Um ato que teve início no final da tarde desta sexta-feira (6), em frente à Igreja da Candelária, no Centro do Rio, reuniu dezenas de militantes em defesa do ex-presidente Lula.
Representantes de diversos partidos de esquerda, movimentos sociais, sindicatos e diretórios estudantis participaram da manifestação, que também homenageou a vereadora assassinada, Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.
##RECOMENDA##O público foi aumentando por volta das 19h, quando começou uma marcha em direção à Câmara do Rio, Cinelândia, principal cenário dos protestos da cidade.
Militares do exército acompanharam o ato nas proximidades da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mas logo dispersaram. Não houve registros de conflitos ou repressão por parte das forças policiais.
A maioria dos discursos ficou por conta de sindicalistas e integrantes de movimentos sociais, já que a maioria das lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) do estado estão em São Bernardo do Campo desde ontem (5).
No entanto, estiveram presentes nomes do PSOL, como os deputados Marcelo Freixo, Flávio Serafini, Eliomar Coelho e Chico Alencar e o vereador Tarcísio Motta, pré-candidato ao governo estadual, e grupos ligados ao PC do B, PCO, CTB, CUT, entre outros.
Caroline de Castro, presidente do PSOL Rio, diz que essa união das esquerdas é uma expressão de apoio à democracia. “Em que pesem as nossas diferenças, a gente precisa defender o direito do Lula ser candidato até para que possamos enfrentá-los nos debates”, ratifica.
Os discursos da militância foram marcados por críticas ao julgamento do ex-presidente e em defesa de sua candidatura à presidência da República. “Todo ataque ao Lula é uma coisa muito orientada. Não tinha provas concretas como tinha a outras pessoas de direita. Aí fica claro que não é um combate à corrupção e sim, um ataque à democracia”, argumentou o fotógrafo chileno, Juan Chirioca. O ato terminou por volta das 21h, mas uma grande parte dos militantes continuaram ocupando a praça.