MACEIÓ - Um dos maiores fornecedores de drogas da cidade de Maceió, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), foi preso na manhã desta quarta-feira (19) em uma operação deflagrada nos bairros do Tabuleiro dos Martins e Serraria. A ação envolveu militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), com o apoio do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do MPE.
Durante a operação, comandada pelo promotor de justiça Alfredo Gaspar de Mendonça, outras três pessoas, acusadas de envolvimento com o tráfico, também foram presas. Vários materiais, como drogas, armas e carros, foram apreendidos.
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Sem resistir à ação dos policiais, Edson José Felizmirno foi preso dentro de uma residência no bairro da Serraria. Segundo Alfredo Gaspar, o Gecoc monitorava Edson José há algumas semanas, e as investigações o apontava como um dos maiores fornecedores de entorpecentes da capital alagoana. No local, também foi detido Fabiano Martins, conhecido como “Motoboy”, que já havia preso por tráfico quando residia em São Paulo.
"Edson atendia a várias quadrilhas. Como os traficantes sabiam que o acusado tinha um dos maiores estoques de drogas de Maceió, compravam as mercadorias a ele. Ou seja, ele conseguia se beneficiar de todos os lados, haja vista que mantinha relação com diferentes bandos. E ele não agia sozinho, trabalhava em família", explicou o promotor.
Em 2010 Edson, também conhecido como “Paulista”, foi preso em uma propriedade no vilarejo de Massagueira, em Marechal Deodoro. No local foi descoberto um laboratório de refinamento de cocaína, cujo dono, supostamente, seria o traficante investigado pelo MP.
Trabalho em Família
No Tabuleiro dos Martins, na parte alta de Maceió, foram presos a filha e o genro de Edson. O casal Carlos Alexandre de Araújo Cavalcante e Érika Regina foi detido numa residência no conjunto Brasil Novo.
Durante a revista da residência, o Gecoc descobriu um depósito improvisado para drogas. "Havia uma espécie de cisterna, dentro de um banheiro, onde parte da droga era escondida. Lá, nós encontrarmos quatro quilos de crack. Ela estava coberta com concreto e cerâmica. Ou seja, cada vez que precisavam retirar uma quantidade grande de entorpecentes, era preciso quebrar a superfície", explicou Alfredo Gaspar. Ainda na residência do casal, foram apreendidos cerca de R$ 13 mil em dinheiro e uma arma de fogo.