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A Constituição Federal isenta as mulheres do serviço militar, que hoje é obrigatório para homens que completam 18 anos. A lei poderá mudar, caso um projeto de lei que tramita no Senado Federal for aprovado. A proposta é oferecer às mulheres o direito de optar pelo serviço militar. Atualmente, elas podem ingressar nas Forças Armadas voluntariamente, mas não podem exercer certas funções. 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), autora do projeto, argumenta que é preciso oferecer às mulheres a oportunidade de participarem da realização desse serviço com acesso igual para todos os gêneros. “A despeito desse aumento significativo da presença feminina nas Forças Armadas, ainda não há a efetiva participação feminina em todos os cargos e funções existentes nas Forças Singulares, o que certamente conforme a Carta constitucional deveria ser a realidade”. 

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O cidadão pode dar sua opinião sobre a matéria por meio de consulta pública disponível no site do Senado Federal. A maioria é a favor da proposição. Até agora, do total que responderam, 2.809 apoiam e apenas 265 não concordaram.  

Na opinião dos internautas, expostos na página do Facebook do Senado, muitos defendem que o alistamento não seja obrigatório para os homens. “Se é uma sociedade justa e igualitária que alguns querem, então ou se torna obrigatório para homens e mulheres ou opcional para ambos”, escreveu um. “Mulheres têm a plena capacidade de servir também e nem todo homem quer ou gosta do serviço militar”, reforçou uma mulher. 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) se pronunciou, nesta quarta-feira (19), pela primeira vez, no plenário da Casa, sobre o seu nome que aparece na lista de Fachin. Ela e o seu marido Eron Bezerra serão investigados pelo suposto recebimento de valores da empreiteira durante sua campanha eleitoral, no ano de 2012, sem registrar os valores oficialmente. 

Na tribuna, Grazziotin disse que não é citada em nenhum caso de corrupção. “A solicitação aberta diz respeito a questões eleitorais. Eu não sou citada em nenhum caso de corrupção. A Odebrecht se aproximou e nós nos aproximamos porque queríamos investir em uma política jovem e promissora, mas para os telejornais eu apareço como mais uma daquelas que pratica corrupção”, contou. 

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A parlamentar declarou que o sentimento é de dor. “Disposição eu nunca perco, coragem eu nunca perco, enfrentar eu enfrento porque todos nós enfrentamos, agora vossas excelências não sabem o tamanho da dor que nós sentimos, do tanto que isso nos machuca. Der ver toda uma vida de luta, de privações, inclusive do convívio com a própria família. Repito a investigação solicitada em relação a mim não diz respeito à corrupção, mas nos telejornais estou sendo colocada como se tivesse cometido corrupção. É lamentável”, salientou. 

Vanessa Grazziotin também defendeu o seu marido ressaltando que ele “jamais pediria contribuição por meio de Caixa 2”. Eron, segundo o inquérito, teria participado de reunião envolvendo o recebimento dos valores, de acordo com o inquérito. 

“Lamento que isso esteja acontecendo e por isso digo que faço questão de depor não uma vez, depor quantas vezes forem necessárias. Faço questão de contribuir e de ajudar na busca de provas. O que não vou permitir que aconteça é que essa investigação permaneça. É a pior coisa que pode acontecer na vida de uma pessoa, sobretudo uma pessoa pública porque o que está sendo questionado é a minha dignidade e a minha honestidade e eu quero ter a oportunidade de comprovar como farei, de que não cometi nenhum ato de ilegalidade”, finalizou.

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