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Após relatos de moradores e pescadores da existência de uma onça-parda no Parque Estadual da Ilha Grande, na Costa Verde fluminense, o animal foi registrado pela primeira vez no fim de novembro por meio de uma das armadilhas fotográficas colocadas nas trilhas do parque.

A captura das imagens foi feita pela professora Lena Geise, do Departamento de Zoologia do Instituto de Biologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e seus alunos nas atividades de campo da disciplina Biologia e Conservação de Mamíferos do curso de graduação em Ciências Biológicas.

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“Tivemos sorte de fazer o registro com apenas seis armadilhas fotográficas em três noites. É uma espécie muito arisca que não tem uma trilha fixa, fica vagueando”, disse a professora.

Lena explicou que a onça-parda é um felino no topo da cadeia alimentar que se alimenta de tatus, pacas, cotias, quatis. “Então a confirmação da presença do animal indica o bom estado de preservação da área protegida de Mata Atlântica da Ilha Grande”, afirmou a pesquisadora.

A unidade de conservação da Ilha Grande é administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). “Registros como esse nos deixam muito animados, pois indicam que nosso trabalho de conservação do local está no caminho certo. Esta é uma espécie protegida por lei e ver a nossa biodiversidade saudável e ocupando o seu espaço de direito, é motivo de muita alegria e orgulho para nós”, disse, em nota, o presidente do Inea, Philipe Campello.

Também conhecida como Suçuarana e Leão-baio, a onça-parda alimenta-se de animais silvestres de portes variados e exerce papel vital na manutenção da integridade dos ecossistemas onde é encontrada. Segundo o Inea, a espécie está na lista das ameaçadas de extinção e tem capacidade de adaptação a vários tipos de ambientes, de desertos quentes aos altiplanos andinos, com maior atividade ao entardecer e à noite.

De acordo com o Inea, a presença da espécie na Ilha Grande não apresenta ameaça para a população, pois é um animal arisco que foge do contato humano. “É um animal que, ao ser avistado, devemos manter distância, mas não há nada a temer. Este registro vem para reforçar a importância de um ambiente bem preservado”, afirmou o gerente de Fauna do Inea, Marcelo Cupello.

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Considerado um paraíso em meio ao mar de Angra dos Reis, Ilha Grande é a maior das ilhas da baía, com 193 quilômetros cercados por grandes montanhas. Totalmente preservado e cheio de animais marinhos, Ilha Grande só pode ser acessada por balsa ou barco partindo de Angra dos Reis.

Além de belas praias e cenários paradisíacos, a Ilha guarda algumas curiosidades que chamam a atenção dos turistas e hóspedes de hostel ilha grande. Na praia de Lopes Mendes, uma das bonitas e mais visitadas, está o barril âncora. Especula-se que ele esteja lá por pelo menos 300 anos, mas ninguém sabe ao certo como ele chegou até a praia.

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Logo após o seu descobrimento, em 1502, a Ilha serviu de esconderijo para piratas e aventureiros que se abrigavam entre as matas em busca de alimentação, madeira e água. Em algumas praias, como Aventureiro, Julia, Lopes Mendes e Provetá é possível encontrar marcas feitas pelos indígenas que também habitaram a cidade.

Na Ilha Grande também havia presidio que foi utilizado para presos políticos e inclusive para Graciliano Ramos, que de lá escreveu o livro Memórias do Cárcere. O presídio foi implodido em 1994 e no local hoje funciona um Centro de Estudos da UERJ. Outra estrutura que chama a atenção é o leprosário (Lazareto-1871), além de servir para abrigar os doentes, era utilizado também para receber imigrantes em quarentena e mais tarde presos políticos.

Dá próxima vez que se hospedar em um dos hostels na cidade, aproveite para saber um pouco mais dessas curiosidades e história da cidade.

A baleia jubarte encalhada desde a manhã de sábado (26) na Praia do Sul, na Ilha Grande, na Costa Verde do Rio, morreu neste domingo (27). Os esforços de resgate mobilizaram cerca de 50 pessoas, mas o animal não resistiu. Pesquisadores estão em alerta e investigam o que pode ter ocasionado o encalhe de três baleias juvenis - de cerca de um ano de idade - no litoral do Rio em apenas uma semana.

"É algo que está nos intrigando. Trabalho há 25 anos na área e nunca vi isso acontecer: três baleias encalharem em quatro dias. Pode ser uma triste coincidência ou haver um fator em comum, como algum tipo de doença ou vírus", disse o coordenador do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua), José Lailson.

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Segundo Lailson, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi consultado para informar se prospecção sísmica de petróleo baseada em sons na região. Esse pode ser um fator estressante para os animais e deixa-los atordoados. "Não podemos afastar nenhuma possibilidade", explicou. As baleias jubartes juvenis têm cerca de 10 metros e pesam de 15 toneladas a 20 toneladas.

Na tentativa de resgate da jubarte na Ilha Grande, na manhã de domingo, foram utilizados um helicóptero e dois rebocadores. Equipes de biólogos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Corpo de Bombeiros foram acionados.

A força da arrebentação e a dificuldade de acesso ao local, uma reserva biológica, acabaram debilitando a baleia. A posição do mamífero também impediu o resgate. De acordo com o Macqua, uma necropsia será realizada para entender a exata causa da morte.

Além da baleia jubarte que morreu neste domingo na Ilha Grande, os biólogos e a população ainda tentam libertar um outro animal encalhado na Baía da Sepetiba, próximo a Restinga de Marambaia, na zona oeste no Rio de Janeiro. Já houve três tentativas, mas o animal acaba voltando para a parte rasa da praia, em lugar de nadar para águas profundas. A baleia está bastante debilitada.

Na última quarta-feira (23), uma outra baleia jubarte ficou 24 horas parada na Praia Rasa, em Búzios, Região dos Lagos fluminense. Ajudada pela população local, ela conseguiu voltar para o mar no dia seguinte. O Rio é um corredor por onde passam baleias no período migratório. Nessa época do ano elas vêm da Antártica, onde se alimentam, para o litoral da Bahia e do Espírito Santo, onde se reproduzem.

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