar os mestres”, ressaltou Paulo André, organizador do evento. 

O público aprovou a escolha temática da edição de 2015 do Abril Pro Rock. “Achei ótima essa inciativa de homenagear os músicos que fizeram história na sua época e continuam servindo de referência para os músicos da nova geração. É uma forma de aproximar duas realidades que se completam através da música”, defendeu a antropóloga Clariane Santana. 

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De acordo com fisioterapeuta Lilian Marques, que acompanha o Festival desde 2002, a escolha do Baile Perfumado para sediar a noite temática deu uma cara nova ao evento. “Esse ano o Abril Pro Rock trouxe a galera para um lugar diferente e também atraiu um público diferenciado, fugindo do Rock e investindo na psicodelia”.

Os shows começaram por volta das 23h. A primeira banda a subir ao palco foi a Caapora, que comandada por Igor Távora fez sua estreia  no Festival . Fã de carteirinha do evento, o vocalista descreveu a sensação de estar do outro lado. “Acompanho o Abril Pro Rock desde 1999. Pra gente ter a oportunidade de mostrar nosso trabalho num evento dessa magnitude é uma realização”, afirmou Távora. 

O Vanguardista Paulo Diniz (75 anos) abriu seu show com o clássico I Wanna Go  Back To Bahia. Apesar de não ficar muito tempo no palco, o artista conseguiu agitar o público. A estudante Milena Nascimento foi uma delas, que considerou o show de Paulo Diniz como o melhor da noite.  “Achei da hora essa escolha dos organizadores do Abril de trazer esses artistas que fizeram história nos anos 70, mas que são lembrados até hoje pelo público. A programação tá muito integrada, com músicos novos  e os artistas tradicionais do estilo. E sem dúvida achei o show de Paulo Diniz o melhor”, afirmou. O show de Paulo Diniz durou cerca de meia hora. O artista se despediu do público com o mesmo clássico que abriu a apresentação e foi ovacionado pela plateia quando deixou o palco em uma cadeira de rodas.

A revelação da noite foi o cantor Almérico. O performático artista caruaruense trouxe para sua apresentação a pegada psicodélica com marcação de palco e figurino de pássaro. Em seguida subiram ao palco a banda Flaviola, que voltou a se apresentar ao vivo após 19 anos, e a cantora Aninha Martins.

O encerramento da primeira noite do Festival ficou por conta da Ave Sangria, que conseguiu aquecer os ânimos do público e juntar a galera que já estava meio dispersa. O som psicodélico trouxe sucessos, como Dois Navegantes e O Pirata. “Participar do Abril Pro Rock como uma das principais atrações da noite é muito bacana. Mas a emoção é a mesma de estar em qualquer palco. Tem que fazer o seu trabalho da melhor maneira possível e criar uma empatia com o público”. Para fechar o Show a banda optou pela música Georgia, A Carniceira.

Apesar de aparentar um público menor, a organização do evento estimou cerca de mil pessoas no local. De acordo com Paulo André, a média de público ficou dentro do esperado. “Esta noite trata-se de artistas consagrados dos anos 70, que não estão na mídia, e artistas novos, então a média de público ficou dentro da expectativa”.

A abertura oficial do Abril Pro Rock será na próxima sexta-feira (24), no Chevrolet Hall. Dentre as atrações estão Pitty, Pato Fu, além das atrações internacionais Deus (Bélgica) e The Shivas (EUA). 

O rock pesado será apreciado no segundo dia do evento. Dead Fish, Ratos de Porão, Marduk  e Câmbio Negro HC são algumas das atrações. Segundo Paulo André, o público da noite do sábado (25) deve ser formado por cerca de 30% de turistas.

Os ingressos do Abril Pro Rock custam R$60, com opção de meia-entrada. Também estão sendo vendidas entradas sociais, no valor de R$40 + 1kg de alimento não perecível, além dos camarotes. Os bilhetes estão à venda no Chevrolet Hall e nas Lojas Renner.       

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