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Um grupo de jovens da cidade de Jalingo, irritados com o fracasso do governo nigeriano no combate a extremistas islâmicos, jogou pedras contra o comboio eleitoral do presidente Goodluck Jonathan nesta quinta-feira, quebrando para-brisas e janelas de vários veículos. Um repórter da Associated Press que estava no local não conseguiu ver se havia feridos.

A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

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De Jalingo, Jonathan foi de avião para Yola, a capital do Estado Adamawa, onde autoridades isolaram a rota por onde o comboio presidencial passou. Na semana passada, a caravana presidencial já havia sido apedrejada na cidade de Katsina, no norte, e em Bauchi, nordeste do país. Jovens de Bauchi arremessaram sapatos e garrafas de plástico contra o palco onde Jonathan estava durante um comício.

Em Jalingo, soldados faziam a segurança de outdors e pôsteres de Jonathan, que concorre à reeleição no pleito de 14 de fevereiro. Os manifestantes gritaram que as tropas deveriam estar lutando contra o Boko Haram em vez de fazer a segurança do presidente. O grupo é acusado da morte de cerca de 10 mil pessoa no ano passado.

"Por que eles estão usando soldados e outros agentes de segurança? Eles deveriam ser enviados para Sambisa e lutar contra o Boko Haram, não contra civis inocentes", gritou um homem enquanto rasgava um pôster do presidente.

A floresta de Sambisa é o local onde os insurgentes têm acampamentos e onde, acredita-se, mantenham algumas das 276 estudantes sequestradas de uma escola interna na remota cidade de Chibok em abril do ano passado, um sequestro em massa que atraiu críticas internacionais.

Dezenas de meninas escaparam por conta própria, mas 219 continuam desaparecidas, como um lembrete do fracasso do governo e do Exército nigerianos.

Yola e Jalingo abrigam dezenas de milhares de pessoas expulsas de suas casas durante os cinco anos de insurgência de militantes islâmicos.

Não estava claro se os mais de 1 milhão de cidadãos desalojados pela insurgência serão capazes de votar em fevereiro. Centenas de milhares se refugiaram em Camarões, no Chade e no Níger. Além disso, não se sabe quantas dezenas de milhares permanecem nas mais de 100 vilas e cidades do nordeste do país, que estão sob o domínio dos insurgentes.

O Boko Haram, grupo que surgiu na Nigéria, vem atacando vilas e tropas camaronesas, ampliando o conflito e elevando os temores entre os vizinhos da Nigéria.

Uma reunião de cúpula da União Africana, que acontece na Etiópia nesta semana, vai tratar das necessidades de uma força multinacional para lutar contra os extremistas nigerianos. Fonte: Associated Press.

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, visitou nesta quinta-feira a região de Borno, onde o grupo extremista Boko Haram faz uma campanha de terra arrasada que já destruiu 3.700 casas e outras estruturas, de acordo com imagens feitas por satélite divulgadas pela Anistia Internacional.

De acordo com o gabinete do presidente, ele fez uma visita surpresa à área e se encontrou com tropas e refugiados vindos de Baga, onde a milícia conquistou uma base militar e atacou civis.

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Johnathan, que concorre à reeleição em fevereiro, não visita o estado desde que foi declarado o estado de emergência, em maio de 2014.

Imagens de satélites feitas entre 3 e 7 de janeiro e divulgadas pela Anistia Internacional mostram os extremistas tomando a base de Baga, para em seguida matar centenas de civis, de acordo com testemunhas. Estimativas de grupos de direitos humanos falam em até 2 mil mortes. Fonte: Associated Press.

Extremistas supostamente islâmicos lançaram um ataque contra vigilantes em uma cidade no nordeste da Nigéria, matando 13 pessoas antes de serem baleados por forças de segurança, disseram testemunhas neste sábado, 8. O atentado ocorreu na sexta-feira em Maiduguri, reduto espiritual da rede extremista Boko Haram, que agora é alvo de uma ofensiva militar.

Os rebeldes haviam escondidos os rifles Kalashnikov dentro de um caixão envolto em um pano branco, como se estivesse preparado para enterro. Quando se aproximaram de um grupo de jovens vigilantes em uma van, eles sacaram as armas e abriram fogo, disse Sheriff Aji, que testemunhou o ataque. "Eles continuaram atirando até acabar a munição, então alguns jovens corajosos os cercaram e entregaram aos soldados, que os mataram ao tentarem escapar", informou.

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Um porta-voz do Exército não estava imediatamente disponível para comentar o assunto. O tiroteio acontece depois que o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, declarou estado de emergência em 14 de maio nos Estados de Adamawa, Borno e Yobe states - território localizado na fronteira com Camarões, Chade e Níger. Em um discurso em cadeia nacional, Jonathan admitiu que o governo perdeu o controle de alguns vilarejos e cidades para combatentes extremistas.

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