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A queda no número de doações de sangue na última semana de 2021 acendeu o sinal de alerta vermelho do Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio). De acordo com o hemocentro, o número de bolsas coletadas no período caiu 10% na comparação com o ano passado, quando o Estado passava pelo auge da pandemia de Covid-19.

O Hemorio aponta a pandemia, a epidemia de gripe e as fortes chuvas, como os principais motivos para ter coletado 250 bolsas de sangue a menos neste mês em comparação com o mesmo período de 2020, e alerta que se os estoques não aumentarem, os atendimentos nas grandes emergências do Rio de Janeiro neste fim de ano podem ficar comprometidos.

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Vacinação contra a gripe

Para incentivar as doações e conter o avanço da síndrome gripal na cidade, o Hemorio ampliou a vacinação contra o vírus da Influenza. A imunização começa nesta quarta-feira (29) e segue até durarem os estoques das doses. O objetivo é que a pessoa interessada em fazer a doação de sangue possa também se vacinar na unidade.

“Essa iniciativa tem o objetivo de atrair a população que ainda não se vacinou contra a gripe para fazer sua doação de sangue e ser imunizado em seguida”, disse o diretor-geral do instituto, Luiz Amorim.

O atendimento no Hemorio, que fica na Rua Frei Caneca, no centro da capital fluminense, segue em horário normal, com funcionamento de segunda a domingo, incluindo feriados, das 7h às 18h.

“Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais. Devem portar ainda um documento de identidade do responsável”, orientou o hemocentro, acrescentando que não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes.

O instituto alerta ainda que os voluntários “não podem ter tido hepatite após os 10 anos, nem estar expostos a doenças transmissíveis pelo sangue (sífilis, Aids, hepatite e doença de Chagas)”. As mulheres grávidas ou amamentando e usuários de drogas também não podem fazer a doação de sangue. Os infectados pela covid-19 só podem doar após 30 dias do fim dos sintomas. Quem já recebeu a vacina pode doar após sete dias ou 48h em caso da CoronaVac.

Mais informações estão disponíveis no site do Hemorio na internet ou ligar para o Disque Sangue de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7h às 17h, pelo número 0800 282 0708.

A grave crise financeira do Estado do Rio afetou os serviços do Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), órgão que capta e distribui sangue a pacientes em tratamento em pelo menos 200 unidades da rede estadual. O atendimento no local foi suspenso nesse domingo (10). Os funcionários já tinham reduzido o horário de coleta na última semana, após dois meses sem receber os salários.

De acordo com comunicado do Hemorio, o atendimento foi interrompido em caráter "excepcional". A previsão é de que o atendimento ocorra normalmente nesta segunda, 11, das 7h às 18h.

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"Contamos com a solidariedade de todos os nossos doadores e da população do Rio", informa o aviso publicado no site da instituição.

O Hemorio tem cerca de 180 funcionários, dos quais 90% são terceirizados, com salários atrasados. De acordo com o instituto, os próprios médicos e enfermeiros têm feito as funções administrativas, como forma de não interromper o atendimento. Ainda assim, a coleta de sangue teve o horário reduzido desde a última terça. Na semana passada, os empregados tiveram os vales refeição e transporte suspensos. Alguns funcionários relataram não ter dinheiro para chegar ao trabalho.

Na semana passada, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) fiscalizou o instituto e constatou problemas, como a suspensão parcial dos atendimentos e a falta de medicamentos. Segundo o Cremerj, no último dia 2, o atendimento aos doadores já havia sido interrompido. A estrutura do prédio do Hemorio, no centro, também está precária, com infiltrações. O Cremerj estuda denunciar a situação ao Ministério Público Estadual.

Greve

A crise financeira do Estado atinge ainda servidores de outras categorias, que deflagraram greve na semana passada. A paralisação atinge parcialmente 33 categorias, como policiais civis, professores e servidores de órgãos como o Detran e o Instituto Médico-Legal (IML).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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