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Líder do PT no Senado, Humberto Costa afirmou, nesta terça-feira (27), que há o risco do país “voltar a ser refém” do Fundo Monetário Internacional (FMI). O alerta foi feito após um dia após uma reunião entre o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, e representantes do FMI. Para o petista, com a “política econômica irresponsável” adotada, segundo ele, pelo presidente Michel Temer (PMDB), o Brasil pode voltar “a um tenebroso passado econômico”.

“Corremos sério risco de voltar a ser refém do FMI. Com essa política econômica irresponsável e com o Congresso Nacional passando consecutivos cheques em branco para o presidente golpista, nós nos desestabilizaremos de tal forma que poderemos retroceder, sim, aos anos 90, quando o FMI mandava no Brasil”, ponderou Humberto.

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Avaliando os números do país, o senador disse que a arrecadação de impostos vem caindo mês a mês e a tendência é de termos um déficit ainda maior em 2017. “Não sei onde vamos parar com esse nefasto conjunto de políticas econômicas, fiscais e sociais. Esse governo está mais parecendo o picadeiro de um circo. Só que os brasileiros não podem ser tratados como palhaços”, observou.

Lembrando da época em que o país estava endividado com a banca internacional, Humberto Costa disse que nos governo do PT “o Brasil aumentou em dez vezes as suas reservas internacionais, pagou a dívida com o FMI e passou a emprestar dinheiro ao fundo”.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa avaliou a administração do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) como um “desastre político, econômico e social” e garantiu que fará uma “oposição extremamente forte” às propostas para as reformas trabalhista e da previdência que restrinjam os direitos dos trabalhadores e beneficiem a camada mais rica do país. A expectativa é que a equipe econômica de Temer encaminhe para o Congresso Nacional os projetos que promovem mudanças nas duas vertentes até o fim do segundo semestre.

“Vejo [o governo] como um desastre político, econômico e social. Um governo que se propôs ampliar o equilíbrio fiscal e só faz ampliar a dívida pública e comprometer a condição do nosso país de estar equilibrado. No ponto de vista econômico, não temos nenhuma luz no fim do túnel para o que estamos vivendo. O governo não apresentou nenhuma proposta concreta de retomada do crescimento”, salientou. “Politicamente, estamos vendo um governo extremamente conservador, que relega as políticas sociais para o segundo plano, que adota valores e proposições que não condizem com o Brasil do século XXI”, acrescentou o senador pernambucano.

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Corroborando a análise do senador, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) criticou o que ele chama de “pacote de Meireles”, referindo-se ao ministro da Fazenda Henrique Meireles. "Primeiro: esse pacto do Meireles que estabelece um teto, este teto a gente pode até discutir para custeio, mas não para saúde e educação. Segundo: a previdência, que é uma questão de estado, mas que tipo de proposta Michel Temer vai mandar: com seriedade ou para fazer demagogia? A reforma trabalhista temos que discutir sim, mas qual a proposta? De que forma ela chegará para o Congresso?”, indagou.

Sob a ótica de Costa, a administração de Michel Temer não é “um governo sério, porque é provisório e fruto de um impeachment fraudulento”.

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