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Agentes da Polícia Federal (PF) resgataram um filhote de onça-parda na comunidade Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, presa em cativeiro numa casa no alto do morro. Após a realização de trabalho de inteligência em conjunto com a Força Especial de Controle de Divisas - Operação Foco -, além da participação da Polícia Militar e da colaboração dos próprios moradores, foi possível rastrear o local em que o animal estava sendo mantido ilegalmente e resgatá-lo.

A onça foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Seropédica, na Baixada Fluminense, para a realização de exames e reabilitação, com o objetivo de reinserir o animal na natureza.

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De acordo com a PF, os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico de animais qualificado - visto que a onça-parda está ameaçada de extinção -, com pena de até três anos; maus-tratos aos animais, com pena de até um ano de reclusão; e receptação qualificada, com pena de três a oito anos.

As investigações seguem com a finalidade de identificar os responsáveis e verificar a origem do animal.

Após relatos de moradores e pescadores da existência de uma onça-parda no Parque Estadual da Ilha Grande, na Costa Verde fluminense, o animal foi registrado pela primeira vez no fim de novembro por meio de uma das armadilhas fotográficas colocadas nas trilhas do parque.

A captura das imagens foi feita pela professora Lena Geise, do Departamento de Zoologia do Instituto de Biologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e seus alunos nas atividades de campo da disciplina Biologia e Conservação de Mamíferos do curso de graduação em Ciências Biológicas.

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“Tivemos sorte de fazer o registro com apenas seis armadilhas fotográficas em três noites. É uma espécie muito arisca que não tem uma trilha fixa, fica vagueando”, disse a professora.

Lena explicou que a onça-parda é um felino no topo da cadeia alimentar que se alimenta de tatus, pacas, cotias, quatis. “Então a confirmação da presença do animal indica o bom estado de preservação da área protegida de Mata Atlântica da Ilha Grande”, afirmou a pesquisadora.

A unidade de conservação da Ilha Grande é administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). “Registros como esse nos deixam muito animados, pois indicam que nosso trabalho de conservação do local está no caminho certo. Esta é uma espécie protegida por lei e ver a nossa biodiversidade saudável e ocupando o seu espaço de direito, é motivo de muita alegria e orgulho para nós”, disse, em nota, o presidente do Inea, Philipe Campello.

Também conhecida como Suçuarana e Leão-baio, a onça-parda alimenta-se de animais silvestres de portes variados e exerce papel vital na manutenção da integridade dos ecossistemas onde é encontrada. Segundo o Inea, a espécie está na lista das ameaçadas de extinção e tem capacidade de adaptação a vários tipos de ambientes, de desertos quentes aos altiplanos andinos, com maior atividade ao entardecer e à noite.

De acordo com o Inea, a presença da espécie na Ilha Grande não apresenta ameaça para a população, pois é um animal arisco que foge do contato humano. “É um animal que, ao ser avistado, devemos manter distância, mas não há nada a temer. Este registro vem para reforçar a importância de um ambiente bem preservado”, afirmou o gerente de Fauna do Inea, Marcelo Cupello.

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Uma onça-parda (Puma concolor), também conhecida como suçuarana, leão da montanha ou leão-baio, foi flagrada caminhando por uma área de proteção ambiental em Maricá, na Região Metropolitana do Rio. Há mais de um século a espécie era considerada extinta na área litorânea do Rio.

Segundo maior felino do Brasil, a suçuarana é menor apenas do que a onça-pintada. Arredia, não se deixa flagrar com facilidade.

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Os registros foram feitos por armadilhas fotográficas instaladas no Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá (Revimar) em setembro, novembro e dezembro de 2021. E só foram divulgados agora pela prefeitura.

Em junho de 2021, câmeras de segurança do Sítio Burle Marx, em Guaratiba, na zona oeste do Rio, flagraram um desses animais na área.

A presença do felino foi confirmada por um grupo de biólogos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O ressurgimento da espécie em florestas do Rio e da Região Metropolitana é visto por especialistas como sinal de que as políticas de preservação e reflorestamento da Mata Atlântica estão funcionando.

O Estado do Rio alega ter atingido o desmatamento zero, que ocorre quando menos de cem hectares de mata são destruídos por ano.

"A presença desses predadores de topo de cadeia em nossas áreas protegidas é um bioindicador da qualidade das nossas florestas", afirmou o secretário de Cidade Sustentável de Maricá, Helter Ferreira. "Nosso município possui mais de 50% de seu território inserido em Unidades de Conservação e esse acostamento através do trabalho de monitoramento realizado pela Prefeitura de Maricá vem coroar nossas ações."

Câmeras também captaram gato-maracajá

Além da onça-parda, as armadilhas fotográficas instaladas pelo Revimar flagraram, em fevereiro de 2021, um gato-maracajá (Leopardus wiedii). Esse felino selvagem é considerado um dos animais mais bonitos da fauna brasileira. Pouco maior do que um gato doméstico, com manchas pretas como uma onça-pintada, o maracajá também era considerado extinto na região costeira, seu antigo hábitat.

Os equipamentos de registro de movimento da fauna, diurno ou noturno, fazem parte de um projeto desenvolvido em Maricá para monitorar e identificar as espécies encontradas nas áreas protegidas. As imagens são registradas numa base de dados sobre a Mata Atlântica. Ela ficará à disposição para pesquisas e projetos de conservação do meio ambiente.

Município tem outras áreas de proteção

Em Maricá, há outras áreas de proteção além daquela na qual a onça parda foi flagrada. É o caso da Área de Proteção Ambiental Municipal das Serras de Maricá, do Monumento Natural Municipal da Pedra de Inoã e do Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia.

Só o Revimar tem 9 mil hectares, mais do que o dobro do Parque Nacional da Tijuca, e se estende por 25% do território de Maricá - representa uma área maior do que Armação dos Búzios, por exemplo.

Vestígios reunidos desde 2007 por pesquisadores confirmaram a presença de onças pardas em áreas de preservação ambiental na zona oeste do Rio de Janeiro. A descoberta ganhou forma quando, no ano passado, câmeras de segurança do Sítio Burle Marx, em Barra de Guaratiba, flagraram o felino durante a madrugada.

Com base nesses achados, o grupo publicou um artigo científico neste mês na revista Check List, em que destaca que esse é o primeiro registro comprovado do animal na capital fluminense em cerca de 80 anos. A espécie chegou a ser considerada extinta na lista municipal de fauna e flora ameaçada.

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Também conhecida como suçuarana, a Puma concolor circula no Parque Estadual da Pedra Branca, no Parque Municipal do Mendanha e na Reserva Biológica de Guaratiba, segundo o biólogo e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Jorge Pontes, um dos responsáveis pelo artigo. Já havia registro desses animais em outras partes do Grande Rio, como em Magé, Tinguá e Itaboraí, e uma das possibilidades é que eles podem ter partido das bordas da região metropolitana para retornar aos resquícios de Mata Atlântica na capital.

"A importância é que é um animal do topo de cadeia alimentar, e que é mais exigente. Se ele sobrevive no Rio, pode ser indício não só da adaptação dele a áreas periurbanas e urbanas, mas também de que tem lugar para ele se refugiar. Isso vai ter que fazer com que os órgãos públicos pensem em políticas para a fauna", afirma o pesquisador, que destaca a importância de preservar corredores entre essas grandes áreas de preservação, como a Floresta do Camboatá, que fica entre os maciços do Mendanha e Pedra Branca.

Pontes alerta que a divulgação da presença das onças-pardas também deve servir para que os órgãos públicos se preparem para combater a caça a esses animais. Ele destaca que o próximo passo necessário para entender melhor o retorno das onças ao Rio é um estudo para localizá-las e monitorá-las, porque os dados reunidos até agora não permitem concluir qual é o tamanho da população dos felinos na cidade.

Vizinhos de áreas populosas, os parques onde a onça deixou vestígios são frequentados por cariocas e turistas em busca de trilhas e cachoeiras. O biólogo explica que essas onças não costumam atacar seres humanos e são curiosas.

"Quando ela encontra alguém, geralmente é por acidente. O melhor é você ficar onde você está e deixar que ela siga o caminho dela. Esses encontros são muito rápidos. Ela dá de cara e foge", diz Pontes, que acrescenta que, caso sejam avistados filhotes do animal, eles devem ser deixados na mata. "Ele pode parecer perdido, mas a mãe só saiu para buscar comida".

As onças-pardas são animais solitários, que só andam em pares na época do acasalamento, descreve o biólogo. Quando têm filhotes, as mães criam os mais novos até que eles possam ganhar autonomia e seguir seu caminho na mata. A espécie é considerada ameaçada por diferentes países e sua presença se estende por biomas de praticamente todo o continente americano, do Canadá à Patagônia da Argentina.     

Quando adultos, esses felinos podem ter até dois metros do focinho até a ponta da calda, mas têm um porte mais esguio do que a onça pintada. Entre suas presas estão animais como a cotia, o gambá e o porco do mato, que teve sua presença recentemente constatada no Parque Municipal do Mendanha. Pontes alerta que a preservação ambiental também é importante para que as onças encontrem comida na mata e não se sintam atraídas por animais de rua ou de estimação, o que pode fazer com que entrem no perímetro urbano.

Na última terça-feira (11), a onça-parda Scott, do Zoológico Municipal de Guarulhos, foi encaminhada para o hospital veterinário da Universidade Guarulhos (UNG), para realizar diversos exames. Segundo a Prefeitura de Guarulhos, o procedimento foi feito após os tratadores do zoo perceberem que o animal, um macho de cerca de 11 meses de idadade, mancava com a pata direita traseira.

De acordo com a Prefeitura de Guarulhos, foram feitas uma série de raios X e também colheram uma amostra de sangue da pata de Scott, que será analisada pela clínica veterinária Aclivet Laboratório Veterinário. Durante o tratamento, o animal foi examinado por um ortopedista, veterinários do zoológico, anestesista e estagiários do curso de veterinária da UNG

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Os exames não conseguiram identificar nenhuma lesão na pata de Scott, mas por enquanto, o animal continuará sob cuidados médicos. A diretora do zoológico, Fernanda Magalhães, afirma que a UNG foi fundamental no tratamento da onça-parda, uma vez que cedeu, sem custos, o espaço, exames e profissionais da unidade.

O gestor do Hospital Veterinário da UNG, Lourival Belisário, explica que o tratamento de Scott, possibilitou uma experiência enriquecedora, uma vez que o habitual são sempre gatos e cachorros. Por conta disso, o gestor afirma que pretende aperfeiçoar a parceria com o zoológico.

Scott vive no Zoológico de Guarulhos desde julho de 2020, quando foi resgatado em regiões de queimadas, no interior de SP. Na ocasião, o animal encontrava-se mal tratado e em risco de vida. Por conta disso, precisou de tratamentos intensivos para sobreviver.

Uma onça-parda adulta foi atropelada e morta por um veículo na manhã desta quarta-feira, 21, no km 484 da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em Cajati, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo. O felino atravessava a pista sentido São Paulo quando foi atingido. O condutor do veículo não parou e não foi identificado. Outros motoristas que passavam pela rodovia avisaram a concessionária Arteris.

Uma equipe foi até o local e recolheu o animal. De acordo com a concessionária, a Arteris possui convênio com a Universidade de São Paulo (USP) que prevê o envio de animais silvestres encontrados mortos na estrada para estudo no Museu de Anatomia Veterinária.

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Para que chegue em condições de ser analisado, o animal foi acondicionado em um freezer na base de apoio operacional da concessionária, de onde seria retirado por equipe especializada do museu. O corpo do felino pode ser útil para estudos nas áreas de veterinária, biologia e zootecnia.

A onça-parda, da espécie Puma concolor, habita grande parte das Américas, desde o Canadá até o sul da Argentina. A região de Cajati é cercada pelo Mosaico de Unidades de Conservação do Jacupiranga, uma vasta área com Mata Atlântica preservada, habitat ideal para grandes felinos, como as onças parda e pintada. A concessionária informou que realiza estudos de monitoramento de fauna visando à instalação de travessias de animais silvestres na rodovia.

Uma onça-parda foi apreendida pela Polícia Ambiental depois de invadir um galinheiro e matar 41 galinhas, nesta terça-feira (6), em Duartina, interior de São Paulo. Ela foi levada para exames em um zoológico, mas será solta de volta à natureza.

O dono das aves, Célio Biaggi, morador de uma chácara na periferia da cidade, deparou-se com o felino quando foi ao local para alimentar as aves. Segundo ele, a onça estava rodeada de galinhas mortas, algumas com a cabeça arrancada.

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Assustado, ele pediu ajuda à Polícia Militar. Uma equipe da Polícia Ambiental, com apoio de veterinários do zoológico de Bauru, usou dardos com tranquilizante para capturar a onça. Segundo a polícia, o galinheiro estava fechado e a onça provavelmente estava em busca de comida.

O felino escalou o teto do galinheiro, mas a cobertura de plástico não resistiu ao seu peso - cerca de 25 quilos. A onça, uma fêmea ainda jovem, atacou as galinhas porque está em fase de desenvolver as técnicas de caça de suas presas. Levada ao zoo, ela passou por exames e será solta em área de mata da região, onde vivem exemplares da mesma espécie.

Após passear ontem pelas ruas de Americana e ser perseguida por moradores, uma onça-parda escalou uma árvore de 15 metros. O resgate, por bombeiros, durou cinco horas. O animal, de 30 quilos, foi levado para a sede do projeto Corredor das Onças, em Campinas.

Uma onça-parda morreu nesta quinta-feira, 30, após receber sedativos no Zoológico Flávio Leite Ribeiro, em Araçatuba (SP). Médicos-veterinários de uma universidade investigam se excesso de tranquilizantes matou o animal. A onça-parda foi medicada para ser transferida por causa de uma reforma no zoológico. O laudo sobre a morte deve sair nesta sexta-feira, 31.

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