Tópicos | golpe de 2016

A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), que deverá comandar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), do Brics, ressaltou ter dito “nós voltaremos” ao Palácio do Planalto no dia em que sofreu o impeachment, em 2016. A petista lembrou do momento durante fala no aniversário de 43 anos do PT, em Brasília, na segunda-feira (13). 

“Ao sair do Palácio do Planalto e do Palácio do Alvorada, eu disse: nós voltaremos. Nós sabemos que há alguns momentos na vida em que é preciso ter coragem, e nós tivemos coragem”, salientou Dilma.

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“Cada um de nós aqui presente em vários momentos foi ameaçado, se sentiu oprimido e resistiu. E lutou. E teimou. Saúdo, obviamente, o nosso grande líder, aquele líder que caminhou de cabeça erguida. Não fugiu. Não correu. Não se esquivou. Não saiu do Brasil. Ficou aqui e enfrentou os 580 dias de prisão”, afirmou a ex-presidenta, em referência ao presidente Lula e a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do Brasil para não passar a faixa presidencial ao petista. 

A Universidade de Brasília (UnB) oferecerá, no primeiro semestre de 2018, uma disciplina eletiva, chamada de tópico complementar, com o tema “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. A disciplina, que é ofertada no âmbito do Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades (Demodê), já tem uma ementa definida e publicada no site oficial do grupo de pesquisa. O tópico especial será ministrado pelo professor titular do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, Luis Felipe Miguel. 

De acordo com o texto da ementa, os objetivos da disciplina são “Entender os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidente Dilma Rousseff”, “analisar o governo presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil” e, por fim, “perscrutar os desdobramentos da crise em curso e as possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil”. 

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Entre os temas que a disciplina se propõe a debater, estão o período histórico do golpe de 1964 à Nova República, “O PT e o pacto Lulista”, “democratização e desmocratização”, as “jornadas de junho”, a destituição de Dilma e “o governo ilegítimo e a resistência”. Ainda de acordo com a ementa, o programa da disciplina é provisório e sujeito a mudanças. 

O LeiaJá procurou a UnB para saber se a instituição confirma a oferta do curso e se tem algum comentário a respeito da oferta do tópico especial. Além disso, buscamos contato com o professor Luis Felipe Miguel, que divulgou a oferta da disciplina nas redes sociais, para obter mais informações a respeito das razões para ofertar as aulas, mas ainda aguardamos resposta. 

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