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Uma freira interrompeu nesta segunda-feira (18) uma sessão de fotos em Nápoles, no sul da Itália, e separou duas jovens atrizes que estavam se beijando.

"O que você está fazendo? Não! É o diabo!", gritou a idosa ao interromper o beijo entre Serena de Ferrati e Kyshan Wilson, modelos e protagonistas da série de TV "Mare Fuori", que conta as histórias de jovens em uma penitenciária.

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Logo depois, a freira se benzeu com o sinal da cruz e invocou "Jesus, José e Maria", sob o olhar espantado e divertido das meninas, enquanto o fotógrafo tentava amenizar a situação: "Estamos realmente tentando trabalhar", disse.

O vídeo foi gravado pela maquiadora Roberta Mastalìa, que também trabalhava na sessão de fotos, e foi compartilhado nas redes sociais de Ferrati, com a legenda irônica "Deus não ama LGBT".

A publicação logo se tornou viral e centenas de usuários justificaram a atitude da freira por sua "idade avançada".

A cena aconteceu no Bairro Espanhol de Nápoles, na esquina da Via Concordia com a Vico Colonne em Cariati.

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Da Ansa

O pedetista Ciro Gomes, pré-candidato à presidência da República em 2022, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda-feira (21) que a presença do Estado laico não deve apagar a importância do cristianismo na criação das leis e da vivência em sociedade. Em nova proposta nos seus conteúdos pré-campanha, o dito progressista dá o primeiro aceno ao fundamentalismo religioso, mais associado ao espectro da direita. O discurso é visto como uma tentativa do ex-governador de conquistar o eleitorado de diversas frentes políticas.

A novidade surpreendeu parte dos apoiadores e dividiu opiniões nas redes. Muitos acreditam que dialogar com a direita mais conservadora pode ser positivo para a candidatura do economista. Já o eleitorado de esquerda passa a se ver um pouco mais distante das propostas de campanha do maior nome do PDT.

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“O Brasil é uma república laica, ou seja, o Estado tem vida independente das igrejas e as igrejas têm vida independente do Estado. Mas esses livros (Bíblia e Constituição) não são conflitantes. Nossas leis não permitem favorecer uma religião sobre as outras, nem os brasileiros que têm fé sobre os que não têm. Esse princípio republicano, porém, não nos deve levar à negação de uma realidade histórica, com consequências sempre atuais: o Brasil se formou no berço do cristianismo”, diz Ciro Gomes, ao iniciar a mensagem.

O vídeo tem cerca de dois minutos e foi gravado com uma sinfonia clássica de fundo, típica em eventos religiosos do catolicismo. Ainda no posicionamento, o centrista reafirma que a humanidade foi criada à "imagem e semelhança de Deus” e que para se possuir uma vida digna, é preciso haver recursos e suporte, sendo essa uma das pontes entre os princípios cristãos e a elaboração das regras do Estado.

O mote não é tão diferente do utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018, quando o PR associou à sua campanha o “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

“Somos um Estado laico, mas a Bíblia e a Constituição não são livros conflitantes. O mesmo acontece com a religião e a política. Se observamos bem, veremos que ideias centrais do cristianismo inspiram a vida de todos nós que lutamos por um Brasil melhor”, escreveu ainda o político, em publicação no Twitter junta ao vídeo e à hashtag “ReligiãoEPolítica”.

Assista o vídeo

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Uma exposição de bonecos que mostra Ken como Jesus crucificado e a Barbie vestida como a Virgem de Guadalupe, que seria inaugurada no sábado em Buenos Aires, foi suspensa por ameaças de grupos radicais católicos. "Os artistas foram intimidados por grupos católicos que ameaçaram vir no sábado. Tudo está suspenso até que possamos realizar a exposição com total segurança", disse à AFP Marcelo Boco, diretor da galeria P.O.P.A.

Bosco afirmou que os organizadores não queriam "correr o risco de exibir a obra, que significa um ano de trabalho para os artistas". A mostra "Barbie: ThePlasticReligion" foi realizada por Pool Paolini e Marianella Perelli, dois artistas argentinos que revolucionaram as redes sociais ao transformar bonecos em figuras religiosas.

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"Tomamos esta medida porque acreditamos que o sentido da obra foi mal interpretado e, sobretudo, distorcido. Nunca quisemos ofender as pessoas de fé, independentemente da religião que professam", disseram os artistas em um comunicado. Os jovens criadores explicaram que elegeram a Barbie por representar o padrão de beleza atual e por ter sido tomada como modelo estético por adolescentes e mulheres latino-americanas.

"É triste e frustrante para nós, que sentimos a expressão artística como definição de vida, ter que reprimir aquilo que nos motiva. Esta não é a primeira vez que isto acontece", disseram Paolini e Perelli, que se definem como católicos.

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