Uma mulher migrante que vive no campo de Ritsona, perto de Atenas, testou positivo para o novo coronavírus depois de dar à luz em um hospital de Atenas, informou nesta terça-feira (31) o ministério das Migrações. Este é o primeiro caso oficial de contágio da COVID-19 entre migrantes dos campos.
A requerente de asilo, "originária da África", segundo a televisão pública ERT, deu à luz por cesariana há dois dias, antes do teste de COVID-19, informou uma fonte médica.
Uma dúzia de membros da equipe do hospital, que estiveram em contato com a paciente, foram colocados em quarentena. Além disso, testes serão realizados em outros três pacientes que estavam na mesma sala e no recém-nascido, disse a fonte. O pai não está infectado.
Especialistas do Sistema Nacional de Saúde (ESY) visitaram Ritsona, 70 km ao norte de Atenas, para descobrir com quem o casal teve contato e tentar identificar a origem da infecção da mulher.
Quatro dias antes de ordenar o confinamento, o governo grego impôs medidas estritas nos campos de migrantes, onde vivem dezenas de milhares de pessoas, muitas vezes em condições de higiene assustadoras.
No entanto, poucos testes de diagnóstico são realizados nos campos, principalmente porque o país negou aos migrantes o direito à seguridade social depois que o governo conservador chegou ao poder.
Até o momento, a Grécia (quase 11 milhões de habitantes) registrou 43 mortes e 1.212 infecções pela COVID-19.