Tópicos | Golpe do Empréstimo

Uma investigação da Polícia Civil de São Paulo acabou com 20 pessoas conduzidas à delegacia na cidade de Santo André, região metropolitana da capital. A ação dos agentes da polícia aconteceu na manhã desta terça-feira (29) e fechou um escritório utilizado como a central da prática de golpes por meio de empréstimo financeiro consignado.

Conhecido como “arara”, o local aparentava funcionar como uma empresa de créditos pessoal. Para não levantar suspeita, os responsáveis montavam e desmontavam a sede a cada 30 dias em locais diferentes. Os criminosos diziam às vítimas que disponibilizavam dinheiro a juros reduzidos mas, para liberar o empréstimo, exigiam a antecipação do pagamento de algumas taxas de administração. Na última semana, equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) já haviam tentado prender o bando. Porém o suposto escritório já tinha migrado para outro endereço, que ficava na sobreloja de uma igreja, situada à Avenida Utinga, no ABC Paulista.

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Durante a ação, a polícia flagrou os golpistas atendendo algumas vítimas do golpe, as quais também foram levadas à delegacia para prestar depoimento. Os responsáveis por comandar o esquema devem responder por estelionato e formação de quadrilha ou associação criminosa.

A Noverde, empresa especializada em crédito online, identificou um aumento 198%, em golpes que prometem empréstimos via WhatsApp. A companhia apontou que, se antes os criminosos virtuais usavam nomes de bancos conhecidos para aplicar as fraudes, dessa vez o disfarce leva o nome das fintechs - ou seja, startups que trabalham como alternativa de serviços do sistema financeiro.

De acordo com a companhia, os números dão ideia da dimensão do problema. De janeiro até setembro dos últimos três anos, foram 232 casos em 2017, 519 em 2018 e 683 em 2019, um aumento de 198% em dois anos. Já nos nove primeiros meses de 2019 foram registrados 683 registros deste golpe, quase o mesmo número do ano anterior. A modalidade do golpe ainda não possui uma divisão específica no Sistema Digital de Ocorrências da Polícia Civil de São Paulo para relatar este tipo de crime. 

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O aumento é visto como uma consequência do relaxamento das pessoas em relação às fintechs, que antes eram tratadas com mais desconfiança, e hoje, fazem parte do cotidiano de mais brasileiros. 

Confira dicas para evitar cair nesse tipo de golpe: 

Ignore mensagens enviadas de pessoas desconhecidas que peçam para clicar em links para conseguir um empréstimo. 

Marque esse tipo de mensagem como SPAM. 

Tenha controle sobre quais formulários com pedidos de crédito você preencheu. Empresas com boa reputação costumam oferecer uma experiência simplificada.

Desconfie de mensagens que indiquem que seu crédito foi aprovado junto a empresas que você não tenha um relacionamento, por exemplo. 

Ao receber uma oferta de crédito, pesquise sobre a reputação da empresa, especialmente por meio de recomendações de outros clientes. Golpistas usam a desinformação do usuário e se aproveitam da necessidade das pessoas que precisam daquele dinheiro.  

Se persistir a dúvida, entre em contato pelos telefones disponíveis nas páginas oficiais da empresa para esclarecer sobre a veracidade da oferta.  

Redobre a atenção com ofertas de empréstimos que peçam um depósito antecipado como “taxa de conveniência” ou algum serviço de análise de crédito, para liberar um valor pré-aprovado.

Se a mensagem vier com muitos erros gramaticais ou o atendimento for muito informal, como por exemplo, audios de WhatsApp, há probabilidade grande de ser golpe.

Não caia em pressões psicológicas que dão um prazo de poucas horas para a concretização do “empréstimo”. Há casos em que os golpistas prometem abono de parcelas caso o comprovante de depósito seja feito em poucos minutos.

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