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Ao comentar uma declaração do ator Ricardo Machi, que desabafou afirmando que já foi discriminado por ser heterossexual, o senador Magno Malta (PR) falou que daqui a pouco as pessoas vão dizer que sentem vergonha de serem heterossexuais. 

“Então, daqui a pouco nós vamos ter vergonha de dizer que somos hétero? Daqui a pouco nós vamos ter que fingir que somos homossexuais para arrumar um emprego? Daqui a pouco uma filha da gente tem que fingir que é lésbica para arrumar emprego? Então, você que gosta de artes cênicas, que sonha um dia em fazer artes cênicas tem que fingir ser homossexual para arrumar emprego?”, questionou.

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Magno Malta, expandindo o assunto, criticou a atriz Fernanda Montenegro, após ela se posicionar sobre o que seria arte depois da exposição que aconteceu no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), onde um homem nu interagia com uma criança. Montenegro afirmou que “tudo é cultura”.

Malta também alfinetou Caetano Veloso. “A bíblia diz que a boca fala sobre o que o coração está cheio. Ele [Caetano] está verbalizando o que está dentro dele. Ele quer mais. Ele quer abrir tudo...A senhora Fernanda Montenegro, quase 100 anos de idade, porque a senhora não se deita nua rua e chama os meninos para bulinar a senhora? Seria uma obra de arte”, ironizou.

O parlamentar voltou a pedir respeito às crianças. “Criança nasceu para ser amada e não abusada e violentada. E agora estamos com esse ataque, um ataque vil daqueles que acham que tem autoridade, que acham que o que eles fazem viraliza, o povo chamada de classe artística do Brasil (...). Não, ninguém está querendo calar a arte. Arte é arte, continue fazendo arte. A gente não quer artimanha com criança. Uma coisa é arte, outra coisa é botar criança para tocar um homem nu. Se aquilo fosse feito em uma sala fechada, tinha quer ser preso em flagrante porque era pedofilia, mas foi em um museu, aí é arte”.

“Ninguém precisa ser doutor em psicologia para saber que isso cria um malefício e uma lesão psicológica moral para a eternidade. Que venha a Globo, o Caetano Veloso, que venha o Santander, a Fernanda Montenegro, eu não sou ninguém, eu sou filho de dona Dadá, e não afrouxo”, ressaltou.

No Dia Internacional de Combate à Homofobia, celebrado nesta quarta-feira (17), o deputado federal Jean Wyllys (Psol) não deixou passar a data batida e fez uma série de explanações sobre a população LGBT. O parlamentar comparou os gays com negros e canhotos e também disse que o Brasil lidera o ranking de mortes motivadas pelo "ódio homofóbico" e que esse sentimento, segundo ele, é “patrocinado” por pastores e políticos no parlamento e nos veículos de comunicação. 

“Da mesma forma que há brancos e negros, destros e canhotos, com diferente cor dos olhos e do cabelo, com diferente tipo sanguíneo e com infinidade de outras diferenças, a diversidade humana também inclui pessoas com orientações sexuais diferentes. Alguém pode estar pensando: mas ele está comparando ser gay a ser negro ou canhoto? Estou sim. Os negros também foram considerados uma "raça inferior" com base em teorias científicas racistas que, inclusive afirmavam que os cérebros das pessoas de pele preta eram menores. E os canhotos, até bem pouco tempo atrás, eram obrigados a escrever com a mão direita na escola e sofriam castigos físicos se não fizessem”, escreveu em sua página do Facebook.

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O deputado comentou que a Organização Mundial da Saúde considerava a homossexualidade um distúrbio mental até maio de 1990. “Um ranço de um antigo discurso que não tinha absolutamente nenhuma base científica, segundo o qual a atração sexual e afetiva "normal" só pode se direcionar a pessoas do sexo oposto (...) Os canhotos não tem nada errado e ser gay, lésbica ou bissexual é tão normal e natural quanto ser heterossexual”. 

Jean Wyllys falou ainda que a ciência, um dia, vai pedir “perdão” aos transexuais. “As pessoas transexuais ainda são consideradas doentes mentais em alguns países e até existe um nome para essa suposta "doença" [chamada] disforia de gênero”, disse. 

O ex-presidente Lula também se manifestou sobre a data simbólica. Ele disse, em suas redes sociais, que todo dia é dia de luta. “Ainda há muito caminho a percorrer”, comentou. Ele aproveitou para falar sobre “as medidas de valorização” para a população LGBT no seu governo e na gestão de Dilma Rousseff. 

Citou, como exemplo, a criação do programa Brasil sem Homofobia e do módulo LGBT no disque 100, estabelecimento da união homoafetiva feminina e a elaboração do primeiro relatório sobre violência homofóbica no Brasil. 

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