Tópicos | gastos da máquina pública

Um dos principais desafios do novo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) será a reorganização da economia brasileira. Reeleita nesse domingo (26), a petista terá que resgatar a confiança interna e externa dos investidores, promovendo um novo ciclo de desenvolvimento e aprofundando conquistas sociais. 

A expectativa, no entanto, não é das melhores. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, nesta segunda-feira (27), o crescimento do país para este ano é de 0,27% e em 2015 a expectativa é que ele chegue a 1%. Os números não são positivos, segundo economistas, e deve ser refletido no resultado do pleito. Além dissoa presidente vai enfrentar um Congresso Nacional mais ríspido e alguns desacertos com as contas públicas. 

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“O resultado da eleição não foi o desejado pelo mercado. Isso já vinha sendo observado nos últimos dias”, observou o economista Alvaro Bandeira, lembrando que as propostas do então candidato Aécio Neves (PSDB) e o relacionamento dele com os empresários era o preferido pela classe. “O governo de Dilma não se compromete com o choque de credibilidade e não convence os agentes investidores”, completou. 

Citando possibilidades para reorganizar a situação nacional o estudioso frisou a aprovação de reforças e a redução da máquina pública, além da retomada da confiança de empresários e consumidores. “Os investidores precisam de confiança que vem de uma política de mais planejamento e não de uma administração por susto. No governo Dilma isso era muito usado, corria-se muito atrás do prejuízo”, analisou. 

Para Bandeira, a solução a partir de 2015 para a recuperação econômica deve girar em torno de um aumento da meta do Superávit primário tornando-o mais forte; a atração de fontes alternativas de financiamento, como por exemplo, as Parcerias Público-Privadas; e as reforma fiscal e tributária. “Os mercados reagirão assim para um médio e longo prazo”, vaticinou o especialista.   

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